Jogo | Tarifas ainda sem impacto no volume de apostas

Um relatório do banco de investimento Citigroup indica que o mercado do jogo ainda não sentiu os efeitos das tarifas e do combate à troca de dinheiro ilegal. Os analistas salientam ainda o crescimento do número de grandes apostadores

 

O volume das apostas nos casinos de Macau está a ser afectado pelo impacto das disputas comerciais entre os Estados Unidos e China e da detenção de alguns empregados de casinos relacionados com alegadas trocas de dinheiro ilegais. O cenário foi traçado pelo banco de investimento Citigroup, num relatório citado pelo portal GGR Asia.

“Apesar da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos – que suscita preocupações quanto a uma redução do apetite pelo jogo – as apostas do segmento mais alto de massas ainda ultrapassam os 11,1 milhões dólares de Hong Kong, o que é surpreendentemente estável face ao período homólogo”, pode ler-se no relatório assinado por George Choi e Timothy Chau.

O relatório teve por base as verificações dos analistas nos casinos e estes indicam que até verificaram que alguns grandes apostadores nas mesas de jogo. “Os grandes apostadores continuaram a ser detectados activamente e, em média, apostaram 2 por cento mais do que no ano anterior”, foi apontado. O Citigroup considera grandes apostadores os jogadores que apostam por mão pelo menos 100 mil dólares de Hong Kong.

O documento com a data de domingo indicou também que o número dos jogadores de massas que fazem apostas mais elevadas foi de 611, o que indicaram ser um aumento de 8 por cento face ao período homólogo.

À margem do impacto

Na perspectiva dos analistas, o facto de haver grandes apostadores e do volume das apostas se manter relativamente aos níveis anteriores afasta também preocupações face a duas operações recentes contra troca de dinheiro ilegal em casinos, que resultaram na detenção de alguns empregados das concessionárias.

“O facto de estas apostas acontecerem diante dos nossos olhos também sugere que as preocupações sobre a recente intensificação da repressão da polícia de Macau sobre as lojas de penhores que podem actuar como trocas de dinheiro podem ser exageradas – uma vez que os jogadores ainda conseguem levar dinheiro para as mesas de jogo”, foi justificado.

No final de Março, as autoridades anunciaram duas operações contra alegadas redes de troca de dinheiro ilegal para o jogo, que levaram à detenção de 42 pessoas, entre as quais trabalhadores das concessionárias. Segundo as autoridades, as trocas terão movimentado para os casinos cerca de 790 milhões e dólares de Hong Kong.

No ano passado, em Abril, as receitas brutas totais do jogo foram de 18,5 mil milhões de patacas, o que representou um crescimento de 53,7 por cento, face ao período homólogo, quando tinham sido de 14,7 mil milhões de patacas.

16 Abr 2025

Segurança | Sam aponta aos EUA e pede preparação para pior cenário

Face à “imposição abusiva de impostos aduaneiros”, Sam Hou Fai pediu união à população nos esforços de desenvolvimento e defesa da segurança nacional em todas as áreas, inclusive nas próximas eleições legislativas de Setembro

 

O Chefe do Executivo quer que a população de Macau esteja unida para fazer face à “imposição abusiva de impostos aduaneiros” dos Estados Unidos da América (EUA). O pedido foi deixado ontem por Sam Hou Fai, durante o discurso de inauguração da Exposição sobre a Educação da Segurança Nacional.

“Os EUA anunciaram recentemente a imposição abusiva de impostos aduaneiros a todos os seus parceiros comerciais, incluindo o nosso país, sob vários pretextos, o que devastou severamente o sistema de comércio multilateral que tem como núcleo a Organização Mundial do Comércio, e prejudicou a estabilidade da ordem económica mundial”, começou afirmar o líder político da RAEM.

Na perspectiva do Chefe do Executivo, estas alterações criaram um “ambiente externo drasticamente alterado e com riscos e desafios cada vez mais complexos e graves”. Por isso, Sam Hou Fai pediu à população que compreenda a “importância da segurança geral”: “Além de reforçar ainda mais a confiança de que a nossa grande pátria vai liderar o todo o povo chinês para ultrapassar os desafios e dificuldades, devemos compreender profundamente a importância da segurança geral, aplicar com firmeza a perspectiva geral da segurança nacional e continuar a promover a construção do sistema, do mecanismo e do regime jurídico de Macau para salvaguardar a segurança nacional”, afirmou.

Todos no mesmo sentido

Sam Hou Fai pretende que a defesa da segurança nacional seja praticada em todos os campos da sociedade: “Devemos envidar todos os esforços no desenvolvimento próprio da RAEM, nos domínios político, económico, social, entre outros, e nas relações externas, para realizar efectivemente bem o nosso trabalho”, apontou. “Temos também de aumentar a nossa consciência dos riscos, persistir numa atitude de vigilância prudente para controlar e prevenir eventuais emergências e estar preparados para os piores cenários, mitigando os diferentes tipos de riscos e desafios, nomeadamente a interferência e a infiltração de forças externas, que temos de prevenir e reprimir resolutamente”, acrescentou.

O Chefe do Executivo destacou ainda as eleições deste ano para a Assembleia Legislativa como um momento em que se deve salvaguardar a defesa nacional, para “garantir a paz e a estabilidade social duradouras em Macau”.

No discurso de ontem, Sam Hou Fai fez também a apologia da defesa da harmonia e estabilidade sociais enquanto uma das principais tarefas atribuídas por Xi Jinping à RAEM. O governante recordou que as “três expectativas” deixadas por Xi, aquando a passagem por Macau em Dezembro, passam por “concentrar esforços para manter a harmonia e a estabilidade sociais”, “estar alerta e saber proteger-se contra os potenciais perigos, saber prevenir riscos e salvaguardar com firmeza a segurança nacional e a estabilidade de Macau” e ainda “valorizar a paz e a estabilidade” ao mesmo tempo que se fortalece o “crescimento económico e o desenvolvimento”.

16 Abr 2025

Música | Bandas sonoras de clássicos de Hayao Miyazaki ao vivo no Londoner

Yoshikazu Mera, Azumi Inoue e Yu-Yu Imao vão interpretar as obras de Joe Hisaishi compostas para os filmes “A Princesas Mononoke”, “O Meu Vizinho Totoro” e “Castelo no Céu”. O concerto vai também celebrar o 40º aniversário da estreia de “Nausicaä do Vale do Vento”

 

Os fãs do realizador Hayao Miyazaki, do compositor Joe Hisaishi e do estúdio de animação Ghibli vão ter a oportunidade de ouvir ao vivo as principais músicas dos filmes “A Princesas Mononoke”, “O Meu Vizinho Totoro” e “Castelo no Céu”. O concerto da Studio Ghibli Symphony está agendado para 26 de Abril, sábado, na Arena do hotel e casino Londoner.

O grupo de 18 músicos que vem do Japão será acompanhado pelos cantores originais das bandas sonoras dos filmes do realizador japonês. Um dos principais destaques é o contratenor Yoshikazu Mera, que aos 53 anos é um dos cantores de música clássica ocidental mais conhecido do Japão. Para este mediatismo contribuiu o facto de em 1997 ter sido escolhido para cantar a banda sonora do filme “A Princesas Mononoke”, e em especial o tema “Mononoke Hime”, composta por Joe Hisaishi.

Azumi Inoue será outra das estrelas japonesas a subir ao palco do Londoner. A cantora ganhou grande notoriedade no país nipónico com as músicas “Sanpo” e “My Neighbor Totoro”, do filme de 1988. As duas músicas serviram como temas de abertura e encerramento do filme que viu a personagem Totoro tornar-se tão icónica, e facilmente reconhecida, que passou a integrar o logótipo do estúdio de animação Ghibli, fundado por Miyazaki. Nos últimos anos, Azumi Inoue tem feito várias actuações com a filha, Yu-Yu Imao, dueto que se vai repetir em Macau.

Aos três cantores junta-se ainda a actriz Sumi Shimamoto, que ao longo de uma carreira, com várias décadas, a dar vozes a algumas das principais personagens das animações japonesas, teve como um dos pontos mais altos a interpretação de Nausicaä, na película “Nausicaä do Vale do Vento”, igualmente realizada por Hayao Miyazaki.
Entre os 18 músicos conta-se ainda a presença do violinista Takeshi Hashima, também conhecido como Ken Hashima, o principal violinista da Orquestra Tokyo Asia.

