Pereira Coutinho acusa associação de futebol de prejudicar a modalidade

José Pereira Coutinho considera que a Associação de Futebol de Macau está a contribuir para a destruição acelerada do futebol local. A posição foi tomada ontem com uma intervenção antes da ordem do dia, na Assembleia Legislativa.

“É notório e do domínio público que o desporto em geral e o futebol em particular têm vindo a degradar-se em Macau nos últimos anos, e prova disso, é a cada vez mais diminuta assistência nos vários jogos de futebol de Macau”, afirmou o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM).

Este foi um processo que para o deputado começou ainda antes da pandemia, com a desistência dos jogos de qualificação para o Mundial do Qatar. “Macau falhou em Junho de 2019 (pré-pandemia) a participação na primeira ronda de apuramento para o Mundial FIFA do Qatar de 2022 e da Taça Asiática da China em 2023 por recusa da AFM de viajar e ficou imediatamente eliminado destas competições pondo em risco a participação da selecção de Macau em competições da FIFA e da AFC (AFC) tendo sido multado pelo Comité Disciplinar da FIFA”, apontou.

“Além da má imagem no exterior, a saída destas competições internacionais significou a perda de 14 jogos internacionais a serem organizados pela Associação de Futebol de Macau e uma forma de promover o turismo e a economia em vários mercados asiáticos e mundiais”, acrescentou.

Nada a ver connosco

Segundo Coutinho, na AFM reina uma cultura de recusar sempre assumir qualquer responsabilidade, até nos eventos que organiza, que se traduz na falta de interesse pelo futebol.

“Na organização de competições locais a AFM solicita aos clubes que assinem um documento a ilibar a associação de quaisquer responsabilidades em jogos oficias por si organizados, ficando os jogadores e clubes à mercê da sua sorte em caso de algum acidente”, justificou. “A falta de condições, de apoios e de um sistema de seguros obrigatórios que permita aos jogadores e clubes fazer face a eventuais acidentes ocorridos nos campos do governo e nas competições oficiais põe em risco a integridade física dos mesmos”, frisou.

Por outro lado, o presidente da ATFPM questionou o motivo para a falta de interesse no jogo: “Pergunto-me, há quantos anos não vêm equipas de topo jogar a Macau? Quando foi a última vez que tivemos uma equipa de gabarito internacional em Macau ou mesmo dos países de Língua Oficial Portuguesa? Há tantos anos que já não nos recordamos da última vez que isso aconteceu”, argumentou.

17 Out 2022

Governo quis obrigar a testes de covid-19 antes de jogos, mas voltou atrás

[dropcap]A[/dropcap] informação foi dada, na sexta-feira à tarde, pelos responsáveis da Associação de Futebol de Macau aos clubes: a partir daquele dia as competições estavam suspensas porque era necessário tratar das formalidades para que os jogadores começassem a fazer os testes de covid-19, com um resultado negativo, nos sete dias antecedentes aos jogos.

Os custos tinham de ser assumidos pelos clubes e a imposição não se limitava às competições seniores, também os escalões de formação tinham de realizar os testes, e pagá-los, para poder haver competições.

Às equipas foi explicado que as novas medidas entravam em vigor devido às orientações dos Serviços de Saúde, que estão a coordenar a resposta à pandemia, e que os jogos ficavam suspensos, com efeito imediato e por tempo indeterminado para haver uma adaptação às exigências.

Com jogos e treinos de várias associações e modalidades em risco, o Governo acabaria por recuar ainda no mesmo dia, através de comunicado. “O Instituto do Desporto informa que, após coordenação com os Serviços de Saúde, reiniciará todas as actividades locais de treinamento e competição a partir de amanhã [sábado]”, podia ler-se no comunicado emitido ao final da noite de sexta.

Segurança e bem-estar

No dia seguinte, Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), reagiu à polémica, à margem da inauguração da exposição Carros do Grande Prémio de Macau, no Tap Seac.

Em declarações aos jornalistas, Pun Weng Kun admitiu que a decisão tinha sido inconveniente para as associações e atletas envolvidos no desporto local, e assumiu que a decisão tinha sido tomada após um consenso entre os SSM e o ID para aplicar as orientações mais recentes de como lidar com a pandemia.

Ainda em relação à decisão que foi revertida no mesmo dia, Pun explicou que o objectivo passou sempre por garantir a “maior segurança e bem-estar” de todos os envolvidos.

Por outro lado, o presidente do ID olhou para o futuro e para as medidas que vão ser adoptadas, deixando antever uma maior flexibilidade das autoridades.

15 Nov 2020

Desporto | Garantidos subsídios à Associação de Futebol

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, recusou a ideia de haver um corte dos subsídios da Associação de Futebol de Macau, depois da instituição ter recusado participar nos encontros, primeiro, com o Sri Lanka e, depois, com Hong Kong.

“Queremos e desejamos que as associações expliquem às pessoas claramente como funcionam”, disse Alexis Tam. “Agora, em relação aos subsídios […] não podemos interferir nas acções da associação. São essas as regras definidas pela FIFA”, sustentou. O secretário frisou ainda que o desporto local tem evoluído e que Macau tem cada vez melhores resultados e mais medalhas. Ao mesmo tempo, mostrou-se optimista na capacidade de formação de atletas locais, principalmente para o futuro.

