André Namora Ai Portugal VozesTrotinetas são um perigo Bons tempos em que os nossos pais nos construíam uma trotineta de madeira e íamos até ao jardim ter o prazer de as empurrar com um dos pés. Nos dias de hoje as trotinetas eléctricas são uma praga em quase todo o mundo. Uma praga perigosa. Os acidentes mortais com trotinetas sucedem-se em Portugal. Na semana passada morreu um utilizador de trotineta quando caminhava para o emprego e foi atropelado por um condutor criminoso porque fugiu após o embate no veículo de duas rodas. Em Paris, o uso de trotinetas já foi proibido. Em Lisboa, a praga assusta os passeantes porque os “pilotos” de trotineta andam pelos passeios a grande velocidade e já embateram contra idosos, crianças, deficientes com cadeiras de rodas, invisuais e carrinhos de bebés. Todos os dias assiste-se a um acidente de trotineta. Os condutores das mesmas nada respeitam, especialmente os sinais de trânsito. Passam com o sinal vermelho, atravessam os cruzamentos em diagonal, andam dois e até três numa trotineta e conduzem com auscultadores a ouvir música. Há dias, um condutor de autocarro viu-se impossibilitado de evitar o acidente contra uma trotineta com um casal a bordo. Ele partiu o braço e perna. Ela foi de ambulância para o hospital com traumatismo craniano. Isto, porque a maioria dos utentes de trotinetas anda a grande velocidade pelo meio dos carros sem usar capacete de protecção. Para que tenham uma ideia, em 2024, registaram-se 1.658 acidentes com trotinetas eléctricas em Portugal, resultando em quatro mortes, 72 feridos graves e 1.677 feridos ligeiros. Estes dados foram divulgados em Junho deste ano pela Prevenção Rodoviária Portuguesa, reflectindo uma tendência de agravamento nos sinistros envolvendo trotinetas eléctricas nos últimos anos. Em Lisboa, construíram-se ciclovias, algumas absurdas porque não têm seguimento. Percorre-se uma determinada distância e terminou a ciclovia. Todavia, mesmo nas ciclovias, algumas com semáforos, os “trotineiros” nada respeitam e embatem contra as bicicletas. Estes números de acidentes são assustadores e preocupantes para as autoridades. Autoridades que têm de tomar medidas sérias sobre o uso das trotinetas, apesar de já ter sido decidido o seguro obrigatório para bicicletas e trotinetas. Em princípio, o uso do capacete devia passar a ser obrigatório. Seria do melhor bom senso a proibição total do movimento de trotinetas nos passeios das cidades e a proibição de a trotineta ser usada por mais de um utente. Estas três medidas são urgentes, acrescentando que os utentes de trotinetas e bicicletas deviam ter uma licença de circulação, a qual seria retirada para sempre no momento em que um utilizador de trotineta fosse apanhado a andar nos passeios, sem capacete, sem seguro ou a não respeitar a luz vermelha dos semáforos. Um especialista em questões de segurança rodoviária transmitiu-nos que as trotinetas são um verdadeiro perigo no movimento global do tráfego rodoviário citadino, por não respeitarem minimamente as regras do trânsito. Mais nos acrescentou que, dois ‘crash-tests’ realizados pela Fundação Mapfre, em Espanha, revelam que uma colisão, mesmo que apenas a 25 km/h, de uma trotineta eléctrica contra um peão ou um veículo pode causar ferimentos graves ao condutor da trotineta e aos peões. Os especialistas destes estudos indicam como factores que mais influenciam um acidente fatal, prende-se com conduzir trotinetas sem capacete (40 por cento), imprudência cometida por outros veículos (20 por cento) e circular em estradas interurbanas (20 por cento). Não temos dúvidas, de que os acidentes só podem ser reduzidos se passar a ser obrigatório o uso do capacete e colete retro-reflector ou roupa de alta visibilidade, respeitar a sinalização do trânsito, não utilizarem auriculares quando circulam quando chegamos a ver utilizadores de trotinetas a falar ao telemóvel através desses auriculares, não circular nos passeios e quando atravessam uma passagem de peões deverão descer da trotineta. Imaginem, que as trotinetas eléctricas até foram assunto de primeira página na imprensa porque um dos incendiários das últimas chamas devastadoras andou a pegar fogo em vários locais de trotineta eléctrica… Este assunto das trotinetas é mais grave do que possa