FIMM | Sona Jobarteh traz a Macau os ritmos quentes da África Ocidental

Um dos nomes mais aclamados da música africana do momento, Sona Jobarteh, tem um concerto marcado para dia 20 de Outubro no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau. Considerada como uma das virtuosas da kora, um instrumento com 21 cordas, a artista da Gâmbia cruza na perfeição os sons tradicionais da kora, blues e afropop

 

[dropcap]A[/dropcap] kora é uma espécie de híbrido entre uma harpa, um violoncelo e uma guitarra, que produz um som cristalino e normalmente tocado por homens. Sona Jobarteh, natural da Gâmbia e uma das mais virtuosas excepções à regra masculina, é uma das estrelas deste ano do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau. O concerto está marcado para o dia 20 de Outubro, pelas 20h, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau.

Em comunicado, o Instituto Cultual (IC) refere a artista da Gâmbia como “a primeira mulher intérprete de kora a surgir de uma família griot da África Ocidental”. Griot são indivíduos que transmitem histórias, tradições, conhecimentos no uso de ervas medicinais, mitos, entre outras manifestações culturais, interpretadas por músicos ou contadores de histórias.

Sona Jobarteh transporta esta bagagem tradicional, ao mesmo tempo que quebra várias barreiras. Além da barreira do género, a artista pegou nas sonoridades tradicionais, acrescentou-lhe a quase contemporaneidade do blues e do afropop e surfou com habilidade a onda de popularidade das músicas do mundo.

A conquistar palcos

Desde o seu disco de estreia que a artista captou atenção além das fronteiras da Gâmbia e Senegal. Com o segundo registo da discografia, “Fasiya”, de 2011, conseguiu o reconhecimento internacional graças à sua “habilidade como instrumentista, voz distinta, melodias contagiantes e elegância em palco”, escreve o IC.

O reconhecido virtuosismo a tocar o instrumento tradicional é algo que lhe está no sangue. A família de Sona traz consigo uma reputação de famosos mestres de kora. O avô, Amadu Bansang Jobarteh, era um ícone na história cultural e musical da Gâmbia, e o primo Toumani Diabaté é famoso pelo domínio da kora. Rompendo com a tradição, Sona é pioneira numa antiga tradição hereditária dominada por homens e que foi transmitida, nos últimos sete séculos, exclusivamente de pai para filho.

Para se ter uma ideia da exclusividade e magia da kora, o IC refere que “é um dos mais importantes instrumentos pertencentes ao povo mandinga da África Ocidental e apenas aqueles que nascem no seio de uma família griot têm o direito de a usar profissionalmente”.

Sona será acompanhada em palco por uma banda composta por Derek Johnson na guitarra electro-acústica, Andi Mclean no baixo e a juntar a sua voz à de Sona, Mamadou Sarr na percussão e voz, Westley Joseph sentado à bateria e Sidiki Jobarteh a tocar balafon e percussão.
Os bilhetes para o concerto custam entre 200 e 250 patacas.

5 Set 2019

FIMM | Sona Jobarteh traz a Macau os ritmos quentes da África Ocidental

Um dos nomes mais aclamados da música africana do momento, Sona Jobarteh, tem um concerto marcado para dia 20 de Outubro no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau. Considerada como uma das virtuosas da kora, um instrumento com 21 cordas, a artista da Gâmbia cruza na perfeição os sons tradicionais da kora, blues e afropop

 
[dropcap]A[/dropcap] kora é uma espécie de híbrido entre uma harpa, um violoncelo e uma guitarra, que produz um som cristalino e normalmente tocado por homens. Sona Jobarteh, natural da Gâmbia e uma das mais virtuosas excepções à regra masculina, é uma das estrelas deste ano do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau. O concerto está marcado para o dia 20 de Outubro, pelas 20h, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau.
Em comunicado, o Instituto Cultual (IC) refere a artista da Gâmbia como “a primeira mulher intérprete de kora a surgir de uma família griot da África Ocidental”. Griot são indivíduos que transmitem histórias, tradições, conhecimentos no uso de ervas medicinais, mitos, entre outras manifestações culturais, interpretadas por músicos ou contadores de histórias.
Sona Jobarteh transporta esta bagagem tradicional, ao mesmo tempo que quebra várias barreiras. Além da barreira do género, a artista pegou nas sonoridades tradicionais, acrescentou-lhe a quase contemporaneidade do blues e do afropop e surfou com habilidade a onda de popularidade das músicas do mundo.

A conquistar palcos

Desde o seu disco de estreia que a artista captou atenção além das fronteiras da Gâmbia e Senegal. Com o segundo registo da discografia, “Fasiya”, de 2011, conseguiu o reconhecimento internacional graças à sua “habilidade como instrumentista, voz distinta, melodias contagiantes e elegância em palco”, escreve o IC.
O reconhecido virtuosismo a tocar o instrumento tradicional é algo que lhe está no sangue. A família de Sona traz consigo uma reputação de famosos mestres de kora. O avô, Amadu Bansang Jobarteh, era um ícone na história cultural e musical da Gâmbia, e o primo Toumani Diabaté é famoso pelo domínio da kora. Rompendo com a tradição, Sona é pioneira numa antiga tradição hereditária dominada por homens e que foi transmitida, nos últimos sete séculos, exclusivamente de pai para filho.
Para se ter uma ideia da exclusividade e magia da kora, o IC refere que “é um dos mais importantes instrumentos pertencentes ao povo mandinga da África Ocidental e apenas aqueles que nascem no seio de uma família griot têm o direito de a usar profissionalmente”.
Sona será acompanhada em palco por uma banda composta por Derek Johnson na guitarra electro-acústica, Andi Mclean no baixo e a juntar a sua voz à de Sona, Mamadou Sarr na percussão e voz, Westley Joseph sentado à bateria e Sidiki Jobarteh a tocar balafon e percussão.
Os bilhetes para o concerto custam entre 200 e 250 patacas.

5 Set 2019