30 Set 2019

Desporto | Garantidos subsídios à Associação de Futebol

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, recusou a ideia de haver um corte dos subsídios da Associação de Futebol de Macau, depois da instituição ter recusado participar nos encontros, primeiro, com o Sri Lanka e, depois, com Hong Kong.
“Queremos e desejamos que as associações expliquem às pessoas claramente como funcionam”, disse Alexis Tam. “Agora, em relação aos subsídios […] não podemos interferir nas acções da associação. São essas as regras definidas pela FIFA”, sustentou. O secretário frisou ainda que o desporto local tem evoluído e que Macau tem cada vez melhores resultados e mais medalhas. Ao mesmo tempo, mostrou-se optimista na capacidade de formação de atletas locais, principalmente para o futuro.

30 Set 2019

Futebol | Associação de Macau recusou data proposta para Interport

A Associação de Futebol de Hong Kong pretendia realizar o torneio anual a 12 de Outubro, mas a congénere de Macau diz não ter disponibilidade, devido a jogos do campeonato Bolinha. Segundo a AFM a recusa da ida à RAEHK não se ficou a dever às manifestações

 

[dropcap]D[/dropcap]epois da falta de comparência com Sri Lanka, em Junho, agora foi a vez da Associação de Futebol de Macau (AFM) se ter recusado a jogar no dia 12 de Outubro em Hong Kong, numa partida a contar para o Torneio Interport. A história foi avançada ontem, em Hong Kong, pelo jornal Ming Pao, sem que houvesse uma explicação oficial.

Mas em declarações ao HM, um porta-voz da associação local recusou por completo o cenário da rejeição se ficar a dever às manifestações contra o Governo de Carrie Lam, que se prolongam há cerca de quatro meses. Segundo a AFM, já existem outros compromissos assumidos para essa data. “O dia sugerido pela Associação de Futebol de Hong Kong foi 12 de Outubro, mas nessa data temos um compromisso e não podemos participar no Interport”, explicou um porta-voz. “Nós não recusámos participar no torneio. Estamos à espera que a Associação de Futebol de Hong Kong avance uma nova data para depois darmos uma resposta”, foi acrescentado.

O mesmo porta-voz frisou ainda que a situação não tem nada que ver com as manifestações: “A questão dos protestos não foi um facto que tenha pesado na nossa decisão. Foi só uma questão de datas”, sublinhou.

Sobre os encontros agendados para esse dia, a AFM explicou tratarem-se de encontros a contar para a Bolinha, campeonato de futebol de sete local.

Se a AFM tivesse concordado com data, este seria o primeiro encontro depois de se ter recusado a jogar no Sri Lanka, numa partida de apuramento para o Mundial de 2022. Na altura, a AFM justificou a recusa em participar no apuramento com o facto de o país ter sofrido ataques terroristas na Páscoa.

Jogadores às escuras

A decisão fez com que os jogadores ameaçassem boicotar os futuros encontros da selecção de Macau. Mas, segundo o capitão da selecção de Macau, Nicholas Torrão, os atletas nem sequer foram contactados sobre a possibilidade de entrarem em campo em Hong Kong, a 12 de Outubro. “Honestamente não sei como seria a resposta dos jogadores [caso fossem questionados sobre o encontro em Hong Kong]”, começou por dizer Torrão, ao HM. “Nunca mais houve uma reunião [da AFM] com os jogadores e pelo que tenho falado com alguns atletas há quem não esteja disponível para representar a selecção por agora”, acrescentou.

Sobre uma eventual disponibilidade dos atletas mudarem de opinião, Nicholas Torrão frisou que primeiro a AFM tem de abordar os atletas: “Penso que o melhor seria a associação falar com os jogadores. Isso seria mesmo o mais importante”, frisou.

O Interport é um torneio anual rotativo disputado entre Macau e Hong Kong, que no ano passado se realizou na RAEM, com a selecção local a perder por 6-1.

26 Set 2019

Futebol | Associação de Macau recusou data proposta para Interport

A Associação de Futebol de Hong Kong pretendia realizar o torneio anual a 12 de Outubro, mas a congénere de Macau diz não ter disponibilidade, devido a jogos do campeonato Bolinha. Segundo a AFM a recusa da ida à RAEHK não se ficou a dever às manifestações

