Guarda costeira chinesa resgata nove baleias no leste do país

A guarda costeira chinesa resgatou nove baleias que ficaram presas nas águas da costa da província de Zhejiang, leste da China, mas não puderam evitar a morte de outras três, informou hoje a imprensa local.

Equipas de resgate deslocaram-se para uma praia na cidade de Linhai, na manhã de terça-feira, após serem notificadas que 12 baleias encalhadas foram avistadas na área, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

No entanto, o calor, o peso e a localização complicaram a tarefa de devolvê-las à água, e três dos cetáceos morreram antes da chegada das equipas de resgate.

Segundo a agência, trata-se de 12 baleias com cabeça de melão (Peponocephala electra), uma espécie com cerca de três metros de comprimento e 200 quilos de peso, que costuma habitar oceanos tropicais e subtropicais.

Cerca de 150 pessoas participaram do resgate, durante o qual foram cavados buracos ao redor dos mamíferos marinhos e despejada água sobre os seus corpos para evitar que se afogassem na lama.

As equipas de resgate também usaram toalhas molhadas para manter os animais húmidos e ergueram proteções contra o sol, disse um oficial local à emissora estatal CCTV.

Após quase 10 horas, as equipas conseguiram salvar as nove baleias restantes e transportá-las para um local seguro.

As autoridades enviaram duas das baleias resgatadas para um aquário, outras duas para um parque costeiro e as cinco restantes para uma empresa local de criação de animais marinhos, disse a Xinhua.

7 Jul 2021

Canadá interpela Japão sobre a “importância da conservação das baleias”

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro canadiano interpelou ontem o seu homólogo japonês, Shinzo Abe, sobre “a importante questão da conservação das baleias”, após Tóquio formalizar a retirada da Comissão Baleeira Internacional para retomar a pesca comercial em Julho.

O arquipélago asiático junta-se assim à Islândia e à Noruega, únicos países que praticam a caça de baleia para fins comerciais, e abriu caminho a duras críticas da comunidade internacional e das organizações defensoras dos direitos dos animais.

Segundo um comunicado ontem divulgado, durante uma conversa telefónica na segunda-feira à noite entre os dois dirigentes, Justin Trudeau “prometeu trabalhar com parceiros internacionais para proteger as espécies de baleias”.

O Japão anunciou a 26 de Dezembro passado a sua saída da Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês), desafiando abertamente os defensores dos cetáceos, 30 anos após o fim oficial de caça às baleias, cuja população continua a diminuir.

Outra das questões discutidas entre ambos foi o comércio internacional, saudando a entrada em vigor, a 30 de Dezembro, do Acordo de Livre Comércio Transfronteiriço (IPPP, na sigla em inglês).

Trudeau e Abe também debateram a próxima cimeira do G20, que será realizada em Junho em Osaka, no Japão, com o primeiro-ministro canadiano a prometer que o Canadá “apoiará activamente o Japão para ajudá-lo a ter sucesso”.

Por fim, falaram sobre a “detenção de dois cidadãos canadianos na China, reiterando ambos a importância [da luta] pela Justiça e pelo Estado de Direito”, adianta o comunicado.

As autoridades chinesas mantêm há um mês detidos o ex-diplomata canadiano Michael Kovrig, contratado pelo ‘think tank’ Internacional Crisis Group e o construtor canadiano Michael Spavor, que mantém frequentes contratos com a Coreia do Norte, indiciados por ameaças à segurança do Estado.

Muitos observadores acreditam que as detenções são uma retaliação pela prisão, em Vancouver, do diretor financeiro da empresa Huawei, gigante de telecomunicações da China.

9 Jan 2019

Japão | Fins científicos justificam a captura 177 baleias

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Japão capturou 177 baleias durante sua temporada de pesca de cetáceos que tem lugar na costa norte do arquipélago no Verão, uma acção que os nipónicos explicam ter uma finalidade científica, informou ontem a Agência Nacional de Pesca. O Japão sustenta que o objectivo da captura das baleias passa por contribuir para a gestão e conservação dos recursos marítimos, analisando o conteúdo dos seus estômagos, cujos resultados são depois enviados à Comissão Internacional da Baleia. A actividade baleeira japonesa tem sido alvo de críticas por parte da comunidade internacional e organizações de animais, que a classificam de pesca comercial encapotada, uma vez que a carne dos espécimes estudados é posteriormente vendida. O país nipónico afirma que a análise também é usada com o objectivo de calcular uma quota adequada para a captura de baleias, de acordo com o comunicado divulgado pela entidade pesqueira japonesa.

