Hoje Macau DesportoRonaldo: “Ganhar um Mundial por Portugal era o maior e mais ambicioso sonho da minha carreira” O capitão da seleção portuguesa quebrou o silêncio com uma publicação nas redes sociais onde refere que ganhar um Mundial por Portugal era “o maior e o mais ambicioso sonho” da sua carreira. “ Felizmente ganhei muitos títulos de dimensão internacional, inclusive por Portugal, mas colocar o nome do nosso país no patamar mais alto do Mundo era o meu maior sonho”, escreveu. “Infelizmente, ontem o sonho acabou. Não vale a pena reagir a quente. Quero apenas que todos saibam que muito se disse, muito se escreveu, muito se especulou, mas a minha dedicação a Portugal não mudou nem por instante. Fui sempre mais um a lutar pelo objectivo de todos e jamais viraria as costas aos meus companheiros e ao meu país”. CR7 agradeceu ainda a todos os portugueses pelo apoio, “agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões.”. A importância de aprender Cerca de meio milhar de adeptos aguardava a chegada da equipa a Lisboa, embora apenas 14 jogadores tenham regressado com a comitiva – Rui Patrício, Raphaël Guerreiro, Cristiano Ronaldo, Rafael Leão, Bruno Fernandes, Matheus Nunes, Rúben Neves, Bernardo Silva, João Cancelo e Diogo Dalot permaneceram no Qatar. “Estamos tristes por não poder dar mais a esta gente, porque se calhar não merecíamos sair da maneira que saímos, mas é o futebol. O futebol tem dessas coisas, há que aprender com o jogo de ontem [sábado] para que o futuro possa ser bem melhor para nós”, afirmou Pepe. Único dos 14 jogadores que prestou declarações à comunicação social presente no aeroporto, Pepe comentou ainda a situação de Cristiano Ronaldo. “O Cristiano Ronaldo ficou bem, é a nossa bandeira portuguesa, chega a todos os lados do mundo. Deu o seu contributo quando foi chamado e há que agradecer-lhe, a ele e a todos os companheiros também que tentaram dar o seu melhor, dar o máximo e trabalhar ao máximo para poderem estar disponíveis para o treinador. Quando assim é, as coisas são muito mais fáceis,” completou. Sobre a continuidade de Fernando Santos como selecionador, o defesa, de 39 anos, não quis falar muito. “Eu sou jogador, não tenho nada que falar sobre isso [eventual saída de Fernando Santos], não vou entrar por esse caminho. É o que falei antes: agradecer às pessoas e o carinho, nós sentimo-lo”, afirmou. A comitiva lusa aterrou no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, pelas 17h40 de domingo, e cerca de vinte minutos depois passou a saída VIP do aeroporto, onde os aguardavam algumas centenas de adetos, junto dos quais se acercaram elementos como o selecionador nacional, Fernando Santos, e jogadores como William Carvalho, Rúben Dias, Diogo Costa, Gonçalo Ramos e Pepe para algumas fotografias e autógrafos. Portugal foi afastado do Mundial2022 no sábado, ao perder nos quartos de final com Marrocos, por 1-0, com um golo de Youssef El-Nesyri. Nas meias-finais, Marrocos vai defrontar, na quarta-feira, a campeão mundial em título, França, que eliminou a Inglaterra também no sábado, enquanto a Croácia vai medir forças com a Argentina, na terça-feira.
