Hoje Macau EventosNúmero de visitantes do Louvre no nível pré-pandemia e Prado bate recordes O Museu do Louvre, em Paris, regressou em 2023 a um nível próximo do pré-covid, com 8,9 milhões de visitantes, enquanto o Museu do Prado, em Madrid, bateu o seu próprio recorde, com 3,2 milhões de entradas. Com este número, o Louvre, o museu mais visitado do mundo, regressou a um nível próximo do de 2019, antes da crise sanitária, indicou na quarta-feira aquela entidade à AFP. “Este aumento de 14% no número de visitantes em relação a 2022 (7,8 milhões de visitantes) está próximo do nível pré-pandémico” de 2019 (9,6 milhões de visitantes)”, precisou o museu. No entanto, o maior museu do mundo disse que “não estava a contar com um número recorde de visitantes como no passado – em 2018 recebeu 10,2 milhões de visitantes – porque decidiu manter uma capacidade diária de 30.000 visitantes”, a fim de garantir “melhores condições de recepção e visita” ao público. “Esta capacidade diária será mantida durante os Jogos Olímpicos (de 26 de Julho a 11 de Agosto)”, apesar do afluxo esperado de visitantes de todo o mundo à capital francesa, acrescentou o museu. Chineses marcam presença Em 2023 o Louvre recebeu 32% de visitantes franceses e 68% de visitantes estrangeiros, incluindo 13% de americanos e muitos europeus de países vizinhos (7% de Itália, 5% do Reino Unido e da Alemanha, 4% de Espanha). Os visitantes asiáticos (Japão, Coreia, China) representaram apenas 2,5% do total, ao passo que, em 2018, só os visitantes chineses representaram 8%. Segundo o sector do turismo e as autoridades francesas, esta redução do número dos turistas chineses explica-se por uma “retoma muito gradual das ligações aéreas” com a China e por “dificuldades na emissão de vistos”, segundo a AFP. Em Espanha, muitos dos museus nacionais e privados bateram recordes de entradas em 2023, nomeadamente o Museu Nacional do Prado, em Madrid, que recebeu 3.209.285 visitantes, um número que supera o alcançado em 2019, quando celebrou o seu bicentenário. Por sua vez, outro dos mais visitados na capital espanhola – o Museu Rainha Sofia – recebeu 2.530.560 visitantes em 2023, dos quais 1.409.113 no edifício principal, o que representa um aumento de 20% em relação a 2022. Por seu turno, o Património Nacional, que gere palácios mosteiros e espaços verdes em seis comunidades autónomas do país, anunciou terem sido ultrapassados os seus dados históricos, com mais de seis milhões de visitantes, segundo a agência EFE. A entidade registou 6.370.770 entradas, sendo os monumentos mais visitados o Palácio Real (1.421.428), o Mosteiro de San Lorenzo de El Escorial (445.166) e, com apenas meio ano de existência, a Real Galeria de Coleções, que ocupa o terceiro lugar, com 336.058 entradas. O Museu Nacional Thyssen-Bornemisza anunciou também esta semana que, pelo sétimo ano consecutivo, recebeu mais de um milhão de visitantes (1.012.660 entradas). Do seu lado, o Museu Guggenheim de Bilbau anunciou ter vivido o “melhor ano da sua história” graças aos 1.324.221 visitantes recebidos (mais 35.074 que em 2022). O Guggenheim indicou ter recuperado o nível de visitantes estrangeiros anterior à pandemia, que ascendem a 60% do total geral (mais 10% do que em 2022).
