Sofia Margarida Mota Manchete SociedadeEntena | IAS rejeita acusações de proprietário de loja danificada O IAS assegura o apoio necessário às vítimas do acidente da Rua da Entena, mas diz não compactuar com más gestões de negócio. É a resposta do Governo às acusações do proprietário de uma clínica de medicina tradicional chinesa na qual embateu o autocarro e que se queixa de ser “desprezado” pelo Governo, que acusa de ser irresponsável [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Relativamente às solicitações apresentadas pelos proprietários das lojas sobre as perdas de operacionalidade é de referir que tal assunto trata-se de um tema relativo aos lucros e, portanto, não é abrangido pelo serviços de acção social.” É assim que o Instituto de Acção Social (IAS) responde ao HM em reacção a uma carta enviada pelo proprietário de uma clínica de medicina tradicional chinesa que ficou danificada pelo acidente da Rua da Entena. Na missiva dirigida ao Executivo, em que se queixa de desprezo e falta de fonte de sustento, o homem diz que está a perder o seu ganha-pão. Para o IAS, o proprietário da “Policlínica de Traumatologia Sai Long” não teve qualquer diferenciação de tratamento relativamente aos restantes lesados e tem acesso ao mesmo tipo de apoios. O Instituto considera ainda que neste caso em concreto a inoperacionalidade da loja é devida não à presente situação pós-acidente, mas antes a uma má gestão anterior. “No caso de os proprietários das lojas se depararem com problemas de sustento ou com dificuldades para a manutenção da vida, poderá ser contactado o IAS para efeitos do pedido de apoio económico”, adianta o Instituto. O proprietário da “Policlínica de Traumatologia Sai Long” dirigiu, na passada terça-feira, uma carta aberta ao Chefe de Executivo em que demonstra o seu descontentamento com a forma como tem sido tratado no caso do acidente da Rua da Entena, que envolveu um autocarro turístico e destruiu parte da sua clínica. Do conteúdo da missiva pode ler-se que “o Governo deve assumir uma maior parte das responsabilidades”, sendo que quando este planeou a passagem de autocarros de turismo pelas ruas mais estreitas de Macau, o Executivo foi “à procura de crescimento económico e ignorou a segurança da área histórica e dos residentes da área”. O proprietário considera-se a maior vítima deste acidente, afirmando que até agora “só recebeu um telefonema do IAS a perguntar pelas suas necessidades”. O facto de, até à data, já terem sido registados “quatro acidentes” como este, e sendo permitida a continuidade da circulação deste tipo de veículos, confere ao Governo uma “responsabilidade iniludível”, afirma o proprietário. São ainda de registo na carta enviada a Chui Sai On os longos processos legais no que respeita a indemnizações que possam vir a ser pagas. O proprietário da clínica refere que está perante a destruição do seu “ganha-pão” e que se encontra sem qualquer fonte de rendimento. Por outro lado, afirma ainda que o acidente veio desvalorizar o edifício mesmo tendo em conta a reparação garantida pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSOOPT) e espera que o Governo “promova a demolição e reconstrução do edifício”. O acidente ocorreu há duas semanas, quando um autocarro de turismo desceu a Rua da Entena e embateu no edifício, enquanto o motorista estaria fora do veículo. Do acidente resultaram 32 vítimas, uma delas continua em estado grave. Simulacro com condutor A fim de conhecer melhor as causas do acidente, a PSP e a DSAT fez ontem um simulacro com um autocarro de turismo do mesmo modelo do acidentado, com o mesmo número de passageiros e bagagem. O simulacro foi realizado num período de uma hora e meia sob a observação de técnicos especialistas em estruturas de autocarros e na presença do condutor. Quatro vítimas com alta Entre os 11 turistas internados no Hospital Kiang Wu vítimas do acidente na Rua da Entena, quatro tiveram alta. Em relação às sete pessoas ainda hospitalizadas, a mulher que foi submetida a uma cirurgia craniofacial encontra-se ainda na unidade de cuidados intensivos e em estado clinicamente estável, apesar de ainda necessitar de apoio das máquinas para respirar, sendo que o Hospital teve de a operar para efectuar uma traqueostomia, de forma a servir de apoio às máquinas de ventilação respiratória. Os feridos que ainda se encontram internados registam um quadro clínico estável, adianta um comunicado do Executivo. Guias querem autocarros na rua Em carta aberta enviada ao Instituto Cultural (IC) e à Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a Associação de Promoção de Guias de Turismo de Macau e a União dos Guias Turísticos de Macau opõem-se à proposta recentemente apresentada que sugere que o parque da Tap Seac seja utilizado para recolha e largada de passageiros dos autocarros de lazer. As associações, que dizem falar em nome de todos os guias de turismo do território, sugerem que se mantenha a circulação de autocarros na Rua de Entena mas com uma supervisão mais exigente e rigorosa. Dada a distância entre as Ruínas de S. Paulo e a Tap Seac – de cerca de um quilómetro -, o facto dos passageiros terem que andar este percurso pode ser fonte de inconvenientes, afirma a carta, ao mesmo tempo que refere que os moradores do trajecto também serão afectados. Foram ainda solicitados mais lugares para autocarros turísticos, bem como a proibição ao estacionamento de veículos ligeiros no horário da manhã e mesmo a existência de mais formação para motoristas.
