China estreita relações com Israel e Palestina

O vice-presidente chinês, Wang Qishan, reuniu-se com dirigentes israelitas e palestinianos, com quem assinou vários acordos, estreitando as relações comerciais com Israel e Palestina.

Nos últimos anos, a China está a procurar ter um papel mais ativo no Médio Oriente, região em que se abastece de petróleo e é de importância vital para o seu ambicioso plano de infraestruturas promovido pelo Presidente, Xi Jinping, sob a designação de “Nova Rota da Seda”.

Hoje, durante a reunião da comissão conjunta China-Israel sobre cooperação e inovação, que se realiza, alternadamente, em cada país, foram assinados acordos bilaterais, sobretudo na tecnologia e na ciência, anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Na terça-feira, Wang Qishan visitou a Cisjordânia, onde se reuniu com o primeiro-ministro palestiniano, Rami Hamdallah, colocou uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat e visitou a Igreja da Natividade, em Belém.

Durante a reunião de Wang Qishan com vários dirigentes palestinianos, foi decidido iniciar conversações para o estabelecimento de um acordo de comércio livre, conforme o memorando de entendimento assinado.

O Governo chinês sempre se posicionou ao lado da Palestina e mostrou o seu apoio ao processo de paz no Médio Oriente e a uma solução pacífica do conflito israelo-palestiniano, com os dois Estados nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital da Palestina.

25 Out 2018

Trump a favor da solução de dois Estados, israelita e palestiniano

O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou-se ontem pela primeira vez favorável a uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, prometendo apresentar um plano de paz para a região “dentro de dois, três ou quatro meses”.

“Penso realmente que alguma coisa vai acontecer. É o meu sonho conseguir alcançá-la antes do final do meu primeiro mandato”, em Janeiro de 2021, disse à imprensa no início de um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Falando à margem da Assembleia-Geral anual da ONU, em Nova Iorque, Trump disse-se convicto “a 100%” de que os palestinianos, que suspenderam todos os contactos com a Administração norte-americana desde que esta reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, no fim de 2017, “regressarão à mesa das negociações”.

“Gosto da solução de dois Estados [para Israel e a Palestina], penso que é o que resulta melhor, é o meu sentimento”, afirmou Trump, sem precisar se é isso que vai propor o plano de paz conjecturado há vários meses no maior segredo por uma pequena equipa liderada pelo seu genro e conselheiro, Jared Kushner.

O anúncio desta proposta dos Estados Unidos, destinada a permitir alcançar “o acordo final” entre israelitas e palestinianos, de acordo com a formulação de Donald Trump, foi diversas vezes adiado.

Até agora, o Presidente republicano absteve-se de apoiar claramente a solução dos dois Estados, ao contrário dos seus antecessores dos dois lados do espectro político e da comunidade internacional.

A linha oficial da Administração Trump consistiu até agora em defender uma solução que obtivesse a aprovação de israelitas e palestinianos, sem apoiar ou rejeitar a solução da coexistência pacífica de dois Estados lado a lado.

27 Set 2018

Pequim | Palestina integrada na Interpol como estado-membro

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) aprovou ontem a entrada da Palestina no organismo com o apoio dos estados-membros, segundo fontes da delegação palestiniana.

A votação, que se realizou durante a 86.ª Assembleia-Geral da agência internacional que decorreu nos últimos dias em Pequim, contou com o apoio de 75 Estados-membros.

No entanto, durante a votação 34 países abstiveram-se e outros 24 votaram contra, entre eles Israel e os Estados Unidos, que se opuseram desde o primeiro momento à entrada da Palestina na Interpol.

A última tentativa para conter a entrada da Palestina no organismo aconteceu na terça-feira quando os EUA apresentaram uma moção para travar o processo de admissão, que não foi aprovado pelos outros Estados-membros.

A Palestina já tinha tentado integrar a Interpol durante a anterior Assembleia-Geral que decorreu em Bali, na Indonésia, quando a votação sobre a admissão foi suspensa.

Na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a polícia israelita mostraram-se satisfeitos com a decisão, que consideraram um “triunfo para a diplomacia de Israel”.

A Palestina, que em 2012 foi admitida “como Estado observador” na ONU, esperava integrar a Interpol como parte da sua estratégia para conquistar o reconhecimento internacional face à estagnação do processo de paz com Israel e à falta de perspectiva de um acordo entre as partes.

Em 2011, a Palestina foi admitida como membro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e em 2015 do Tribunal Penal Internacional.

A Assembleia-Geral da Interpol aprovou também a entrada das Ilhas Salomão. O Kosovo, que também tinha pedido a adesão, retirou a candidatura na terça-feira por falta de apoio.

