Urbanismo | Rui Martins com mandato renovado em comissão

O académico Rui Martins vai continuar como presidente do Conselho de Arquitectura, Engenharia e Urbanismo, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial.

Rui Martins é um dos representantes da Administração Pública no conselho, que tem como vice-presidente Eddie Wong Yue Kai, representante do sector privado.

Uma das alterações de maior relevo é a saída de Arnaldo Ernesto dos Santos, presidente do Instituto de Habitação, que não teve o mandato renovado. Ao mesmo tempo, Rui Cernadas e Nuno Soares vão continuar no órgão, como suplentes dos membros Leong Wa Kun e Choi Tin Tin, respectivamente. Leong e Choi, a par de Vong Kock Kei e José Chui Sai Peng, são os restantes membros que representam o sector privado na comissão.

17 Ago 2023

UM | Rui Martins nega que docentes sejam desencorajados a falar com jornalistas

A pandemia obrigou “bastantes alunos internacionais” da Universidade de Macau a anos de percurso académico à distância, disse à Lusa o vice-reitor da instituição, referindo que, apesar das “condições difíceis”, as inscrições de fora aumentaram. Rui Martins destacou ainda a excelência da investigação científica ao nível da electrónica e medicina tradicional chinesa

 

“A pandemia nunca interrompeu a admissão de alunos internacionais, só que eles tiveram de o fazer em condições difíceis, através da plataforma ‘zoom’ e aulas ‘online’, porque nós demos sempre aulas ‘online’ até Dezembro”, referiu o vice-reitor para os Assuntos Globais da Universidade de Macau (UM), Rui Martins.

“Houve alunos de licenciatura que estiveram três anos fora e que só agora estão a regressar ao campus para o primeiro ano [presencial]”, continuou o responsável. “Com alguns alunos de mestrado as coisas foram um pouco suspensas, só agora estão a regressar para fazer a tese”.

Apesar disso, Rui Martins, responsável “pela área dos alunos internacionais”, admitiu que houve “um pequeno aumento” das inscrições do exterior: “um pouco menos do que 30 por cento”.

“A previsão que eu tinha era multiplicar o número de alunos de cento e pico por cinco, para 500, e isso não conseguimos – se não houvesse pandemia quase de certeza conseguíamos este ano – mas aumentámos para perto de 200 e esses alunos internacionais ficaram fora [de Macau durante a pandemia]”, explicou.

Além destes estudantes internacionais, que completam integralmente os estudos académicos na UM, a instituição de ensino superior recebe ainda alunos de intercâmbio – “à volta de 200 alunos” antes do aparecimento da covid-19. “E tínhamos um número igual de alunos nossos que iam fazer esse intercâmbio na Europa, Estados Unidos, etc, e isso com a pandemia foi a zero”, lembrou.

Martins, um dos cinco vice-reitores da UM, admitiu que durante a crise sanitária, “a capacidade que se instalou” em termos de oferta de aulas e conferências à distância, “foi importante” para que houvesse progressão académica.

A UM tinha, no primeiro semestre deste ano lectivo, 7.515 alunos em licenciaturas, 59 em pós-graduações, 3.368 a fazer mestrados e 1.836 doutorandos, num total de 12.778 alunos inscritos, de acordo com o ‘site’ da instituição. Um ligeiro aumento – quase 5 por cento – em relação ao ano anterior (12.208).

Cerca de 80 alunos são provenientes de Países de Língua Portuguesa (PLP), sendo que “talvez cerca de 80 por cento” frequentam estudos na área do Direito, notou o vice-reitor. “Nós aqui somos apoiados pela Fundação Macau, aumentámos o número de bolsas que demos a alunos internacionais, que também cobre o número de alunos africanos [dos PLP] e, portanto, espero que esse número venha a aumentar”.

Nos planos da universidade para os próximos três anos, avançou ainda o vice-reitor, está um crescimento do volume de inscritos para entre “15 e 17 mil”, com a aposta a ser direccionada para cursos pós-graduados.

A UM avançou esta semana que vai lançar, no próximo ano lectivo, seis novos mestrados, em Inteligência Artificial, Robótica e Sistemas Autónomos, Ambiente Costeiro e Segurança, Materiais Inovadores, Gestão Médica e ainda Filosofia.

