Hoje Macau SociedadeAutocarros | Ligação para aeroporto de Hong Kong começa hoje Começam hoje as ligações de autocarro entre Macau e o aeroporto de Hong Kong, que inclui procedimentos de embarque e de check-in de bagagem, avançou ontem o canal chinês da Rádio Macau, que acrescenta que o balcão de check-in vai funcionar no posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A mesma fonte confirma que os autocarros vão circular diariamente entre as 7h30 e as 19h30 com partidas nos dois sentidos de hora a hora. O preço dos bilhetes será de 252 patacas nos primeiros dois meses de operação. Na semana passada, o responsável da companhia que irá disponibilizar o serviço, a Empresa de Serviços de Transporte de Passageiros do Aeroporto de Hong Kong (Macau), indicou que o objectivo é operar 24 horas por dia e que durante o período de maior intensidade de frequências terá partidas de 15 em 15 minutos. Todos os autocarros serão eléctricos com capacidade para 36 passageiros.
Hoje Macau China / Ásia MancheteTodos os voos do Aeroporto de Hong Kong cancelados esta segunda-feira [dropcap]A[/dropcap]s autoridades do Aeroporto de Hong Kong anunciaram que todos os voos a partir de Hong Kong desta segunda-feira estão cancelados, depois de milhares de manifestantes anti-Governo terem ocupado as instalações. A partir do meio-dia de hoje, o acesso às Partidas do Terminal 1 ficou restrito a passageiros com documentos de viagem e passagens válidos para as próximas 24 horas. A partir das 15h, o aeroporto começou a encher-se de manifestantes, envergando palas num olho em alusão à manifestante gravemente ferida na sequência de violência policial. A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong informou também que a viagem das 19h45 de hoje entre o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior e o Aeroporto de Hong Kong foi cancelada; a última viagem com destino a Hong Kong partiu do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa às 15h55. Entretanto, a transportadora aérea Cathay Pacific alertou hoje que vai demitir funcionários que participem nos protestos em Hong Kong, depois de Pequim ter denunciado a participação de 2.000 funcionários na greve geral de segunda-feira passada. Numa nota enviada aos trabalhadores da empresa, o director-executivo, Rupert Hogg, apontou que os funcionários que “apoiam ou participam em protestos ilegais” enfrentam medidas disciplinares que “podem ser sérias e podem incluir a rescisão do contrato de trabalho”. “As acções e palavras dos nossos funcionários fora do horário de trabalho podem ter um impacto significativo na sociedade”, acrescentou. Um piloto, que alegadamente participou em manifestações pró-democracia foi suspenso e este sábado a empresa anunciou a demissão de dois funcionários sem dar qualquer justificação. De acordo com os ‘media’ locais, os dois funcionários divulgaram detalhes do itinerário de uma equipa de futebol da polícia de Hong Kong que viajava para a China continental. A Direcção Geral da Aviação Civil Chinesa ameaçou a transportadora aérea na sexta-feira com proibições de entrada na China continental dos funcionários que participassem nos protestos. O regulador chinês exigiu ainda o nome de todos os funcionários a bordo nos aviões da transportadora para a China, ou que cruzam o seu espaço aéreo. Membros do Sindicato dos Funcionários da Cathay Pacific participaram na última segunda-feira na greve geral. Apesar da ameaça, nenhum avião da Cathay Pacific, nem das suas subsidiárias, foi adiado ou cancelado no sábado ou domingo, informou a companhia. A empresa viu hoje as suas acções caírem 4,37% para 1,26 dólares, o nível mais baixo desde Junho de 2009. O Global Times, um tabloide associado ao jornal do Partido Comunista, o People’s Daily, disse no domingo que a companhia ainda não havia dissipado todas as preocupações de Pequim. “Estes são apenas pequenos passos [mostrando] que a Cathay Pacific está a caminhar na direção certa, e sua sinceridade precisará de ser testada com o tempo”, lê-se artigo de opinião do Global Times, no domingo. Na manhã de hoje, a emissora estatal chinesa CCTV publicou um vídeo na rede social Weibo a denunciar que os funcionários da Cathay Pacific continuam a participar em “reuniões ilegais” e pediu mesmo aos turistas chineses para não visitarem Hong Kong.
Hoje Macau China / Ásia MancheteCentenas de manifestantes concentram-se no aeroporto de Hong Kong [dropcap]C[/dropcap]entenas de manifestantes pró-democracia iniciaram hoje uma concentração no aeroporto de Hong Kong para sensibilizar os visitantes estrangeiros para o seu protesto, que já dura há dois meses. “Nenhum desordeiro, apenas tirania”, gritavam os manifestantes, alguns dos quais usavam máscaras e capacetes, no começo de manifestações não autorizadas que devem continuar no sábado e no domingo. Vestidos principalmente de preto, a cor emblemática de um movimento nascido durante a manifestação de 9 de Junho, os manifestantes sentaram-se no chão no saguão de desembarque, segurando cartazes, em inglês e chinês, condenando a violência da polícia. “Salve Hong Kong da tirania e da brutalidade policial!”, lê-se nos cartazes. Hong Kong está a passar pela sua pior crise política desde que os britânicos a devolveram à China em 1997, com manifestações e acções quase diárias, que muitas vezes gera violência entre activistas radicais e polícias. Nascida da rejeição de um polémico projecto de lei que visava permitir a extradição para a China, a mobilização em Hong Kong expandiu-se consideravelmente nas suas exigências, com uma crescente crítica ao poder de Pequim. Os manifestantes prometeram continuar o seu movimento até que as suas exigências sejam atendidas. Exigem, em particular, a renúncia da líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, uma investigação independente sobre a acção policial, uma amnistia para os detidos, a retirada final do polémico projecto de lei, actualmente suspenso, e o sufrágio universal no território semi-autónomo. Hoje, no aeroporto, muitos manifestantes tinham um panfleto indicando em várias línguas: “Faça perguntas sobre Hong Kong!” Os manifestantes querem que mais pessoas saibam o que está a acontecer em Hong Kong. Vários países alertaram os seus cidadãos que viajem para Hong Kong sobre a situação na ex-colónia britânica, especialmente Washington, que pediu nesta semana aos cidadãos que “tenham maior cautela”.