parecer. Já é preocupante para o cidadão comum que sai à rua. As pessoas com deficiência visual estão a ter medo de sair de casa perante o risco de sofrerem lesões provocadas por trotinetas eléctricas e pelo seu mau estacionamento nos passeios e nas passagens de peões. A verdade, é que podemos ver trotinetas abandonadas em qualquer lado dos passeios. O presidente da Associação dos Cegos e Amblíope de Portugal (ACAPO), Rodrigo Santos, sublinhou que este meio de transporte tem “prejudicado gravemente um direito fundamental dos invisuais, e não só, que é o de poder sair à rua”. A mesma personalidade adiantou que a ACAPO tem tido contactos com cidadãos cegos que passam por “coisas surreais”, nomeadamente quedas que têm origem num tropeção contra trotineta deitada no meio do passeio ou abalroamento após a saída de uma paragem de autocarros, havendo também vários casos de bengalas partidas e de invisuais que têm ido para o hospital. Entendemos que igualmente devia ser implementada uma lei que limitasse a velocidade das trotinetas eléctricas a 30 km/h em zonas com elevada utilização de veículos de micromobilidade, porque a circulação com trotinetas apresenta maior risco de lesões na cabeça, face e pescoço. Por outro lado, a maioria de utilizadores de trotinetas eléctricas é de jovens que não têm a mínima noção das regras de trânsito. O paradigma deste problema tem de mudar radicalmente, para benefício e segurança dos milhares de peões que frequentam as ruas do país.
Hoje Macau China / ÁsiaIndustrialização selvagem levou à contaminação de solos e águas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s colheitas dos agricultores chineses correm um grande risco de estarem contaminadas devido à poluição provenientes das grandes indústrias. Além de contaminarem nascentes, rios e o solo, os fumos químicos libertados na queima de chumbo, ferro e cobre, contamina os organismos dos agricultores locais, causando doenças articulares, ósseas e, quando inalados em grandes quantidades e por muito tempo, cancro. Foram feitas amostragens da produção de arroz nas regiões das províncias onde se instalaram algumas das maiores indústrias, e descobriu-se que há uma quantidade maior do que a permitida de substâncias perigosas nos produtos finais, que são distribuídos para toda a região Sul da China. A contaminação do solo e da água nesta região causa grande preocupação, pois além de contaminar uma comunidade que produz e distribui comida para outros países, este tipo de poluição também afecta o meio ambiente de forma irreversível. A quantidade de poluentes chamou atenção de alguns órgãos, o que fez com que as indústrias chinesas fizessem um acordo de diminuir a queima de carvão de modo minimizar os danos no meio ambiente. São acções que no decorrer dos anos poderão fazer a diferença. Foram feitas alguns testes em solos chineses e descobriu-se que muitos dos poluentes encontrados são proibidos e perigosos para o consumo da população. Por causa disso foram criadas algumas regulamentações, que determinaram a construção de novas indústrias numa espécie de parque industrial que monitorado e supervisionado de forma mais rigorosa. Além de poluir diariamente o solo, ocorreram muitos acidentes que resultaram no vazamento de produtos químicos que poluíram directamente o solo e rios, afetando a produção e também a saúde dos camponeses. Devida à quantidade de pessoas no país, a procura e a oferta de produção aumentou em larga escala, fazendo com que o solo se encontre não só de cheio de poluentes industriais, mas também de fertilizantes e pesticidas. O dano causado pela poluição do solo tornou-se algo muito grave, pois a ingestão dos metais pesados encontrados no solo são excepcionalmente prejudiciais para a segurança alimentar e a saúde. Devido às incidências destes casos o governo chinês preocupa-se agora com a opinião pública, com a saúde da população e com o rendimento da produção agrícola, já que esta abastece grande parte da economia do país. O governo determinou algumas medidas para diminuir a poluição e proteger as áreas que ainda não foram contaminadas e emitir multas para os responsáveis pelos poluentes lançados em solos e rios. Estas novas medidas adoptadas são um começo, mas dão esperança para uma produção mais saudável