“Desfile por Macau, Cidade Latina” muda de nome e passa a ser “Desfile Internacional de Macau”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] “Desfile por Macau, Cidade Latina” vai mudar de nome. A nova designação é “Desfile Internacional de Macau 2017” e de acordo com a organização, a cargo do Instituto Cultural (IC), tem como objectivo “proporcionar aos grupos artísticos locais uma plataforma para a apresentação de espectáculos e uma oportunidade para estes proporem a sua criatividade”, lê-se no comunicado oficial.

O evento pretende ainda ”promover o desenvolvimento e a diversificação das indústrias culturais de Macau, criando oportunidades para os artistas locais observarem e desenvolverem intercâmbios culturais com grupos performativos internacionais”, sublinha a organização.

O desfile internacional tem lugar a 17 de Dezembro, vai integrar as comemorações do 18.º aniversário da transferência da administração do território e as inscrições para os interessados em participar estão abertas até ao dia 3 de Novembro.

Pátria na mira

Este ano o tema sugerido pelo IC é  “Histórias da Cidade de Macau e do seu Património Histórico”. A organização pretende com a ideia “inspirar a criatividade dos artistas locais no amor à mãe pátria e por Macau.”.

Os grupos podem participar em diferentes modalidades, incluindo “Participação de acordo com o tema do Desfile”, “Desfile de grupos artísticos” em que os participantes escolhem um tema livre para criar a sua apresentação, “Promoção artística de mini-desfiles” em que os candidatos participam, nos dias 9 e 10 de Dezembro, numa acção que visa divulgar o evento final, e “Embaixador da Arte” para os grupos participantes que se vão deslocar às escolas ou centros comunitários tendo como missão dar formação acerca da construção de adereços.

25 Out 2017

Desfile | Macau celebra passagem de administração

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau começou ontem a celebrar o 17.º aniversário da passagem de administração de Portugal para a China com uma parada em que se reivindica uma “cidade latina”, onde o português é língua oficial e “ponte” para outros mundos.

“A língua portuguesa também é uma chave para abrir o mundo latino. Por isso, aproveitamos esta vantagem para abrir a porta, para abrir a plataforma, o intercâmbio entre a China, Macau e os países latinos”, disse à agência Lusa o presidente do Instituto Cultural de Macau, Ung Vai Meng.

A ideia da parada é também “promover Macau” e a sua cultura, através dos milhares de pessoas que atrai o desfile, em que participaram 60 grupos locais, de Hong Kong, da China, de Taiwan e de diversos países e territórios de latinos, acrescentou.

O “desfile por Macau, cidade latina” realiza-se desde 2011, dentro das celebrações da criação da Região Administrativa Especial de Macau, integrada na China, a 20 de Dezembro de 1999, quando o território deixou de ser administrado por Portugal.

Dança tuga

Este ano, o Ballet Afro Tuga representou Portugal, naquela que foi a estreia no estrangeiro deste grupo, segundo disse à agência Lusa o director artístico, Hugo Menezes, que fez um balanço muito positivo desta passagem por Macau, realçando “a boa onda” do desfile e “a curiosidade” do público.

O Ballet Afro Tuga, que existe desde 2011, levou até Macau 15 pessoas para esta parada, mas o espectáculo que costuma apresentar integra 40 elementos.

Este grupo junta artistas que residem em Portugal que tocam e dançam percussões e ritmos tradicionais afro-mandigas, oriundos da região que abrange Guiné, Mali, Burkina Faso, Libéria, Senegal, Gâmbia e Costa do Marfim.

As histórias do “Clássico das Montanhas e dos Mares” – “um popular clássico da antiguidade chinesa que regista a geografia do mundo antigo, descreve divindades e animais grotescos e narra mitos bizarros, considerado a ‘enciclopédia’ mais antiga da China” – foram o pano de fundo da parada deste ano.

O cortejo partiu, como habitualmente, das Ruínas de São Paulo, o ex-libris de Macau, com destino à praça do Tap Seac, um local amplo com calçada à portuguesa e edifícios históricos.

Este ano houve, contudo, uma nova rota, com alguns grupos a partirem do Largo do Senado.

Entre os grupos participantes, houve representantes de Espanha, França, Itália, Brasil ou Uruguai, além de Portugal.

O desfile custou 15 milhões de patacas, menos um milhão de patacas  do que no ano passado.

Segundo Ung Vai Meng, a organização estima que este ano a assistência representou mais 20% do que no ano passado, quando foi calculada em 100 mil pessoas.

5 Dez 2016