Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeImobiliário | Projecto de Kevin Ho no Porto em desenvolvimento Chama-se “Torre Miramar” e é o primeiro projecto imobiliário desenvolvido em Portugal pelo grupo KNJ Investment Limited, do empresário Kevin Ho. Anunciado em 2019 na cidade do Porto, por ocasião da visita do então Chefe do Executivo, Chui Sai On, ao país, o projecto deu finalmente os primeiros passos ao ser adjudicado a um gabinete de arquitectura sediado no Porto, o OODA, após aprovação pela Câmara Municipal do Porto. Segundo um comunicado, a “Torre Miramar” apresenta-se como uma “escultura habitável” da cidade situada no norte de Portugal, pretendendo ser um “novo marco” e um “projecto arrojado e dinâmico” que tem constituído um desafio para a equipa composta por arquitectos, promotores, empreiteiros e engenheiros. Serão construídas tipologias habitacionais com mais de 200 metros quadrados de varanda, num edifício que promete fazer parte da “skyline” da cidade. Citado por um comunicado, Diogo Brito, sócio do OODA, adiantou o projecto imobiliário de Kevin Ho não é mais do que uma “tempestade perfeita”. “Numa torre de forte vocação estética, são estas varandas panorâmicas e dinâmicas que criam tanto o tema de conceito como a oportunidade do exercício plástico e escultórico que se concebeu integralmente em betão. (…) Desejámos algo potencialmente irrepetível…uma escultura habitável.” Luxo na Foz Situado numa das zonas nobres da cidade do Porto, a Foz, o edifício “Torre Miramar” destaca-se pela sua “singularidade na paisagem que se prolonga até ao mar, beneficiando de um quadro visual e sensorial único”. O OODA explica ainda que a composição volumétrica do edifício revela “uma arquitectura integrada com a ambição de desenvolver tipologias de habitação com mais de 200 metros quadrados de varanda”. Além disso, “no topo do pódio, surge um volume vertical com 15 andares, paralelo à estrada e com aproximadamente a mesma altura das torres naquela zona”. No piso térreo será construído um átrio com ginásio e outros espaços comuns que “estabelecem continuidades com o solo vegetal e natural”, além de se criar “um microclima com biodiversidade que está presente na vegetalização desejada”. Além da “Torre Miramar”, o empresário Kevin Ho vai também renovar o edifício onde actualmente se localiza a sede e redacção do Jornal de Notícias, transformando-o num hotel. “Temos projectos que não exigem muito dinheiro, embora a renovação do edifício do JN seja o projecto mais pesado em termos de orçamento”, disse Kevin Ho em 2019.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeWebSummit | Participante queixa-se do fraco apoio do IPIM Macau esteve representada naquele que é considerado um dos maiores eventos da área tecnológica e de plataformas digitais com uma pequena comitiva. A KNJ Investment, nova accionista do grupo Global Media, é uma das empresas participantes. Katya Maia, fundadora do website Macau Lifestyle, participa a título individual e alerta para a falta de apoio do IPIM [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]obots que falam, carros voadores da Uber. Estas foram algumas das últimas novidades do mundo da tecnologia reveladas na WebSummit, a conferência mundial sobre tecnologia e plataformas digitais que decorreu até ontem em Lisboa. Macau fez-se representar com uma comitiva composta por Irene Lau e Steve Chan, responsáveis do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM), e o empresário Bernardo Alves, da A & P Holdings. Outra empresa local que também marcou presença foi a KNJ Investment, através de Philip Yip. A empresa é, no entanto, liderada por Kevin Ho, que recentemente adquiriu 30 por cento do grupo Global Media. Outra empresa de Macau que participou na WebSummit foi a Macau Lifestyle Media, liderada por Katya Maia e Sally Victoria Benson, e que detém o website “Macau Lifestyle”. Ao HM, a partir de Lisboa, Katya Maia falou da estreia neste evento mundial. “Macau é um território afastado e tudo isto parece irrelevante, mas isto já não é o futuro. É o presente e atinge toda a gente, desde Governo a empresas ou até indivíduos. Como participantes queremos aprender, conhecer pessoas e ganhar inspiração. Queremos levar para Macau aquilo que aprendemos aqui.” Katya Maia decidiu participar na WebSummit por sua livre iniciativa, sem qualquer apoio do IPIM. “Tudo partiu da nossa vontade, porque achamos importante participar devido às oportunidades de negócio.” Da frustração A empresária da área dos media não deixa de apontar o dedo ao IPIM. “Contactámos o IPIM várias vezes e não se mostraram muito cooperantes connosco. Tivemos uma reunião com eles mas não funcionou, não sei porque razões. Talvez porque tenhamos um website em inglês, uma área que não tem qualquer tipo de regulação em Macau, ao nível de media digital. Temos o registo e a licença mas não somos reconhecidos como media. Isto é muito frustrante.” Katya Maia considera “frustrante” o facto do IPIM não dar apoio a projectos como o Macau Lifestyle. “Acreditamos que o nosso projecto pode promover Macau no mundo e é frustrante que não seja reconhecido pelo IPIM ou outras entidades, quando é suposto apoiarem as Pequenas e Médias Empresas (PME).” A empresária tentou mesmo estabelecer contacto com os dois representantes do IPIM em Lisboa, mas afirmou nunca ter obtido uma resposta. Num evento que conta com a presença de várias startups e empresas do género de Hong Kong, da China e de toda a Ásia, Kátia Maia lamenta que haja uma certa “estagnação” na forma como as PME são promovidas neste tipo de eventos. E lamenta que haja pouca promoção numa altura em que as relações entre Portugal e China estão numa boa fase. “É incrível que não haja aqui mais PME de Macau da área da tecnologia. O IPIM está aqui representado mas não tem tido uma postura muito activa. Há aqui muitas empresas de Hong Kong, desde startups a investidores, por exemplo”, explicou. Katya Maia considera que a falta de uma maior comitiva em Lisboa não se prende com a ausência de startups em Macau. “Há muita publicidade para as PME, e muito apoio. Reconheço que recebemos apoios para jovens empresários, mas não cobre sequer a totalidade das despesas iniciais. Acreditamos que temos mais empresas inovadoras em Macau que optam por trabalhar exclusivamente online e que continuam a recusar aparecer numa ‘versão impressa’”, concluiu.