Noite e aniversário

Além da celebração musical, os organizadores do concerto vão também assinalar o 40º aniversário do filme “Nausicaä do Vale do Vento”, estreado em 1984 no Japão.

Este filme marcou o início da colaboração de Miyazaki com o compositor Joe Hisaishi, que perdura até aos dias de hoje e que teve como ponto alto o filme “Viagem de Chihiro” (2001). Esta foi a primeira película de Miyazaki a atrair verdadeira atenção mundial, nomeadamente com a entrada no mercado americano, o que lhe permitiu afirmar-se como a maior figuras do cinema de animação.

Os bilhetes para o concerto estão à venda na plataforma da concessionária Venetian, que explora o Londoner, e ainda na Macauticket, e variam entre 380 e 980 patacas.

15 Abr 2025

Poluição | SMG recomendam à população que evite sair à rua

As elevadas concentrações de poluentes no ar ao longo do dia de ontem levaram as autoridades a alertar a população para evitar sair à rua ou praticar exercício físico ao ar livre

 

A poeira deslocada para Macau por uma monção nordeste levou os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) a apelarem à população que evitasse sair de casa. Ao longo do dia, os níveis da qualidade do ar foram variando, mas durante a maior parte do tempo mantiveram-se em níveis classificados como perigosos.
“Sob a influência de uma tempestade de poeira trazida por uma monção nordeste, e devido ao vento fraco e a condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão de poluentes atmosféricos, espera-se que a concentração de poluentes se mantenha em níveis elevados durante um período de tempo”, foi explicado pelos SMG, nos alertas emitidos à população.
“Os SMG aconselham a população, especialmente, pessoas que sofram de doenças cardíacas ou respiratórias, grávidas, crianças e idosos, a evitar actividades extenuantes e actividades ao ar livre, especialmente em áreas de tráfego intenso”, foi acrescentado.
Em relação à população em geral, por volta do meio-dia, era indicado que reduzisse “actividades extenuantes e o tempo de permanência ao ar livre”.
Segundo a análise das autoridades, os diferentes poluentes registaram diferentes níveis de concentração ao longo do dia, um factor que também depende do local onde é feita a medição. No entanto, por volta das 12h35, a concentração das partículas 2,5, também conhecidas como partículas finas, variava entre 74 e 81 microgramas por metro cúbico. As orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que os níveis saudáveis de PM2,5 não devem ficar acima de uma média de 5 micrograma por metro cúbico ao longo de todo o ano. Além disso, indica a OMS, a exposição diária a um valor de 15 micrograma por metro cúbico, não deve ultrapassar mais de quatro dias.

Valores elevados
Em relação às partículas PM10, por volta das 12h35, os níveis de concentração variavam entre 272 e 368 microgramas por metro cúbico. De acordo com a OMS, o valor limite saudável da concentração média diária destas partículas é de 50 microgramas por metro cúbico e o valor-limite anual é de 20 microgramas por metro cúbico.
A nível do dióxido de nitrogénio os níveis máximos recomendados são de 25 microgramas por metro cúbico por dia e de 10 microgramas por metro cúbico por ano. A medição dos SMG às 12h35 de ontem, que teve por base os valores da hora anterior, indicava uma concertação de 39,1 a 88,9 microgramas por metro cúbico.
Na foi só na RAEM que o impacto das poeiras deslocadas pela monção se fez sentir. Na manhã de ontem, Hong Kong aparecia identificada pelo portal iqair.com como o local com a quarta pior concentração de poluentes no ar a nível mundial. A RAEHK era apenas ultrapassada a nível da pior qualidade do ar por Shenzhen, a cidade vizinha do Interior da China, Nova Deli na Índia e Lahore, no Paquistão.
Por volta do meio-dia, Hong Kong caiu para o sexto lugar, tendo sido ultrapassada pelas cidades chinesas de Guangzhou e Chongqing, que também apresentaram uma grande concentração de poluentes no ar.

15 Abr 2025

AL | Sam Hou Fai lança apoio à natalidade, mas alerta para receitas orçamentais

Nas suas primeiras Linhas de Acção Governativa, Sam Hou Fai anunciou a criação de um novo “subsídio de infância” que vai atribuir até 18 mil patacas por ano a residentes permanentes com menos de três anos. No entanto, alertou para dificuldades económicas

 

Nas primeira Linhas e Acção Governativa que apresentou à população de Macau, Sam Hou Fai anunciou a criação de um novo subsídio de infância que vai atribuir um máximo e 18 mil patacas por ano a crianças com menos de três anos. Na Assembleia Legislativa, o Chefe do Executivo revelou a criação de um novo apoio social e a actualização de outros, sublinhado que o Governo coloca o bem-estar da população como a grande prioridade.

Apesar de apenas ter mencionado a “mitigação das preocupações da população” como a terceira prioridade das políticas deste Governo, atrás de outros aspectos como a diversificação da economia e da eficiência da governação na RAEM, Sam garantiu que a população é a primeira prioridade: “O bem-estar da população é fundamental. Este Governo persistirá em colocar os interesses da população em primeiro lugar e, tendo em conta os assuntos ligados ao seu dia-a-dia, empenhar-se-á em resolver os problemas reais mais prementes que a preocupam, com vista a responder às suas aspirações por uma vida de qualidade”, prometeu.

Como parte desta política, Sam Hou Fai anunciou as alterações dos apoios que se destinam principalmente a promover o aumento da taxa de natalidade e a apoiar a população mais idosa ou com necessidades especiais.

A nível da natalidade, a grande novidade foi a criação do “subsídio de assistência na infância” que vai atribuir a cada criança residente permanente com idade até aos três anos um montante de 1.500 patacas por mês, que pode chegar, no máximo a 18 mil patacas por ano. A este incentivo junta-se um aumento de 1.082 patacas do subsídio de nascimento, que sobe das actuais 5.418 patacas para 6.500 patacas. Também o subsídio de casamento sofre um aumento de 78 patacas, de 2.122 patacas para 2.220 patacas.

Para os idosos

Ao nível dos apoios para os idosos, o subsídio para idosos é aumentado em 1.000 patacas, subido do valor anual máximo de 9.000 para 10.000 patacas.

Ao mesmo tempo, a pensão para idosos é actualizada de um valor mensal de 3.740 por mês para 3.900 patacas por mês, uma diferença de 160 patacas por mês. Como esta pensão é paga treze vezes ao longo do ano, o valor total máximo sobe 2.080 patacas, das actuais 48.620 patacas para 50.700 patacas.

Em relação aos residentes com invalidez, o subsídio normal vai ser aumentado para 10 mil patacas por ano, face às actuais 9.000 patacas. O subsídio de invalidez especial tem um aumento maior, das actuais 18 mil patacas para 20 mil patacas, uma diferença de 2.000 patacas.

Outra das novidades é uma actualização dos vales de saúde, que vai subir para 700 patacas, quando actualmente são de 600 patacas.

Avisos à economia

A nível da economia, embora sem nunca mencionar a nova guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o Chefe do Executivo avisou que a economia da RAEM não vai passar incólume, embora possa contar com o mercado do Interior. “Temos testemunhado, nos últimos anos, o agravamento do unilateralismo e do proteccionismo, a insuficiência de dinâmicas propensas ao crescimento económico mundial, bem como o aumento de imprevistos e incertezas” afirmou.

“As mudanças profundas e complexas no ambiente interno e externo já se manifestaram e persistirão, pelo que Macau, como uma microeconomia fortemente virada para o exterior, não podia estar imune aos decorrentes impactos”, acrescentou. “Por tudo isto, não devemos subestimar as eventuais ameaças e desafios, antes, devemos ter sempre consciência dos riscos e um sentido de alerta, de modo a estarmos preparados para agir contra todas as potenciais ameaças”, alertou.

Sam Hou Fai também reconheceu que as receitas correntes estão abaixo do previsto e que poderá haver necessidade de apresentar uma reformulação do orçamento da RAEM em vigor.

Em termos do apoio à economia, o líder do Governo anunciou um plano de bonificação de juros de crédito bancário para pequenas e médias empresas, que vai permitir aos empresários obter o pagamento de até 4 por cento dos juros dos empréstimo, durante três anos, num valor máximo de 5 milhões de patacas. O máximos dos empréstimos totais bonificados não pode ultrapassar os 10 mil milhões de patacas.