Sofia Margarida Mota PolíticaRua da Entena | Coutinho quer fundo e pede relatório sobre acidente O deputado da ATFPM quer que o Governo publique na íntegra o relatório sobre o acidente com um autocarro de turismo na Rua da Entena e ainda que seja criado um fundo de emergência para que quem sofreu danos possa ser ressarcido sem esperar pelos tribunais [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho quer que o Governo publique de imediato o relatório do acidente na Rua da Entena. O deputado fez o pedido no mesmo dia em que sugeriu a criação de um fundo de emergência para apoiar os proprietários que se vejam na mesma situação daqueles que viram os seus espaços danificados com o recente acidente de autocarro de turismo. Pereira Coutinho entregou na sexta-feira, na Sede do Governo, uma petição que exige a divulgação, na íntegra, do relatório referente ao incidente. No mesmo documento, o também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) fala na necessidade de se criar um fundo de emergência para casos destes. “É necessário porque o proprietário vai pagar honorários extremamente elevados do seu próprio bolso, além de ter de reparar o espaço, enquanto as seguradoras e a agência de turismo que danificou (no prédio) vão ficar à sombra da bananeira à espera da decisão dos tribunais, o que é muito mais cómodo”, afirmou o deputado, citado pelo canal de rádio da TDM. É por isso que o deputado considera a necessidade de um “fundo de emergência para acudir situações desta natureza, até que os tribunais resolvam o assunto”, referindo-se, em concreto, ao caso do consultório de medicina tradicional chinesa que se viu danificado pelo acidente. O processo irá seguir para os tribunais, adianta o deputado, no entanto, “o proprietário vai ficar três ou cinco anos à espera para que seja ressarcido dos danos. Há que criar um sistema de compensação imediato e rápido”, defende Pereira Coutinho. Relatório completo O caso está associado ao acidente recentemente ocorrido com um autocarro de turismo, que colidiu com um prédio na Rua da Entena e que causou mais de 30 vítimas e danos no edifício. O deputado pede a divulgação do relatório na sua totalidade na petição dirigida ao Governo. Para Pereira Coutinho, o Executivo tem sido passivo perante a situação e por isso tem “permitido que estes acidentes aconteçam com alguma regularidade”. “É nesse sentido que apresentámos uma petição para exigir a divulgação do relatório integral da situação destes acidentes”, frisou. Além deste relatório é ainda solicitada a entrega de todos os relatórios que existirem acerca do mesmo tipo de problemas e pedido que os autocarros, “por questões de segurança, sejam parqueados no silo do Tap Seac”.
