China / ÁsiaTianjin | Presidente da Câmara assume responsabilidades sobre explosão Hoje Macau - 21 Ago 2015 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] presidente da câmara da cidade chinesa de Tianjin, Huang Xingguo, assumiu na quarta-feira a responsabilidade pelas explosões ocorridas no terminal de contentores há uma semana, informou a agência oficial Xinhua. “Como chefe do governo municipal e do Partido [Comunista] em Tianjin, tenho uma responsabilidade inquestionável”, disse Huang. As explosões, cuja causa ainda não foi revelada, aconteceram num armazém da companhia Ruihai International Logistics, pouco antes da meia-noite do passado dia 12 de Agosto, e causaram pelo menos 114 mortos, mais de 700 feridos e 65 desaparecidos, números que oscilam diariamente. Entre os desaparecidos estão vários bombeiros, bem como entre os mortos, a quem Huang chamou “heróis”. O presidente da Câmara instou a que se aplique “tolerância zero” à empresa e às pessoas responsáveis pelo ocorrido “sem se ter em conta quem são e que contactos têm”. Vários dirigentes de nível médio do porto estão a ser investigados e o organismo anti-corrupção do Partido Comunista abriu inquéritos sobre Yang Dongliang, responsável pela Segurança Laboral do país, e Xiong Yuehui, um alto cargo do Ministério de Protecção do Meio Ambiente. Xiong Yuehui foi vice-presidente da Câmara de Tianjin, sob as ordens do actual vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, um dos sete membros do Comité Permanente do Partido Comunista. As investigações a Yang e Xiong não foram oficialmente ligados às explosões. Economia a salvo Huang sublinhou que são necessários “mais cálculos” para avaliar os danos causados pelas explosões, mas garantiu que não vão afectar os pilares da economia de Tianjin cujo porto é o mais importante do norte da China. “Nas áreas afectadas só há 176 empresas e a maioria delas não realizava negócios de importação e exportação”, acrescentou. A agência de ‘rating’ Fitch Ratings estimou há dos dias um possível custo entre “1.000 e 1.500 milhões de dólares” para as seguradoras, e considerou que a tragédia pode tornar-se “uma das indemnizações por catástrofe mais dispendiosas” para o sector na China, nos últimos anos.