Cheques com “requisitos”

Na apresentação de ontem, Sam Hou Fai referiu que os valores pagos nos cheques pecuniários vão manter-se, garantindo que o programa de comparticipação pecuniária deverá ser alvo de alterações, sem que tenham sido anunciadas quais. “Após a auscultação das opiniões de todos os sectores da sociedade, proceder-se-á atempadamente ao aperfeiçoamento de regime de comparticipação pecuniária, utilizando as poupanças nas despesas para incrementar o bem-estar dos residentes e promover o desenvolvimento da economia comunitária.” Na mesma sessão foi referido que o dinheiro é atribuído aos residentes “que preenchem os requisitos”, pelo que resta saber quais serão esses requisitos.

Foco no terrorismo

Nas LAG apresentadas ontem por Sam Hou Fai a segurança nacional teve um destaque menor face aos discursos de Ho Iat Seng. Ainda assim, foi indicado que para este ano vai ser estudada a reformulação da Comissão de Defesa de Segurança do Estado e vão ser pensadas novas leis, para combater o terrorismo. No âmbito do nacionalismo, enquadrado no capítulo da segurança nacional, foi explicado que o Governo vai apoiar ainda mais as associações tidas como patrióticas, ao mesmo tempo que se organizarão eventos para celebrar o 80º aniversário da vitória da guerra contra o Japão.

Reforma à vista

A nível da Administração Pública, o Chefe do Executivo anunciou que vai apresentar uma proposta para reformular o Instituto para os Assuntos Municipais. A proposta de lei deverá entrar na Assembleia Legislativa até ao final do ano. As mudanças não foram detalhadas, mas o grande objectivo passa por “simplificar a estrutura orgânica do Governo e elevar a eficiência do seu funcionamento”. Também a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública será reformulada este ano. Além disso, Sam Hou Fai prometeu que os funcionários públicos vão começar a fazer o juramento de lealdade à RAEM.

PRINCIPAIS APOIOS SOCIAIS

COMPARTICIPAÇÃO SOCIAL (Sem Alterações) 10.000 patacas para residentes permanentes 6.000 patacas para residentes não-permanentes .

VALES DE SAÚDE (Aumento de 100 patacas) 700 patacas para residentes permanentes

SUBSÍDIO DE NASCIMENTO (Aumento de 1.082 patacas) 6.500 patacas

SUBSÍDIO DE CASAMENTO (Aumento de 78 patacas) 2.220 patacas

REGIME DE PREVIDÊNCIA CENTRAL (SEM ALTERAÇÕES) 10.000 patacas (activação da conta para residentes qualificados) 7.000 patacas (nova medida: injecção especial para residentes qualificados)

PAGAMENTO DA CONTA DA ELECTRICIDADE (SEM ALTERAÇÕES) 200 patacas por mês

IDOSOS

SUBSÍDIO PARA IDOSOS (aumento de 1.000 patacas) 10.000 patacas

PENSÃO PARA IDOSOS (aumento de 160 patacas por mês) 3.900 patacas por mês (13 meses)

FAMÍLIAS CARENCIADAS

ÍNDICE MÍNIMO DE SUBSISTÊNCIA (SEM ALTERAÇÕES) 4.350 patacas por agregado por ano familiar com uma pessoa

APOIO PARA ACTIVIDADES DE APRENDIZAGEM (SEM ALTERAÇÕES) Entre 300 e 750 patacas por mês

APOIO PARA CUIDADOS MEDICOS (sem alterações) entre 1.000 e 1.200 patacas por mês

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

SUBSÍDIO DE INVALIDEZ (aumento de 1.000 e 2.000 patacas) 10.000 ou 20.000 patacas

SUBSÍDIO PARA CUIDADORES (torna-se apoio permanente) (SEM ALTERAÇÕES) 2.175 patacas por mês.

ESTUDANTES

SUBSÍDIO DE AQUISIÇÃO DE MANUAIS (SEM ALTERAÇÕES) 3.500 patacas (ensino secundário) 3.000 patacas (ensino primário) 2.400 patacas ensino infantil)

SUBSÍDIO DE PROPINAS PARA ESTUDANTES CARENCIADOS (SEM ALTERAÇÕES) 9.000 patacas (ensino secundário) 6.000 patacas (ensino primário), 4.000 patacas ensino infantil)

SUBSÍDIO PARA A AQUISIÇÃO DE MATERIAL ESCOLAR (SEM ALTERAÇÕES) 3.300 patacas por estudante do ensino superior

NOVOS APOIOS FINANCEIROS

SUBSÍDIO DE ASSISTÊNCIA NA INFÂNCIA 1.500 patacas por mês, total de 18.000 patacas por ano

SUBSÍDIO AO EMPREGO NA GRANDE BAÍA 5.000 patacas por mês, para residentes com menos de 35 anos empregados no Interior

ESTÁGIOS NO INTERIOR DA CHINA 5.000 patacas por mês após conclusão de estágio

15 Abr 2025

Encontro | APOMAC sem esperança de ver problemas resolvidos

O presidente da Assembleia Geral da APOMAC, Jorge Fão, recebeu José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, mas admite que problemas como o prolongamento dos passaportes para 10 anos ou a implementação de um sistema eficaz para fazer a prova de vida vão continuar sem solução

 

O presidente da Assembleia Geral da APOMAC – Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau afirma não ter esperança de ver resolvidos os problemas dos portugueses em Macau relacionados com o consulado, provas de vida ou extensão da validade dos passaportes. Foi desta forma que Jorge Fão comentou o encontro de ontem com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

“Ele [Cesário] sabe quais são as nossas preocupações, mas não são resolvidas, porque Portugal tem uma economia muito fraca, não é um país rico, e os portugueses que vivem fora de Portugal, e principalmente fora da Europa, têm montes de problemas. E Portugal não consegue solucionar esses problemas”, afirmou Jorge Fão, ao HM, quando questionado sobre a apresentação dos problemas da comunidade portuguesa. “Ele sabe dos problemas melhor do que ninguém, trabalhou muitos mandatos como deputado e secretário de Estado, conhece melhor do que qualquer secretário de Estado a situação. Mas, os problemas foram resolvidos até agora?”, questionou.

Jorge Fão reconheceu ter perdido a esperança após sucessivos governos de Portugal. “Nunca esperei que nos resolvessem os problemas. Já perdi a vontade de esperar, aliás perdi a confiança, a fé e perdi tudo”, admitiu. “Seja quem for, eu acho que Portugal está muito virado para dentro e pouco para fora, os portugueses provenientes de Macau, Canadá ou do Brasil, ou seja de onde for, só para adquirirem a nacionalidade leva anos. Se há uma criança portuguesa nascida no estrangeiro, para adquirir a nacionalidade portuguesa só o procedimento leva três anos”, exemplificou.

Com “barbas”

O dirigente associativo explicou que os problemas com maior impacto passam pelo tempo de espera nos processos de reconhecimento da nacionalidade portuguesa, o aumento da validade do passaporte de cinco para 10 anos, o processo de prova de vida para os reformados que não funciona e tem sempre de ser repetido, um sistema informático “antiquado” no Consulado de Portugal, assim como falta de pessoal e ausência de actualizações salariais para os trabalhadores do consulado.

Jorge Fão garante que estes problemas forma mencionados ontem no encontro com José Cesário, mas que não foram novidade. “Estes problemas têm todos barbas”, vincou.

Por sua vez, o secretário, de acordo com Fão, não deixou promessas de resolução: “Ele não promete, porque sabe como é a situação. Como é que ele vai fazer promessas se isto não depende só dele? Não é?”, apontou. “Quando um governo não funciona, não se pode esperar que seja um secretário de Estado a fazer funcionar o resto”, sublinhou.

Com Portugal a ter novas eleições para a Assembleia da República a 18 de Maio, e com José Cesário a liderar a lista da AD, actualmente no poder, no círculo fora da Europa, Fão indicou que o assunto foi pouco abordado, mas que não deixou de dizer a Cesário que o considera favorito. “Ele não tocou muito no seu programa [eleitoral], mas eu acho que está preparado para o que vier do acto eleitoral. Creio que está convencido que vai ganhar, e provavelmente vai”, revelou. “Não estou a ver a existência de um outro concorrente forte. Até hoje ainda não apareceu”, frisou.

