Mais de 30 por cento dos residentes tem um diploma do ensino superior

O Conselho do Ensino Superior revelou ontem que um em cada três residentes é portador de um grau emitido por uma universidade. De acordo com um estudo prévio, apresentado na primeira reunião plenária da entidade, é necessário promover a cooperação entre os estabelecimentos de ensino locais e os de língua portuguesa, bem como com as regiões vizinhas

 

[dropcap]N[/dropcap]o ano passado, um em cada três residentes era portador de um grau de ensino superior de acordo com os dados divulgados ontem em comunicado pelo Conselho do Ensino Superior, após a primeira reunião plenária da entidade consultiva. “Em 2017, a taxa de residentes com um grau de ensino superior chegou aos 36,51 por cento”, aponta a mesma fonte.

O Conselho revelou ainda que no ano lectivo de 2017/2018 existiam 33,098 estudantes nas universidades do território. Destes, 5,803 alunos estão a frequentar graus de doutoramento, 259 são mestrandos, e 24,575 são alunos de licenciatura. Há ainda uma faixa de estudantes que se encontra a frequentar outras formações leccionadas pelas universidades locais.

Por outro lado, e no que respeita ao corpo docente e às suas qualificações, no passado ano lectivo, dos 1,513 professores universitários que dão aulas em Macau, 72,1 por cento é detentor de doutoramento.

Ensino dirigido

Já no que respeita a políticas dedicadas à promoção do ensino universitário, o Conselho sublinha o papel da lei do ensino superior, do fundo de apoio ao ensino superior e do sistema de creditação como elementos fundamentais para o desenvolvimento deste sector educativo. Tudo isto contribui, considera “para que Macau tenha entrado num novo patamar”, aponta o comunicado.

O Chefe do Grupo de estudos e planeamento do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES), Teng Sio Hong, aproveitou a realização desta primeira reunião plenária para apresentar o estudo preliminar que tem sido feito pelas instituições de ensino e que dará origem ao planeamento de estratégias de desenvolvimento a médio e longo prazo. De acordo com o responsável o objectivo “é assegurar um desenvolvimento constante do sector e garantir o fornecimento de bases científicas que sustentem políticas futuras”, lê-se.

O resultado deste trabalho preliminar foca-se na necessidade de uma melhoria contínua do sistema de ensino superior através da optimização das instituições, do desenvolvimento de programas de intercâmbio de alunos, e da “definição de disciplinas fundamentais em que as instituições de ensino se possam destacar para promover a integração entre produção de conhecimento, ensino e investigação”.

De acordo com o mesmo estudo preliminar, é ainda necessário o reforço da cooperação com os países de língua portuguesa e com os estabelecimentos das regiões vizinhas, nomeadamente com os que integram o projecto da Grande Baía.

28 Nov 2018