André Namora Ai Portugal VozesA bola mundial rola sem direitos Obviamente, que hoje teria de vos falar do Mundial do Catar. Pelas mais diversas razões. A primeira de todas é a loucura que se viveu aqui por Portugal com o primeiro jogo da selecção nacional contra o Gana. O país parou. Os miúdos não foram às explicações, às aulas extras de desporto, aos cursos de ténis e muito menos aos treinos nas escolinhas de futebol. Até na Assembleia da República os trabalhos do plenário foram suspensos para os deputados verem os golos de Portugal. Por acaso, o Ronaldo bateu mais um recorde na sua carreira fabulosa. Antes do apito inicial, Cristiano Ronaldo fazia parte de um lote restrito de cinco jogadores que tinham conseguido marcar, pelo menos, um golo em quatro Mundiais. Mas na passada quinta-feira, com o golo apontado ao Gana, o capitão da selecção nacional superou Pelé, Uwe Seeler, Miroslav Klose e Lionel Messi e tornou-se no único a conseguir colocar a bola dentro da baliza em cinco Campeonatos do Mundo. De bola, percebo pouco apesar de ter jogado futebol em miúdo, mas dá para vos dizer que o Mundial mobiliza todos os povos e o nosso Ronaldo continua a ser a maior atracção. Na madrugada de esta noite, em Macau, pelas três horas, lá vai acontecer mais uma emoção para todos os que vão assistir ao Uruguai-Portugal. Pela minha parte, a bola rolou de outra forma. Comecei a ser logo na juventude molestado pela PIDE, polícia política da ditadura, senti o que era não poder escrever o que me apetecia e sobre liberdade, quando estava na conversa com uns quatro amigos junto à esquina de um prédio, logo éramos enfiados numa carrinha. Onde quero chegar é aos tão badalados direitos humanos que durante toda a semana passada em tudo o que era comunicação social e Parlamento não se parou de ouvir cada um a defender a sua “camisola”. Vamos lá a ser sérios e a voltarmos atrás uns anos quando a FIFA decidiu “vender” o Mundial ao Catar. A corrupção foi enorme e atingiu as mais variadas personalidades europeias e americanas. O Catar é um dos países mais ricos do mundo, se não o mais rico, e na luta gerada há muitas décadas com os Emirados Árabes Unidos e com a Arábia Saudita, o Catar quis mostrar por todas as formas que seria capaz de organizar um evento do mais alto nível mundial. E nessa altura, todo o mundo sabia que no Catar os direitos humanos não existiam, que as mulheres eram, e são, umas escravas sem direito a nada, nem a opinar, quanto mais a fumar um cigarrito. Este Mundial de 2022 foi entregue a um reino que só tem dinheiro e ditadura e ninguém, ou muito poucos se pronunciaram ou manifestaram nas ruas das capitais mundiais contra a entrega do Mundial ao Catar. Os ditadores fizeram o que quiseram durante 12 anos. Construíram uma cidade extravagante, deslumbrante, luxuosa e onde introduziram os estádios para a disputa do Mundial. Estádios, que é bom lembrar, são simplesmente cemitérios. Na sua construção, os escravos da Coreia do Norte, da India, do Nepal, do Paquistão e até de Portugal, morreram aos milhares. Até se deram ao luxo de edificar um estádio, aquele onde jogou Portugal contra o Gana, constituído totalmente por contentores marítimos e que será completamente desmantelado no final do Mundial. Os direitos humanos no Catar, ao fim e ao cabo, têm que se lhe diga. Naturalmente, que temos de criticar aquela ditadura e todo um procedimento que até proibiu beber cerveja nos estádios e que não admitiu braçadeiras dos capitães das equipas com o símbolo dos homossexuais. A discussão em Portugal, neste aspecto, foi horrível. Uns, diziam que o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro não deviam deslocar-se ao Catar em protesto contra a falta de direitos humanos. Outros, concordavam com a presença das mais altas figuras do Estado no Catar, simplesmente para dar apoio à selecção. Esta discussão oiço-a há décadas. Os direitos humanos são respeitados onde? Por mim, tenho a ideia de que onde existe uma polícia de choque já não podemos dizer que esse país cumpre os direitos humanos. Se se escreve um pouco além da inventada lei de imprensa, logo o tribunal trata da saúde ao escritor. E isso, não é incumprimento dos direitos humanos? Por África fora, pelos vários Estados americanos, pela Alemanha ou Noruega, pela Indonésia ou Filipinas, pelo Japão ou China, pela Austrália podemos afirmar perentoriamente que os direitos humanos são cumpridos? Claro que não, todos o sabemos que na maioria do planeta, incluindo a Amazónia, não são cumpridos os direitos humanos. Mas, na semana passada em Portugal deu-se o ridículo de dar a entender que só o Catar era uma ditadura. A bola está a rolar e todo o mundo está diante de um televisor a ver os jogos de futebol que emocionam e que dão alegria a milhões de pessoas. A única coisa que podemos afirmar, e que é incontestável, é que a bola mundial rola sem direitos…