14 Abr 2025

Imprensa | AJM preocupada com falta de comunicação

A Associação de Jornalistas de Macau indica que Sam Hou Fai implementou um novo modelo de comunicação, que passa essencialmente por evitar que os governantes sejam alvos de perguntas por parte da comunicação social

 

A Associação de Jornalistas de Macau (AJM) está preocupada com a política e comunicação do Governo de Sam Hou Fai, que acusa de ter “reduzido significativamente o número de oportunidades para os jornalistas entrevistarem de forma directa o Chefe do Executivo, secretários e outros governantes”. A posição foi tomada através de um comunicado emitido ontem, onde é apontado que 90 por cento das informações do governo resultam de comunicados, sem que haja qualquer hipótese de levantar questões.

“A AJM está seriamente preocupada com o facto de uma abordagem de comunicação tão passiva e regressiva se poder tornar o novo normal”, foi indicado. “Mais uma vez, apelamos ao Governo da RAEM que honre a sua promessa de respeito pela liberdade de imprensa, tomando medidas concretas: dialogue com o público e com os meios de comunicação social com mais confiança, para que a comunidade tenha uma melhor compreensão da sua política e visão”, foi pedido.

A AJM lamenta também que os jornalistas tenham deixado de ser convidados para fazer a cobertura de alguns eventos que normalmente eram cobertos, como as visitas oficiais à Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, ou as tradicionais visitas do Chefe do Executivo durante o quarto dia do Ano Novo Lunar. Em relação a esta última, a associação indica que o Governo só convidou “dois meios de comunicação social” com ligações próximas ao Executivo.

Recusas irrazoáveis

No comunicado, a AJM aborda igualmente a situação dos órgãos de comunicação social em locais que estão a ser barrados das conferências de imprensa organizadas pelo Governo.

“O Governo continua a recusar, de forma irrazoável, que as revistas mensais locais e os meios de comunicação social em linha façam a cobertura de alguns tipos de eventos oficiais. Nomeadamente, estas exclusões ocorrem frequentemente em eventos que envolvem altos funcionários”, foi criticado. “O Gabinete de Comunicação Social tem tentado justificar estas práticas discriminatórias com explicações pouco convincentes, tais como o ‘espaço limitado’ disponível em vários locais de eventos para acomodar a imprensa, e até aconselhou os jornalistas a ‘assistirem à transmissão em directo’ dos eventos em vez de comparecerem pessoalmente. Tais respostas levantam sérias dúvidas sobre a integridade dos funcionários e sobre a sua compreensão do papel do jornalismo, e reflectem uma falta de conhecimento das normas internacionais para um governo aberto, acabando por minar a credibilidade e a imagem pública da RAEM”, foi defendido.

A associação pede assim ao Executivo que respeite a lei de imprensa: “A AJM reitera que o que os jornalistas precisam não são discursos nem comunicados de imprensa, mas sim de mecanismos adequados para a realização de reportagens no local, em que os jornalistas possam ouvir as vozes de todas as partes interessadas, interagir directamente com os decisores e obter uma compreensão clara da lógica e da orientação das actuais políticas públicas”, foi publicado.

14 Abr 2025

Restauração e retalho com quebras de receitas em Fevereiro

Em Fevereiro, o volume de negócios do comércio a retalho sofreu uma redução de 28,2 por cento em termos anuais, medido pelo volume dos pagamentos electrónicos. Os dados foram revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
No segundo mês do ano, o volume de negócios foi de 4,26 mil milhões de patacas. A maior redução do volume negócios aconteceu no calçado, com uma redução de 37,3 por cento, face a Fevereiro de 2024. Outro sector muito afectado pela diminuição das vendas, foi o das “mercadorias de armazéns e quinquilharias”, onde a redução atingiu 36,1 por cento.
Entre os sectores que assistiram a uma quebra do volume de negócios superior a um terço, a nível anual, consta também a venda de “artigos de couro”, com uma redução anual de 35,2 por cento.
No sector do vestuário para adultos, a quebra do volume foi de 30,6 por cento, nos relógios e joalharia de 24,8 por cento, nos supermercados de 17,2 por cento, nos produtos cosméticos e de higiene de 22,2 por cento e de 3,9 por cento nas farmácias.
De acordo com a DSEC, os números apresentados, dados que só têm em conta o volume de pagamentos electrónicos, representam cerca de 80 por cento das receitas destes sectores.

Restaurantes em quebra
Na restauração a situação não foi diferente, com o volume de negócios, medido pelo volume dos pagamentos electrónicos, a apresentar uma quebra de 8,2 por cento em Fevereiro, face ao período homólogo.
Neste aspecto, os restaurantes com comida chinesa apresentaram uma redução no volume de negócios de 20,8 por cento, a mais significativa entre os diferentes restaurantes. A segunda queda mais acentuada, afectou os estabelecimentos com comida japonesas e coreana, com uma diminuição de 6,7 por cento, seguidos pelos restaurantes de fast food, em registaram um decréscimo do volume de negócios de 6,4 por cento.
No entanto, nem tudo foram más notícias na restauração, dado que os estabelecimentos com comida ocidental viram as receitas aumentar 4,9 por cento. Também os restaurantes de sopa de fitas e canjas viram o volume de negócios crescer 3 por cento face ao período homólogo.
De acordo com a DSEC, o volume de negócios ligado ao pagamento electrónico representa 70 por cento do volume total da restauração.

11 Abr 2025

Orquestra de Macau | Perdas operacionais atingem 54,2 milhões

A Orquestra de Macau registou perdas operacionais de 54,2 milhões de patacas no ano passado. Os resultados foram apresentados ontem pela empresa e representam um agravamento das contas de 16,7 milhões de patacas no espaço de um ano, dado que em 2023 as perdas operacionais tinham sido de 37,5 milhões de patacas.
Em termos das receitas, os dados oficiais mostram que no ano passado houve uma subida para 67,7 milhões de patacas, face aos 49,6 milhões em receitas de 2023. No entanto, a Orquestra de Macau até fez menos dinheiro com a organização de concertos e espectáculos, dado que neste capítulo as receitas foram de 34,4 milhões de patacas, quando no ano anterior tinham sido de quase 34,9 milhões de patacas.
No pólo oposto, as receitas com os patrocínios da temporada, que inclui serviços prestados às concessionárias de jogo, cresceram para os 30 milhões de patacas, quando no ano anterior tinham sido de apenas 10 milhões de patacas, uma diferença de 20 milhões de patacas.
Ainda no capítulo das receitas, os ganhos com os juros do dinheiro depositado nos bancos locais geraram 2 milhões de patacas, um crescimento, enquanto as “outras receitas” foram de 516 mil patacas. Em ambos os casos foi registado um aumento face ao ano anterior, em que as receitas tinham sido de 672 mil patacas e 40 mil patacas.

Custos do negócio
Em termos das despesas, os custos mais elevados deveram-se aos pagamentos aos músicos, com os gastos a serem de 54,2 milhões de patacas, um crescimento de cerca de 10,2 milhões de patacas, no espaço de um ano. A estes, juntaram-se ainda 9,6 milhões de patacas, para convidados, o que também representou um aumento em comparação com os 7,3 milhões de patacas do ano anterior.
Além destes pagamentos, a segunda maior despesa visou os custos de organização dos concertos da orquestra que foram de 31,2 milhões de patacas, mais 14,5 milhões do que no ano anterior.
A terceira grande fatia das despesas, deveu-se aos ordenados dos funcionários da empresa, no valor de 12,4 milhões de patacas, um crescimento de 3,4 milhões face a 2023.
Apesar das despesas terem sido superiores às receitas, a empresa não apresentou prejuízo devido aos subsídios do Governo. No ano passado, o valor total foi de 54,2 milhões de patacas, um aumento face aos 37,5 milhões de patacas do ano anterior.

Mais concertos e visitantes
Ao longo do ano passado, o relatório de actividades da Orquestra de Macau mostra um aumento do número de concertos e também de público. Em 2024, a Orquestra de Macau organizou 113 concertos, mais 25 do que no ano anterior, que atraíram 63,5 mil visitantes, um crescimento de 17 mil pessoas. Já a Orquestra Chinesa de Macau, organizou 117 concertos, mais quatro do que no ano anterior, com a audiência a ser de 31,2 mil pessoas, um crescimento de cerca de 4,4 mil pessoas.

