CHRD | Condenada activista que denunciou uso de vacinas defeituosas

A activista chinesa He Fangmei, conhecida por denunciar a utilização de vacinas de baixa qualidade na China, foi recentemente condenada a cinco anos e seis meses de prisão, disse ontem a organização Chinese Human Rights Defenders (CHRD).

A CHRD, que apelou à libertação imediata de He por uma condenação que considera “errada”, explicou na rede social X que, desde Outubro de 2020, a activista está em prisão domiciliária ou prisão preventiva e que vai cumprir pena por “provocar brigas e distúrbios”.

De acordo com a ONG, o gabinete de Segurança Pública de Huixian colocou He em prisão domiciliária por “provocar brigas e disputas”.

Em 2019, as autoridades chinesas aprovaram uma lei sobre a gestão de vacinas para conseguir uma supervisão mais rigorosa do sector, a fim de evitar escândalos como os que abalaram o país nos anos anteriores, impondo punições severas a quem produzir ou vender vacinas falsas ou de qualidade inferior.

Esse regulamento surgiu na sequência do escândalo social gerado por um caso de vacinas adulteradas, depois de as autoridades terem detectado que a empresa farmacêutica Changsheng Bio-Technology tinha utilizado materiais fora de prazo na produção de vacinas contra a raiva liofilizadas para uso humano e não tinha registado correctamente as datas ou os números de série dos produtos desde, pelo menos, 2014.

6 Nov 2024

Pouco mais de 10 escolas aderiram ao plano de vacinação

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) revelou que existem até agora, pouco mais de 10 estabelecimentos de ensino inscritos no plano de vacinação contra a covid-19 nas escolas, o que representa uma fracção do universo escolar de Macau.

Quer isso dizer que, ao sondar a vontade de vacinação no terreno, a DSEDJ descortinou que em cada uma das 10 escolas mais de 150 pessoas, entre alunos, funcionários e pessoal docente, querem ser inoculadas. No futuro, revelou Wong Ka Ki, Chefe de Departamento do Ensino Não Superior da DSEDJ, a ideia é implementar “outros planos” que contribuam para edificar a barreira imunológica da população.

“Estamos a recolher dados sobre vontade de vacinação nas escolas. Se mais de 150 pessoas fizerem o registo vamos convidar os Serviços de Saúde para que a vacinação aconteça nas escolas. [Até agora] mais de 10 escolas fizeram essa inscrição. Vamos lançar outros planos tais como mobilizar um posto móvel para ir aos locais fazer palestras [de sensibilização] com objectivo de criar uma barreira imunológica. Quanto maior for a taxa de vacinação, mais segura está a comunidade”, partilhou ontem Wong Ka Ki.

Questionado sobre a aplicação nas escolas das orientações de vacinação anunciadas pelos Serviços de Saúde (SSM), o responsável assegurou que as directrizes foram acolhidas e que existe “consenso” acerca do trabalho a ser desenvolvido. No entanto, não foram revelados detalhes concretos nem datas ou como os docentes que não cumpram as exigências estipuladas serão responsabilizados.

“Tanto as escolas como as associações já chegaram a um consenso sobre o trabalho a desenvolver. No momento oportuno vamos divulgar ao público”, acrescentou.

O melhor remédio

Sobre a degradação da saúde mental dos jovens em idade escolar, Wong Ka Ki referiu ser essencial criar uma “rede de protecção” e apostar na prevenção.

“A saúde mental é um tema que merece atenção de toda a comunidade, incluindo pais e professores e essas pessoas têm de salvaguardar a saúde mental para criar uma rede de protecção para os jovens. Os problemas do foro mental são como as constipações, quanto mais precoce é o tratamento, melhor é a recuperação”, apontou.

Durante a reunião foi ainda referido que o Centro de Educação Parental, criado no início de 2021 com o objectivo de ajudar jovens encarregados de educação a “aliviar a tensão” decorrente da educação dos filhos, “atingiu um novo patamar” com envio de formadores às empresas.

15 Set 2021