Vong Kok Seng desdramatiza efeitos de Hong Kong e Interior no turismo

[dropcap]O[/dropcap] vice-presidente da Associação Comercial de Macau, Vong Kok Seng, admitiu que a indústria de vendas a retalho, mais ligada ao turismo, está a sentir o impacto das manifestações de Hong Kong e do abrandamento económico do Interior, relacionado com a Guerra Comercial. Segundo as declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, Vong diz que há várias indústrias que têm registado um número inferior de turistas, mas que nenhum sector está a ser tão afectado como as vendas a retalho.

Vong afirmou também que nesta altura não há uma previsão para quando estes problemas vão ser resolvidos, mas que considera que por enquanto a situação não é muito preocupante. O também empresário explicou ainda que no quarto trimestre do ano o consumo é impulsionado pelas várias festividades e eventos, pelo que será uma boa altura para que a economia volte a ganhar um novo fôlego.

Preços mais baixos

Em relação à economia do Interior da China e à desvalorização do yuan, o vice-presidente da Associação Comercial de Macau apontou que é uma medida com impacto no poder de compra do turista, que assim pode consumir menos. No entanto, recusou que esta realidade apenas tenha consequências negativas. Vong explicou que muitos dos alimentos consumidos em Macau são importados do Interior, devido à grande dependência existente, mas que a desvalorização permite abrandar a inflação sentida pelos importadores no momento de comprarem para venderem à população.

Por último, Vong Kok Seng abordou a situação do jogo e a quebra de 8,6 por cento em Agosto face ao período homólogo. Assim no oitavo mês do ano as receitas foram de 24,3 mil milhões de patacas, quando no mesmo período do ano passado tinham sido de 26,6 mil milhões de patacas. Sobre esta matéria, o empresário revelou acreditar que a economia é feita por “pequenas flutuações”, que são naturais e que a indústria estava preparada. Vong revelou ainda que no ano passado a indústria estava em crescimento, pelo que há margem para subir e que não é necessário haver alarmismos.

10 Set 2019

Protecção civil | Associação Comercial Geral dos Chineses defende urgência na aplicação do diploma

[dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial Geral dos Chineses de Macau considera que é urgente avançar com a Lei de Bases da Protecção Civil para que possa estar em vigor o mais breve possível.

Em declarações ao Jornal do Cidadão, o vice-presidente da associação, Vong Kok Seng, vincou a importância de evitar a propagação de informações falsas durante a ocorrência de catástrofes, porque “além do pânico que isso poderá causar, pode ainda confundir a população”.

O resultado deste tipo de situações, acrescenta, é o aumento da dificuldade das operações de socorro e das acções dos agentes de segurança no terreno, acrescentou.

Dadas as recentes alterações ao artigo 25º da proposta de lei, Vong considera que já estão ultrapassados os elementos que têm sido fonte de polémica no articulado e reunidas as condições para avançar.

Recorde-se que na nova versão entregue sexta-feira à Assembleia Legislativa, o Governo deixou cair os termos “notícias falsas, infundadas e tendenciosas”, propondo a criminalização da disseminação de “informações falsas relacionadas com conteúdo ou situações de incidentes súbitos de natureza pública”.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, o Governo frisou o “tempo estritamente limitado” durante o qual vigora a aplicação do artigo 25.º, a “intenção criminosa” necessária para que este seja aplicado, e prometeu ainda a “protecção máxima da liberdade de expressão”.

Vong Kok Seng sublinhou ainda que os trabalhos de protecção civil são essenciais em caso de tufão, recordando o Hato e o Mangkut que passaram nos últimos dois anos respectivamente pelo território deixando um rasto de destruição.

18 Jul 2019