11 Abr 2025

Sarampo | Apelo à vacinação antes de deslocações ao exterior

Os Serviços de Saúde (SS) apelaram à população para se vacinar contra o sarampo antes de se deslocar ao exterior, e indicaram que este ano já morreram duas crianças nos Estados Unidos. O alerta foi deixado ontem de manhã, num comunicado em língua portuguesa.
“Com a aproximação das férias da Páscoa, prevê-se um aumento de residentes de Macau, em viagem no exterior, pelo que os Serviços de Saúde apelam mais uma vez aos residentes que pretendem deslocar-se às zonas epidémicas para reforçarem a prevenção”, pode ler-se no comunicado.
De acordo com o aviso, “os indivíduos que ainda não possuem imunidade contra o sarampo, devem concluir a vacinação com a antecedência mínima de duas semanas” antes da viagem. Em relação às “crianças que ainda não completaram as duas doses da vacina contra o sarampo” e as “grávidas sem imunidade” pede-se que evitem viajar para o exterior “a fim de reduzir o risco de infecção”.
O comunicado aponta os Estados Unidos como um exemplo de um país onde existe um risco elevado de infecção: “Nos Estados Unidos da América, por exemplo, registou-se recentemente o 2.º caso de morte por sarampo infantil, uma criança que não foi vacinada contra o sarampo”, foi indicado. “Além disso, nos Estados Unidos da América foram registados mais de 600 casos confirmados de sarampo, o dobro dos 285 casos registados no ano passado. É de salientar que a grande maioria dos doentes não foi vacinada ou o seu registo de vacinação é desconhecido, dos quais cerca de 70 por cento são crianças ou adolescentes”, foi acrescentado. 

Outros perigos
Os avisos não se ficam pelo país liderado por Donald Trump, e estendem-se à região do Pacífico Ocidental. “De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, entre Janeiro e Fevereiro do corrente ano, foram registados cerca de 1.500 casos de sarampo na Região do Pacífico Ocidental, um aumento de quase o dobro em comparação com os 900 casos registados no período homólogo do ano passado”, é apontado.
Porém, os alertas também chegam à Europa: “Registaram-se, recentemente, surtos de sarampo no Camboja, nas Filipinas, no Vietname e na Malásia, e vários casos de sarampo em diversos países europeus, nomeadamente, na Roménia, na França, na Espanha, na Itália e na Alemanha”, foi vincado.
O alerta é também estendido às pessoas que vivem em Macau, dado o fluxo de turistas que visitam a RAEM: “Actualmente, embora Macau não seja uma região afectado por uma epidemia de sarampo, enquanto cidade turística, persiste o risco de importação e propagação do sarampo”, foi justificado. “Os Serviços de Saúde salientam que a vacinação contra o sarampo constitui o método mais eficaz para prevenir a infecção e reduzir a transmissão do sarampo”, foi destacado.

11 Abr 2025

Economia | Crescimento revisto em baixa para 6,8%

O Grupo de Investigação Macroeconómica de Macau antevê que o território vai sofrer com as tarifas de Donald Trump, não de forma directa, mas porque estas podem levar a que os turistas do Interior controlem mais os A Universidade de Macau (UM) fez ontem uma revisão em baixa da previsão de crescimento do Produto Interno Bruto para 6,8 por cento. A revisão foi feita para ter em conta as novas barreiras ao comércio mundial, e, em particular, contra a China, impostas pelos Estados Unidos.
Anteriormente, a previsão do Grupo de Investigação Macroeconómica de Macau previa um crescimento de 7 por cento do Produto Interno Bruto, ao longo deste ano. Segundo o jornal Ou Mun, na apresentação da previsão, que decorreu ontem, Kwan Fung, líder do grupo, admitiu que esta previsão é “relativamente conservadora”.
O académico também explicou que a revisão se deve ao facto de a política de imposição de tarifas dos Estados Unidos ir contribuir para uma redução do volume do comércio a nível mundial e que vai afectar o crescimento da economia mundial. Neste cenário, Kwan reconhece que é inevitável que a economia da RAEM seja afectada por estes desenvolvimentos.
Todavia, segundo o académico, o impacto “directo” para economia local vai ser “relativamente pequeno”, porque as tarifas têm como principal alvo o mercado das mercadorias, um tipo de comércio tido como “reduzido” na RAEM.

Casinos investem menos
Os investigadores explicaram igualmente que o efeito das tarifas vai fazer-se sentir na RAEM de forma directa, em virtude do impacto na economia do Interior.
Assim sendo, os investigadores deixaram antever consequências como uma menor capacidade de consumo da população chinesa, que com menos dinheiro, vai gastar menos nas deslocações a Macau. Por esta via, o Grupo de Investigação Macroeconómica de Macau admite que os residentes de Macau também podem sofrer com as consequências.
De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, Kwan Fung afirmou também que as tarifas vão ter impacto nas concessionárias de jogo, o que deverá ser sentido a nível da vontade para investir. Por outro lado, o académico reconheceu que as concessionárias se podem tornar menos atractivas para os investidores.
Na previsão de crescimento, os investigadores tiveram por base um cenário em que a exportações de serviços vai crescer 6,8 por cento ao longo do ano, o consumo privado 3,8 por cento e haverá uma inflação 0,7 por cento.
Ao nível do desemprego, os académicos esperam uma taxa geral de 1,7 por cento, com o desemprego entre os residentes a ser de 2,3 por cento. Ao mesmo tempo, são esperadas receitas correntes da Administração na ordem dos 116,8 mil milhões de patacas.

11 Abr 2025

Casinos-satélites | PME admitem agonia com encerramentos

Vários empresários de Pequenas e Médias Empresas admitiram que com o encerramento dos casinos-satélite vão ter de fechar os negócios ou avançar para despedimentos em massa

 

As empresas dependentes ou com grandes receitas geradas pelos casinos-satélite reconhecem que estão muito preocupadas com as perspectivas de uma onda de encerramentos, no final do ano. A posição de vários empresários foi tomada em declarações ao jornal Ou Mun.

Os casinos-satélite resultam de acordos entre algumas concessionárias e empresas independentes, que exploram vários espaços de jogo, como acontece com os casinos Kam Pek ou Ponte 16, num total de 11 casinos. Neste modelo, as empresas independentes exploram os casinos, mas com trabalhadores, mesas de jogo e fichas das concessionárias, com quem têm um acordo e a quem efectuam pagamentos.

A última revisão à lei do jogo estabeleceu um período de três anos para acabar com este modelo, que termina no final deste ano. Como resultado, as concessionárias podem optar por assumir, por si, a exploração destes casinos ou fechar os espaços.

Em declarações ao jornal Ou Mun, um residente com o apelido Lam, que é responsável de uma empresa de software, afirmou que metade das receitas da companhia derivam de um dos casinos-satélite. Sem estas receitas, o dirigente admite que a empresa vai começar a perder dinheiro e que nesse cenário só tem duas hipóteses: pagar as perdas com dinheiro do seu bolso, até a situação se tornar insustentável, ou fazer o que apelidou de “cortar um braço”, o despedimento de cerca de 30 a 40 por cento dos trabalhadores.

Lam disse igualmente que os casinos-satélite distribuem muito dinheiro às Pequenas e Médias Empresas, através da contratação de serviços. Porém, se apenas sobreviverem as concessionárias, a economia local vai sentir um impacto que classificou como profundo.

Outro empresário, com o apelido Sin, responsável por uma empresa de limpeza, traçou um cenário semelhante, e reconheceu que com o encerramento dos casinos-satélite vai despedir um quinto do total do pessoal, o que indicou representar cerca de 100 trabalhadores, por falta de trabalho.

Menos transportes

A necessidade de avançar com o despedimento de trabalhadores é igualmente o cenário antevisto por Choi, de acordo com o Jornal Ou Mun. O empresário de uma empresa de transporte privado de pessoas afirmou que actualmente sobrevive no mercado local devido aos serviços prestados aos casinos-satélite.

Choi reconheceu que 80 por cento das receitas provém destes espaços e que em caso de encerramento este volume de negócio não vai ser substituído. O empresário indicou que apesar de Macau receber mais turistas estes têm um perfil muito diferente. Entre as diferenças, apontou que são mais jovens e que não se deslocam através deste tipo de transporte, recorrendo antes aos transportes públicos.

O jornal Ou Mun falou também com um outro empresário Ip, responsável por uma empresa de produtos de iluminação de publicidades. Esta emprega entre 20 e 30 trabalhadores e grande parte dos serviços são prestados aos casinos-satélite. Se estes encerrarem, Ip indica que não só a sua empresa vai encerrar, assim como várias outras lojas nas imediações dos casinos e que dependem destes.

