Amianto | Proibida importação e trânsito a partir de hoje

[dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu proibir a importação e o trânsito de mercadorias contendo amianto. A interdição produz efeitos a partir de hoje. As medidas destinadas ao controlo da importação e trânsito de amianto, constantes de um despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial, têm como objectivo “assegurar a qualidade ambiental e a saúde da população, atendendo a razões de interesse público”.

O amianto “pode ser desintegrado em fibras muito finas, que, depois da libertação, ficam a flutuar no ar por um longo período de tempo” e a “a inalação das mesmas provoca doenças graves, nomeadamente asbestose, cancro dos pulmões, mesotelioma e outras”, justifica o despacho, assinado por Chui Sai On, que elenca categorias de produtos que, a partir de hoje, não podem ser importados nem transitar pelo território.

O despacho prevê excepções como, por exemplo, mercadorias destinadas a utilização em investigação laboratorial ou como padrões de referência, bem como para outras que satisfaçam requisitos.

O Governo comprometeu-se a substituir, em 2019, todas as canalizações de amianto. Segundo a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), encontram-se actualmente, por substituir, tubos de aproximadamente 1,5 quilómetros, que representam 0,3 por cento do comprimento total da rede de distribuição de água.

O amianto é uma fibra mineral natural, abundante na natureza, com propriedades físicas e químicas como resistência mecânica às altas temperaturas, durabilidade, facilidade de ser trabalhada como um tecido. Além disso, é um material de baixo custo.

9 Abr 2019

Macao Water | Abastecimento de água aumentou três por cento em 2018

[dropcap]O[/dropcap] abastecimento de água no território ultrapassou os 100 milhões de metros cúbicos no ano passado, o que representa um aumento de três por cento relativamente ao ano de 2017. A informação foi avançada ontem pela directora executiva da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau, SA – Macao Water, Nacky Kuan, no discurso do almoço de Primavera com os órgãos de comunicação social. Este acréscimo, apontou, deve-se ao crescente número de turistas que visitaram o território.

“No ano de 2018, a cidade de Macau conheceu em geral um desenvolvimento económico estável, com abertura de novos hotéis de grande dimensão e da ponte HKZM, o que levou à manutenção de um crescimento estável da indústria do turismo”, disse, sendo que o acréscimo de abastecimento de água acabou por estar “de acordo com as expectativas”.

Amianto de fora

Entretanto, a substituição das canalizações de amianto vai mesmo terminar este ano, ainda que seja necessário um esforço “extra”, neste sentido. “Estimamos que este plano esteja terminado no final deste ano, mas estamos a ter algumas complicações com os canos que se situam nas vias de comunicação, pelo que vamos tentar fazer um esforço maior para que se termine a substituição até ao final de 2019, como previsto”, referiu a responsável à margem do evento. Entretanto, “a maior parte das substituições já estão concluídas”, rematou.

Segundo a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), encontram-se actualmente, por substituir, tubos de 1,56 quilómetros, que representam 0,3 por cento do comprimento total da rede de distribuição de água.

Já para 2020, está agendado a conclusão das obras da estação de tratamento de água de Seac Pai Va. Para o mesmo ano, no segundo trimestre, a Macao Water conta ainda ter concluído as obras do quarto aqueduto que vai transportar água para Macau a partir do da Ilha da Montanha.

A transbordar

Quanto à capacidade de abastecimento de água, Nacky Kuan assegura que Macau está preparado para responder à demanda crescente. “A nossa capacidade de fornecimento de água está preparada para dar resposta às necessidades locais para os próximos cinco anos. Não há problema com isso”, referiu. Além de satisfazer as necessidades actuais , a responsável assegura que existe um excedente de cerca de 50 por cento que permite satisfazer as necessidades que podem ser provocadas pelo aumento de turistas, até porque “o consumo doméstico no território não é muito elevado”.

Entretanto, a Macao Water continua a aplicar o plano e a recompensar os residentes que demonstrem ter poupado no consumo de água. Todos os anos são gastos entre três a quatro milhões de patacas em reembolsos, dentro do programa de promoção de poupança de água.

De acordo com  a responsável, e tendo em conta os resultados que este programa tem apresentado, “todos os anos há um ligeiro aumento nas poupanças no consumo de água”, afirmou.

Nacky Kuan sublinhou ainda que não há qualquer intenção de aumentar as tarifas da água “nos próximos tempos”.

27 Fev 2019

Macau vai substituir todas as canalizações de amianto em 2019

[dropcap]M[/dropcap]acau vai substituir, no próximo ano, todas as canalizações de amianto que ainda existem na cidade, numa altura em que cerca de 1% da rede contém este material considerado nocivo para a saúde.

A garantia foi dada pela Sociedade de Abastecimento de Água de Macau, numa conferência de imprensa promovida pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), sobre a execução de obras viárias em 2019.

O amianto é uma fibra mineral natural, abundante na natureza, com propriedades físicas e químicas como resistência mecânica às altas temperaturas, durabilidade, facilidade de ser trabalhada como um tecido, e com baixo custo.

Em Portugal, o amianto foi muito utilizado na construção até aos anos de 1990. A partir de 1999, uma directiva comunitária veio determinar a proibição da utilização deste material, tendo sido transposta para a legislação nacional em 2005.