Hoje Macau EventosPedro Cabrita Reis | Peça “Três Graças”, em cortiça, exposta até 13 de Junho O artista português Pedro Cabrita Reis leva uma reinterpretação das “Três Graças”, em cortiça, ao Jardim das Tulherias, em Paris, a convite do vizinho Museu do Louvre, de 13 de Fevereiro a meados de Junho. “As ‘Três Graças’ interessam-me porque atravessam a história da arte europeia desde a antiguidade clássica grega. Resistiram a todas as erosões, todas as diferenças de pensamento, processos históricos, mudanças de paradigmas políticos, ideológicos, revoluções”, afirmou, em entrevista à agência Lusa. Estas figuras “vêm lá do fundo, muito antes da democracia ateniense, passam pelo Império Romano, chegam à Idade Média, têm um momento de brilho ainda mais acentuado no Renascimento, voltam a reaparecer no século XVII e XVIII com Rubens, e chegam até à modernidade com Picasso, Matisse, e tudo isso”, detalha. Convite parisiense As três esculturas nascem a convite do Museu Louvre, em Paris. Quando recebeu o repto, a ideia veio “de imediato”, conta, não só porque sempre se quis debruçar sobre estas figuras, mas também porque lhe interessou “a colocação num espaço público”. “Começo por fazer umas pequenas maquetes, a partir de figuras, daquelas que se vendem, ‘kitsch’, os santinhos e santinhas de toda a qualidade, e a partir dessas figuras trabalho. Corto-as, recolo-as, transformo, aglutino fragmentos de diversas figuras que ganham depois uma autonomia e presença abstrata e não localizável do ponto de vista de iconografia. Não se sabe se é um Santo António ou uma Nossa Senhora da Conceição. É apenas um conjunto de objectos em pedra ou em gesso aglutinados”, relata. Essas maquetes foram depois enviadas para uma empresa “faz maquinação robótica” e “passam aquilo para um programa vetorial em computador que dá ordens a um braço robótico”. Foi esse braço robótico que esculpiu os blocos criados pela Corticeira Amorim, juntando “cortiça com outras matérias que, não hipotecando a ecologia e sustentabilidade, dão-lhe uma resistência que permite estar, como estas vão estar”, ao ar livre. Cada peça tem cerca de 4,50 metros e pesa aproximadamente 500 quilos, a que se somam os 400 quilos da base que as sustenta.
Hoje Macau EventosMuseu do Louvre com quebra de 72% de visitantes em 2020 O Museu do Louvre, em Paris, o maior e mais visitado do mundo, sofreu uma quebra de 72% de visitantes em 2020, com 2,7 milhões de entradas face às 9,6 milhões registadas em 2019, segundo números oficiais. Museu do Louvre com quebra de 72% de visitantes em 2020 Devido à pandemia de covid-19, o Museu do Louvre esteve fechado durante seis meses, e a forte quebra de turistas estrangeiros levou a uma descida inédita de visitas num espaço museológico que chegou a receber 10,2 milhões de pessoas em 2018, o recorde absoluto. A perda de receitas no museu ascende a 90 milhões de euros, tendo o Estado francês prestado um apoio de 46 milhões de euros. Com as viagens internacionais praticamente paralisadas, o Louvre ficou privado dos turistas americanos, chineses, japoneses e brasileiros que habitualmente o procuram, rondando 75% das entradas, mas a frequência do turismo nacional subiu para os 84%. Na mesma linha, o Palácio de Versalhes, na região de Paris, um dos espaços culturais mais visitados em França, que em 2019 recebeu 8,2 milhões de visitantes, desceu para cerca de dois milhões no ano passado, enquanto o Museu d’Orsay teve uma queda de 77% comparando com 2019, e o Centro Cultural Pompidou registou menos 72% de visitantes. Devido à incerteza que as circunstâncias da pandemia geraram, muitas exposições importantes abriram, mas ficaram sem público pouco depois, como a dedicada aos artistas renascentistas Donatello e Miguel Ângelo, no Louvre, ou a dedicada ao modernista Henri Matisse no Centro Pompidou.