Joana Freitas SociedadeGoverno presta apoio jurídico a moradores do edifício Wa Keong [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ) e o Instituto de Acção Social (IAS) estão a prestar apoio jurídico aos pequenos proprietários de fracções do edifício Wa Keong, no qual embateu o autocarro de turismo que seguia desgovernado na Rua da Entena. De acordo com um comunicado do Governo, dez das 11 vítimas do acidente terão alta esta semana. Responsáveis da DSAJ encontraram-se com os moradores do prédio – que o Governo disse estar estável – para se inteirarem das solicitações e dar-lhes pareceres jurídicos, “para ajudá-los a defenderem os seus direitos e interesses conforme a lei”. A polícia ainda está a investigar as causas do acidente, pelo que “as autoridades apenas podem fazer aos pequenos proprietários uma breve apresentação sobre os assuntos da lei vigente, respondendo a questões jurídicas”, como indica o Executivo. A responsabilidade civil, os processos de pedido de indemnização através da arbitragem e via judicial, a prescrição do procedimento penal, as condições e meios de pedido da assistência judiciária e a cobertura e valor do seguro de responsabilidade civil automóvel foram algumas das áreas de interesse dos moradores. Do acidente com o autocarro de turismo resultaram mais de 30 vítimas, sendo que 11 delas ainda estavam internadas no Kiang Wu. Todas, à excepção da que foi operada a um traumatismo craniano e que se encontra em coma, terão alta esta semana. A empresa de consultadoria contratada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) está ainda a efectuar um estudo de viabilidade para obras de reparação do pilar do prédio. Actualmente, quatro famílias do edifício afectado estão alojadas em fracções temporárias. Entre os 44 turistas do grupo de excursão, além dos feridos que se encontram hospitalizados, há nove turistas (um dos quais voltou a Macau) que ainda permanecem no território para acompanhar os familiares hospitalizados ou continuam em negociações com a agência de viagens local sobre a questão da compensação monetária. Sete familiares dos turistas feridos permanecem em Macau, tendo-lhes sido fornecido alojamento pela agência de viagens local responsável pela excursão que vinha de Shenzhen. Autocarro evacuado Um autocarro que seguia este sábado na Avenida de Venceslau de Morais expeliu fumo, levando a que 15 passageiros fossem retirados do veículo. Segundo uma análise preliminar dos Bombeiros, o fumo devia-se às más condições dos travões, cujos calços acabaram por ficar “colados ao pneu traseiro do autocarro”. O caso não deixou feridos, mas nos últimos anos os acidentes de autocarro provocados por problemas técnicos têm sido frequentes. Em Outubro do ano passado, um autocarro incendiou-se devido a um curto-circuito. Em Janeiro, Julho e Agosto outros veículos viram fumos a sair da carroçaria.
Angela Ka SociedadeAutocarros | Governo proíbe circulação em parte da Rua da Entena [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]partir de Setembro, os autocarros não poderão circular em parte da Rua da Entena. A decisão é da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que diz já ter um plano provisório para a proibição de circulação e descarga de passageiros de autocarros turísticos na parte em que a Rua da Entena cruza com a Rua de D. Belchior Carneiro e a Rua de Tomás Vieira. A decisão foi ontem anunciada pelo chefe de Divisão de Planeamento de Tráfego da DSAT, Edison Sio, e surge na sequência do acidente com um autocarro de turismo a 8 deste mês, que deixou uma mulher em coma e fez mais de 30 feridos. O responsável falava ontem no programa Macau Talk do canal chinês da Rádio Macau e explicou que os autocarros vão deixar de passar na parte de cima da rua, onde actualmente é permitida a tomada e largada de passageiros. O organismo vai propor contra-medidas, uma vez que a permissão de deixar lá turistas fazia com que os autocarros parassem nessa área e descessem a rua toda até à zona onde fica o edifício Wa Keong, no qual bateu o autocarro. Edifício em causa Entretanto, Pang Chi Meng, engenheiro chefe da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) referiu que já contactou uma empresa de consultoria de engenharia para o plano de recuperação do Edifício Wa Keong. Este deverá ser entregue para a semana, de acordo com o Governo. Os dados recolhidos pelas máquinas de monitorização instaladas no edifício mostram que a estrutura se apresenta estável, sendo apenas num dos blocos que há fracções danificadas e para as quais os moradores não podem regressar. Afecta quatro famílias, num total de 18 pessoas, que continuam alojadas em fracções provisórias. Outros sete moradores de outros blocos ficaram receosos e decidiram ir para o Centro de Sinistrados do Instituto de Acção Social (IAS), mas apenas quatro deles continuam lá, sendo que as outras três decidiram sair e pretendem arrendar casa noutros edifícios. Segundo o comunicado do Governo, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ) e o IAS vão marcar encontros com os pequenos proprietários para oferecer apoio jurídico face à responsabilização do acidente e quanto à compensação. Entre os 32 feridos que vinham numa excursão de Shenzen, apenas a mulher que foi operada a um trauma craniofacial ainda está na Unidade de Cuidados Intensivos em coma, ainda que os “seus sinais estejam estáveis”. Outros 11 feridos ainda estão sob tratamento médico no Hospital Kiang Wu.