e limpa de alimentos e também um tratamento diferenciado do meio ambiente deste país. Pequim lança plano para liderar na Inteligência Artificial [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês lançou um plano para converter o país em líder no campo da Inteligência Artificial (IA) até 2030, visando aplicar aquela tecnologia na indústria, planificação urbana, agricultura ou defesa do país, informou ontem a imprensa oficial. A estratégia, aprovada pelo Conselho de Estado chinês, estabelece que a produção de tecnologia classificada como IA alcançará os 147.000 milhões de dólares, em 2030. Isto colocará a China “ao nível dos países líderes neste sector e na sua aplicação”, aponta o jornal oficial Diário do Povo. Segundo a consultora PricewaterhouseCoopers, este plano poderá contribuir para um aumento de 26% no Produto Interno Bruto da China, a segunda maior economia do mundo. O anúncio levou a que as acções de empresas que operam com IA subissem 1,25%, na bolsa de Xangai, a principal praça financeira do país, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. Nos últimos meses, a imprensa chinesa difundiu várias notícias sobre inteligência artificial, como o desenvolvimento de veículos sem condutor ou robôs. Os líderes chineses consideram a IA chave para tornar a China uma “potência económica”, afirma um comunicado do Conselho de Estado. A IA é uma das áreas emergentes, junto com a energia renovável, robótica e carros elétricos, em que a China quer assumir a liderança, visando transformar o país numa potência tecnologia, com capacidades nos sectores de alto valor agregado, de acordo com o plano “Made in China 2025”. As fábricas do país têm-se automatizado rapidamente, de forma a enfrentar a subida dos custos laborais e aumentar a eficiência.
Isabel Castro Manchete SociedadeParques infantis | Estado de degradação de alguns equipamentos preocupa pais Há equipamentos novinhos em folha, mas outros encontram-se num estado de degradação que deixa apreensivo quem tem filhos que frequentam escorregas e baloiços. Fomos tentar perceber como devem ser pensados os parques infantis. Uma designer e um arquitecto dão-nos as respostas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso que tem dado mais que falar diz respeito à zona de lazer dos Jardins do Oceano (ver texto nesta página), mas há mais equipamentos destinados a crianças colocados em zonas públicas que preocupam quem tem filhos em Macau. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) tem responsabilidade directa em quase 50 zonas de lazer, entre a península, Taipa e Coloane. Em várias destas áreas coexistem parques infantis e equipamentos destinados à prática desportiva – alguns foram sendo objecto de remodelação nos últimos anos, com a colocação de novas peças de mobiliário urbano; outros encontram-se em avançado estado de degradação. É a situação em que está o único parque infantil público que serve os moradores dos Jardins do Oceano. Maia Sampaio, designer, mãe de dois filhos pequenos, não vive no local mas conhece bem as instalações. “Tendo como exemplo o parque do Ocean Gardens, temos um parque velho e degradado, que – além das dimensões desproporcionais para o tamanho das crianças mais pequenas, com o seu grande ‘tubogan’ e escadaria de acesso –, é feito com materiais desadequados.” “A madeira envelhecida e o metal enferrujado”, aponta a designer, “colocam em risco a segurança e até a saúde das crianças. Hoje em dia há soluções óptimas em termos de material durável, seguro e de fácil limpeza para utilizar no fabrico destes parques infantis.” Ao contrário de Maia Sampaio, o arquitecto Mário Duque não frequenta com assiduidade os parques infantis do território, mas explica como é que este tipo de projecto se faz: “Os equipamentos infantis e desportivos são especialidade de determinadas empresas. Associadas à competência dessas empresas estão a homologação de segurança, certificados de segurança em relação ao materiais – que estão homologados para determinados fins –, que é isso que dá a segurança a quem compra e instala esses equipamentos.” Em suma, “são peças que não se projectam” – compram-se feitas a quem é especialista na matéria. “Há equipamentos de diferentes origens e qualidades”, nota o arquitecto, sendo que compete