Justiça | Condenadas 27 pessoas por tráfico de mineral estratégico

Um tribunal chinês condenou ontem 27 pessoas a penas de até 12 anos de prisão por contrabando de lingotes de antimónio, num caso que surge num contexto de endurecimento dos controlos chineses sobre as exportações de minerais estratégicos.

De acordo com um comunicado divulgado na rede social WeChat, o Tribunal Popular Intermédio de Shenzhen aplicou ao principal arguido, identificado como Wang Wubin, uma pena de doze anos de prisão e uma multa de um milhão de yuan.

Segundo a sentença, Wang colaborava com uma rede internacional de contrabandistas e, entre Fevereiro e Março deste ano, recrutou várias pessoas para adquirir os lingotes de antimónio, que foram depois exportados ilegalmente, sem as licenças exigidas pelas autoridades chinesas.

A China é o maior produtor mundial de antimónio – um metal utilizado em ligas industriais e semicondutores – e incluiu o elemento na sua lista de exportações sujeitas a controlo em Setembro do ano passado. Tal como o gálio e o germânio, o antimónio chegou a estar temporariamente proibido de ser vendido aos Estados Unidos, em resposta à guerra comercial entre os dois países.

Os restantes 26 arguidos, na maioria recrutados por Wang para a compra e transporte do metal, foram condenados a penas que variam entre quatro meses e cinco anos de prisão, consoante a quantidade traficada. O processo envolve o contrabando de mais de 166 toneladas métricas de antimónio, das quais cerca de 96 toneladas foram apreendidas pelas autoridades aduaneiras chinesas, indicou o tribunal.

18 Dez 2025

Shanxi | Cidade investiga denúncias de tráfico de bebés em hospital

A empregada de limpeza de um hospital de Datong, no noroeste da China, é acusada de organizar a venda de recém-nascidos, com a colaboração de um médico, informou ontem a imprensa estatal. As autoridades de Datong abriram uma investigação e prometeram “lidar seriamente com quaisquer questões ilegais ou disciplinares”, informou a televisão estatal CCTV.

O caso foi inicialmente denunciado à polícia por um defensor da luta contra o tráfico de seres humanos, conhecido pelo nome de Shangguan Zhengyi. Numa publicação nas redes sociais, o denunciante disse que recebeu informações sobre uma empregada de limpeza do Hospital Popular N.º 1 de Datong que arranjava compradores para bebés.

O departamento de obstetrícia do hospital é o maior da província de Shanxi, com seis enfermarias e 207 camas, de acordo com o portal oficial da entidade hospitalar. No ano passado, realizou 12.700 partos – cerca de 40 por cento dos partos em Datong. Shangguan falou à paisana com a empregada de limpeza, de apelido Wang.

A mulher enviou-lhe uma mensagem a 5 de Novembro a dizer que a parente de uma amiga estava prestes a dar à luz um rapaz e que venderia o bebé por um mínimo de 85.000 yuan. Também perguntou a Shangguan se gostaria de conhecer a família.

Poucos dias depois, o activista viajou para Datong e conheceu Wang, para conquistar a sua confiança, explicou nas redes sociais. A funcionária disse que trabalhou no hospital durante vários anos e que arranjou compradores para pessoas que não queriam manter os seus filhos, lê-se na mesma publicação.

3 Jan 2025

Telemóvel na posse de reclusos era usado para coordenar tráfico

A orientação para o transporte de cocaína vinha através de um telemóvel na posse de dois reclusos em prisão preventiva na prisão de Coloane. A situação colocou em causa as medidas de segurança do estabelecimento e Wong Sio Chak já avisou que não vai ser tolerado qualquer envolvimento de funcionários

 

 

[dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]ão ordens do secretário para a segurança, Wong Sio Chak: a Direcção dos Serviços Correccionais (DSC) tem de proceder a uma revisão das medidas de segurança e proceder a iniciativas “para colmatar as lacunas existentes nos procedimentos de trabalho e no funcionamento da fiscalização e controlo”. O obejctivo, lê-se no comunicado enviado pelo gabinete do secretário, é “combater de modo sério e eficaz todas as actividades ilegais”.

O comunicado surgiu após a detenção de um residente de 18 anos por tráfico de cocaína. De acordo com as autoridades, o suspeito trabalhava para dois detidos preventivamente no Estabelecimento Prisional de Coloane (EPC). O contacto entre os detidos e o jovem, era feito através de um telemóvel que tinham em sua posse, na cela.

Já está em curso um processo de inquérito interno, afirma a DSC em resposta às instruções emitidas por Wong Sio Chack. “A DSC já instaurou um processo de inquérito interno no sentido de esclarecer a origem da entrada do telemóvel para a prisão”, esclarece em comunicado.

 

Segurança apertada

A DSC garante ainda que não há espaço nem tolerância para a existência de qualquer “ovelha negra” nos seus serviços caso se venha a confirmar que a entrada do dispositivo móvel tenha tido a ajuda de algum dos trabalhadores do estabelecimento prisional.

Neste sentido, aponta a DSC, será feita “uma revisão de forma completa e profunda à gestão da segurança e às medidas de supervisão da prisão”, sendo ainda verificadas a existência de lacunas nos trabalhos de supervisão quanto à entrada e saída de pessoas e de materiais nas zonas prisionais”.

Mais, o DSC vai ainda instaurar um sistema de bloqueio de sinal de telemóvel de “modo a evitar demais infracções”.

Já o secretário para a segurança deixa bem claro que “caso se verifique o envolvimento do pessoal da DSC no caso que envolve a entrada do telemóvel na prisão, o mesmo será objecto de tratamento sério, não se excluindo a instauração de um procedimento criminal nos termos da lei”.

15 Jan 2018