Sofia Margarida Mota SociedadeEquipa da UM pioneira na descoberta de efeitos de artemísia [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma equipa de investigação da Universidade de Macau (UM) é pioneira na descoberta dos efeitos da artemísia contra danos induzidos por stress oxidativo e identifica ainda o mecanismos de acção desta planta. O resultado foi anunciado em comunicado de imprensa, que congratula a equipa liderada por Zheng Wenhua e que saiu da Faculdade de Faculdade de Ciências da Saúde da UM. O estudo constitui o primeiro relatório mundial sobre o efeito neuroprotector da artemísia e confere à planta um forte potencial de aplicação clínica, nomeadamente no que respeita ao tratamento de distúrbios do sistema nervoso central, adianta a UM. O desenvolvimento de medicamentos nesta área tem tido um crescimento significativo devido aos fenómenos recentes de envelhecimento populacional e incidência de doenças neurodegenerativas. A maioria dos projectos, porém, terão ficado pelo caminho dada a dificuldade em ultrapassar a barreira sangue-cérebro sem efeitos secundários insuportáveis. As propriedades anti-malária da planta forma alvo do prémio Nobel da Medicina em 2015, pelos estudos conduzidos por Tu Youyou, sendo agora aprovada enquanto medicamento com a capacidade de transpor a barreira hemato-cefálica sem consequências graves. A propriedade neuroprotectora da artemísia abre um novo capítulo na pesquisa farmacológica deste composto sendo que, para Zheng Wenhua, o caminho a trilhar ainda é de muito trabalho para que se possam efectivamente proceder a aplicações clínicas. As descobertas foram publicadas nas revistas da especialidade Free Radical Biology and Medicine e Redox Biology, sendo que ambas as publicações lideram a credibilidade na pesquisa de radicais livres, endocrinologia e metabolismo, remata a UM.