China | Gang condenado por simular acidente laboral e pedir compensação

Um tribunal chinês condenou à prisão sete membros de um grupo criminoso por vários crimes, incluindo o homicídio de dois trabalhadores simulado como acidente de trabalho, visando extorquirem uma compensação monetária ao dono da empresa

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s crimes ocorreram em Abril passado, num local de construção na província de Fujian, sudeste da China, quando o encarregado de obra, Li Shi, mandou os trabalhadores abandonarem o local, para que os seus cúmplices executassem os homicídios, descreve o jornal oficial Global Times. No mesmo dia, um dos membros do grupo, Li Lei, trouxe dois novos trabalhadores e agrediu-os com uma barra de ferro. Os homens tiveram morte imediata.

Outros dois criminosos, Zhang Bin e Zhu Yang , fizeram-se então passar por familiares das vítimas e exigiram 1,6 milhão de yuan (206 mil euros) como compensação ao empregador. Os dois homens foram condenados a quatro anos de prisão por fraude. O Global Times não detalha as penas de prisão de Li Shi e Li Lei, mas o homicídio é punido na China com pena de morte.

 

Tendência homicida

Nos últimos anos, vários assassínios do género ocorreram no país asiático, sobretudo em minas, onde os donos tentam ocultar os acidentes, de forma a evitar investigações pelas autoridades de segurança.

Em Dezembro de 2015, quatro pessoas foram condenadas à pena capital após terem sido declaradas culpadas pela morte de vários mineiros e de extorquirem dinheiro aos empregadores, ao fazerem-se passar por familiares das vítimas.

Em 2016, um tribunal de Pequim condenou dois homens à morte pelo homicídio de um colega de trabalho, atirado do 13.º andar de um prédio em construção na capital chinesa, após ter sido agredido com um tubo de metal, num esquema semelhante.

O enredo do filme “Blind Shaft”, do realizador chinês Yang Li, que em 2003 ganhou o Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim, é inspirado nestes casos.

3 Jul 2018

Cancelados passaportes de ex-primeira-ministra tailandesa

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia cancelou os passaportes da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra que fugiu do país no mês passado para escapar à pena de prisão que disse ter motivações políticas.

As embaixadas da Tailândia vão informar os governos estrangeiros que Yingluck Shinawatra já não é portadora de um passaporte tailandês, afirmou, na segunda-feira à noite, Busadee Santipitaks, porta-voz da diplomacia tailandesa.

Yingluck Shinawatra tem quatro passaportes, incluindo dois diplomáticos.

Yingluck Shinawatra, cujo governo foi deposto na sequência do golpe militar de 2014, foi condenada à revelia a cinco anos de prisão em Setembro por negligência num programa de subvenções que consistia na compra de arroz aos agricultores a preços acima dos praticados no mercado, que causou perdas milionárias durante o seu mandato (2011-2014).

A antiga chefe de Governo fugiu do país antes de conhecer o veredicto. Dias depois da leitura da sentença, o primeiro-ministro da Tailândia, o general Prayut Chan-ocha, afirmou que tinha fugido para o Dubai e que um novo mandado de captura havia sido emitido.

“Não sabemos onde ela se encontra. Algumas informações referem que está no Reino Unido”, afirmou à imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Don Pramudwinai.

Teias da lei

A diplomacia tailandesa afirmou não ser raro um tailandês que tem de viajar frequentemente ser portador de múltiplos passaportes porque os pedidos de visto pode demorar semanas.

Yingluck venceu as eleições gerais de 2011, como líder de um dos partidos políticos fundados pelo irmão, Thaksin, tendo sido deposta poucos dias antes do golpe de Estado militar de Maio de 2014, na sequência de uma polémica decisão do Tribunal Constitucional.

As plataformas políticas ligadas a Thaksin, deposto em 2006, tinham vencido todas as eleições desde 2001 graças ao apoio do eleitorado rural do nordeste, apesar da oposição ligadas aos sectores monárquicos e militares do país.

Este mês foram convocadas eleições gerais para Novembro de 2018 com vista ao restabelecimento da democracia interrompida pelo golpe militar de 2014.

 Tóquio | Encontrados nove corpos desmembrados num apartamento

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] polícia japonesa encontrou nove corpos desmembrados e escondidos em congeladores num apartamento no sudoeste de Tóquio, num provável caso de assassínio em série que está a horrorizar o Japão.

As autoridades policiais estão a trabalhar para identificar os cadáveres, depois de o homem que mora no apartamento, Takahiro Shiraishi, de 27 anos, ter confessado que cortou e escondeu os corpos nos congeladores, de acordo com as informações fornecidas por um porta-voz da polícia.

Os corpos, em diferentes estágios de decomposição, foram encontrados na segunda-feira, no âmbito da investigação da polícia sobre o desaparecimento de uma mulher de 23 anos, referiu a mesma fonte.

Uma caixa de ferramentas e uma serra encontradas no apartamento de Shiraishi podem ter sido usadas para desmembrar os corpos, declarou o porta-voz da polícia.

Takahiro Shiraishi disse à polícia que desmembrou os corpos na sua casa de banho e, segundo a agência de notícias Kyodo, o homem deixou partes dos corpos em contentores do lixo.

Relatos avançados pela imprensa dizem que a mulher de 23 anos entrou em contacto com Shiraishi através do Twitter, à procura de um parceiro para cometer suicídio, já que tinha medo de morrer sozinha.

Os dois foram filmados por câmaras de segurança na estação de comboios próxima do apartamento do suspeito.

1 Nov 2017