Através dos novos programas, lê-se num comunicado, a instituição quer “formar mais profissionais de alta qualidade para apoiar o desenvolvimento das indústrias emergentes e ajudar Macau na transformação económica”.

“Os alunos de pós-graduação vêm essencialmente da China”, declarou Rui Martins, considerando que a UM atrai “cada vez mais alunos de topo”. “Há cerca de dez, 20 anos, os alunos da China que se candidatavam aqui à universidade eram alunos medianos. (….) Agora compete com a [universidade de Pequim] Tsinghua, agora são alunos de muito alto nível que se candidatam, essencialmente para mestrado, mas também para doutoramento”, disse.

Falta de coragem

Sobre a oferta de língua portuguesa, o investimento passa por “manter os programas”, com o responsável a considerar a possibilidade de “recrutar mais professores” na área da Literatura. “Em tempos tivemos essa área, mas alguns professores foram embora e podemos tentar desenvolver mais essa área”, disse.

Rui Martins lembrou ainda “um plano de contingência”, delineado para o período após a transferência do exercício da soberania de Macau para a China, em 1999, “para o caso de o programa de Direito em português acabar por falta de alunos”.

“Estávamos com essa perspectiva, porque o número de alunos estava a cair, houve uma altura de crise, mas depois foi criado aqui o Fórum [para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP], em 2013, e então essa área manteve-se”, reforçou.

Rui Martins, que falava à agência Lusa numa entrevista alargada, foi ainda questionado se a Universidade de Macau desencoraja os docentes a falarem à comunicação social. O responsável respondeu negativamente. “O que pode haver é a questão, como é muito referido, da auto-censura, mas a universidade não tem muito a ver com isso”, afirmou.

A Lusa tem tido cada vez mais dificuldade em contactar académicos para analisar assuntos da actualidade, com docentes a explicarem que são desencorajados de falar com os ‘media’.

Liderança electrónica

A Universidade de Macau (UM), que viu 15 trabalhos de investigação serem aceites em Fevereiro numa conferência internacional de electrónica em São Francisco, nos EUA, é “líder mundial nesta área”, disse à Lusa o vice-reitor Rui Martins.

“Nós este ano, em termos electrónicos fomos líderes mundiais nessa área, em segundo lugar veio a universidade [de Pequim] Tsinghua com 13 ‘papers'”, notou o vice-reitor para os Assuntos Globais da UM. Os artigos científicos da instituição de ensino superior da região administrativa especial abordaram temas como a conversão de dados, comunicações ‘wireless’ ou conversão de energia.

A 70.ª edição da ‘International Solid State Circuits Conference (ISSCC)’ [Conferência Internacional de Circuitos em Estado Sólido] distinguiu ainda Rui Martins como principal colaborador entre 1954 e 2023. “Ninguém acredita, mas somos líderes mundiais nessa área”, apontou o académico, director do instituto de Microelectrónica e director fundador do Laboratório de Referência do Estado em Circuitos Integrados em Muito Larga Escala Analógicos e Mistos, ambos da Universidade de Macau.

Em entrevista, o responsável disse que a pesquisa da Universidade de Macau na área da ciência dispõe este ano de um orçamento interno de 100 milhões de patacas, recebendo ainda 440 milhões de entidades externas, como o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), através do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA), e entidades do Interior da China.

“Em termos de financiamento de investigação científica e comparado com outras universidades, acho que é um bom investimento”, afirmou o vice-reitor para os Assuntos Globais da UM.

Rui Martins sublinhou avanços da instituição no estudo do “cancro da mama e do cólon, que são aqueles mais frequentes em Macau”. Realçou ainda o desenvolvimento, durante a pandemia, de “dois ventiladores sofisticados e avançados em termos de electrónica”, que foram doados a duas universidades em África, uma em Maputo [Moçambique] e outra no Lubango [Angola]”.

No que diz respeito a parcerias na área da investigação científica, o responsável admitiu que há “poucos projectos” com Portugal e que o baixo investimento noutros países influencia potenciais parcerias com Macau.