Em 2015, em Macau, cerca de 2% (ou 16 quilómetros) das tubagens de abastecimento de água no território continham amianto, números avançados pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas num plenário da Assembleia Legislativa, durante o qual Raimundo do Rosário prometeu tentar resolver a situação.

Um mês antes, o ex-deputado Chan Meng Kam tinha exigido saber quantas canalizações continham ainda aquela fibra, exortando o Governo a proibir o uso daquele material nocivo.

Segundo Chan Meng Kam, a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau prometeu substiuir, em 2010, os cerca de 5% de canos de amianto que restavam na cidade, no prazo de cinco anos. A completar a tarefa em 2019, será com quatro anos de atraso.

Na conferência de imprensa de hoje, a DSAT indicou que o número de obras viárias de grande dimensão vai aumentar ligeiramente no próximo ano, apesar de se preverem, no total, menos obras.

18 Dez 2018

Amianto | DSSOPT diz que poluição junto a escola diminuiu

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) e Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) emitiram ontem um comunicado onde garantem que a poluição causada pela utilização de amianto, junto ao Colégio Anglicano de Macau, tem vindo a diminuir.

O terreno encontra-se localizado na Avenida Padre Tomás Pereira, na Taipa. “A DSPA, em conjunto com a DSSOPT, empreendeu e exigiu que o empreiteiro tomasse, o mais rápido possível, medidas necessárias para diminuir a poluição originada por amianto, de acordo com o plano autorizado. Durante a implementação destas medidas, os serviços públicos competentes e o organismo profissional de consultoria fiscalizavam todo o procedimento de limpeza. Os trabalhos foram concluídos em meados de Maio do corrente ano.”

O mesmo comunicado aponta ainda que “após os resultados das análises feitas pelos profissionais de consultoria encarregados pelo Governo, e conjugando com a realidade observada durante a visita feita ao local, até que seja assegurado o cumprimento dos critérios internacionais e das disposições de segurança no estaleiro em causa, será efectuada a remoção dos andaimes e telas de lona do estaleiro por parte do empreiteiro, sob supervisão do organismo profissional de consultoria”.

29 Mai 2018

Novo Macau quer monitorização detalhada

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) não está satisfeita com as justificações dadas pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) e que informação detalhada e científica no que respeita à monitorização das quantidades de amianto encontradas perto da Colégio Anglicano de Macau.

De acordo com uma carta dirigida ao Governo, a associação pró democrata aponta falhas não admitidas pelo Executivo tendo em conta as queixas que tem recebido por parte dos pais com filhos naquela escola.

“Acompanhámos de perto a situação e, apesar da DSPA ter afirmado que os resultados iniciais da monitorização do ar perto da colégio não indicarem nenhuma anormalidade, esperamos que estes resultados sejam divulgados”, lê-se na missiva. O objectivo, afirma a ANM, é garantir a cientificidades dos próprios dados.

Por outro lado a situação agrava-se tendo em conta que as demolições que estão a ter lugar naquela área começaram a apresentar problemas já no dia 19 de Janeiro. Para os pró-democratas a questão é clara: “Porque é que não existiu monitorização antes e se avançou nos processo de demolição sem a mesma?”

É preciso olhar para o chão

Não menos importante são factores ligados à própria substância e que podem estar na origem da obtenção de dados erróneos. “O amianto não andará disperso pelo ar, mas estará no chão pelo que os valores “normais” detectados no ar não surpreendem”, diz a associação. “Se o amianto estiver envolvido com o trabalho de demolição, ele cairá na superfície do solo, árvores ou outros objetos. Pode depois ser novamente libertado e ser fonte de poluição que põe em risco a saúde pública”, lê-se.

A ANM pretende ainda saber se o Governo tenciona implementar alguma acção no sentido de legislar rigorosamente esta matéria

As suspeitas de amianto devido às obras de demolição num lote na Taipa perto do Colégio Anglicano de Macau, levaram a que a escola suspendesse as aulas por dois dias. A DSPA contratou um serviço especializado e assegurou que não existia qualquer anormalidade na situação, sublinhando que estavam a ser cumpridas as normas de segurança.

1 Fev 2018

Demolição | DSPA atenta a possíveis resíduos de amianto em estaleiro

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) emitiu ontem um comunicado onde afirma estar atento a um possível caso de proliferação de amianto e outros resíduos numa demolição ilegal na avenida Padre Tomás Pereira, na Taipa.

“A DSPA está muito atenta ao caso de suspeita de amianto e poeiras produzidas pelas obras de demolição realizadas num lote” na referida morada. A DSPA foi notificada do caso e enviou pessoal ao local, tendo “ordenado a cessação imediata das obras porque concluiu-se que a licença de obra para a mesma não havia sido solicitada”. Este trabalho de fiscalização foi feito pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

“A DSPA vai continuar a acompanhar a fiscalização das obras posteriores e destacar pessoal para a inspecção em conjunto com os serviços competentes, bem como continua a monitorizar o estado atmosférico, mantendo contacto com as escolas e residentes das proximidades, de modo a fornecer as últimas notícias do acompanhamento.”

30 Jan 2018