 
[dropcap]D[/dropcap]epois da falta de comparência com Sri Lanka, em Junho, agora foi a vez da Associação de Futebol de Macau (AFM) se ter recusado a jogar no dia 12 de Outubro em Hong Kong, numa partida a contar para o Torneio Interport. A história foi avançada ontem, em Hong Kong, pelo jornal Ming Pao, sem que houvesse uma explicação oficial.
Mas em declarações ao HM, um porta-voz da associação local recusou por completo o cenário da rejeição se ficar a dever às manifestações contra o Governo de Carrie Lam, que se prolongam há cerca de quatro meses. Segundo a AFM, já existem outros compromissos assumidos para essa data. “O dia sugerido pela Associação de Futebol de Hong Kong foi 12 de Outubro, mas nessa data temos um compromisso e não podemos participar no Interport”, explicou um porta-voz. “Nós não recusámos participar no torneio. Estamos à espera que a Associação de Futebol de Hong Kong avance uma nova data para depois darmos uma resposta”, foi acrescentado.
O mesmo porta-voz frisou ainda que a situação não tem nada que ver com as manifestações: “A questão dos protestos não foi um facto que tenha pesado na nossa decisão. Foi só uma questão de datas”, sublinhou.
Sobre os encontros agendados para esse dia, a AFM explicou tratarem-se de encontros a contar para a Bolinha, campeonato de futebol de sete local.
Se a AFM tivesse concordado com data, este seria o primeiro encontro depois de se ter recusado a jogar no Sri Lanka, numa partida de apuramento para o Mundial de 2022. Na altura, a AFM justificou a recusa em participar no apuramento com o facto de o país ter sofrido ataques terroristas na Páscoa.

Jogadores às escuras

A decisão fez com que os jogadores ameaçassem boicotar os futuros encontros da selecção de Macau. Mas, segundo o capitão da selecção de Macau, Nicholas Torrão, os atletas nem sequer foram contactados sobre a possibilidade de entrarem em campo em Hong Kong, a 12 de Outubro. “Honestamente não sei como seria a resposta dos jogadores [caso fossem questionados sobre o encontro em Hong Kong]”, começou por dizer Torrão, ao HM. “Nunca mais houve uma reunião [da AFM] com os jogadores e pelo que tenho falado com alguns atletas há quem não esteja disponível para representar a selecção por agora”, acrescentou.
Sobre uma eventual disponibilidade dos atletas mudarem de opinião, Nicholas Torrão frisou que primeiro a AFM tem de abordar os atletas: “Penso que o melhor seria a associação falar com os jogadores. Isso seria mesmo o mais importante”, frisou.
O Interport é um torneio anual rotativo disputado entre Macau e Hong Kong, que no ano passado se realizou na RAEM, com a selecção local a perder por 6-1.

26 Set 2019

Futebol | Alexis Tam aponta o dedo ao Sri Lanka

[dropcap]A[/dropcap]lexis Tam considerou que a culpa de Macau não ter defrontado o Sri Lanka, no jogo de apuramento para o Mundial de 2022, também se ficou a dever ao adversário. As declarações foram prestadas na segunda-feira, numa resposta em chinês. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura considerou que a selecção adversária de Macau não facilitou e tirou vantagem de situação.

“O que é que Macau pode fazer? Eles não aceitaram que o jogo fosse adiado e disputado em terreno neutro, porque era bom para eles e venceriam por falta de comparência”, terá dito de acordo com o portal Macau Concealers. Recorde-se que Macau tinha ganho em Zhuhai por 1-0 na primeira mão da fase de apuramento para o Mundial 2022, mas recusou viajar para o Sri Lanka.

A decisão da Associação de Futebol de Macau, contrária à intenção dos jogadores, foi justificada com “motivos de segurança”, depois dos atentados terroristas na passada Páscoa. A questão está agora a ser analisada pela FIFA e pela AFC.

19 Jun 2019

Macau falha jogo com o Sri Lanka e AFC confirma inquérito

[dropcap]A[/dropcap]pesar de ter revelado a decisão no sábado à noite, apenas ontem a Associação de Futebol de Macau (AFM) confirmou à Confederação Asiática de Futebol (AFC, em inglês) a falta de comparência no encontro de hoje diante do Sri Lanka. A comunicação oficial terá sido feita de manhã, mas só à tarde a AFC confirmou a recepção ao HM.

Como o jogo fazia parte da primeira fase de apuramento para o Mundial de 2022 e da Taça Asiática de 2023, o caso vai agora ter de ser encaminhado para a FIFA e para os comissões disciplinares da AFC, que vão instaurar um processo.

“A Confederação Asiática de Futebol foi informada hoje [ontem] pela Associação de Futebol de Macau que a sua selecção não vai viajar para o Sri Lanka com o fim de participar na ronda conjunta de apuramento para o Mundial FIFA do Qatar de 2022/Taça Asiática AFC na China, em 2023. O encontro preliminar de apuramento estava agendado para amanhã, em Colombo”, respondeu a AFC, quando questionada sobre o assunto. “A AFC vai agora referenciar o caso à FIFA e às comissões apropriadas da AFC”, foi acrescentado.

Com esta decisão, além de ficar imediatamente eliminada do Mundial de 2022, no Qatar, a selecção de Macau fica de fora da Taça Asiática de 2023, organizada pela China. Além disso, a AFM fica sujeita a uma multa monetária que pode chegar aos 40 mil francos ( 325 mil patacas), e a ser proibida de participar nas competições FIFA e AFC durante algum tempo.

No entanto, segundo o HM apurou, numa reunião que ocorreu ontem por volta das 15h30, a AFM disse aos jogadores que estava a fazer tudo para “negociar” o castigo, de forma a não “prejudicar” os clubes e o futuro da selecção.