“Tenho notado”, reagiu. E acrescentou: “Em Portugal, onde há projectos financiados em Ciência e Tecnologia, bem financiados, são essencialmente pela União Europeia e alguns projectos também pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), mas programas para a cooperação com Macau especificamente, os valores são muito baixos”. Para desenvolver essa colaboração, “esses valores têm de aumentar”.

Rui Martins lembrou que, em 2017, foi assinado entre a FCT e a FDCTM um memorando de entendimento com o objectivo de incentivar a cooperação entre as instituições de investigação das duas regiões. “Durante a pandemia esteve um bocado parado”, disse o responsável, sublinhando que decorrem negociações para uma nova edição.

“O fundo que se colocou aí, se não me engano, foi de 300 mil euros”, disse Martins, admitindo que é um valor “muito baixo, para não dizer insignificante” e que “não permite desenvolver projectos de elevada envergadura”. “Espero que agora no programa seja aumentado esse montante”, acrescentou.

Com tranquilidade

Rui Martins considera que a internacionalização da Medicina Tradicional Chinesa, uma das apostas do estabelecimento de ensino, “vai levar algum tempo”, pela dificuldade em competir com a indústria farmacêutica. “A indústria farmacêutica está muito avançada e esses produtos chineses estão agora a aparecer e a ser comercializados e, portanto, vão levar algum tempo a afirmarem-se”, disse em entrevista à Lusa o vice-reitor para os Assuntos Globais.

O responsável admitiu que os “produtos naturais” utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa (MTC) “poderão levar mais tempo a ser efectivos do que os produtos químicos”, o que pode contribuir para a dificuldade de consolidação do sector.

Além disso, referiu, outro dos obstáculos é o desconhecimento geral da prática: “No ocidente, o que eles consideram medicina chinesa é acupuntura”.

O Ministério da Ciência e Tecnologia chinês aprovou, em 2011, a criação do Laboratório de referência do Estado para investigação de qualidade em medicina chinesa, coordenado em conjunto pela UM e pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, com a “ideia de internacionalizar a medicina chinesa”, explicou o responsável. “O que se está a fazer é um bocado inovador, mas eu creio que ainda vai levar algum tempo, porque os investimentos aqui são grandes nessa área, mas os investimentos na industria farmacêutica normal são brutais”, referiu.

A MTC é uma das apostas para Macau com vista a diversificar a economia do território, profundamente dependente das receitas do jogo. Além do laboratório de Estado, são vários os projectos pensados para dar forma a esta aspiração, nomeadamente a criação, em 2011, do Parque científico e industrial de medicina tradicional chinesa para a cooperação entre Guangdong–Macau, estabelecido em Hengqin. Macau, frisou Rui Martins, “é um dos sítios mais avançados no mundo” no que diz respeito à investigação na área da MTC.

11 Abr 2023

Rui Martins distinguido com medalha de Mérito Educativo

Num quadro mais restrito do que nos anos anteriores, Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau, é agraciado pela segunda vez pelo Governo da RAEM. O académico destaca a importância do reconhecimento do trabalho da UM

 

Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau, vai ser agraciado por Ho Iat Seng com a Medalha de Mérito Educativo, de acordo com a lista revelada ontem pelo Governo. As medalhas distinguem as personalidades que se destacam no âmbito das suas actividades profissionais, e, neste caso, reconhece uma carreira com 803 trabalhos científicos publicados e a participação na criação do Laboratório de Investigação em Circuitos Analógicos e Mistos da UM.

“É um bom reconhecimento do trabalho desenvolvido longo de 30 anos em Macau no ensino superior e no laboratório de referência, não só para mim, mas em especial para a Universidade de Macau”, afirmou Rui Martins, ao HM. “Não estava à espera da distinção, mas percebo a razão face ao trabalho realizado. Dá-nos mais alento para continuar a trabalhar, não só a mim, mas também para a equipa altamente competente do laboratório que foi treinada ao longo de muitos anos”, acrescentou.

Rui Martins destacou ainda a importância num ano em que a UM celebra o 40.º aniversário. “Se a lista é mais reduzida do que em anos anteriores, acho que isso atribui mais importância à distinção para a universidade”, justificou.

