Massive Attack e Feist no Clockenflap

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]inda faltam cinco meses para Hong Kong receber o maior festival de música que se realiza na região, mas a organização divulgou ontem alguns nomes do cartaz, incluindo aquela que será a principal atracção do evento: os Massive Attack vão tocar no dia 19 de Novembro. Entre os principais convidados para a edição de 2017 do Clockenflap estão ainda a cantora Feist, os Tinariwen e os The Dandy Warhols.

Formado em 1988 em Bristol, o trio que compõe os Massive Attack não teve de esperar para ver o trabalho reconhecido: o álbum de estreia, “Blue Lines”, foi lançado em 1991 e o single “Unfinished Sympathy” rapidamente conquistou o público e a crítica.

Em 1998, o álbum “Mezzanine” veio confirmar que o grupo de trip hop sabia o que andava a fazer. “Teadrop”, a música a que Liz Fraser empresta a voz, foi nomeada para vários prémios. O disco esteve no primeiro lugar da lista dos mais vendidos no Reino Unido, o que aconteceu em 2003 com “100th Window”, o quarto álbum em estúdio dos Massive Attack.

Tanto “Blue Lines”, como “Mezzanine” estão na lista dos melhores 500 discos de sempre da Rolling Stone. A banda recebeu vários prémios ao longo da carreira. Com apenas cinco discos de originais, vendeu mais de 11 milhões de cópias.

O concerto de Feist no Clockenflap está marcado para sexta-feira, dia 17 de Novembro, o primeiro dia do festival. A cantora canadiana, que se situa entre o indie e o pop, é também guitarrista e actua tanto a solo, como no grupo de indie rock Broken Social Scene.

O primeiro disco lançado a solo, “Monarch”, data de 1999. Foi com “Let it Die”, de 2004, e “The Reminder”, de 2007, que conquistou projecção internacional. A participação num dos discos dos noruegueses Kings of Convenience também ajudou à descoberta da voz doce de Feist. Conta com vários prémios no currículo.

Do Sahara para aqui

Quem for ao Clockenflap no sábado, pode assistir a um concerto num registo completamente diferente: os Tinariwen chegam do Norte do Mali com um misto de sonoridades que lhes permitiram fazer mais do que música do mundo. O grupo do deserto do Sahara surgiu em 1979, na Argélia, mas só em 2007 é que estes músicos tuaregues foram aclamados, com o disco “Aman Iman” e a presença na rota dos festivais internacionais.

Noutro registo completamente diferente, os norte-americanos The Dandy Warhols compõem o cartaz de domingo com o rock alternativo que fazem desde 1994. Oriundos de Portland, conquistaram um lugar na cena musical quando foram descobertos pela Capitol Records e lançaram o disco de estreia, “The Dandy Warhols Come Down”, em 1997. Em 2001, um dos temas da banda foi escolhido para um anúncio publicitário nos Estados Unidos, o que lhe deu uma projecção massiva. Até à data, The Dandy Warhols têm dez álbuns em estúdio, duas compilações, seis EPs e 27 singles.

21 Jun 2017