Hoje Macau EventosFestival de ‘curtas’ de Macau regressa em Dezembro com mais de uma centena de filmes [dropcap]A[/dropcap] 11.ª edição do Festival Internacional de Curtas de Macau vai realizar-se em dezembro, com mais de uma centena de filmes entre os finalistas a concurso, tendo recebido 4.232 submissões, anunciaram os organizadores. Organizado pelo Centro de Indústrias Criativas – Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, com o apoio do Governo do território, o festival, que vai decorrer de 01 a 08 de dezembro, promove a competição de profissionais e amadores, com “produções curtas independentes de reduzido orçamento”, segundo o comunicado divulgado hoje. Tal como em anos anteriores, o festival inclui duas competições, “Shorts” (para curtas-metragens) e “Volume” (que premeia vídeos musicais). Das 4.232 submissões recebidas este ano, a maioria veio da Europa (43%), Ásia (32%), América do Norte (11%) e América do Sul (9%), segundo a nota, havendo ainda trabalhos de África (3%), Oceânia (1%) e outras regiões (1%). As curtas-metragens finalistas da seleção oficial, com 124 filmes no total, incluem 68 ficções, 26 documentários e 30 animações de quase 40 países, incluindo Portugal, pode ler-se no comunicado. Nove vídeos musicais vão ainda competir na vertente “Volume”. Os prémios incluem distinções para o melhor filme, ficção, documentário, animação, “identidade cultural de Macau” e prémios do público, entre outros. O júri deste ano é constituído por João Francisco Pinto, jornalista e diretor do canal de televisão TDM (Teledifusão de Macau), que preside ao painel, pelo realizador belga de curtas-metragens Julien Dykmans e pela realizadora sueca Måns Berthas. Esta 11.ª edição, que se realiza no Teatro Dom Pedro V, inclui 152 filmes e nove vídeos musicais, além de sessões especiais para escolas de cinema, concertos e encontros com o júri e finalistas.
Andreia Sofia Silva EventosTrês curtas-metragens de Macau exibidas amanhã no Porto Três curtas-metragens com a assinatura de Tracy Choi, Nancy Io e Emily Chan fazem parte da iniciativa “Femme Sessions”, que decorre esta quarta-feira no espaço Maus Hábitos, no Porto. O curador é Cheong Kin Man, que considera o trio de realizadoras os nomes mais importantes do cinema que se faz actualmente no território [dropcap]O[/dropcap] cinema de Macau vai estar em destaque esta quarta-feira na cidade do Porto, graças à iniciativa do espaço Maus Hábitos. O evento “Femme Sessions” vai contar com a exibição de três curtas-metragens da autoria de Tracy Choi, Emily Chan e Nancy Io, numa iniciativa que conta com a curadoria de Cheong Kin Man, natural de Macau e estudante de doutoramento na Universidade Livre de Berlim. Uma nota do espaço Maus Hábitos dá conta que “uma das maiores preocupações das cineastas macaenses pós-coloniais é maximizar a criatividade numa sociedade caracterizada pela auto-censura”. Nesse sentido, serão exibidos “três exemplos pertinentes que merecem atenção neste sentido”. É o caso de “Um Amigo Meu”, realizada por Tracy Choi em 2013, um dos primeiros filmes LGBT de Macau. A história centra-se na bem-comportada Sin que testemunha uma situação de bullying na sua nova escola e ousa não expô-la. Vendo a vítima, Tong, a ser sempre tratada de maneira injusta, oferece-se para ajudar. Gradualmente, a amizade entre as duas cresce, no entanto, Sin tem medo de se envolver nos problemas de Tong. Desde então, tenta manter distância de Tong e ignora todo o bullying que testemunhou. É então que Sin mergulha num dilema moral. Tracy Choi é descrita pelos organizadores do evento como uma “brava cineasta que ganhou uma impressão positiva no público transregional”. Ao HM, a aclamada realizadora mostrou-se satisfeita por poder mostrar o seu trabalho na cidade do Porto. “Penso que é uma grande oportunidade para mostrarmos alguns filmes de Macau. É um prazer podermos mostrar estas curtas-metragens ao público.” Além da curta-metragem de Tracy Choi, os amantes de cinema do Porto poderão também ver “Projecto Miúdos”, realizado em 2016 por Nancy Io, e que conta a vivência de crianças num jardim de infância. Destaque também para “Até ao fim do mundo”, realizado o ano passado por Emily Chan, e que se centra na possibilidade de 2012 ser o ano em que o mundo acaba. A personagem Zoe decide deixar Macau, mas, antes de partir, encontra um rapaz de quem gosta e decide caminhar com ele uma última vez. As curtas-metragens de Macau voltam a ser exibidas na sexta-feira, desta vez em Aveiro. Os bons exemplos Ao HM, o curador da iniciativa explicou que escolheu estas três curtas-metragens por se tratar de um trio realizadoras de Macau “que são as mais importantes no presente”. “São cineastas reconhecidas a nível local e regional. Valorizo os méritos da Tracy [Choi] pelo sucesso obtido ao abordar as questões da comunidade LGBT no seu trabalho, numa sociedade que parece não estar ainda muito habituada ao tema. A Tracy consegue falar do ‘problema’ com a subtileza necessária numa realidade como a de Macau”, explicou Cheong Kin Man. Quanto a Nancy Io, “é a única das três realizadoras que começou a ter sucesso antes de estudar cinema”. Neste sentido, “é um exemplo de coragem para muitas pessoas de Macau