Contudo, como recompensa, a AFM deixa assim de ter de se preocupar com a organização de 14 jogos internacionais nos próximos três anos, como aconteceria caso conseguisse o apuramento.

Sri Lanka às escuras

No que diz respeito à comunicação oficial entre a federação do Sri Lanka e Macau, os dirigentes da equipa da casa só foram informados durante a tarde. De manhã ainda deram uma conferência de imprensa e disseram estar prontos para ir o jogo e que continuavam a aguardar pelos jogadores da selecção.

Mais tarde a Federação de Futebol do Sri Lanka anunciou oficialmente o cancelamento do jogo, mas recusou as desculpas da AFM: “As autoridades de Futebol do Sri Lanka mantêm convictamente a posição de que o Sri Lanka é um lugar seguro e que tudo voltou à normalidade.

Também tinha sido adoptadas medidas de segurança especiais para o encontro”, foi escrito num comunicado. “A Federação de Futebol do Sri Lanka queria utilizar esta oportunidade para mostrar ao mundo que o Sri Lanka está pronto para receber qualquer evento internacional e que todas as comunidades estão unidas como uma à volta do desporto”, foi acrescentado.

Após ter sido comunicada a decisão, os jogadores voltaram a lamentar o desfecho: “O meu coração está despedaçado. Peço desculpa a todos os fãs de futebol”, escreveu o capitão Nicholas Torrão, na rede social facebook.

ID deu voto de confiança

Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto, comentou ontem toda a situação e deu um voto de confiança à associação. Por um lado, frisou que o ID não interfere nas decisões da AFM, por outro, disse que respeita a tomada de posição, a avaliação sobre as condições de segurança e que tem confiança na AFM. Anteviu também que os jogadores podem abdicar do boicote à selecção no futuro.

11 Jun 2019

Macau recusa jogar no Sri Lanka por motivos de segurança e jogadores revoltam-se

O presidente da Associação de Futebol de Macau, Chong Coc Veng, impediu os atletas de irem para o Sri Lanka, por temer atentados terroristas, mas os jogadores não se conformam. O dirigente diz que a AFM está preparada para assumir a punição da FIFA, que pode passar pela suspensão de todas as competições regionais e internacionais de selecção e clubes

 

[dropcap]A[/dropcap] selecção de Macau está em risco de ser proibida de participar nas competições com a chancela da FIFA e da Confederação Asiática de Futebol (AFC, em inglês). Em causa está a decisão da Associação de Futebol de Macau (AFM) de não ir ao Sri Lanka disputar o jogo agendado para amanhã, evocando motivos de segurança na sequência dos atentados terroristas da passada Páscoa.

Como a partida faz parte da primeira ronda de qualificação para o Campeonato Mundial de 2022, a falta de comparência pode ter consequências muito pesadas para o futuro da selecção. Por esta razão, os próprios atletas revoltaram-se e ameaçam, caso não sejam autorizados a jogar, não voltar a representar a selecção da Flor do Lótus.

A decisão foi comunicada aos jogadores logo na sexta-feira, pouco mais de um dia da vitória por 1-0 frente ao Sri Lanka, em Zhuhai, e oficializada na noite de sábado. Ontem, a AFM voltou a confirmar a decisão, através de uma conferência de imprensa, mesmo depois da Federação de Futebol do Sri Lanka ter emitido um comunicado a garantir que todas as condições estavam reunidas.

“Tomámos esta decisão porque a AFM coloca a segurança dos jogadores acima de tudo. Não podemos correr riscos e colocar a vida dos atletas em risco. Foi por isso que tomámos a decisão de não enviar a nossa equipa para o Sri Lanka”, afirmou Chong Coc Veng, presidente da MFA.

“Pedimos a compreensão. Não foi uma decisão fácil, mas tivemos de tomar esta medida difícil para proteger os jogadores. Temos de pensar nos jogadores, nas suas famílias e amigos”, acrescentou.

Chong Coc Veng negou que as condições de segurança para o jogo em Colombo estivessem reunidas, apesar da Federação de Futebol do Sri Lanka garantir que haveria protecção especial para os atletas. “Sabemos que eles emitiram o comunicado. Mas nós temos como referência o alerta de viagem do Governo. E foi devido a esse alerta que tomámos a decisão de não comparecer”, apontou.

Revolta interna

Entretanto, a decisão causou revolta entre os jogadores. Como tal, foi enviada uma carta aberta à associação e ao Governo, assinada por 48 atletas das equipas A, sub-21 e sub-18, a dizer que caso não entrem em campo amanhã deixam de estar disponíveis para a selecção.

“Sentimos que o futebol de Macau não tem sido respeitado nos últimos anos. Mas, finalmente, temos uma hipótese de dar um motivo de orgulho aos cidadãos de Macau, aos fãs, famílias e amigos como selecção. Estamos mais perto que nunca de atingir o objectivo e não queremos deixá-lo escapar entre os dedos”, podia ler-se no documento.