Esta é a segunda vez que o académico é distinguido pelo Governo da RAEM. A primeira tinha sido com o Título Honorífico de Valor, em 2001, pelo Chefe do Executivo à época, Edmundo Ho.

As distinções mais importantes vão ser atribuídas ao Hospital Kiang Wu, pelos “serviços altruístas prestados à população”, e a Chui Sai Cheong, vice-presidente da Assembleia Legislativa, pelos esforços de promoção da Lei Básica e do princípio Um País, Dois Sistemas.

Menos distinções

A lista revelada ontem apresenta 22 individualidades e entidades, ou seja, menos 11 do que no ano passado. Além de menos distinguidos, Ho Iat Seng optou por não distinguir ninguém com a Medalha do Grande Lótus, que no ano passado foram atribuídas a Chui Sai On, ex-chefe do Executivo, e Zhong Nanshan, epidemiologista do Interior. Também a Medalha de Lótus de Prata não foi atribuída.

Na lista de distinguidos, constam com a Medalha de Mérito Profissional os Laboratórios de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa da Universidade de Macau e da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.

U Seng Pan e Wu Tat Chong recebem a Medalha de Mérito Industrial e Comercial, a Pastelaria Cinco de Outubro é agraciada com a Medalha de Mérito Turístico. Ho Iat Seng vai ainda entregar a Medalha de Mérito Cultural a Chui Weng Chui e Au Chong Hin, e a Medalha de Mérito Altruístico aos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

Na categoria de Medalha de Valor, os contemplados são as polícias, ou seja, os Serviços de Polícia Unitários, o Corpo de Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária. As medalhas de Dedicação e Serviços Comunitários vão para a Divisão Laboratorial do Instituto para os Assuntos Municipais, Associação de Ajuda Mútua dos Chineses Ultramarinos da Birmânia em Macau e Cheong Lai Chan. Finalmente, Chen Yu Chia e Chen Pui Lam recebem o Título Honorífico de Valor.

20 Dez 2021

Ciência e Tecnologia | Rui Martins, da UM, nomeado para Conselho

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]ui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau (UM) para os Assuntos Académicos, foi nomeado como membro do Conselho de Ciência e Tecnologia por um período de dois anos, a contar desde ontem. Além de Rui Martins, o despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO) dá conta da nomeação de um total de 18 personalidades, tal como Peter Lam, ligado ao Conselho da UM, ou Ho Sio Kam, ex-deputada nomeada à Assembleia Legislativa em representação do sector educativo

9 Ago 2018

Idosos | Subsídio anual sobe de 8.000 para 9.000 patacas

Idosos | Subsídio anual sobe de 8.000 para 9.000 patacas

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] subsídio anual para idosos foi aumentado das 8.000 para as 9.000 patacas. A actualização, definida num despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial, tinha sido anunciada, em Novembro, aquando da apresentação das Linhas de Acção Governativa. A última mexida tinha tido lugar em 2016. O subsídio anual para idosos começou a ser atribuído em 2005, sendo atribuído uma vez por ano, entre Outubro e Dezembro. São elegíveis todos os residentes permanentes que tenham completado 65 anos até ao último dia do ano em que o requerimento é apresentado junto do Instituto de Acção Social.

Selos | Emissão assinala 60 anos do Jornal Ou Mun

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] partir do próximo dia 15 de Agosto, vai ser posta em circulação uma emissão extraordinária de selos para assinalar o 60.º Aniversário do Jornal Ou Mun. A informação consta de um despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial, após proposta da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações.

Taishan | Central nuclear cumpre normas de segurança

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan, a cerca de 80 quilómetros de Macau, “cumpre rigorosamente as normas e os requisitos de fiscalização”. A garantia foi dada pela Companhia da Energia Nuclear Geral da China num aviso ao público que o Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong reencaminhou aos Serviços de Polícia Unitários (SPU). No comunicado, divulgado ontem pelo SPU, refere-se que a unidade 1 da central concluiu as principais actividades de controlo crítico, “cumprindo os requisitos e as medidas propostas pelo organismo fiscalizador”. Actualmente, segundo a mesma informação, decorrem testes na unidade 1 que indicam que estão a ser cumpridos os requisitos. “O projecto de construção cumpre o princípio “segurança e qualidade em primeiro lugar”, diz a mesma nota.