Com a entrada da Palestina e das Ilhas Salomão, a organização fica composta por um total de 192 membros.

28 Set 2017

Luanda | Empresa chinesa substitui Odebrecht

Uma empresa chinesa começa este mês a construir a nova marginal sudoeste de Luanda, com oito quilómetros de extensão, após o Governo ter rescindido o contrato para a mesma obra com os brasileiros da Odebrecht. Segundo uma decisão governamental, o Governo angolano escolheu o grupo China Railway 20 (CR20) para realizar a segunda fase da marginal entre a praia do Bispo e a Corimba, por 142,3 milhões de dólares (123,5 milhões de euros), aprovando em simultâneo a rescisão do contrato para a execução da mesma empreitada pela Odebrecht.

Aquela construtora está envolvida no escândalo “Lava Jato”, investigado pela Justiça do Brasil, mas o despacho assinado pelo Presidente angolano, de 12 de julho, não adianta motivos para a rescisão com a Obebrecht.

A empreitada de edificação da nova via, que se insere no Plano Diretor Metropolitano de Luanda e que permitirá descongestionar a estrada da Samba, ponto principal de entrada e saída da capital, para sul, já foi consignada à CR20 pelo Ministério da Construção, na terça-feira, devendo estar concluída dentro de 18 meses.

A obra envolve, entre outros trabalhos, a requalificação de áreas atualmente ocupadas por habitações precárias, “de modo a garantir a melhoria da circulação viária da cidade de Luanda com destaque para o acesso à região sul, bem como para o desenvolvimento urbano da região costeira ocidental”, conforme se lê no despacho assinado por José Eduardo dos Santos, autorizando a contratação.

A construção vai envolver cerca de 2.000 trabalhadores e, além de duas faixas de rodagem em cada sentido, envolverá uma área para futura criação de corredores exclusivos para transportes públicos.

Palestina | Xi reafirma solução dois estados

O presidente da China, Xi Jinping, garantiu nesta terça-feira, num encontro com o líder da Palestina, Mahmoud Abbas, o apoio de Pequim a uma solução para o conflito entre palestinianos e israelitas baseada no princípio de dois Estados. Segundo Xi, a China defende a criação de um Estado palestino independente, soberano, com território delimitado pelas fronteiras de 1967 e tendo Jerusalém Oriental como sua capital.  Após uma reunião a portas fechadas entre os dois líderes, o vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Zhang Ming, disse em conversa com jornalistas que a China criará um mecanismo de diálogo trilateral e realizará um simpósio com representantes de Israel e Palestina para ajudar a resolver a histórica disputa, conforme relatou a AFP. A data do evento ainda não foi definida, mas será neste ano.

Na presença de Abbas, que está em visita oficial à China até o próximo dia 20, Xi Jinping cobrou do governo israelita o cumprimento imediato da resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, que determina que Tel Aviv suspenda o estabelecimento ilegal de assentamentos em territórios palestinos. De acordo com o presidente chinês, citado pela agência Xinhua, a China foi um dos primeiros países a apoiar a justa causa dos palestinos, reconhecendo nestes verdadeiros “amigos, parceiros e irmãos”.

 

Mau tempo atrasa voos

A aviação civil da China teve uma menor taxa de pontualidade em Junho devido ao mau tempo, declarou um funcionário na terça-feira. A taxa de pontualidade ficou em 57,23%, 11,2 pontos percentuais menor que no mesmo mês de 2016, disse Zhang Chunzhi, da Administração de Aviação Civil da China. O mau tempo causou a demora de 65,81% dos voos. Muitas regiões no país experimentaram tempestades que fecharam os aeroportos. O Aeroporto Internacional de Pequim foi afectado por fortes chuvas por oito dias, com mais de 240 voos desviados, 2,3 mil cancelados e mais de 3 mil atrasados. As tempestades também afetaram Shanghai, Guangzhou e Shenzhen. O número de voos aumentou 11,22% em termos anuais em Junho. A China não teve nenhum acidente de aviação civil no primeiro semestre.

 

Baleia Azul | Detido curador do jogo

O brasileiro Matheus Moura da Silva, de 23 anos, um dos organizadores do jogo Baleia Azul, foi detido esta terça-feira depois de ter confessado a sua influência com 30 vítimas do jogo, no Brasil. O jovem vai responder por crimes de associação criminosa, tentativa de homicídio e agressão à integridade física, de acordo com o jornal O Globo. A detenção foi feita na sequência da operação Aquarius, que pretende identificar os ‘curadores’ do jogo. As autoridades tinham mandados de buscas, que permitiram a apreensão de telemóveis e computadores do jovem, que confessou ser o responsável por fazer cumprir as tarefas do jogo. O caso continua a ser investigado para identificar outros ‘curadores’ noutros estados do Brasil.