9 Abr 2025

Violência doméstica | Ho Ion Sang pede recursos para ajudar vítimas

Apesar do “sucesso” das políticas de combate à violência doméstica, o deputado dos Moradores considera que as associações locais devem ter mais meios para apoiar as vítimas e os seus filhos. Além de meios de subsistência, Ho Ion Sang realça a importância de planear a carreira profissional e prestar cuidados infantis

 

Ho Ion Sang defende o reforço da cooperação entre o Governo e as associações locais para dotar as vítimas de violência doméstica de mais meios de subsistência. O assunto é abordado através de uma interpelação escrita pelo deputado dos Moradores, em que é pedida uma maior cooperação entre o Governo e as associações locais.

No documento, Ho defende o reforço da “rede de assistência social” e a melhoria do “apoio ao nível de meios de subsistência das vítimas de violência doméstica e dos filhos”, que passa não só pela disponibilização de apoio financeiros, mas também por “serviços mais orientados e diversificados, tais como planeamento de carreira, formação profissional e cuidados infantis”.

Segundo o deputado, no contexto actual, as associações devem assumir um papel fundamental a ajudar as vítimas, na vida após os episódios de violência doméstica, nos casos em que precisam de uma rede de apoios, para reconstruírem a vida.

Ho Ion Sang é deputado pela Associação dos Moradores, uma das mais apoiadas pelo Governo com fundos públicos.

Mais cooperação

O reforço da cooperação entre as associações locais e o Governo não visa só o pedido de mais recursos. Ho Ion Sang pergunta pelo desenvolvimento das directrizes, prometidas pelo Executivo para este ano, que vão definir formas para lidar com casos de violência doméstica quando há crianças envolvidas. Nas perguntas enviadas ao Governo, o deputado recorda que as directrizes foram concluídas em 2023, e que no ano passado as autoridades ouviram os serviços públicos e as associações. Todavia, a meta do Executivo passava por divulgar e implementar as directrizes ao longo deste ano, sem que haja, até agora, mais informações. Por isso, o deputado pede que o Governo revele o calendário de quando vão ser apresentadas.

Na interpelação escrita, o deputado considera igualmente que se deve “intensificar” a “cooperação com as organizações não governamentais e consolidar os recursos de todas as partes envolvidas” para “criar uma atmosfera favorável para que toda a comunidade se oponha e resista unanimemente à violência doméstica”.

Em relação à prevenção, Ho Ion Sang elogia os trabalhos realizados, com a aprovação da legislação que tornou este um crime público, que tem levado a uma redução gradual das ocorrências. No entanto, pede ao Executivo que não facilite nos esforços de combate ao crime, para alertar mais a população para este fenómeno.

9 Abr 2025

Incêndios | Menos 15 por cento de ocorrências

Nos primeiros três meses do ano registou-se uma diminuição geral das ocorrências que implicaram a intervenção do Corpo de Bombeiros. Ainda assim, as autoridades foram chamadas a intervir em 13.207 casos

 

Nos primeiros três meses do ano o número de incêndios registados pelo Corpo de Bombeiros (CB) apresentou uma redução de 15,35 por cento com 215 ocorrências, em comparação com o período homólogo. Os números do primeiro trimestre do ano foram apresentados ontem, em conferência de imprensa.

De acordo com os dados oficiais, entre Janeiro e Março deste ano houve menos 39 incêndios em comparação com o período homólogo, quando o número de incêndios tinha sido de 254 ocorrências. Entre os 215 fogos, 155 foram extintos sem necessidade de recorrer à utilização de mangueiras. No ano passado, o número de incêndio extintos sem necessidade de ligar as mangueiras tinha sido de 204.

Em relação aos incêndios dos primeiros meses deste ano, 35 fogos ficaram a dever-se a situações de comida queimada. No ano passado, este tipo de ocorrências tinha contribuído para 61 casos.

Entre as outras causas de ocorrências de incêndios, constam o esquecimento de fogões ligados, chamas que não ficam totalmente extintas, a queima de incensos, velas e papéis votivos, curtos-circuitos em instalações eléctricas e falhas mecânicas.

Apesar da redução dos incêndios, no primeiro semestre registaram-se várias ocorrências em prédios residenciais que causaram pelo menos cinco feridos. Os números mostram que o total geral de ocorrências em que o Corpo de Bombeiros teve de intervir apresentou uma redução de 6,32 por cento, de 14.098 casos para 13.207 casos.

Menos ambulâncias

Em relação aos dados sobre as saídas de ambulâncias houve uma redução dos casos de 3,1 por cento para 11.406 ocorrências, que exigiram a utilização de 12.221 veículos, uma redução de 3,43 por cento. No período homólogo, registaram-se 11.774 ocorrências que exigiram a saída de 12.655 veículos de emergência. Sobre esta diferença, o Corpo de Bombeiros indicou que se deveu “principalmente à redução dos casos de leve indisposição da febre e dificuldades de respiração”. “Os casos gerais de socorro lidaram essencialmente com tonturas, dores abdominais, dificuldades de respiração, vómitos, febres e vários tipos de ferimentos”, foi acrescentado.

Também nas operações de salvamento houve uma redução, de 3,3 por cento, de 454 casos para 439 casos.
Finalmente, no que diz respeito aos serviços especiais, apurou-se uma redução de 29,01 por cento, de 1.616 casos para 1.144 casos, uma diferença de 29,21 por cento.

9 Abr 2025

AMCM | Central de Depósito e Liquidação de Valores Mobiliários perde 7,18 milhões

A Central de Depósito e Liquidação de Valores Mobiliários de Macau, controlada a 100 por cento pela RAEM, continua a registar prejuízos sucessivos. Desde 2022, a empresa criada para diversificar a economia de Macau nunca apresentou lucros

 

A empresa Central de Depósito e Liquidação de Valores Mobiliários de Macau (MCSD, na sigla em inglês) registou prejuízos de 7,18 milhões de patacas no ano passado. Este é o segundo ano consecutivo com perdas da empresa controlada a 100 por cento pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), que tinha apresentado perdas de 6,7 milhões de patacas no ano anterior.

Criada em 2021, a MCSD surgiu no âmbito da política do Governo de Ho Iat Seng para diversificar a economia na área das finanças e tem como funções a exploração das infra-estruturas financeiras, de serviços de registo central, compensação, liquidação e de depósito de valores mobiliários. No âmbito destas funções, a MCSD tem prestado apoio ao mercado de empréstimos obrigacionistas.

No entanto, os números da empresa teimam em continuar a apresentar prejuízos. No primeiro ano completo de operações, em 2022, a empresa que tem um capital social de 50 milhões de patacas, apresentou prejuízos de 3,9 milhões de patacas. No ano seguinte, os prejuízos subiram para 6,7 milhões de patacas e os dados mais recentes mostram um novo recorde negativo de 7,18 milhões de patacas.

Mais receitas e despesas

Apesar do cenário negativo, as receitas originadas por contratos com participantes no mercado financeiro de Macau até registaram um aumento. Actualmente, no portal da MCSD, surgem registadas como “participantes” cerca de 90 entidades. Em 2024, as receitas derivadas dos contratos de participação subiram para 2,9 milhões de patacas, quando no ano anterior tinham sido de cerca de 966 mil patacas.

Em termos das restantes receitas do ano passado, foi apurado um 1 milhão de patacas em juros, com os outros serviços a geraram 11.300 patacas e os ganhos com câmbios a gerarem 721 patacas.

Em termos das despesas houve igualmente um aumento para 11,2 milhões de patacas em 2024, face aos 9,2 milhões de patacas de 2023.

O custo mais elevado foi para as remunerações dos trabalhadores que subiram de 3,1 milhões de patacas para 4,6 milhões de patacas. Para este aumento contribuiu o recrutamento de cinco funcionários, totalizando 13 trabalhadores no fim de 2024. A outra grande despesa deveu-se ao pagamento dos serviços de correio telecomunicações que foi de 3,2 milhões de patacas, abaixo do custo de 3,3 milhões do ano anterior.

9 Abr 2025

Jogo | Acções das concessionárias com quebras acentuadas

As acções da SJM registaram a maior desvalorização, com uma perda de valor de 17,62 por cento. Contabilizado o dia de ontem, desde o início do ano que as empresas cotadas na Bolsa de Hong Kong estão a perder valor

 

As acções das concessionárias do jogo na Bolsa de Hong Kong registaram fortes quebras, seguindo a tendência dos mercados mundiais, depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter decidido impor novas tarifas aos produtos importados pelo país americano.