UM | Rui Martins vai ser vice-reitor para assuntos internacionais

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) lançou um concurso para o cargo de vice-reitor para a investigação, ocupado actualmente por Rui Martins. Segundo a Rádio Macau, Rui Martins vai, no entanto, manter-se na UM, onde irá desempenhar a função de vice-reitor para os assuntos internacionais, um cargo novo na estrutura administrativa da Universidade de Macau.

USJ | Criada licenciatura em Estudos de Tradução Português-Chinês

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Universidade de São José (USJ) vai oferecer uma licenciatura em Estudos de Tradução Português-Chinês. Segundo um despacho do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, publicado ontem em Boletim Oficial, o curso com a duração de quatro anos tem o chinês, português e inglês como língua veicular. Do plano de estudos, destacam-se as disciplinas de Língua e Cultura dos Países Lusófonos (no primeiro e segundo ano) e de Estudos Macaenses (no terceiro ano).

20 Jun 2018

Ensino | Programa de mobilidade com universidades dos PALOP no horizonte

Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau, esteve presente na reunião do conselho de administração da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) que decorreu no dia 28 de Fevereiro na sede da associação, em Lisboa.

De acordo com um comunicado, “estiveram presentes dez instituições de ensino superior de países de língua portuguesa e de Macau que ocupam os diversos órgãos sociais” da associação. Foi também discutida “a criação de uma plataforma para um programa de mobilidade, Erasmus – AULP, tendo o conselho de administração delineado nesta reunião as linhas gerais do programa”.

Além disso, a sessão “serviu para discutir as actividades realizadas pela sede no último semestre, bem como para a preparação do XXVIII Encontro da AULP, de 18 a 20 de Julho de 2018, no Lubango, Angola”. Foi anunciado ainda o lançamento do Prémio Fernão Mendes Pinto, edição 2018, com candidaturas abertas até 31 de Julho de 2018. Recorde-se que Gustavo Velloso, da Universidade de São Paulo, no Brasil, foi o vencedor da edição de 2017 deste prémio.

7 Mar 2018

Língua | Rui Martins diz que português cresce na Ásia 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), Rui Martins, defendeu que “a importância do português alcançou maior atenção na Ásia” e que quem o domina “depara-se com novas oportunidades no futuro”.

Rui Martins, que além de presidente da AULP é vice-reitor da Universidade de Macau, discursava no 27.º Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), no Brasil, segundo um comunicado divulgado ontem pelo gabinete de comunicação social do governo de Macau.

Sob o tema “Confluências de culturas no mundo lusófono”, o evento que terminou ontem na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), atraiu a participação de professores e investigadores dos países de língua portuguesa.

Rui Martins relembrou que a cooperação entre a AULP e a UNICAMP vem desde 1988. Por outro lado observou que o governo de Macau e respectivas instituições de ensino superior “têm contribuído para o importante impulso da AULP na Ásia e no sul da China”.

Nesse sentido destacou “a organização de cinco encontros anuais que trouxeram a Macau uma média de cerca de 200 delegados, em cada uma das edições do evento, vindos dos países de língua portuguesa, mas também da China, do Japão e de outros países asiáticos, e que chamaram a atenção para a importância da língua portuguesa nesta região do mundo”.

O Presidente da AULP acrescentou que “o ensino da língua portuguesa passou recentemente a ser oferecido em 35 universidades, espalhadas por todo o país, ao contrário do que acontecia em 2003, quando o mesmo apenas se efectuava em Pequim e Xangai”.

“A expansão do ensino do português deve-se essencialmente à estratégia definida pelo Governo chinês de intensificar a cooperação com os países de língua portuguesa, nomeadamente através da plataforma que é Macau, o que abre novas oportunidades de futuro a quem domine bem esta língua”, disse.

O encontro deste ano marca o final dos três anos de presidência da AULP pela Universidade de Macau, sendo a próxima presidência assumida pelo reitor da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, Orlando da Mata.

O 28.º encontro da AULP realiza-se no próximo ano em Angola.

13 Jul 2017