a quem as adquire fazer as melhores opções. “Esses equipamentos escolhem-se em função da confiança que oferecem, em função dos certificados que já reúnem, escolhem-se em função da apetência para as actividades que se fazem com eles – aquelas que as crianças mais gostam ou nem por isso –, e escolhem-se inclusivamente pelo seu aspecto visual.” Estas peças isoladas compõem depois um projecto. “Aquilo que Macau tem são projectos que integram esses equipamentos”, continua Mário Duque. Compete depois aos autores do projecto local tomarem decisões sobre “os pavimentos, as vedações, outro tipo de pormenores que têm que ver com lancis, com tudo o que não é o equipamento”. Mário Duque destaca que, por norma, “são equipamentos públicos que já fazem parte de uma sequência de outros equipamentos” e que “quem acompanha estes projectos, pelo facto de já ter experiência nessas áreas, começa a tomar opções, para que aquilo que se faz hoje seja melhor do que aquilo que se fez ontem”. Ao lado dos pandas Um dos projectos mais recentes relacionados com o entretenimento de crianças em locais públicos fica perto do túnel de acesso à Ilha da Montanha, com equipamentos que, em termos estéticos, se destacam do resto das estruturas que se encontram noutras zonas de lazer do território – as placas colocadas nos escorregas indicam que o fabricante é espanhol, foram produzidos este ano e estão de acordo com as normativas europeias. O conforto e a segurança que este espaço parece oferecer contrastam com o que se encontra no Parque de Seac Pai Van. A poucos metros do local onde vivem os pandas – uma casa que custou 90 milhões de patacas – há duas ofertas distintas para crianças: duas estruturas com escorregas e uma roda metálica. Um deles aparenta ser mais novo; no outro são visíveis as marcas do tempo e a falta de manutenção. Num destes equipamentos, existe uma placa em que se indica que se destina a frequentadores com, pelo menos, cinco anos; no outro não existe qualquer referência em relação a idades. Em ambos o acesso é difícil – ora porque não existem escadas e apenas uns tubos metálicos que permitem subir até à plataforma que liga ao escorrega, ora porque existe uma rede de malha larga na estrutura propriamente dita. “É importante que os parques infantis sejam pensados de outra forma e que se dê oportunidade tanto às crianças mais velhas e com mais destreza, como também às mais novas e indefesas – mas que também podem e devem, e querem, usufruir da brincadeira num parque infantil”, defende Maia Sampaio. “Um grande espaço entre degraus ou uma ‘ponte’ esburacada não significam que se esteja a ajudar a criança a desenvolver a sua condição motora, mas sim que se está a pôr em risco a sua segurança”, observa a designer. “São exercícios que se podem fazer a 10 centímetros do chão, sem se correr o risco de quedas”, vinca. “Como mãe de duas crianças pequenas, confesso que nestes três anos [de frequência deste tipo de espaços] tenho descrito as idas ao parque como necessárias – pois os miúdos adoram ir –, mas muito stressantes. Tenho vindo a perceber que todos os parques têm sempre qualquer coisa de desajustado à idade dos meus filhos, o que me deixa sempre ainda mais atenta ao risco de acidentes”, sublinha Maia Sampaio. A designer faz questão de frisar que “não se trata de tentar proteger as crianças em redomas, mas dar-lhes a oportunidade de crescerem, desenvolverem as suas capacidades motoras, em ambiente seguro”. “No fundo, o que todos queremos é que eles se divirtam, gastem muita energia e voltem inteiros para casa”, remata. Do metal à madeira Muitos dos parques infantis de Macau têm equipamentos em madeira, os materiais mais comuns neste tipo de peça e que obedecem a uma certa “escola ecológica”, contextualiza Mário Duque, que puxa pela memória para os tempos em que era criança. “Quando era miúdo tudo era metálico: baloiços, escorregas, etc. Comecei a projectar coisas e muitos materiais já tinham componentes de plástico. Houve um determinado momento em que se começaram a fazer certas opções que tinham um impacto ambiental diferente e que eram mais afáveis – começaram a vir as madeiras, preparadas para poderem estar à intempérie”, enumera. “Face a estas três gerações de materiais de que falei, é difícil dizer se um é melhor