 

Preso suspeito de atear cinco fogos

Um homem foi detido por suspeita de ter ateado cinco focos de incêndio florestal no concelho de Santa Comba Dão, distrito de Viseu, entre 08 e 11 de julho, foi hoje anunciado. A Polícia Judiciária (PJ) “procedeu à detenção de um homem, solteiro, padeiro, pela presumível prática de cinco crimes de incêndio florestal, em terrenos povoados com mato, acácias e lenha”, informa, num comunicado enviado hoje à agência Lusa, aquela força policial. O suspeito, de 51 anos de idade, “ateou os incêndios por gostar de ver os bombeiros a combater as chamas”, refere a mesma nota da Diretoria do Centro da PJ. Em 2017, a Judiciária já identificou e deteve 37 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.

 

Ex-banqueiro morto com tiro no peito

O ex-banqueiro espanhol Miguel Blesa, condenado por fraude num dos casos mais mediáticos em Espanha, apareceu morto com um disparo no peito efectuado com uma espingarda de caça. A imprensa espanhola noticia que o cadáver do ex-presidente da Caja Madrid foi encontrado numa quinta na localidade de Villanueva del Rey, na província de Córdoba (sul de Espanha). O ex-banqueiro foi condenado em Março último a seis anos de prisão pelo seu envolvimento no caso dos “cartões black” que a Caja Madrid, que agora se chama Bankia, dava aos seus dirigentes e pessoas de confiança, para pagar despesas pessoais sem limite e sem declarar nada ao fisco. O tribunal considerou-o culpado de se apropriar indevidamente de património, ao gastar 436.688 euros através desse cartão de crédito especial.

20 Jul 2017

Husam Abed, artista: “Não sei o que é ter uma casa”

Husam Abed é palestiniano, mas podia ser da Jordânia. Nasceu em Baka, um campo de refugiados a norte de Amã, e não conhece as origens. Está em Macau para apresentar hoje, sábado e domingo, o espectáculo “Uma Vida Suave”, com Réka Deák, mulher e directora de cenografia. A peça junta realidade, marionetas e público à mesa

É palestiniano, mas nasceu na Jordânia.
Nasci num campo de refugiados. Em 1949, a minha família fugiu de uma pequena aldeia e ficaram num campo em Jericó. Em 1967, tiveram de mudar de novo e foram para Karama, para um campo de palestinianos. No ano seguinte mudaram para o campo de Baka, a norte de Amã. Hoje é um campo que acolhe cerca de 150 mil pessoas. Foi lá que nasci. No início, as pessoas viviam em tendas mas, aos poucos, foi mudando e agora têm casas. Mas é ainda sobrepovoado e vive numa situação ambígua. Não é reconhecido pelo estado da Jordânia, nem as Nações Unidas prestam lá cuidados. As pessoas estão no meio de dois fogos.

Como é crescer num campo de refugiados?
Vivia na Jordânia, mas só conheci alguém de lá já deveria ter uns 20 anos. É viver numa comunidade muito fechada onde se levanta a questão da identidade de uma forma muito forte. Muitas pessoas não sentem que são da Jordânia, mesmo depois de 60 anos a ali viverem, nem que são da Palestina, que já não passa de uma memória longínqua. Eu, por exemplo, conheci a minha avó há apenas dois anos. Ela ficou em Jericó e nunca a tinha visto. O meu pai morreu e a minha mãe foi lá buscá-la. É uma senhora muito velhinha, com o corpo cheio de cicatrizes da guerra. Ali, a guerra é diária. Por outro lado, toda a gente fala da Palestina e no direito de regressar. Não sei o que é ter uma casa. Nunca pude construir essa ideia. Há um sentimento nostálgico de que a “casa” existe, mas eu não sei o que é, nunca lá estive. É mais um sentimento de diáspora ou de exílio. Quando queremos ter educação ou saúde, não somos de lá, e não temos direito a nada.

Como é que fez para estudar?
A questão da educação na Palestina sempre foi muito forte. E esse foi o meu caso também. Apesar de o meu avô paterno ser talhante, teve o cuidado de possibilitar educação superior aos filhos e eu fui educado nessa perspectiva. A única hipótese era ir estudar para as mesquitas na Síria. O meu professor de inglês costumava dizer que, quando uma catástrofe atinge algumas pessoas, haverá outras a beneficiar com isso. Na Síria, que foi colonizada pelos franceses, o ensino do inglês era muito mau mas, com o regresso dos palestinianos, vieram muitos académicos que acabaram por se tornar professores de inglês e colmataram uma falha. A educação sempre foi uma questão essencial para os palestinianos.