Também Nicholas Torrão, capitão, explicou ao HM o ambiente que o plantel vive. “Estamos desiludidos. Percebemos que não podem garantir a segurança, mas nós queríamos ir e estávamos prontos para assinar um termo de responsabilidade sobre as consequências”, contou o atleta. “Se não nos deixam representar a selecção neste momento em que podemos alcançar uma fase que nunca se conseguiu alcançar antes também não faz sentido representar a selecção… É só para os amigáveis? Se é para abdicar do Mundial e do Asiático e apenas para jogar os amigáveis, que convoquem outros”, desabafou.

O internacional por Macau protestou também contra o facto de os jogadores não terem sido ouvidos: “O futebol são os jogadores. Os dirigentes, intermediários e outros vêm por acréscimo. As decisões não deviam ser tomadas nos corredores”, sublinhou.

Também os jogadores Cheong Hoi San, Leong Ka Hang, Lam Ngai Tong e Ho Man Fai vieram a público criticar a decisão, através de uma conferência de imprensa coordenada pelo deputado Sulu Sou.

“Perder uma oportunidade como esta vai ter um grande impacto no futebol de Macau e nas gerações futuras. Há muitos jogadores locais que têm o sonho de jogar profissionalmente. Mas a AFM abdica da participação no Mundial de uma forma muito ligeira. É um mau exemplo”, afirmou Cheong Hoi San. “O plano de segurança já foi aprovado pela FIFA e pelo AFC… Esta decisão vai ser muito negativa e mostra que não há futuro no futebol local”, acrescentou.

Cheong Hoi San lamentou igualmente o facto de não poder representar a China, através das cores de Macau. “Pessoalmente, fico desiludido e com alguma vergonha. Como é que uma situação destas nos pode impedir de representar o nosso país?”, perguntou.

Treinador desiludido

Na conferência da AFM, o seleccionador de Macau confessou sentir-se desiludido com a situação e estar preparado para contar, no futuro, apenas com os atletas que se mostrem disponíveis para representar a AFM. “Estou desiludido, claro que sim. Compreendo melhor do que ninguém o esforço feito pela equipa e na preparação deste encontro”, afirmou Iong Cho Ieng. “Estou desiludido, mas não posso aceitar que se coloque em risco a segurança dos jogadores”, acrescentou.

Iong referiu igualmente respeitar a opinião dos atletas de se afastarem e apontou que nas outras selecções também há jogadores que abdicam das respectivas selecções.

Se em público foi esta a posição tomada por Iong, em privado o cenário poderá ter sido diferente. Falando em impressões pessoais, o jogador Cheong Hoi San diz ter sentido que Iong queria estar ao lado dos atletas. “Nós achamos que o treinador queria tomar a mesma posição e estar ao nosso lado. Mas, como sabemos, ele é empregado da associação…”, começou por dizer. A minha impressão é que ele gostava de estar ao nosso lado, mas sabemos como é a mentalidade de Macau. As pessoas podem ter uma ideia contrária, mas não podem vir a público mostrar que são contra a instituição que os emprega”, referiu.

AFM desconhece penalizações

Neste momento, a FIFA ainda não publicou as regras para o Mundial de 2022 no Qatar. O regulamento está a ser finalizado depois de ter sido decidido que não haveria alargamento do número de equipas a participar na fase final.

Contudo, tanto as regras do mundial de 2014, no Brasil, como da Rússia, em 2018, são semelhantes. Tendo o Mundial da Rússia como referência, caso uma equipa abandone a competição na fase em que Macau se encontra vê-se obrigada a pagar uma multa de 40 mil francos suíços, o que corresponde a 325 mil patacas. Já o código de conduta da FIFA define uma multa de pelo menos 10 mil francos, ou seja, cerca de 81 mil patacas para as faltas de comparência.

Além da multa, a Federação de Futebol do Sri Lanka e a própria FIFA podem exigir compensações monetárias por perda de receitas, despesas com a organização, entre outras.

Contudo, o mais grave é a possibilidade de ser instaurado um processo pelo Comité de Disciplina da FIFA contra a AFM. Neste caso, a associação pode ser suspensa, o que implica o afastamento da selecção e dos clubes de Macau das competições oficiais. Ontem, Chong Coc Veng admitiu que ainda não sabia quais as consequências para a AFM. “Ainda estamos a conversar com a FIFA e a AFC sobre as penalizações. A AFM está disponível para cumprir o castigo”, limitou-se a dizer sem explicar as possibilidades, além da multa.

Quando questionado se se demite caso as equipas de Macau fiquem impedidas de participar nas competições internacionais, Chong recusou tomar uma posição: “A decisão foi da AFM. Mas o cenário ainda não está confirmado e não posso responder”, apontou.

Segurança aprovada

Segundo a AFM, as discussões com a Federação de Futebol do Sri Lanka, com a FIFA e AFC para que fosse encontrado um campo neutro para o encontro já decorriam há algum tempo. A própria AFM terá mostrado disponibilidade para cobrir todas as despesas da Federação do Sri Lanka com a organização em terreno neutro.

