João Santos Filipe DesportoKa I esmagou Chiba com vitória por 8-0 [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Ka I goleou o Chiba por 8-0 e lidera o Grupo B do torneio de futebol sete, após a primeira jornada da competição. No grupo A, o Kei Lun está na frente, após a vitória diante do Monte Carlo por 1-0. Depois de vários meses de incerteza, o futebol de sete voltou a Macau e o Ka I e o Chiba foram as primeiras das oito equipas que entraram em acção na sexta-feira, no Canídromo. Nos minutos iniciais do encontro, o Chiba, embora com menor pendor ofensivo, deu boa conta de si e aguentou bem o adversário. Porém, o golo de Baiano, aos 18 minutos, permitiu ao Ka I resolver o nó górdio da defesa do Chiba e o mudou o rumo do encontro. Na segunda parte, com um Ka I menos perdulário o resultado foi ganhando uma dimensão inesperada, chegando aos 8-0. Baiano (18 e 33), William (23, 26 e 32) e Samuel Ramosoeu (28, 35 e 39) foram os autores dos golos. No outro encontro do grupo B, o Sporting levou de vencida a Polícia A por 1-0. Os leões tiveram várias oportunidades de marcar mais golos, mas falharam quase sempre na altura da concretização. Foi no segundo tempo que o jogo ficou resolvido com Felipe Souza, sem cerimónias e ao contrário do que tinha acontecido até então, a rematar à entrada da área com força. Em vantagem, o Sporting só precisou de gerir para garantir a vitória. No grupo A, Lam Pak e Polícia B, formação também conhecida como Obra Social da PSP, não foram além do nulo, num jogo com pouco interesse. No último encontro da noite, o Monte Carlo, apesar de ter uma equipa maioritariamente constituída por jovens, deu bom conta de si, mas perdeu por 1-0 diante do Kei Lun, com um golo de Oumar Diarra. Acerto de contas Contas feitas: o Kei Lun lidera o grupo A, com 3 pontos, seguido por Lam Pak e Polícia B, com um ponto. O Monte Carlo está no último lugar, com 0 pontos, os mesmos que Cheng Fung e os Sub-23, que só entram em acção na próxima sexta-feira. No grupo B, Ka I e Sporting estão no primeiro lugar com três pontos, enquanto Chiba e Polícia A, somam 0 pontos. O Benfica só entra em acção na próxima jornada, defrontando o líder do grupo.
Hoje Macau DesportoBolinha | Campeonato de Futebol de Sete cancelado Os vidros arrastados para o Campo D. Bosco pelo Tufão Hato levaram mesmo ao cancelamento da Bolinha, por não haver condições de segurança. Associação de Futebol pondera organizar um torneio alternativo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição deste ano do Campeonato de Futebol de Sete foi cancelada, devido aos pedaços de vidro no relvado sintético do Campo D. Bosco, que não permitem garantir a segurança dos atletas. A informação foi avançada, ontem, pelo vice-presidente da Associação de Futebol de Macau (AFM), Daniel Sousa. “O cancelamento do campeonato vai ser oficializado muito em breve. Este ano não se vai realizar a Bolinha, porque ninguém pode garantir que não há pedaços de vidro no relvado do Campo D. Bosco”, disse Daniel Sousa, ontem, ao HM. “É uma grande desilusão para todos. Os danos do Tufão Hato foram graves e tiveram grandes consequências. Mas colocamos sempre em primeiro lugar a segurança dos atletas e não havia outra alternativa. É um desfecho que lamentamos”, acrescentou. Sem Bolinha, a AFM está a equacionar realizar outra competição mais curta para os clubes da 1.ª Divisão que se inscreveram no campeonato. Neste momento, a associação procura recintos que possam receber os jogos. “Estamos a equacionar a hipótese de realizar um mini-campeonato com as equipas inscritas. Neste momento, estamos a analisar se há campos disponíveis e apropriados para o efeito. Queremos avançar o mais rapidamente possível”, revelou Daniel Sousa. “Vai ser um campeonato mais curto porque estamos a chegar ao fim do ano e a Bolinha já está suspensa há mais de um mês. Isso faz com que não haja tanto tempo para os jogos, o que exige que o formato tenha de ser alterado”, justificou. Porém, no que diz respeito à 2.ª Divisão, existe a hipótese de não haver competição de todo, apesar de, nesta altura, ainda não houver qualquer decisão: “ainda estão todas as hipóteses em análise”, apontou Daniel Sousa. Jogadores afectados Se por um lado a decisão de cancelar a Bolinha visa preservar a segurança dos jogadores, por outro, estes acabam por estar entre os principais prejudicados. De acordo com a prática normal, os clubes pagam os atletas em função do número de jogos que realizam. Sem jogos, muitos acabam por não receber. Para outros, existem subsídios por cada jogo disputado, que assim não são pagos. Esta é uma realidade que o presidente do Monte Carlo, Firmino Mendonça, reconheceu, em declarações prestadas ao HM: “Sim, é uma situação que faz a diferença para os jogadores [ao nível dos salários]. Mas paciência… Ninguém queria esta situação. Só que foi uma decisão tomada para garantir a segurança dos atletas e é uma boa decisão”, defendeu. “Tenho conhecimento que são mesmo muitos os vidros no relvado e que não são fáceis de retirar. Nem as máquinas conseguem removê-los todos. Temos de compreender que a segurança dos jogadores é o mais importante”, complementou. De acordo com o dirigente, a decisão acaba por não ter grande impacto para o Monte Carlo, uma vez que os jogadores trazidos para o torneio iam abandonar o território em Outubro. “Esta situação não causa ao Monte Carlo grandes prejuízos, porque os jogadores que tínhamos contratado para a Bolinha já se iam embora em Outubro. Nós fazemos um plano anual da época, e apontamos para a realização da Bolinha entre meados de Julho e o fim Setembro”, explicou Firmino Mendonça. Investimento em causa No entanto, a decisão acaba sempre por ter impacto para os clubes, visto que é necessário fazer investimentos como a vinda de jogadores, com viagens pagas, ou a compra de dois tipos de equipamentos para a competição. Com arranque previsto para Agosto, a Bolinha foi inicialmente adiada para a primeira quinzena de Setembro, para que começasse apenas depois do jogo entre Macau e a Índia, a contar para o apuramento para a Taça Asiática de Futebol. Todavia, o Tufão Hato veio alterar a situação e de adiamento em adiamento, a competição acabou mesmo por ser cancelada, após o Instituto do Desporto não ter resolvido a questão dos vidros no Campo D. Bosco, em tempo útil.