Sondagem | Lula mantém liderança

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva manteve a liderança na corrida eleitoral com 37% das intenções de voto depois de ter sido condenado por corrupção em segunda instância, segundo a sondagem divulgada ontem pelo Instituto Datafolha.

O levantamento foi realizado em 29 e 30 de Janeiro, dias depois de três juízes do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), de Porto Alegre, consideraram Lula da Silva culpado dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais e aumentaram a sua pena de nove anos e meio para 12 anos e um mês de prisão.

Apesar de liderar a sondagem para as próximas presidenciais, previstas para Outubro, a participação do ex-Presidente na corrida eleitoral está em risco porque uma legislação eleitoral do país chamada popularmente de “lei da ficha limpa” proíbe a participação em eleições de candidatos condenados em segunda instância.

A pesquisa Datafolha também indicou que num cenário sem Lula da Silva o candidato conservador de direita Jair Bolsonaro lidera com 18% das intenções de voto, seguido da ambientalista Mariana Silva (13%) e do ex-governador Ciro Gomes (10%).

O Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o apresentador de televisão Luciano Huck aparecem depois, tecnicamente empatados, com 8% das intenções de voto. A sondagem mostra ainda que Jairo Bolsonaro estagnou e possivelmente perderia na segunda volta se enfrentasse Marina Silva, que teria 42% dos votos contra 32% do candidato conservador. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para cima ou para baixo.

1 Fev 2018

Sondagem | Povo chinês quer maior transparência

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com uma sondagem recente realizada pelo China Youth Daily, 90,6% das 2.009 pessoas entrevistadas esperam que o governo tome a iniciativa de divulgar informações.

Zhang Zhihong, professor associado da Escola de Governação Zhou Enlai da Universidade de Nankai, disse que a abertura de informação é necessária para combater a corrupção dentro do governo, e que as informações devem ser lançadas de forma verdadeira e oportuna.

“Com o destaque crescente da divulgação de informações, a qualidade da abertura de informação e governança melhorará dramaticamente”, afirmou ele.

A expectativa pública se baseia em um foco sobre os lançamentos de informações do governo, já que 81,8% dos entrevistados informaram que prestam atenção a essas informações, mostrou a pesquisa.

Mais de 60% dos entrevistados estavam preocupados com as explicações sobre políticas, enquanto outros 45,5% indicaram que lêem consultas públicas para políticas.

“Sempre acompanho com as informações relacionadas a políticas e regulamentos, especialmente as consultas públicas ao fazer decisão e as explicações sobre políticas após a implementação”, assinalou Li Han, professor universitário em Beijing.

No entanto, a divulgação de informações do governo também provocou preocupações. Até 45% dos entrevistados disseram que tiveram de esperar muito tempo antes de receber as informações. Um total de 61,4% esperou que o governo melhorará sua eficiência na divulgação pública de informações.

Uma série de regulamentos sobre a divulgação de informações do governo, que entraram em vigor em 2008, foram revisados no mês passado e o prazo para opinião pública terminou em 6 de julho.

O projeto dos regulamentos revisados inclui um princípio que exige fazer da publicação de informações algo rotineiro.

14 Jul 2017

Maioria dos chineses quer Xi Jinping como “líder central”

Uma sondagem da Tribuna do Povo revela que as qualidades do secretário-geral devem levar a que este possa ganhar o estatuto de “líder central”, a exemplo de Mao Zedong. Alguns analistas ocidentais admitem já que o actual Presidente possa ficar no poder mais do que os dez anos previstos

[dropcap style≠’circle’]”A[/dropcap] maioria dos chineses” deseja que o actual secretário-geral do Partido Comunista (PCC), Xi Jinping, seja um “líder central”, com o estatuto do antigo Presidente Mao Zedong, revelou uma sondagem publicada ontem na imprensa oficial.

As referências a um estilo de governação centrada no líder têm-se multiplicado, numa altura em que cerca de 400 altos quadros do PCC estão reunidos em Pequim para discutir o futuro da organização.

A referida sondagem, com uma amostra de 15.000 pessoas, foi difundida pela Tribuna do Povo, revista do grupo do Diário do Povo, o jornal oficial do partido.

O estudo revela que a “maioria” dos inquiridos concorda “que a ascensão de uma grande nação necessita de um líder forte e central”.

“As qualidades especiais do secretário-geral Xi Jinping, como líder de uma grande nação, conquistaram a aprovação da grande maioria dos inquiridos”, escreveu a revista.

Todos os sectores da sociedade “aguardam com enorme expectativa” a ascensão de Xi Jinping, acrescenta.

O artigo que acompanha os resultados da sondagem compara ainda Xi a Mao Zedong, o fundador da República Popular, e a Deng Xiaoping, o “arquitecto-chefe das reformas económicas” que abriram a China à economia de mercado.

“Foi o Presidente Mao que ergueu o povo [chinês], ou de outra forma andaríamos perdidos na escuridão”, refere, acrescentando que Deng converteu a China num país rico.

“Agora, a China deve fortalecer-se, o cidadão comum sabe disso. E para atingir esse objectivo devemos confiar no secretário Xi”, aponta.

Regras e virtudes

Formalmente, Xi Jinping acumula já mais poder do que todos os anteriores Presidentes chineses, desde o fim do “reinado” de Mao Zedong.

Cimentado pelos líderes chineses desde finais dos anos 1970, o sistema de “liderança colectiva” parece ter sido também desmantelado desde que Xi chegou ao poder.

Analistas ocidentais admitem já que este poderá ficar no poder para além do período previsto de dez anos.

O sexto plenário do Comité Central, o último antes da liderança do partido ser remodelada no próximo ano, aborda as “regras da disciplina interna” no PCC e “as directrizes para a vida política” dos seus membros, segundo a agência oficial Xinhua.

Os inquiridos pelo Tribuna do Povo dizem admirar o pensamento estratégico de Xi, a coragem com que enfrenta os problemas e o seu “carisma pessoal”.

O enfraquecimento da “liderança central” pode “facilmente causar guerra civil, a invasão por inimigos estrangeiros e pôr o povo na miséria”, lê-se no artigo.

“Isto é uma dura lição que aprendemos com os 100 anos de sangue e lágrimas na recente história da China”, conclui, numa referência ao “século de humilhação”, um período que se refere à ocupação estrangeira e vai desde a primeira guerra do ópio (1839 – 1842) ao fim da ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.

27 Out 2016