Como é que apareceram as marionetas?
Quando estava a estudar Química tornei-me voluntário no orfanato que existia no campo de Baka. Não havia actividades para os mais jovens e não havia como libertar a energia. Existia um clube de desporto em que as pessoas se encontravam e a associação dos órfãos. Para conhecer a dinâmica da comunidade era necessário fazer algum trabalho voluntário ou social. Fazia campos de Verão e programas educacionais com as crianças. Queria também fazer qualquer coisa que ajudasse as crianças na formação do seu carácter e lembrei-me de fazer algo mais artístico. Foi quando apareceu a ideia das marionetas. Até então, só tinha visto os bonecos na televisão e nem sabia como fazer. Falei com os meus colegas e discutimos como fazer um guião, fazer os bonecos, etc.. Começou aí. Na altura, tinha uma ideia baseada no budismo, em que, depois de não existirem árvores, água e animais, o homem descobre que não pode comer dinheiro. Era essa a reflexão que queria passar. Fui ao mercado, comprei umas bonecas e precisava de uma personagem que fosse o contador de histórias. Num desses dias de compras vi um homem a vender melão. É um fruto que tem uma espécie de rugas e achei interessante. Tirei o interior e transformei-o num boneco. Foi a minha primeira marioneta. No entanto, acabei o curso em Química Aplicada, trabalhei numa refinaria de petróleo durante dois anos e depois comecei a dar aulas. Passado um ano decidi que não era aquilo que queria. Foi um choque para a minha família o facto de estar a perder uma oportunidade de estabilizar e ter um futuro. Decidi que queria trabalhar com marionetas.

Estudou em Praga.
Sim, mas foi uma coincidência. Quando fiz a minha escolha, em 2009, tive o meu próprio espectáculo e fiz alguns workshops para campos de refugiados. Em 2010 comecei a trabalhar com refugiados iraquianos. Trabalhei em Zaatari com a comunidade em geral e já fazia coisas também para adultos. Mas sentia que ninguém estava convencido com o meu trabalho e que precisava de algum tipo de reconhecimento internacional. Comecei à procura de opções. Apareceu-me uma formação na Alemanha, mas não podia ingressar sem um curso de língua. Ainda comecei a estudar mas só me aceitariam por meio ano porque já tinha mais de 26 anos. Continuei à procura e encontrei cursos em inglês em Praga.

A capital internacional das marionetas…
Sim, mas eu não sabia. Foi o que me apareceu. É uma história muito estranha. Descobri quando lá cheguei e nem queria acreditar. Os bonecos que tinha visto na televisão, que eram os meus favoritos, tinham sido criados ali, e eu estava ali. Fui admitido numa escola de teatro e estavam marionetas em todo o lado. Fiz o curso, durante três semanas, e o meu professor, responsável pelo programa, perguntou-me se não me queria candidatar ao programa de mestrado. Foi muito complicado. Não tinha um background no teatro e sentia-me completamente perdido. Sentia que não conseguia encontrar a minha forma de expressão. Vinha de uma cultura muito diferente e não me sentia pronto. Fui à Índia, onde vi alguns festivais que me inspiraram e me proporcionaram uma abordagem diferente das coisas. Regressei a Praga e consegui fazer um projecto mais pessoal. Aprofundei a área do teatro documental, que conta histórias.

O que é que vamos ter com “Uma Vida Suave” aqui em Macau?
Comecei a sentir que tinha de fazer teatro em que pudesse jogar com os limites da realidade e da fantasia, e em que pudesse juntar alguma actividade. Nesta peça estamos em casa, à mesa, e as pessoas vêm ouvir algumas histórias acerca da minha infância. A mesa tem estampado o mapa da Palestina e, ao mesmo tempo que vou contando as histórias, as pessoas vão bebendo chá. A peça acaba com a partilha de uma refeição tipicamente palestiniana que, traduzindo, se chama “de pernas para o ar”. É uma refeição especial que se faz especialmente ao fim-de-semana. A cenografia está a cargo da Réka Deák. Concebeu uma mesa com gavetas e as histórias vão saindo delas. É também uma peça sobre a família e as memórias. Acima de tudo, o que quero mostrar é que cada pessoa tem a sua história que deve ser contada. Estamos num tempo em que as pessoas se reduzem a números. Lidamos como as pessoas como se fossem algarismos. Por exemplo, diz-se que três mil pessoas foram mortas, mas quem são estas pessoas? As pessoas tornam-se números e os números esquecem-se. Mas as histórias não. As histórias devem fazer a diferença, e ficar no coração e na memória das pessoas.

17 Jan 2017