Joana Freitas SociedadeRua da Entena | Estrutura do prédio estável. PSP pede testemunhas Onze pessoas continuam internadas e outras tantas realojadas devido ao acidente com um autocarro turístico na Rua da Entena. O Governo garante a estabilidade do edifício onde embateu o autocarro, mas a PSP está a apelar a quem saiba de algo sobre o acidente para falar [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stá estável o edifício que foi atingido por um autocarro turístico na Rua da Entena e em menos de uma semana deverá estar minimamente pronto o plano de reparação. O Governo assegura que o Wa Keong não corre qualquer risco, uma vez que “o pilar que foi danificado no acidente não faz parte da carga estrutural mais importante e poderá ser reparado com as actuais tecnologias de engenharia”. Em vários comunicados lançados ao longo do fim-de-semana, o Executivo garante estar a acompanhar a situação do prédio, atingido por um acidente que fez mais de 30 feridos. A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes , (DSSOPT), assegura a segurança do prédio e diz que vai tentar-se concluir as obras provisórias do reforço da estrutura do prédio antes da chegada do próximo tufão. Os serviços das Obras Públicas estão também a elaborar o plano de reparação, esperando que tal possa ficar pronto dentro de dez dias (a contar de sexta-feira), sendo que o princípio do plano é “manter o nível da segurança da estrutura do prédio igual a antes do incidente”, indica um comunicado. O Governo vai pagar as despesas das obras provisórias do reforço da estrutura do prédio e da inspecção “adiantadamente”, sendo depois as despesas recuperadas junto dos responsáveis pelo incidente, como garante o Executivo. Segundo os dados recolhidos, “a estabilidade estrutural do prédio não está em causa, a maioria das fracções reúne condições de utilização, podendo ser habitada”, asseguram ainda as Obras Públicas. Há cinco fracções e uma loja que não podem ser utilizadas, mas o prédio mantém-se numa situação estável. A DSSOPT acredita mesmo que, após a reparação, a resistência estrutural do prédio vá ser maior do que antes do incidente. Sem interesse A DSSOPT realizou sessões de explicação aos pequenos proprietários. Os donos das fracções têm vindo a queixar-se de ser “ignorados” pelo Governo e de obter informações sobre o caso através dos média, mas de acordo com a DSSOPT, entre os 25 pequenos proprietários contactados para uma reunião que explicava o estado do prédio, nem metade apareceu: seis disseram que não iriam comparecer e nove disseram que talvez fossem. Dez confirmaram presença, “mas apenas quatro compareceram e participaram da sessão”. Já na sexta-feira, e acompanhados pelo deputado Ho Ion Sang, parte dos pequenos proprietários do entregou uma petição na Sede do Governo exigindo o estabelecimento de uma equipa governamental especializada para apoiar os proprietários acompanhar o incidente. O pedido foi feito também pelo deputado na AL, no mesmo dia. Alguns proprietários também criticaram que a DSSOPT, sabendo que iriam entregar uma petição às 12h30, os informou sobre a realização de uma sessão de apresentação sobre o estado do prédio no mesmo horário e rejeitou os pedidos da mudança da hora para o encontro. A DSSOPT diz ainda que, desde que fixou o resultado de vistoria na entrada do edifício e comunicou o mesmo aos pequenos proprietários, a linha aberta do organismo recebeu apenas duas consultas. O Laboratório de Engenharia Civil de Macau foi a terceira parte no processo de vistoria ao prédio, fazendo parte nos trabalhos de inspecção e monitorização. Realojados e à espera O acidente com o autocarro turístico que aconteceu há uma semana deixou o pilar do prédio danificado e 32 pessoas feridas. Ainda há 11 feridos que se encontram hospitalizados, depois de um homem que já tinha tido alta voltou a ser hospitalizado devido a uma dor de cabeça e hipertensão quando recebeu acompanhamento médico e troca de curativos. Todos estão no Kiang Wu, sendo que apenas uma pessoa ainda permanece na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Os internados estão estáveis, à excepção dessa vítima mais grave, que se mantém em coma depois de uma operação craniofacial. Uma outra turista foi submetida “a uma cirurgia ortopédica”. Seis pessoas continuam alojadas no Centro de Sinistrados com o apoio do Instituto de Acção Social (IAS) e quatro outros agregados familiares, num total de 18 pessoas, foram temporariamente realojados em fracções temporárias sob a tutela do IAS ontem, depois de terem passado mais de uma semana em hotéis. Um homem que, de acordo com a DSSOPT, podia regressar a casa, não o quis fazer, pelo que o IAS voltou a alojá-lo no Centro de Sinistrados. Pedido de ajuda A PSP apelou na semana passada às pessoas que testemunharam o incidente ou que possam fornecer informações úteis para que telefonem o mais breve possível para o Departamento de Trânsito. Apelou ainda para que os residentes ou turistas que tenham captado, na altura, vídeos ou fotos que entreguem os mesmos à Polícia para ajudar na investigação. Segundo informações obtidas, antes da chegada do pessoal de salvamento, verificou-se que havia uma testemunha, do sexo masculino, que se encontrava nas imediações do autocarro turístico. A PSP tenta procurar essa pessoa. “Este homem, aparentemente de vinte e pouco anos, de peso médio, vestia uma camisa de manga curta de cor branca acinzentada, calças curta de cor bege e calçado desportivo de cor de azul e tinha óculos. Ele ou as pessoas que o conheçam por favor contactem a polícia o mais breve possível.”