que começam a filmar sem formação académica”. Cheong Kin Man denota que o cinema local tem sido mostrado em Portugal nos últimos anos, tendo dado como exemplo a apresentação, na Cinemateca Portuguesa, nos anos 90, de vários filmes em que Macau é retratada. “É evidente que o esforço dos cineastas locais e do Governo da RAEM têm gerado frutos aos quais Portugal começa a dar atenção. Mas temos de ser mais ambiciosos, porque [o cinema] de Macau permanece ainda pouco conhecido no resto da Europa”, frisou. Além desta mostra de cinema no Porto, Cheong Kin Man apresenta na Conferência Internacional de Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação (AVANCA – CINEMA 2020), em Aveiro, os textos académicos “O papel dos média culturais ‘subalternes’ nos povos ‘indígenas’ do mundo de língua chinesa: análise semântica, temas e traduções” e “Uma identidade reinterpretada: Notas sobre um antigo documentário e antigas pesquisas em redor da identidade macaense”. Segundo o autor, os textos “lançam a reflexão sobre o conceito de eurocentrismo, ao mesmo tempo que procuram valorizar Macau enquanto objecto pertinente para a investigação pós-colonial”.
Hoje Macau EventosCurtas de animação| IC promove apresentações internacionais [dropcap]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) vai promover a exibição de cinco curtas metragens de animação subsidiadas pelo organismo em 2016 dentro do programa de apoio aos criativos locais. A apresentações vão ter lugar em Macau, na China Continental, em Hong Kong, Portugal e na Grécia. “The Lighthouse”, de Lei Pui Weng, “Starry Sky”, de Ku Pou Cheng, “Father’s Lunch”, de Pun Lap Fung, “Pundusina”, de Lou Ka Choi, e “Dinzong”, de Cheong Chi Pan, foram os filmes considerados “excelentes” e seleccionados para estas mostras. “The Lighthouse” foi finalista do 24.º Festival IFVA de Hong Kong, no Festival de Animação de Lisboa 2019 em Portugal e Athens Animfest 2019 na Grécia. “Father’s Lunch” vai participar no 15.º Festival Internacional de Cinema de Animação da China. “Pundusina”, uma obra de animação que retrata o quotidiano, será transmitida nas plataformas de partilha de vídeos e apresentada no programa de televisão Bom Dia, Macau. “Dinzong”, uma animação digital e “Starry Sky” uma animação com um estilo semelhante aos livros ilustrados, assinalam um avanço na cena da animação local vão ser apresentadas na “Exposição de Multimédia, Animação e Banda desenhada de CMM” organizada pela Associação de Arte da Animação e Banda Desenhada de Macau, a ter lugar no Centro de Arte Contemporânea – Oficinas Navais N.º 2, de 11 a 18 de Maio. Este último evento vai contar com a participação dos realizadores. Os cinco realizadores das animações vão ainda participar no “Moving Image Programme: Independently Yours” um evento anual de exibição de produções independentes organizado pelo Hong Kong Arts Centre, que terá lugar no dia 2 de Abril.
Sofia Margarida Mota EventosCurtas | Migrações pelo olhar dos alunos da UM [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tema “As Migrações” dinamizou os alunos da Universidade de Macau (UM) e deu origem a 20 filmes que vão participar na terceira edição do concurso de curtas-metragens. A iniciativa é do Programa Académico da União Europeia para Macau, em colaboração com o departamento de Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais da UM. “Os alunos da disciplina de produção de vídeo são convidados a fazerem curtas-metragens de cinco minutos acerca de um tema seleccionado”, explica ao HM Rui Flores, elemento da organização e do júri do concurso. No ano passado, o tema foi “O Desenvolvimento”, em que a escolha teve por base “o alinhamento com o ano europeu do desenvolvimento”. A edição de 2016 teve em conta a situação actual da Europa e do que se passa um pouco por todo o mundo. “Achámos que seria interessante sugerir aos alunos que falassem sobre migrações também sob a perspectiva de Macau”, explica o organizador. Para Rui Flores, o tema é actual e encaixa no próprio contexto da região. “É um território que ao longo dos anos tem sido construído com migrantes e a sua presença é extremamente importante para o seu próprio desenvolvimento.” As razões do sucesso do número de filmes recebidos podem ter que ver, segundo o organizador, com a visibilidade que os alunos sentem que os trabalhos têm com a sua participação. Por outro lado, o tema em si poderá ter contribuído para a grande participação até porque “mesmo a grande parte dos nossos alunos chineses têm pais que não são de Macau, pelo que é uma temática que acaba por lhes dizer muito”. “Segundo sei, a técnica que foi mais usada foi a do documentário em que os alunos recorreram a familiares e amigos que são migrantes em Macau”, refere. As películas vão ser exibidas na quinta-feira pelas 19h e o prémio para o vencedor será de cinco mil patacas, com a oportunidade de ver o filme exibido na extensão de Macau do conhecido festival Doclisboa. O júri é constituído por Timothy Simpson, director adjunto da Faculdade de Ciências Sociais da UM, Patrícia Ribeiro, do Instituto Português do Oriente, João Francisco Pinto, da TDM e Rui Flores, gestor executivo do Programa Académico da União Europeia para Macau.