Hoje Macau EventosLouvre associa-se à Airbnb e oferece uma noite para casal no maior museu do mundo [dropcap]O[/dropcap] Louvre e a plataforma de alojamentos turísticos Airbnb associaram-se, por ocasião do 30.º aniversário da Pirâmide, para oferecerem uma noite especial para um casal naquele lugar cultural, na companhia da Gioconda e da Vénus de Milo, anunciou o museu francês. A noite funciona como um prémio, no âmbito de um concurso, que quem ganhar pode escolher um convidado ou uma convidada, anunciou hoje o museu parisiense. O vencedor será escolhido por um júri que avaliará a resposta – mais divertida, apropriada ou criativa – a uma questão posta, desde hoje sobre a plataforma Airbnb: “Qual considera ser o anfitrião ideal de Mona Lisa?”. A noite de festa oferecida no maior museu do mundo, depois das portas fechadas, será a de 30 Abril para 1 de Maio. Todo o programa privilegiado será planeado pelos dois visitantes. Eles serão porém guiados por uma historiadora de arte ao longo de toda a visita personalizada. Depois, tomarão o aperitivo com a Gioconda num salão ao lado do precioso quadro de Leonardo da Vinci. Já o jantar terá lugar numa sala ao pé da Vénus de Milo. Assistirão a um concerto intimista nos salões Napoleão III e dormirão sob uma pequena pirâmide reconstituída debaixo da grande Pirâmide, ao nível do Belvedére. “Com o apoio da Airbnb, nós ajudaremos a descobrir as nossas colecções às pessoas que não visitam espontaneamente o museu, como sempre, de uma forma que torna a arte acessível a todos”, explicou Anne-Laure Beatrix, administradora geral adjunta do Museu do Louvre. A partir de Maio, e ao longo do ano, uma série de experiências serão disponibilizadas para reserva na plataforma Airbnb. Estas experiências, constam da programação do museu que será divulgada dentro de algumas semanas, e permitirão redescobrir o museu e as suas 35.000 obras de arte sob um ângulo novo, com visitas extras e concertos intimistas. Com 10,2 milhões de visitantes em 2018, o museu francês é o mais visitado do mundo. A Airbnb concluiu a sua parceria num momento em que está sob fogo de críticas da presidente da Câmara de Paris por não respeitar as regras em termos de alojamentos. A Câmara intentou uma acção judicial contra a plataforma, passível de uma indemnização de 12,5 milhões de euros, por ter colocado em linha 1.000 alojamento não registados, como prevê a lei francesa do alojamento local.
Hoje Macau China / ÁsiaPrimeira exposição de um museu ocidental no Irão [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] exposição “O Museu do Louvre em Teerão – Tesouros das colecções nacionais francesas” abriu esta semana, no Museu Nacional do Irão, com uma selecção de 56 peças que marcam a história das colecções do museu francês. No que o Louvre descreveu como a primeira grande exposição por um museu ocidental no Irão, a mostra reúne mais de cinco dezenas de peças de vários departamentos do museu mais visitado do mundo e do Museu Delacroix. Os visitantes que marcaram presença durante a inauguração mostraram-se satisfeitos com a exposição, de acordo com relatos feitos à AFP. “É espectacular. Nunca acreditei que iria ver tais obras de arte na minha vida”, disse Mehdi, um jovem estudante de contabilidade. Por seu lado, o professor de música Kashayar Tayar considerou tratar-se de um “bom começo” e disse esperar mais exposições no futuro, que incluam obras de artistas iranianos. As peças em exibição, correspondentes a diferentes épocas e civilizações, representam o “conhecimento da sociedade sobre outras culturas”, segundo referiu o director do museu iraniano, Yebrael Nokandeh, citado pela agência espanhola EFE. Mostra diversificada Por seu turno, o presidente do Louvre, Jean-Luc Martínez, afirmou que a mostra representa “a diversidade das coleções do museu” francês, desde a sua criação, em 1793, até às suas aquisições mais contemporâneas. Como principais obras de arte romana, estão representadas na colecção, aberta ao público até 8 de Junho, uma estátua de Minerva do século II e um busto em mármore do imperador Marco Aurélio, do ano 170. No centro de uma das salas do edifício, situado no centro de Teerão e desenhado pelo arquitecto francês André Godard, destaca-se uma esfinge egípcia do século IV a.C.. A exposição inclui, também, relevos assírios do século VIII e VII a.C. e obras religiosas europeias, como uma figura da Virgem com o menino e uma Anunciação do século XVII, do pintor italiano Giovanni Batista Salvi, conhecido como “Sassoferrato”. Os responsáveis pelos museus concordaram com a ausência de obras iranianas na mostra, sublinhando que o conceito da exibição é “mostrar outras culturas”. As peças foram também seleccionadas com base nas diferentes técnicas, que vão desde a escultura à pintura e cerâmica. A colecção, em exibição nos departamentos de Antiguidades Orientais e Arte Islâmica do museu iraniano, celebra o acordo, estabelecido em 2016, entre o Museu do Louvre e a organização do Património Cultural do Irão. No âmbito desta colaboração, o Museu do Louvre irá apresentar, na sua sede em Lens, uma exposição que representa a arte na dinastia persa Qajar do século XIX. Esta exposição surge após um longo período sem intercâmbios artísticos com o estrangeiro, devido às sanções internacionais que levaram ao isolamento do Teerão, finalizadas com o acordo nuclear assinado em 2015.