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | Selecionador português e jogadores felizes com apoio em Lisboa, tristes pela eliminação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador português de futebol mostrou-se este domingo feliz com a recepção que a equipa lusa teve no regresso a Lisboa, mas admitiu “tristeza” por não ter conseguido dar “mais uma alegria” aos portugueses, dada a eliminação do Mundial 2018. “Sabemos o sentimento que o povo português nutre pela seleção nacional. Estamos muito tristes, porque, além da derrota, queríamos dar ao povo português mais uma alegria. Esta tristeza reinava ontem (sábado) no balneário, com eles (jogadores) a chorarem. Estávamos tristes por nós, mas muito pelo povo português”, afirmou Fernando Santos aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa. Cerca de três centenas de pessoas aguardaram pela chegada da seleção portuguesa ao aeroporto de Lisboa, um dia depois de esta ter sido eliminada pelo Uruguai (2-1), nos oitavos de final do Mundial2018, a decorrer na Rússia. Apesar da eliminação da equipa das ‘quinas’, as pessoas que se deslocaram ao aeroporto dirigiram palavras de incentivo aos jogadores e, assim que as ‘barreiras’ de segurança foram ‘quebradas’, procuraram obter uma recordação dos campeões europeus em título. “É uma emoção ter esta receção. As coisas não correram como queríamos, não pudemos dar ao nosso povo aquilo que eles mereciam e o que todos nós queríamos. É muito gratificante saber que o povo está connosco. Dá força para continuarmos”, disse José Fonte. O central, de 34 anos, que foi um dos indiscutíveis de Fernando Santos nos quatro encontros na prova, lamentou a “oportunidade perdida” pela seleção nacional, antes de se mostrar disponível para continuar a “ajudar” Portugal: “Nunca direi que não à minha seleção, ao meu país, ao meu selecionador. Nunca. Se o treinador precisar de mim para vir limpar as botas, eu venho. Estou aqui para ajudar.” Também Bruno Alves agradeceu o apoio que sempre foi dispensado à seleção nacional e assegurou que a seleção portuguesa vai continuar à procura de fazer melhor em futuras competições. “Acreditámos sempre que poderíamos fazer melhor. Muito obrigado a todos pelo apoio. Desta vez, não tivemos sorte. Foi o melhor jogo que fizemos, mas não conseguimos vencer. Vamos tentar fazer melhor no futuro. Portugal tem qualidade e condições para fazer melhor”, vincou o central, de 36 anos. Portugal foi afastado pelo Uruguai nos oitavos de final do campeonato do mundo, perdendo por 2-1 no sábado, em Sochi, na Rússia. A seleção nacional foi para o intervalo a perder por 1-0, graças a um golo de Edinson Cavani, aos sete minutos, mas Pepe ainda igualou para a equipa das ‘quinas’, aos 55 minutos. Pouco depois, aos 62, Cavani ‘bisou’ na partida, com um golo que acabaria por dar o triunfo aos sul-americanos.
Hoje Macau DesportoMundial 2018: Cristiano Ronaldo mantém o ‘7’ e André Silva herda o ‘9’ de Éder [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] capitão Cristiano Ronaldo vai manter o número sete na camisola no Mundial2018 de futebol, com André Silva a herdar o ‘9’ de Éder, herói da conquista do Euro2016. De acordo com a numeração hoje divulgada pela Federação Portuguesa de Futebol, dos 13 campeões da Europa em 2016 que se mantêm nas escolhas de Fernando Santos apenas José Fonte mudou de número, ao trocar o ‘4’ – passa para Manuel Fernantes – pelo ‘6’, que era de Ricardo Carvalho. De resto, Rui Patrício (1), Bruno Alves (2), Pepe (3), Raphael Guerreiro (5), Cristiano Ronaldo (7), João Moutinho (8), João Mário (10), Anthony Lopes (12), William Carvalho (14), Ricardo Quaresma (20), Cédric (21) e Adrien (23) vão usar a mesma numeração do Europeu de França. Éder, que marcou o golo do triunfo na final do Euro2016, é um dos grandes ausentes e ‘passa’ a sua camisola para outro avançado: André Silva. Renato Sanches e Nani também não foram convocados e ‘cedem’ o ’16’ e o ’17’ a Bruno Fernandes e Gonçalo Guedes, respetivamente. Ausente por lesão, Danilo vai ver o seu ’13’ ser utilizado por Ruben Dias, enquanto Ricardo Pereira fica com o ’15’ de André Gomes e Mário Rui com o ’19’ que foi de Eliseu. Campeão inglês pelo Manchester City, Bernardo Silva vai usar a camisola ’11’, usada em França por Vieirinha, enquanto o guarda-redes Beto regressa a uma grande competição e vai usar o ’22’, utilizado por Eduardo no Europeu. Portugal está integrado no Grupo B do Mundial2018, juntamente com Espanha, Irão e Marrocos. Numeração dos jogadores de Portugal no Mundial2018: 1 – Rui Patrício 2 – Bruno Alves 3 – Pepe 4 – Manuel Fernandes 5 – Raphael Guerreiro 6 – José Fonte 7 – Cristiano Ronaldo 8 – João Moutinho 9 – André Silva 10 – João Mário 11 – Bernardo Silva 12 – Anthony Lopes 13 – Rúben Dias 14 – William Carvalho 15 – Ricardo Pereira 16 – Bruno Fernandes 17 – Gonçalo Guedes 18 – Gelson Martins 19 – Mário Rui 20 – Ricardo Quaresma 21 – Cédric 22 – Beto 23 – Adrien