Sofia Margarida Mota EventosCurtas | Sound & Image Challenge com a maior adesão de sempre O Sound & Image Challenge volta a marcar o final do ano, desta feita com um número recorde de participações. A organização destaca não só a quantidade de filmes recebidos, como a qualidade que coloca a iniciativa local na corrida dos melhores festivais independentes do mundo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] festival Sound & Image Challenge 2016 já tem cartaz e vai mostrar curtas-metragens entre 6 a 11 de Dezembro. A edição deste ano integra temas do quotidiano actual e, além das películas em competição, conta com filmes da China Continental, Taiwan, Macau, Singapura, Filipinas, Tailândia e Portugal, numa secção extra. No total são 64 curtas a ser exibidas no Teatro Dom Pedro V e 50 filmes que vão ocupar a tela da Cinemateca Paixão. Lúcia Lemos, responsável pela Creative Macau – a entidade organizadora do evento – mostra-se excepcionalmente satisfeita com a quantidade e a qualidade das curtas-metragens que foram recebidas pela entidade, tanto na secção extra, como para as secções “Shorts” e “Volume”. “Além das 1650 inscrições que deram entrada no Centro das Indústrias Criativas, a iniciativa conta ainda com 41 filmes, além dos candidatos”, sublinha. “Embora as curtas-metragens nas duas categorias de competição não devam exceder 15 ou 30 minutos, recebemos um número recorde de trabalhos vindos de todo o mundo”, diz Lúcia Lemos, na nota de apresentação do festival. A responsável frisa ainda a qualidade que marca a edição deste ano. “Gostaríamos de realçar a tremenda qualidade dos filmes que recebemos e de destacar o tratamento de temas globais actuais, como é o caso dos campos de refugiados em várias regiões do mundo”, menciona Lúcia Lemos na mesma nota. Fará também parte do programa uma masterclass e a participação de profissionais do cinema. A master estará a cargo de Cheng Liang, que apresentará a sua curta-metragem “City of Black and White”, um filme composto por três histórias mudas. Filmes do mundo Os filmes selecionados para as competições “Shorts” e “Volume” vieram dos Estados Unidos, Europa, Médio Oriente, América do Sul, Sudeste Asiático, China e Macau o que, segundo Lúcia Lemos, “mostra que um número crescente de realizadores tem interesse por um festival de cariz independente e sem ser convencional”. Para a responsável, a adesão poderá ter que ver com as particularidades do território anfitrião: “Um festival possivelmente inspirado pelos sedutores 450 anos de história que Macau possui enquanto ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente”. Lúcia Lemos não deixa de mencionar o papel do cinema enquanto forma de comunicação. “O cinema é o tipo de entretenimento mais democrático, porque nos permite a ligação a outras culturas sem as invadirmos e tem o poder de mudar vidas alterando a percepção do mundo real”. O Festival Internacional Sound & Image Challenge tem como objectivo, nas palavras de organização, “tornar-se uma referência no âmbito de festivais deste género”. Programa 6 de Dezembro Cerimónia de Abertura no Teatro D. Pedro V – 19h 7 de Dezembro Projecção de filmes extra com conversa depois da exibição – 14h às 22h Masterclass do realizador Cheng Liang – 19h 8 de Dezembro Projecção dos filmes nomeados para a secção “Shorts” – 9h30 às 22h 9 de Dezembro: Projecção dos filmes nomeados para a secção “Volume” com conversa depois da exibição – 14h às 15h Projecção de filmes extra com entrevistas após a exibição – 15h30 às 17h Cerimónia de gala de entrega de prémios – 19h às 21h30 Cinemateca Paixão 10 de Dezembro Projecção de filmes nomeados das secções “Shorts” e “Volume” – 14h às 22h 11 de Dezembro Projecção de filmes extra – 14h às 15h30 Projecção de filmes nomeados da secção “Shorts” – 15h30 às 22h