Andreia Sofia Silva SociedadeEducação | Apenas três escolas saíram de pódios de edifícios habitacionais A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) divulgou no seu último relatório anual, relativo ao ano de 2019, que apenas três escolas deixaram de estar instaladas em pódios de edifícios habitacionais desde 2015. “O Governo melhorou o ambiente de ensino dos edifícios escolares através de um planeamento a curto, médio e longo prazo. Entre 2015 e hoje três escolas (Escola Fu Luen, Escola Caritas e Escola São João de Brito) já saíram de pódios de edifícios”, pode ler-se. O Governo promete continuar a desenvolver este projecto de re-alocação de escolas. “A DSEJ analisará as necessidades de desenvolvimento geral do sistema educativo, fornecerá sugestões junto do departamento de planeamento e cooperará com o planeamento geral de Macau, no sentido de melhorar o ambiente de ensino e proporcionar uma educação de maior qualidade.” Ainda no que diz respeito à educação patriótica, a DSEJ garante que, até 2022, um total de 500 alunos de Macau vão participar por etapas no “Acampamento de Verão STEM”, a realizar-se no Interior da China, “a fim de melhorar a capacidade inovadora e a qualidade científica” desses mesmos estudantes. Esta iniciativa insere-se no programa piloto de acampamento educativo para jovens estudantes na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Segundo dados estatísticos da DSEJ, existiam, no ano lectivo de 2019/2020, um total de 77 escolas, incluindo dez escolas públicas e 67 particulares. Encontravam-se matriculados 80.463 alunos no ensino regular e 1.267 no ensino recorrente.
Filipa Araújo SociedadeObra de Céu Azul | Caritas já tem instalações prontas a receber alunos A Escola da Cáritas vai ser a primeira a ter instalações novas, no âmbito do projecto Céu Azul. A direcção diz que não podia estar mais contente, até porque o novo espaço vem colmatar algumas falhas do antigo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s novas instalações educativas para a Escola da Cáritas de Macau já estão prontas, apesar de só estarem operacionais em Setembro de 2016. “As novas instalações que o Governo nos atribuiu no projecto Céu Azul estão prontas para nos receber já no próximo ano lectivo. Neste momento funcionam apenas como centro de adaptação a estudantes que por uma razão ou outra foram expulsos das suas escolas”, explicou ao HM Cheung Shek Chiu, director da escola da associação. Devido ao baixo número de alunos a ocupar as instalações a Direcção para os Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) considerou ser “mais útil” atribuir estas instalações à escola, que precisa ainda de mais instalações sem barreiras. “Neste momento a única coisa que é preciso é aumentar o número de instalações adaptadas para os nossos alunos, que são todos alunos com necessidades especiais”, explicou o responsável. Dentro de um mês, conta, espera-se que tudo esteja pronto e o entusiasmo não podia ser maior. “Quando soubemos que éramos uma das escolas escolhidas pelo Governo ficámos todos muito sensibilizados”, disse Ao Ieong, professora de ensino especial. Actualmente, conta, a escola e os seus trabalhadores enfrentam muitas dificuldades. “Temos ao todo 64 crianças em sete turmas e a falta de espaço é uma enorme batalha nossa. Até as crianças ficaram emocionadas por saber que vão ter um espaço com ar livre para estar”, relatou. A contar com uma equipa de docentes e técnicos, como terapeutas da fala, fisioterapeutas e oferecendo ainda aulas de musicoterapia, a docente explica que a nova escola permitirá fazer evoluir o tipo de actividades disponíveis para os alunos. Com instalações nos NAPE, a transferência para a Taipa é aplaudida. “Vamos finalmente sair da proximidade dos casinos, algo que é prejudicial para os alunos”, explica o director. Tudo muito rápido Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, indicou esta semana que, até ao momento, em todas as abordagens do seu gabinete às escolas – sem indicar quantas –, apenas uma escola recusou aderir ao projecto Céu Azul. “Não sei bem qual a situação da escola que recusou, mas não estranho que as pessoas – incluindo os directores dessa instituição – estejam a reagir assim. Temos de perceber que isto aconteceu tudo muito rápido, um dia o Secretário visitou uma escola e lançou este plano. As coisas feitas de forma muito rápida podem causar estranheza. O efeito surpresa é muito grande, portanto é normal que as pessoas estejam a estranhar”, justificou Cheung Shek Chiu. Depois de sete mudanças de instalações, a Escola da Cáritas espera agora poder “pousar definitivamente”. “As altas rendas fizeram com que, ao longo dos anos, tivéssemos de mudar sempre de um lado para o outro. Neste momento estas instalações são muito pequenas para o número de crianças e, para piorar, temos de dividir o espaço com outra instituição aqui ao lado. Esta escola vem mudar isso, finalmente”, remata a docente.