Porém, ao contrário de Macau, que disputou o encontro em Zhuhai, os adversários não quiseram abdicar do factor casa como forma de mostrar respeito perante os adeptos. “Tem a importância máxima para qualquer selecção poder jogar em casa diante dos seus adeptos, especialmente quando se trata de uma ronda de apuramento para o Mundial FIFA, o que só acontece uma vez a cada quatro anos”, explicou a FFSL. “Cumprimos todos os requisitos de segurança e tanto a AFC como a FIFA aceitaram os nossos planos de segurança para o jogo”, foi acrescentado.

Já sobre o sistema de alerta de viagens, ao Sri Lanka pediu a Macau que olhe para o Interior da China, em que o Governo Central já baixou o nível de alerta, ao contrário da RAEM. “O Sri Lanka também tem o direito de organizar os jogos no Sri Lanka, e todos os países devem respeitar este direito”, foi acrescentado.

Ainda de acordo com o comunicado oficial da Federação do Sri Lanka, os responsáveis da AFC, que vão supervisionar a partida, já estão no território e os dirigentes de Macau são aguardados durante o dia de hoje, para os compromissos normais antes de uma partida oficial.

 

Sulu Sou fala em “vergonha”

Depois conhecida a decisão da Associação de Futebol de Macau em não autorizar a deslocação da selecção ao Sri Lanka, o deputado Sulu Sou organizou uma conferência com um grupo de jogadores para pedir o adiamento do encontro. O legislador lamentou todo o sucedido: “É um dia de vergonha para o futebol de Macau. Ninguém consegue compreender a decisão da Associação de Futebol de Macau”, afirmou. “Como deputado, apelo à AFM que mostre toda a informação, os documentos e correspondência dos últimos dois meses com a FIFA, AFC e entidades do Sri Lanka a pedir o adiamento do encontro”, frisou.

 

Duarte Alves: Se fosse eu, levava os jogadores

No ano passado, o Benfica de Macau realizou dois jogos na Coreia do Norte a contar para a Taça AFC. A Coreia do Norte é um Estado que se encontra em “guerra” com a Coreia do Sul e a matéria levantou questões aos dirigentes. Porém, segundo Duarte Alves, dirigente do clube, foram cumpridas as exigências da AFC e tudo correu bem. “Falámos com a AFC sobre eventuais receios. Mas eles disseram que a Federação da Coreia do Norte cumpria todos os requisitos, que os planos de segurança eram seguidos e que no passado nunca tinha havido problemas”, contou, ontem, ao HM. “Acabámos por ir e correu tudo bem. Não houve problemas”. Duarte Alves considerou também que perante a aprovação, tanto da AFC como da FIFA, que não resta a Macau outra alternativa que não seja comparecer no encontro, mesmo que a selecção considere que seria mais seguro jogar em terreno neutro. Finalmente, Duarte Alves referiu que a associação devia respeitar a opinião dos jogadores, uma vez que quase todos se mostraram disponíveis para viajar.

ID lava as mãos

Na carta aberta, os jogadores pediram ao Governo ajuda para resolver a situação, de forma a poderem participar no encontro. Caso contrário, os atletas diziam não estar mais disponíveis para representar Macau. Contudo, contactado pelo HM, o Instituto do Desporto limitou-se a dizer não ter qualquer declaração a fazer sobre a situação.

10 Jun 2019

Macau começa qualificação para Mundial 2022 com Sri Lanka

[dropcap]A[/dropcap] selecção de Macau vai começar o apuramento para Mundial de 2022 diante do Sri Lanka, em casa. O sorteio foi realizado ontem, em Kuala Lumpur e, em declarações ao HM, o seleccionador Iong Cho Ieng mostrou-se satisfeito, apesar de avisar que não existem jogos fáceis para a selecção da RAEM. O primeiro encontro vai realizar-se em Macau, a 6 de Junho, e o segundo vai ser alguns dias depois, a 11 de Junho, no Sri Lanka.

“Penso que o sorteio foi bom porque estamos a falar de uma equipa com um nível semelhante ao nosso. Mas temos de ter consciência que encaramos todos os jogos como sendo difíceis, até porque sabemos que somos uma equipa com algumas limitações, até pelo facto de não sermos profissionais”, disse Iong. “Há cerca de três anos defrontámos o Sri Lanka e empatámos. Agora espero que possamos ganhar o jogo e com exibições boas”, sublinhou.

Em 2016, no último encontro a contar para a fase de Grupos da Taça da Solidariedade, Macau empatou 1-1 com o Sri Lanka. Weng Hu Choi foi o autor do golo. No ranking mundial, Macau está acima do adversário, uma vez que ocupa a 183.ª posição, enquanto o Sri Lanka está no 202.º posto.

Sobre a análise ao adversário, Iong admitiu que ainda vai fazer um estudo mais aprofundado. Porém, recordou o encontro de 2016: “Os jogadores deles eram muito fortes no jogo físico, muito altos e eram mais rápidos do que os nossos. Mas a nossa equipa vai preparar-se para o encontro”, prometeu.

Os escolhidos

Já o arranque da preparação vai ser depois da Páscoa, numa fase inicial, em que serão eleitos 30 jogadores. A lista vai ser anunciada nos próximos dias. Contudo, a convocatória só incluirá entre 18 e 22 jogadores, pelo que até essa data vão ser escolhidos os atletas a dispensar.