No dia de ontem, o índice Hang Seng, o principal da Bolsa de Hong Kong, apresentou uma quebra de 13,62 por cento, e as concessionárias de Macau seguiram a tendência, com perdas semelhantes.

Em termos relativos, a SJM foi a empresa com a maior desvalorização, com o preço das acções a cair 17,62 por cento. Na altura da abertura do mercado, cada acção estava avaliada em 2,44 dólares de Hong Kong, mas à hora do fecho o valor tinha caído para 2,01 dólares de Hong Kong por acção.

A Melco International Development apresentou a segunda maior diminuição, com uma queda de 16,07 por cento para 3,29 dólares de Hong Kong por acção. Na abertura do mercado os títulos estavam avaliados em 3,65 dólares de Hong Kong por acção.

O pódio da desvalorização foi completado pela Sands China, que explora o casino The Venetian. As acções da empresa desvalorizaram 14,63 por cento de 14,5 dólares de Hong Kong para 13,4 dólares de Hong Kong.

Quanto à Galaxy, a redução de valor foi de 13,27 por cento, de 27,9 dólares de Hong Kong para 26,15 dólares de Hong Kong por acção. A concessionária Wynn Macau teve uma redução de valor de 13,02 por cento, de 5,13 dólares para 4,81 dólares. Por último, naquela que foi a desvalorização menos acentuada, as acções da MGM China caíram 12,18 por cento, de 9,5 dólares de Hong Kong para 4,81 dólares.

Tendência negativa

Apesar de em ritmo mais acelerado no dia de ontem, desde o início do ano que as acções das concessionárias estão em queda, no que tem sido uma tendência contrária à do índice Hang Seng, que apesar do descalabro de ontem está a valorizar 1,04 por cento desde o início do ano.

A concessionária mais afectada pela perda de valor é a Sands China, que desde o início do ano desvalorizou 28,5 por cento, de 18,6 dólares de Hong Kong por acção para 13,3 dólares. A nível das perdas segue-se a Melco com uma desvalorização de 23,3 por cento, de 4,3 dólares para 3,3 dólares de Hong Kong por acção. A Galaxy, com uma quebra de 18,6 por cento de 32,2 dólares para 26,2 dólares também está no pódio.

Por sua vez, a MGM China viu, desde o início do ano, o valor das acções cair 17,4 por cento, de 10,9 dólares para 9,0 dólares de Hong Kong, enquanto a SJM Holdings teve uma quebra de 16,7 por cento de 2,4 dólares por acção para 2,0 dólares de Hong Kong., A Wynn Macau teve uma redução de 15,8 por cento, de 5,7 dólares para 4,8 dólares de Hong Kong.

7 Abr 2025

Habitação | Centaline avisa que preços vão cair até 20 por cento

A agência imobiliária traça um cenário negativo do mercado imobiliário, que afecta o preço das habitações, mas também as rendas das lojas. Segundo a empresa, após anos em negação, os senhorios de lojas começam a perceber que vão perder dinheiro

 

A agência imobiliária Centaline prevê que os preços da habitação apresentem quebrad de 10 a 20 por cento ao longo do ano. A previsão consta do mais recente relatório da agência sobre o mercado do imobiliário local, publicado no final da semana passada, e que aponta que o sector atravessa uma “idade do gelo”.

“O mercado imobiliário de Macau está a atravessar uma fase de desenvolvimento em forma de ‘U’, pelo que se espera que a pressão para reduzir os preços da habitação se prolongue”, é referido. “Os preços da habitação vão atravessar uma nova vaga de quebras entre 10 e 20 por cento”, foi acrescentado.

Ao referir a forma de “U”, a Centaline prevê que a queda seja seguida de um período de crescimento, após uma fase de estagnação. No entanto, é necessário atingir o fundo. E esse momento é difícil de prever: “A dimensão da queda vai depender de vários factores, incluindo o ritmo da redução dos juros nos Estados Unidos, assim como das políticas de auxílio ao mercado”, foi explicado.

Com base nesta tendência, a agência admite que se vive uma “idade do gelo”: “O mercado imobiliário entrou na idade do gelo, com os preços da habitação e o volume de transacções a caírem”, foi escrito. “No segundo trimestre, as nossas estimativas apontam para que o volume das transacções seja de cerca de 200 transacções por mês”, foi previsto.

Acordar para a realidade

Em relação ao mercado de arrendamento de lojas, a situação não é muito diferente, e a Centaline indica que os proprietários das lojas vão ter de aceitar a nova realidade, e possivelmente desfazer-se das lojas. “No ano passado, muitos dos investidores ainda acreditavam que a queda do preço das rendas se devia à pandemia ou ao aumento das taxas de juro. Acreditavam que tudo ia voltar à ‘normalidade’, pelo que preferiam pagar os juros [das hipotecas] e manter a aposta nos seus investimentos”, foi explicado.
“Recentemente, começaram a aperceber-se que os dias dos bons de investimentos nas lojas chegaram ao fim, o sector da venda a retalho sofreu uma transformação e a dependência das lojas físicas diminuiu consideravelmente. Por isso, o valor das lojas está a diminuir gradualmente. No caso de segurarem os seus investimentos, muito dificilmente vão obter bons resultados”, foi acrescentado.

A Centaline traça assim um cenário a duas velocidades. Nas zonas mais centrais para o turismo, admite que houve perto de 20 arrendamentos em que o valor da renda ficou acima das 100 mil patacas. No entanto, nos bairros comunitários a situação é muito diferente, principalmente ao nível das lojas no NAPE ou Horta e Costa.

7 Abr 2025

Emprego | Criticada aposta em licenciados de fora sem experiência

O deputado Ron Lam acusa o Governo de se ter desviado da intenção política de permitir às empresas locais a contratação de não-residentes com experiência e sucesso internacionais, e, em vez disso, estar a emitir autorizações de residência para jovens licenciados de fora sem currículo

 

O legislador Ron Lam atacou a política do Governo de permitir a importação como “talentos” de não residentes com formação académica, mas sem qualquer experiência profissional. A crítica surge numa interpelação escrita, em que o membro da Assembleia Legislativa indica que a política é incoerente, dado que se atravessa uma fase em que o desemprego de recém-licenciados está cada vez pior.

No documento divulgado ontem, Lam exige ao Governo que termine com o novo estatuto de autorizar a residência de recém-formados com notas elevadas, mas que sem qualquer experiência profissional.

Na perspectiva do deputado, estas autorizações de fixação de residência em Macau contrariam as políticas apresentadas pelo Governo, e que foram aprovadas na Assembleia Legislativa, que visavam a importação de mão-de-obra qualificada do exterior extremamente bem-sucedida profissionalmente nas suas áreas de actividade.

Ao mesmo tempo que se contrata no exterior, o deputado indica que os jovens licenciados atravessam uma fase muito complicada de entrada no mercado do trabalho, e que as pessoas de Macau que se licenciaram no exterior encontram igualmente um mercado de trabalho com muitos desafios, com dificuldades para encontrarem um emprego de longa duração.

Neste contexto, o deputado pergunta ao Executivo se vai eliminar o regime que permite a contratação de licenciados não-residentes sem experiência profissional.

A realidade dos números

Sobre o problema do desemprego entre os mais jovens, o deputado cita as estatísticas oficiais do ano passado para indicar que 47,1 por cento dos desempregados locais tinham como grau académico pelo menos uma licenciatura. E entre os desempregados com formação no ensino superior, 28,1 por cento tinha entre 25 e 34 anos.

“Os números mostram que em comparação com 2019, a situação do desemprego é mais grave. Muitos jovens e pessoas de meia-idade que têm formação académica ao nível do ensino superior disseram-nos que é cada vez mais difícil encontrar um emprego e que as empresas só querem trabalhadores não-residentes”, descreve Ron Lam.

O deputado escreve também que as várias feiras de emprego organizadas pela Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais oferecem empregos pouco atractivos, e que em muitos dos casos as vagas de emprego são “falsas”, não levando a contratações.

Lam critica ainda a forma como as estatísticas do desemprego são compiladas, indicando existirem discrepâncias entre os diferentes dados publicados, que em teoria deviam ser semelhantes. O deputado pede ao Governo que corrija este problema o mais rapidamente possível, para poder tomar medidas de emprego de acordo com a realidade do mercado local.

7 Abr 2025

Wong Kit Cheng pede resposta para aumento da criminalidade juvenil

A deputada Wong Kit Cheng está preocupada com a criminalidade juvenil e pretende saber como as autoridades vão lidar com o problema. O assunto é abordado através de uma interpelação escrita, em que a legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres de Macau destaca que no ano passado os níveis de criminalidade entre os mais novos ultrapassaram os níveis de 2023, havendo um grande crescimento em comparação com 2019.

