Exposição de Júlio Pomar e amigos em dose dupla

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]bre hoje na Galeria do Tap Seac a exposição “A Jornada de Um Mestre: Júlio Pomar e Amigos”. A mostra divide-se em duas partes, estreando ainda na sexta-feira no Albergue SCM, pelas 18h30. Ambos os espaços vão receber as obras do pintor e artista, que ficam patentes até 15 de Janeiro de 2016 no Albergue e até 29 de Outubro na Tap Seac.
“A exposição inclui uma amostra abrangente da sua obra gráfica para além de diversos originais. Entre as mais de 40 obras apresentadas na Galeria A2 do Albergue destaque para a obra ‘Bal chez le Duc’, da fase erótica que é exposta ao público pela primeira vez e das oito litografias de todas as ilustrações que o artista realizou para a edição portuguesa da Obra de Lewis Carroll, ‘A caça ao Snark’”, começa por dizer o Albergue em comunicado. “A exposição apresenta ainda obras de alguns artistas que partilharam com o Mestre momentos da sua vida e que ajudaram a melhor definir o panorama artístico português, além fronteiras. Originais de Graça Morais, Paula Rêgo, André Shan Lima, Rogério Ribeiro e Júlio Resende completam o acervo exposto nas duas galerias.”

Entre Paris e Lisboa

Júlio Pomar nasceu em Lisboa, em 1926, e instalou-se em Paris, em 1963. Actualmente vive e trabalha em Paris e Lisboa. Começou a expor, em 1942, numa mostra promovida com os seus colegas de atelier e apresentou a sua primeira exposição individual, em 1947, no Porto. A primeira retrospectiva da sua obra foi organizada pela Fundação Gulbenkian, em 1978, e apresentada depois na Bélgica e no Brasil. Desde então, realizou diversas antologias temáticas em Portugal e no estrangeiro. Em 2004, tiveram lugar duas extensas mostras do seu trabalho: “Autobiografia, no Museu de Arte Moderna, em Sintra e “A Comédia Humana, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Júlio Pomar tem-se dedicado especialmente à pintura, mas o seu itinerário criativo inclui também trabalhos de desenho, gravura, escultura, ilustração, cerâmica, tapeçaria e cenografia para teatro. Realizou ainda obras de decoração mural em azulejo, nomeadamente para as estações de metropolitano Alto dos Moinhos, em Lisboa e Botanique, em Bruxelas. É autor de dois volumes de ensaios sobre pintura e de dois livros de poesia. Em 2004, foi instituída a Fundação Júlio Pomar, em Lisboa.
A entrada nas exposições é livre.

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