Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Mercedes AMG deverá regressar à Taça GT em Macau A Mercedes AMG deverá regressar em Novembro ao Circuito da Guia para defender o título da Taça do Mundo FIA de GT da 65ª edição do Grande Prémio de Macau, apesar do construtor de Estugarda ainda não ter confirmado os seus planos para a prova [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]urante o fim-de-semana do campeonato DTM em Zandvoort, na Holanda, o HM teve a oportunidade de questionar Ulrich Fritz, o CEO da HWA, a equipa oficial da Mercedes-AMG, e um dos obreiros do regresso oficial da marca da estrelinha ao território há cinco anos. “Neste momento, não posso ainda dar uma resposta final, mas este é um dos eventos principais da temporada de GT. Nós somos campeões e não há uma grande hipótese de não haver um Mercedes à partida”, explicou Fritz ao HM. Para além de ser um evento comercialmente atractivo para o construtor germânico, para Fritz este “é o evento mais importante das corridas de GT no mundo, como corrida de sprint pelo menos, e é sobre ter os melhores pilotos. Isto, apesar de Macau já ter provado ser mais um jogo (de sorte ou azar); talvez seja algo relacionado com a cidade. É como uma roleta, como vimos o ano passado, com vários carros a baterem na primeira volta, e há dois anos, quando o vencedor venceu com o carro virado ao contrário.” Características únicas Alguns construtores já mostraram publicamente o seu desagrado sobre o facto de a Taça do Mundo ser disputada num circuito tão ‘suis generis’ como o da Guia, mas para Fritz essa é uma condicionante que não o incomoda. “Foi algo criado em Macau e é por isso que todos gostamos de Macau. Como estamos a atribuir um título mundial deveria ser um pouco menos de jogo (de sorte ou azar), mas não me cabe a mim julgar”, esclareceu o responsável germânico. Até ao dia 31 de Agosto os construtores interessados na prova terão que pagar os 2,500 euros por carro da pré-inscrição e esperar pelo dia 5 de Setembro, quando a FIA decidirá os 25 concorrentes seleccionados. Contudo, só em Outubro as identidades dos concorrentes serão divulgados ao público pela Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. A Mercedes AMG venceu a edição 2014 e 2015 da Taça GT Macau, com o alemão Maro Engel, e conquistou a primeira Taça do Mundo FIA o ano passado com o inevitável Edoardo Mortara.
Hoje Macau China / ÁsiaGeely compra grande fatia da Mercedes A Geely, que já comprou a Volvo e a Lotus, tentou adquirir há três semanas uma grande fatia da Daimler, dona da Mercedes e Smart. E, ao que parece, à segunda tentativa, conseguiram. [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Geely parece cada vez mais o T-Rex da indústria automóvel. Isto no sentido que come – ou melhor, compra – tudo o que lhe aparece à frente, desde que se adapte à sua estratégia de crescimento. Adquiriu a Volvo Cars à Ford por 1,5 mil milhões de euros em 2010 e, mais recentemente, a London Taxi Company que constrói os táxis londrinos (em 2013 por 15,1 milhões de euros), a Lotus (51% por 55 milhões de euros) e uma fatia importante da Proton (49,9%). Nem os carros voadores da Terrafugia escaparam ao seu apetite voraz e bolsos, aparentemente, sem fundo. Em final de Novembro, os chineses (cuja denominação oficial é Zhejiang Geely Holding Group Co., Ltd) informaram a Daimler, o grupo que inclui a Mercedes e Smart, que pretendiam comprar entre 3% a 5% de novas acções, o que os alemães rejeitaram, porque isso iria diluir o valor dos títulos detidos pelos actuais accionistas. Mas desafiariam a Geely a adquiri-las no mercado aberto, indo ao ponto de revelar que viam com bons olhos a entrada de investidores com objectivos de longo prazo. E a Geely, o maior fabricante chinês sem ligações ou participação do Governo, terá feito isso mesmo, segundo a China Central Television. Em causa está um investimento de 4.000 milhões de euros, valor que corresponde sensivelmente a 5% das acções da Daimler, o que coloca a Geely na 3ª posição entre os que têm as maiores fatias do grupo germânico, logo atrás do Kuwait Investment Authority, que possui 6,8%, e dos americanos da Black Rock (5%), mas à frente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que detém 3,1% na empresa alemã. Com esta aquisição, ainda não confirmada pelas vias oficiais, a Geely quer ter acesso à tecnologia da Mercedes, especialmente no que respeita às baterias, mantendo a estratégia habitual de Li Shufu, o chinês que fundou a Geely há 31 anos e que a tem feito crescer desde então, cada vez de forma mais rápida. Curiosamente, a estratégia da empresa liderada por Li Shufu sempre passou mais por aquisições do que pelos investimentos massivos que são necessários para manter qualquer construtor automóvel na crista da onda, no que às inovações diz respeito. Isso explica que enquanto a Geely investe muito pouco, ou mesmo nada, em investigação e desenvolvimento (I&D), a Daimler invista 8,4 mil milhões de dólares, no que é apenas ultrapassada pela Toyota (9,6 mil milhões) e pela Volkswagen, que é de longe quem mais investe em I&D (15,1 mil milhões de dólares). Renault e Nissan, juntas, atingem 7,1 mil milhões de dólares, quase tanto quanto a Ford (7,3), o quarto grupo que mais investe neste domínio.