Forças Armadas | Pequim protesta relatório do Pentágono

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China informou na sexta-feira que enviou um protesto formal a Washington em resposta a um relatório do Pentágono no qual se afirma que a Força Aérea Chinesa está a treinar para um hipotético ataque aos Estados Unidos. “Expressamos nossa total oposição ao relatório”, pode ler-se no comunicado do Ministério da Defesa chinês, no qual se classifica a análise do Pentágono norte-americano de “puras conjecturas” e se assegura que a modernização das forças armadas chinesas tem o único propósito de “proteger a soberania e os interesses do país, garantindo segurança e paz, estabilidade e prosperidade global”. A nota oficial pede a Washington que abandone sua “mentalidade da Guerra Fria” e descreve como “razoáveis” as melhorias que a China está a promover, tanto no que diz respeito ao armamento quanto no ciberespaço.
De acordo com um relatório do Pentágono a China ampliou as capacidades da sua força aérea e “provavelmente” está a treinar para atingir alvos dos EUA no Pacífico, incluindo o território de Guam.
Nos últimos três anos o Exército chinês “alargou rapidamente o raio de acção dos seus bombardeiros, estando provavelmente a treinar para atingir alvos dos EUA ou dos seus aliados”, lê-se na análise anual feita pelo Departamento de Estado norte-americano para os deputados, divulgada na sexta-feira.
O documento, tornado público pelas agências de informação internacionais, refere ainda que a China não reivindicou nenhuma novo território no chamado Mar da China no ano passado, mas continuou a desenvolver a infra-estrutura militar em ilhas como o arquipélago Paracel e várias pequenas ilhas e recifes.

20 Ago 2018

Chefe de Estado Maior dos EUA condena “racismo e intolerância”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] chefe de Estado Maior norte-americano, Joseph Dunford, condenou ontem o “racismo e a intolerância”, em linha com outros altos oficiais do exército dos Estados Unidos da América, depois da violência em Charlottesville.

“Posso dizer com firmeza e de forma inequívoca que não há lugar para o racismo e intolerância no Exército dos EUA e nos EUA como um todo”, disse o general Joe Dunford.

Vários funcionários militares dos EUA condenaram prontamente os confrontos que fizeram, no sábado, um morto no Estado de Virgínia, onde alguns manifestantes de extrema direita envergavam uniformes ou usavam insígnias do exército.

“A marinha dos EUA sempre se opôs ao ódio e à intolerância”, disse no sábado o almirante John Richardson, chefe da Marinha dos EUA.

Os líderes da Força Aérea e do Pentágono também condenaram fortemente a violência.

Uma postura enaltecida por Dunford, que se encontra numa visita oficial à China: “os nossos líderes deixaram claro que este tipo de racismo e intolerância não têm lugar nas fileiras das nossas Forças Armadas”.

“Eles lembraram ao povo americano os valores pelos quais lutamos no exército dos EUA, e que reflectem o que eu acredito serem os valores norte-americanos”, acrescentou.

Um neonazi foi detido por ter atropelado mortalmente, no passado sábado, uma mulher, ao investir com o seu veículo contra um grupo de manifestantes antifascistas que protestava contra a marcha de supremacistas na cidade universitária de Charlottesville.

Fala Donald

A condenação de altos responsáveis norte-americanos contrasta com a posição assumida pelo Presidente Donald Trump, que culpou ambos os lados pela violência.

Donald Trump condenou a violência, mas de forma geral e sem se referir aos supremacistas brancos que tinham convocado a manifestação.

Depois de criticas generalizadas, Donald Trump acabaria por condenar a violência racista, incluindo “os supremacistas brancos, o KKK, os neonazis e todos os grupos extremistas”.

Porém, na terça-feira, voltou a defender a sua controversa posição inicial e disse que na violência de sábado houve erros de ambas as partes.

20 Ago 2017