Pearl Horizon | Governo recebe queixas de proprietários de casas

Proprietários de apartamentos do edifício Pearl Horizon queixaram-se ontem junto do Conselho dos Consumidores por terem receio de ficarem sem as suas casas, uma vez que as obras ainda não terminaram. Deputada Ella Lei critica o processo

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] mais um caso de residentes que investiram as suas poupanças numa casa nova que um dia ficará pronta, mas não sabem quando. O Conselho de Consumidores (CC) recebeu ontem um grupo de 30 proprietários de casas compradas em regime de pré-venda no edifício Pearl Horizon. O encontro foi organizado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) e contou com a presença da deputada Ella Lei, representante do grupo de proprietários. Recorde-se que vários terrenos estão em risco de verem o seu prazo de concessão terminar este ano sem que vários edifícios habitacionais estejam prontos a habitar.
O presidente da comissão executiva do CC, Wong Hon Leng, disse ao HM que os proprietários necessitam de disponibilizar os contratos de compra e venda para que o organismo possa analisar as queixas uma a uma e acompanhar os processos.

Promessas adiadas

Ella Lei, também vice-presidente da FAOM, explicou na conferência de imprensa que a empresa responsável pelo projecto, o Grupo Polytec, havia garantido que todos o edifício poderá estar concluído em 2018, sendo que as fundações deverão estar prontas ainda este ano. A empresa alega, segundo a deputada, que o atraso na obra se deveu ao processo moroso de aprovação por parte do Governo e a necessidade de entrega de um grande número de relatórios de avaliação de impacto ambiental.
Num encontro entre os proprietários e Ella Lei com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no passado dia 13, a entidade explicou que devido à necessidade da entrega de relatórios e das plantas da obra por parte do Grupo Polytec, a obra só começou em Agosto do ano passado, sendo que apenas 47% das fundações estão feitas. “É difícil concluir as fundações no final de 2015, o que o Grupo Polytec prometeu aos proprietários não pode ser cumprido”, disse Ella Lei.
A deputada citou ainda informações dadas pela DSSOPT sobre o facto do Grupo Polytec ainda não ter entregue a documentação relativa aos andares de cima para o Governo, incluindo a colocação de tubos. Ella Lei teme, assim, que surja novo atraso na obra depois da conclusão das fundações.

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