“Queremos começar a treinar com o objectivo de ganhar o jogo depois da Páscoa. Vamos começar com uma lista de 30 jogadores, que depois será reduzida para um número entre 18 e 22 jogadores”, explicou Iong.

Para o primeiro encontro em Macau, o seleccionador destaca a importância de ter o público nas bancadas a puxar pela equipa e deixou um apelo aos cidadãos que se desloquem ao recinto do jogo.

Além desta partida contar para qualificação para o Mundial, serve igualmente para apurar as equipas que vão disputar a Taça Asiática de 2023. Quis ainda o sorteio que nos restantes jogos a Mongólia tenha pela frente o Brunei, o Laos o Bangladesh, a Malásia vai defrontar Timor-Leste, o Camboja o Paquistão e Butão o Guam.

18 Abr 2019

Especial 2018 | Desporto: Entre o céu e o inferno

[dropcap]N[/dropcap]o campo desportivo, o ano de 2018 teve tudo para ser de excelência na RAEM. A participação surpreendente do Benfica de Macau nas competições asiáticas de futebol e a primeira medalha de ouro para Macau nos Jogos Asiáticos, conquistada por Huang Junhua, na modalidade Wushu, foram os momentos altos do ano. Mas o ouro ficou assombrado pela abertura da caixa de pandora e a exclusão da atleta Paula Carion da competição.

Começando pelo lado positivo, no futebol. É verdade o Benfica de Macau teve até aqui acesso a fundos sem paralelo no panorama da modalidade. Mas ter muito dinheiro não significa ter sucesso. Contudo, Duarte Alves conseguiu montar um projecto dominador internamente, que transpôs uma mentalidade vencedora para a realidade das competições asiáticas, nomeadamente para a Taça AFC.

Em seis jogos na fase de grupos da competição, o Benfica só sofreu duas derrotas, ambas frente à equipa do 25 de Abril, que foi semi-finalista da prova e que é a espinha dorsal da selecção da Coreia do Norte. E todos sabemos que as realidades do futebol na RAEM e na Coreia do Norte não são de todo comparáveis, mesmo que as águias tenham vencido por duas vezes uma outra equipa norte-coreana.

Contra tudo e todos

Mas se a nível desportivo, o Benfica de Macau merece todos os elogios, o maior feito talvez até tenha sido alcançado na secretaria, principalmente na relação com a Associação de Futebol de Macau (AFM). A inscrição é sempre feita contra tudo e contra todos. Em qualquer lado, as pessoas assumem que as associações têm todo o interesse em ver os clubes locais destacarem-se e brilharem foram de portas. Mas a AFM teima, ano após ano, em provar o contrário. Goste-se ou não, a mediocridade associativa local, que fica sempre impune, faz sempre mais para afastar as pessoas e os agentes do futebol.

Em 2017, o Benfica de Macau ficou fora da fase de grupos da Taça AFC porque os responsáveis da AFM “não viram a tempo” o fax para que a inscrição do clube fosse feita. E não, este episódio não é uma brincadeira. E este ano a AFM voltou a tirar o tapete ao Benfica, sem qualquer pudor. Ao contrário do ano passado, os clubes precisam de ter uma equipa do escalão sub-18 para poderem competir na Taça AFC. Dadas as particularidades dos clubes locais, o Benfica não tinha equipa. A solução foi encontrada com convites a futebolistas de equipas escolares para jogarem no escalão local de sub-18. Estes atletas iriam assim jogar no campeonato escolar, pelas respectivas escolas, e no campeonato sub-18 da associação, com as cores do Benfica.

No entanto, numa decisão sem precedentes, a AFM decidiu que as esquipas escolares, que têm um campeonato próprio, também podem jogar no campeonato de sub-18 chancelado por si. Como consequência o Benfica ficou sem equipa e sem hipótese de participar na Taça AFC. Alguém acredita que esta decisão beneficiou o futebol local? A AFM deveria servir os clubes e atletas ou as escolas?

Mesmo assim, em 2018 fica a memória de um clube que foi a excepção e que levou o nome de Macau mais longe, muito mais longe do que a AFM alguns vez conseguiu e, ao que parece, desejou.

Huang de ouro

O ano que agora termina marca igualmente a estreia de Macau entre os medalhados de ouro nos Jogos Asiáticos. Nascido em Guangxi, Huang Junhua veio para Macau atrás do sonho de uma carreira ao mais alto nível das artes marciais e levou a Bandeira da RAEM ao topo, onde nunca tinha estado. A medalha foi conquistada na vertente Nanquan do Wushu.

Mesmo que a modalidade tenha pouca expressão nos países sem comunidades chinesas, a verdade é que o ouro foi conquistado contra as potências do Wushu, nomeadamente Interior da China, Hong Kong e Vietname.

Mais do que um atleta local, Huang é ainda um dos melhores exemplo da essência de Macau, de um território que sempre viveu da imigração e que com ela foi crescendo. Espera-se que Huang consiga repetir por muitos e longos anos as vitórias contra as grandes potências e que continue a orgulhar Macau.

