Sérgio Fonseca DesportoCharles Leong sagrou-se o mais jovem campeão do asiático Fórmula Renault 2.0 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de Macau, Leong Hon Chio, mais conhecido no meio automobilístico por Charles Leong, de apenas 15 anos, sagrou-se este ano o mais jovem campeão da história do asiático de Fórmula Renault 2.0 e como prémio teve a oportunidade de viajar até à Europa para um primeiro contacto com o automobilismo do velho continente, aquele que é mundialmente reconhecido como o mais exigente. O campeão asiático participou no teste colectivo organizado pela Renault Sport a semana passada no circuito de Barcelona. Em Espanha, Leong foi colocado num dos monolugares da equipa inglesa Mark Burdett Motorsport e fez o 31º tempo entre os trinta e seis participantes convidado pela marca francesa. O actualmente único representante de Macau em provas de fórmulas de formação admitiu que esta experiência não foi fácil dado o desconhecimento que tinha da pista catalã e da presença em pista de vários monolugares. “O Fórmula Renault é um verdadeiro carro de corridas, onde se conseguem atingir velocidades de ponta elevadas. É um excelente carro, mas esta pista foi difícil de aprender por causa do tráfego”, disse o jovem piloto da RAEM. Sobre os planos da próxima época, Charles mantém o discurso contido, até porque tudo dependerá dos apoios que consiga reunir. “Vamos ver como corre este Inverno, mas espero conseguir competir na Eurocup (Fórmula Renault 2.0) no próximo ano”. Leong aproveitou a estadia na Europa para visitar as fábricas de Fórmula 1 da Renault e Force India e estabelecer contactos a pensar no futuro. Campeão chinês de F4 Antes do périplo europeu, o aluno da Escola Internacional de Macau festejou mais outro sucesso. Para além do Campeonato Asiático de Fórmula Renault 2.0, Leong também alcançou o título de campeão da China de Fórmula 4 naquela que foi a sua participação a tempo inteiro na categoria. O piloto do território dominou a competição apoiada pelo construtor automóvel chinês Geely de fio a pavio. Com esta conquista somou pontos para a Super-Licença da FIA, ganhou o almejado prémio monetário de 150,000 yuan e um convite para estar presente na tradicional cerimónia de entrega de prémios da Federação Internacional do Automóvel no final do ano.
Sérgio Fonseca DesportoMak Ka Lok irá representar a RAEM na corrida do WTCC [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]em André Couto, nem Rodolfo Ávila, nem Andy Chang. Nas quatro corridas “cabeça de cartaz” do 64º Grande Prémio de Macau, a RAEM tem um só representante: Mak Ka Lok. O veterano piloto de Macau vai conduzir o mesmo Lada Vesta TC1 que Filipe Clemente Souza conduziu nas provas do mundial em Ningbo (China) e Motegi (Japão) na Corrida da Guia que este ano volta albergar uma ronda do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC). O facto de apenas ter agendado o primeiro contacto com o carro e a equipa RC Motorsport no fim-de-semana do Grande Prémio limitam as ambições de Mak Ka Lok que participou na Corrida da Guia, quando esta pontuava para o WTCC, de 2011 a 2013 com o seu BMW 320si. “É um grande desafio para mim correr nestas corridas. Como sabem, eu nunca conduzi, nem irei testar um carro TC1 antes do Grande Prémio”, admite Mak Ka Lok, em conversa com o HM. “Claro que isto fará com que seja lento na sessão inicial, mas acredito que vou melhorar sessão após sessão. O meu objectivo é terminar todas as sessões sem cometer erros e qualificar-me dentro dos 107% do tempo da pole-position.” Se cumprir o objectivo de obter a marca mínima obrigatória para alinhar nas duas corridas do fim-de-semana, o que já por si não será fácil, Mak Ka Lok espera “ver a bandeira de xadrez nas duas corridas”, sendo que o resultado final ficará forçosamente para segundo plano, pois “não seria realista dizer que ambiciono ganhar ou colocar as expectativas muito altas.” Como preparação para a corrida “vou fazer alguns treinos para apurar a minha condução, com o apoio de sessões de simulador em Macau. Acredito que possa ajudar, pois é isso que fazem as equipas de Fórmula 1 com o limite de treinos antes das corridas”. Quase por acaso Apesar de ser um piloto regular das corridas de carros de Turismo do território, Mak Ka Lok não procura uma carreira internacional, nem tem ambições de ombrear com os melhores pilotos da especialidade. Contudo, brotada a oportunidade, o piloto do território não disse que não ao desafio de voltar a correr com os melhores do mundo da especialidade. “Foi uma situação bastante acidental”, explicou ao HM. “Um amigo perguntou-me em Maio se eu queria correr no WTCC em Macau, porque alguém tinha reservado o lugar e por alguma razão não poderia correr. Mas na altura ninguém estava certo se o WTCC iria regressar a Macau ou não. Então, prometi que se o WTCC regressasse, iria aproveitar a oportunidade. E assim foi!” Caso Mak Ka Lok não tivesse chocado com esta oportunidade, então, pela primeira vez na história, a RAEM não teria qualquer representante numa das corridas “cabeça de cartaz” do seu maior evento desportivo de carácter anual.