23 Ago 2018

Tailândia | Baleia morre depois de engolir 80 sacos de plástico

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma baleia morreu, na Tailândia, depois de ter engolido mais de 80 sacos de plástico nas águas poluídas do sul do país, anunciaram ontem as autoridades marítimas locais.

Segundo a agência EFE, que cita a imprensa local, o animal foi localizado inerte no mar, incapaz de nadar, e apesar do socorro das autoridades marítimas tailandesas acabou por morrer devido a uma obstrução intestinal provocada pela ingestão de sacos de plástico.

Uma equipe de veterinários ainda tentou salvar a baleia, sem sucesso. Segundo o departamento de Recursos Costeiros e Marinhos da Tailândia, a autópsia revelou que o animal tinha alojados no estômago 80 sacos de plástico, com um peso total de oito quilos.

Os sacos impediram que ingerisse qualquer outro alimento nutritivo, segundo Thon Thamrongnawasawat, biólogo da Universidade Kasetsart, de Bangcoc.

Pelo menos 300 animais marinhos, entre baleias, tartarugas e golfinhos, morrem todos os anos nas águas tailandesas por engolirem resíduos plásticos, explicou Thon Thamrongnawasawat.

A Tailândia é um dos países do mundo onde mais se usa sacos de plástico, situação que causa todos os anos a morte de centenas de criaturas marinhas que vivem perto das populares praias do sul do país.

4 Jun 2018

Japoneses mataram 177 baleias este Verão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s japoneses mataram 177 baleias no Oceano Pacífico, ao largo da costa nordeste do arquipélago, durante uma missão de Verão “para fins científicos”, revelou ontem a Agência das Pescas.

Os três navios especializados que partiram em Junho, como planeado, capturaram 43 baleias Minke e 134 baleias boreais, disse a mesma fonte.

A agência defende que a caça à baleia é “necessária” para estimar o número de capturas potenciais a longo prazo e pretende “começar novamente a pesca comercial”, revelou à agência de notícias France-Presse Kohei Ito, um dos funcionários.

O Japão assinou a moratória da Comissão Baleeira sobre a caça à baleia, mas afirma praticá-la para realizar pesquisas, não só perto das suas costas no Pacífico, mas também na Antártida.

Esta posição é denunciada pelas organizações de defesa de cetáceos e por vários países, que consideram que Tóquio usa desonestamente uma exceção na moratória datada de 1986.

Até 2014, o Tribunal Internacional de Justiça ordenou a Tóquio que parasse a caça nas águas antárticas, pois não atendia aos critérios científicos exigidos.

O Japão cancelou a campanha de Inverno 2014-15 para retomar a caça à baleia no ano seguinte como parte de um programa modificado.

Batalha perdida

A Antártica foi o cenário de confrontos entre baleeiros japoneses e defensores de animais até que a organização ambiental Sea Shepherd anunciou no mês passado que estava a abandonar o assédio dos baleeiros japoneses no Grande Sul, reconhecendo as suas próprias limitações face ao poder marítimo japonês.

A Noruega – que não se considera vinculada pela moratória internacional de 1986, a que se opôs – e a Islândia são os únicos países do mundo publicamente comprometidos com a caça comercial.

O Japão, por sua vez, está a tentar provar que a população de baleias é grande o suficiente para sustentar a retomada da caça comercial.

O consumo de baleias tem uma longa história no Japão, um país de pesca onde os cetáceos são caçados há séculos. A indústria baleeira cresceu após a Segunda Guerra Mundial, levando proteínas animais para a população deste país.

No entanto, a procura dos consumidores japoneses pela carne de baleia diminuiu consideravelmente nos últimos anos, tornando duvidoso o sentido das missões baleeiras.

27 Set 2017