Precedente aberto

Se para o Chefe do Executivo, os Jogos Asiáticos foram um momento de orgulho. O mesmo não se pode dizer que tenha acontecido, principalmente para a comunidade macaense e locais com passaporte português. Pela primeira vez na história da participação de Macau nos Jogos Asiáticos, os residentes com passaporte português foram impedidos de participar. Uma discriminação que vai contra o espírito da Lei Básica. Infelizmente para todos nós, a principal vítima deste Governo fraco, que não sabe proteger os interesses dos seus cidadãos nem a singularidade de Macau, foi a macaense Paula Carion.

Nascida em Macau, residente local, falante das duas línguas oficiais e medalhada com o ouro nos Jogos da Ásia Oriental disputados na RAEM, Carion foi tratada como cidadã de segunda. Sem que tenha havido o mínimo de respeito por tudo o que fez pelo território. E mais grave, foi aberto um precedente que é um ataque directo à comunidade macaense.

E as imagens?

Uma análise ao ano desportivo, não poderia terminar sem uma menção ao Grande Prémio de Macau. À imagem do ano passado, a prova foi um sucesso e o acidente de Sophia Flörsch, felizmente sem consequências de maior face à dimensão do impacto, fez com que o circuito de Macau fosse, mais uma vez, tema de conversa em todos o mundo

No entanto, há um aspecto muito negativo que tem obrigatoriamente de ser mencionado: a ausência de imagens de vários acidentes. O evento ficou marcado por uma omissão dos impactos, que a todos pareceu propositada. E se é normal que não se queira mostrar imagens de sangue e dos pilotos em momentos de angústia, nada justifica que se vá contra a prática habitual da modalidade e que se escondam os momentos dos acidentes. Uma prova com 65 anos de história já não deveria estar envolvida neste tipo de polémicas.

2 Jan 2019

Taça da Associação de Futebol de Macau | Hang Sai faltou à meia-final

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hing Fung e Chao Pak Kei foram as equipas que se apuraram, no domingo, para as meias-finais da Taça da Associação de Futebol de Macau. O C.P.K. foi a equipa que teve a tarefas mais facilitada, uma vez que o adversário Hang Sai faltou ao encontro.

Como consequência, o resultado na secretaria foi a vitória do C.P.K. por 3-0. Por sua vez, Ching Fung impôs-se ao Monte Carlo por 1-0, com o golo a ter sido marcado por Ronieli Nascimento.

Nas meias-finais, Chao Pak Kei e Benfica de Macau, campeão e vice-campeão, têm encontro agendado, assim como Sporting de Macau e Ching Fung.

 

10 Jul 2018

Ka I esmagou Chiba com vitória por 8-0

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Ka I goleou o Chiba por 8-0 e lidera o Grupo B do torneio de futebol sete, após a primeira jornada da competição. No grupo A, o Kei Lun está na frente, após a vitória diante do Monte Carlo por 1-0.

Depois de vários meses de incerteza, o futebol de sete voltou a Macau e o Ka I e o Chiba foram as primeiras das oito equipas que entraram em acção na sexta-feira, no Canídromo. Nos minutos iniciais do encontro, o Chiba, embora com menor pendor ofensivo, deu boa conta de si e aguentou bem o adversário.

Porém, o golo de Baiano, aos 18 minutos, permitiu ao Ka I resolver o nó górdio da defesa do Chiba e o mudou o rumo do encontro.

Na segunda parte, com um Ka I menos perdulário o resultado foi ganhando uma dimensão inesperada, chegando aos 8-0. Baiano (18 e 33), William (23, 26 e 32) e Samuel Ramosoeu (28, 35 e 39) foram os autores dos golos.

No outro encontro do grupo B, o Sporting levou de vencida a Polícia A por 1-0. Os leões tiveram várias oportunidades de marcar mais golos, mas falharam quase sempre na altura da concretização.

Foi no segundo tempo que o jogo ficou resolvido com Felipe Souza, sem cerimónias e ao contrário do que tinha acontecido até então, a rematar à entrada da área com força. Em vantagem, o Sporting só precisou de gerir para garantir a vitória.

No grupo A, Lam Pak e Polícia B, formação também conhecida como Obra Social da PSP, não foram além do nulo, num jogo com pouco interesse.

No último encontro da noite, o Monte Carlo, apesar de ter uma equipa maioritariamente constituída por jovens, deu bom conta de si, mas perdeu por 1-0 diante do Kei Lun, com um golo de Oumar Diarra.

Acerto de contas

Contas feitas: o Kei Lun lidera o grupo A, com 3 pontos, seguido por Lam Pak e Polícia B, com um ponto. O Monte Carlo está no último lugar, com 0 pontos, os mesmos que Cheng Fung e os Sub-23, que só entram em acção na próxima sexta-feira.

No grupo B, Ka I e Sporting estão no primeiro lugar com três pontos, enquanto Chiba e Polícia A, somam 0 pontos. O Benfica só entra em acção na próxima jornada, defrontando o líder do grupo.

17 Out 2017