Joana Freitas Manchete SociedadeAcidente | Pedida proibição de autocarros na Rua da Entena. Mulher em risco de vida [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma mulher que foi operada depois do acidente com um autocarro que vitimou 32 pessoas entrou em coma. A vítima, de 46 anos e que vinha numa excursão de Shenzen, foi operada a um trauma craniofacial e está “em estado crítico”, de acordo com um comunicado do Executivo. As repercussões do acidente, que ocorreu na Rua da Entena, já levaram a diversos pedidos de proibição da circulação de autocarros naquela estrada. Na segunda-feira, 32 pessoas foram transportadas para o S. Januário e para o Kiang Wu após um acidente que envolveu um autocarro de turismo. Pelo que as autoridades apuraram até agora, o condutor do veículo, “local e com anos de experiência”, terá saído do autocarro para verificar eventuais danos que um outro carro teria feito à traseira do pesado que conduzia. Foi aí que o autocarro desceu a Rua da Entena e foi embater contra o pilar de um prédio, que teve também de ser evacuado devido aos danos. Dez das 32 pessoas assistidas continuam hospitalizadas, com uma das vítimas em estado crítico e duas outras em observação na UCI mas em “estado clínico estável”. Sete mantêm-se em observação, mas também estão estáveis. Uma das vítimas, com 73 anos de idade, já teve alta hospitalar. Peso desequilibrado Ontem, a PSP indicou que, segundo câmaras de vigilância no local, um pequeno camião branco parou atrás do autocarro de turismo, suspeitando-se que tenha atingido a traseira do autocarro. O motorista saiu para observar os danos e, ao mesmo tempo, os passageiros “começaram a entrar no veículo”, o que levou, segundo a PSP citada pela publicação Macau Concealres, a que o veículo ficasse pesado e avançasse de repente. O motorista, que está a ser questionado pelas autoridades por condução perigosa de meio de transporte, assegurou ao Jornal Ou Mun puxou o travão de mão quando estacionou o veículo. As autoridades dizem que ainda estão a investigar a concreta razão do acidente, mas o caso já levou a diversos pedidos de associações como a União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM ou Kaifong), que querem a proibição de autocarros de grande dimensão na Rua da Entena. Segundo o canal chinês da rádio, os Kaifong consideram que a rua é demasiado estreita para se permitir a passagem de autocarros. Também Lam U Tou e Ho Ion Sang concordam. O vice-presidente da Associação Choi In Tong Sam diz mesmo que, diariamente, cerca de uma centena de autocarros turísticos passam na Rua da Entena “a horas de ponta”. Já o deputado fala em diversos acidentes semelhantes, com os mais recentes a serem cada vez mais graves. “Depois de um acidente tão severo, o Governo deve tomar uma decisão para tratar do problema de haver muitos autocarros turísticos a parar nesta rua, para ir buscar os turistas”, frisou Lam U Tou. “O local é um percurso turístico para as Ruínas de São Paulo e todos os dias passam lá autocarros turísticos. No passado já aconteceram vários acidentes semelhantes, por isso devem ser proibidos os autocarros [na rua]”, acrescentou Ho Ion Sang. Ho Ion Sang relembra casos em 2006, quando um autocarro turístico bateu numa loja e um trabalhador ficou ferido, em 2009, quando um veículo deste tipo bateu noutros dois autocarros quando estava a descer a rua e provocou 45 feridos, e um de 2012, quando um outro autocarro bateu numa loja no local. O proprietário da farmácia chinesa que foi vítima do acidente disse também ontem que são constantes os autocarros que batem no letreiro exterior dos espaço e nas instalações de ar-condicionado, apesar dele ter colocado sinalização para evitar os choques. O responsável espera agora uma compensação do Governo. O acidente de segunda-feira levou também à evacuação de um prédio, que está agora a ser analisado devido à possibilidade da estrutura estar demasiado danificada para que as 21 fracções sejam ocupadas em segurança. Até ontem, ao meio-dia, sete agregados familiares foram apoiados pelo IAS, tendo sido alojados no Centro de Sinistrados. Dez outras pessoas foram temporariamente alojadas em hotéis.