do que o outro, é mais o facto de, em determinado momento, haver materiais que são mais pertinentes.” Importante é que, independentemente do tipo de material, seja feita a manutenção adequada – e que “não é propriamente pelo uso, é pela exposição à intempérie”. O caso da estrutura do escorrega dos Ocean Gardens ou a roda metálica em Seac Pai Van demonstram o que pode o clima fazer a este tipo de equipamento: corroer a madeira e enferrujar peças metálicas. Mais uma vez, trata-se de fazer a escolha mais acertada: “São materiais que, pela via das exigências daquilo a que estão sujeitos, quem tem a experiência faz as opções, para simplificar a manutenção”. O HM tentou saber, junto do IACM, se há planos de requalificação dos parques infantis que gere mas, até ao fecho desta edição, não foi possível obter uma resposta. IACM ainda não fez obras no parque dos Ocean Gardens, mas promete trabalhos para breve Quase meio ano depois de um grupo de residentes dos Ocean Gardens ter enviado uma carta ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) a alertar para o estado de degradação do parque infantil do complexo habitacional, continua tudo na mesma. A entidade responsável pela manutenção deste tipo de equipamentos ainda não tomou qualquer iniciativa visível para resolver os problemas assinalados na missiva, da iniciativa de Andreia Martins, da qual o HM deu conta, em Junho passado. Em resposta a este jornal, o IACM garantiu, no final da semana passada, que “está a acompanhar a situação da zona de lazer dos Jardins do Oceano, para responder da melhor forma às preocupações dos cidadãos”. Quanto à resolução concreta das questões apontadas pelos residentes, a entidade sob a alçada da secretária para a Administração e Justiça diz que vão ser “plantados arbustos que vão funcionar como separação entre a zona verde e a estrada”. Junto ao parque infantil existe uma área relvada onde as crianças brincam – o perímetro não está completamente vedado e já aconteceu crianças irem para a estrada para apanharem bolas que saltaram para a via. O IACM adianta ainda que “vai realizar trabalhos de manutenção e reparação nos equipamentos do parque infantil para que sejam resolvidos os problemas de segurança”. O parque é composto por uma estrutura de madeira e metal, em visível estado de degradação, com um escorrega onde acontecem acidentes frequentes. Por um lado, o escorrega tem uma grande inclinação e, por outro, é um tubo tapado, o que faz com que não seja possível, a quem monitoriza as crianças, ver se existe alguém dentro da estrutura. Além deste equipamento, no local existem apenas mais três pequenos baloiços. Limpeza e mosquitos Na carta enviada a 6 de Maio deste ano pelo grupo de moradores dos Ocean Garden era ainda lamentado o facto de, mesmo ao lado do parque infantil, se encontrarem vários equipamentos para a prática de desporto, todos eles em metal, sem existir uma separação que garanta a segurança das crianças. Desconhece-se se, em relação a esta questão, o IACM vai adoptar alguma medida. Já no que diz respeito à limpeza do espaço, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais explica que uma equipa da entidade “esteve a desinfectar o parque todo para controlo dos mosquitos”. Logo à entrada do parque é possível ver ainda um aviso em que se alerta para o encerramento, no passado dia 21, entre as 6h e as 9h, para “desinfestação destinada a combater os mosquitos portadores da febre de dengue”. A estrutura onde se encontra o escorrega tem estado vedada desde então. Desconhece-se a razão – se por uma questão de segurança, na sequência de mais um acidente de que o IACM teve conhecimento, ou se ainda no âmbito das acções de limpeza. O parque infantil em causa é o único equipamento público do género nos Jardins do Oceano, complexo habitacional onde vivem centenas de crianças. Apesar do estado em que se encontra, e por falta de opções, é muito procurado por quem vive naquela área. Para se chegar ao parque mais próximo, é necessário andar a pé cerca de 20 minutos. A 29 de Junho deste ano, um dia depois de o HM ter dado conta do estado de degradação do parque junto ao Sakura Court e do alerta feito pelos moradores, o IACM garantia que já estava a acompanhar o caso e dizia-se pronto para solucionar a questão.