Com base nos números oficiais, a deputada indica que no ano passado foram registados 131 casos de delinquência juvenil, um aumento de 23 casos face a 2023. Em comparação com 2019, o último ano antes da pandemia, os dados mostram um aumento de 71 casos de delinquência juvenil no ano passado.

Ao mesmo tempo, o número de jovens envolvidos em crimes subiu para 181, o que representou um aumento de 30 jovens face a 2023, quando houve 151 jovens detectados em actividades criminosas.

“Os números reflectem uma tendência contínua de aumento da criminalidade juvenil nos últimos anos, o que é motivo de preocupação”, alerta Wong. “Os jovens são socialmente inexperientes e curiosos em relação a coisas novas, pelo que são facilmente aliciados por pessoas sem escrúpulos para se envolverem em actos ilegais”, acrescentou.

Comércio paralelo

Entre as actividades que têm aliciado os mais novos, Wong Kit Cheng indicou o comércio paralelo, em que os jovens são utilizados para transportarem para o Interior, de forma ilegal, bens que depois são revendidos. Contudo, a deputada também recordou os casos dos jovens atraídos com ofertas de emprego para Taiwan e o Camboja, onde acabaram envolvidos em esquemas de burlas.

“A comunidade espera que as autoridades intensifiquem o trabalho de prevenção e eliminação da criminalidade juvenil, que o desenvolvam em profundidade e à luz da evolução do ambiente social e dos padrões de criminalidade”, foi indicado.

A deputadas das Mulheres pede às autoridades políticas para lidar com o fenómeno e que sejam apresentados planos para garantir que os jovens têm espaço para crescer num ambiente saudável, sem serem aliciados para actividades criminosas.

Além disso, são ainda pedidas medidas, não só para punir os mais novos, mas também para garantir que se voltam a integrar na sociedade, após o cumprimento das penas.

7 Abr 2025

Jiangxi | Sam Hou Fai quer estreitar laços nas áreas do turismo e economia

Equipa que ganha, não mexe. Sam Hou Fai reuniu com mais um dirigente do Interior da China e voltou a afirmar a vontade política de reforço da cooperação na área to turismo, economia e comércio

 

O Chefe do Executivo defendeu o reforço da cooperação com a província de Jiangxi, principalmente ao nível do comércio. A posição foi tomada na quinta-feira, durante um encontro com o vice-secretário do Comité Provincial de Jiangxi do Partido Comunista Chinês e governador da província de Jiangxi, Ye Jianchun.

Na reunião, Sam Hou Fai destacou a posição de Macau como “Centro Mundial de Turismo e Lazer” e defendeu o aumento da cooperação com Jiangxi, que afirmou ser “uma província rica em recursos turísticos”.

Na perspectiva do Chefe do Executivo, as duas partes encontram-se numa situação de complementaridade, podendo alcançar “uma situação com benefícios mútuos”. Sam Hou Fai também indicou que “os dois territórios podem ainda reforçar a colaboração nas áreas economico-comercial, medicina tradicional chinesa, culturas criativas, convenções e exposições e serviços topo de gama”.

Ao mesmo tempo, o líder do Governo de Macau convidou a província do Interior a “tirar melhor proveito do papel singular de Macau como plataforma entre a China e os países lusófonos”, indicando que a RAEM pode ser um ponto de partida para a província implementar políticas de “expansão para o exterior” e “atracção de capital estrangeiro”.

Trabalho de revitalização

No encontro, Sam Hou Fai fez igualmente um balanço do projecto de “revitalização rural do distrito de Xiushui da província de Jiangxi”, que indicou ser “uma iniciativa conjunta do Governo da RAEM e Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM”. De acordo com o Chefe do Executivo, o projecto está na “terceira fase” e “foram concluídas as modalidades previstas”.

A versão oficial da reunião, divulgada pelo Gabinete de Comunicação Social, não permite conhecer o que se entende por “terceira fase”, nem o investimento realizado pela RAEM no projecto. Porém, o Chefe do Executivo indicou que, “de seguida, Macau e Jiangxi irão continuar a aprofundar uma cooperação pragmática, no sentido de promoverem em conjunto o projecto de revitalização, alcançando, constantemente, novos progressos e novos resultados de eficácia”.

Além do Chefe do Executivo, participaram no encontro o secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Chan Kak, o director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Cheong Chok Man, e a presidente do Instituto Cultural, Deland Leong Wai Man.

7 Abr 2025

Jogo / Receitas | JP Morgan e Seaport Partners com visões distintas

As receitas de 19,66 mil milhões de patacas em Março ficaram dentro das expectativas do mercado, mas a correctora Seaport Research Partners avisa que as recentes campanhas contra as trocas ilegais de dinheiro podem fazer cair o volume das apostas

 

“Não foram más de todo”, foi desta forma que o relatório mais recente do banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) classificou as receitas brutas do jogo de Março, que atingiram os 19,66 mil milhões de patacas. A reacção do banco de investimento foi citada, na quarta-feira, pelo portal GGR Asia.

As receitas neste mês de Março representaram um aumento de 0,8 por cento face ao período homólogo, mas uma redução de 0,4 por cento em comparação com Fevereiro.

Todavia, o relatório assinado por DS Kim, Selina Li e Shi Mufan, aponta que o montante total ficou “um por cento acima das estimativas da JP Morgan [e do mercado] e do consenso [entre os analistas] que previam que não houvesse crescimento”.

O documento indica ainda que a média diária das receitas nos casinos foi de 634 milhões de patacas, o que foi apontado como um volume das receitas diárias semelhante aos dos meses de Janeiro e Fevereiro deste ano. Por isso, os analistas apontaram que as receitas em Março atingiram valores “muito respeitáveis”.

No mesmo sentido, a JP Morgan considerou que os sinais do mercado são animadores para a segunda metade do ano. “Isso é um bom presságio para o crescimento melhorar no segundo semestre de 2025”. “Mantemos a nossa previsão do crescimento das receitas do jogo em 2025 de 3 por cento, com o primeiro semestre a apresentar um crescimento de 0 a 1 por cento, e o segundo semestre com um crescimento entre 5 e 6 por cento”, foi acrescentado.

Abaixo das expectativas

Por sua vez, a correctora Seaport Research Partners teve uma reacção diferente face às receitas, citada pelo portal GGR Asia, dado que tinha previsto um crescimento maior do que o registado.

Segundo o relatório de ontem, assinado por Vitaly Umansky, as receitas “foram mais fracas do que as previsões feitas no início do mês, mas que mesmo assim não deixaram de ultrapassar ligeiramente as estimativas da Bloomberg, que indicava que não haveria qualquer crescimento”.

Por outro lado, a Seaport Research Partners indica que as receitas do final de Março ainda reflectem o possível impacto da campanha das autoridades contra dois grupos de troca ilegal de dinheiro, que actuavam nos casinos, e que envolviam pelo menos 43 pessoas.

Por isso, em Abril a Seaport Research Partners espera que as receitas apresentem uma redução de 0,1 por cento face ao período homólogo e de 5,8 por cento, em comparação com Maio. “A nossa estimativa para Abril é ligeiramente afectada pelos efeitos adversos potenciais de curto prazo ligados à repressão dos cambistas [ilegais]”, foi justificado.

2 Abr 2025

Matadouro | Prejuízos crescem 460 mil patacas num ano

O consumo de carne de vaca, a mais cara, está em contracção no território, com o número de abates de bovinos a cair para o valor mais baixo desde que há registos. A empresa Matadouro de Macau justifica a mudança com novos hábitos de consumo

 

A empresa Matadouro de Macau registou no ano passado um prejuízo de 4,17 milhões de patacas no ano passado, um crescimento de 12,38 por cento das perdas, ou de 460 mil patacas, em comparação com 2023, quando o resultado negativo foi de 3,71 milhões de patacas. A empresa alerta que o território está a registar novos hábitos de consumo, com o abate de gado bovino a atingir o valor mais baixo desde que há registos, excluindo o período da pandemia.

Em 2024, as receitas da empresa registaram um aumento inferior a 1 milhão de patacas, devido às receitas com o abate de animais, que subiram para 10,98 milhões de patacas, face aos 9,98 milhões de patacas de 2023.

Contudo, a subida foi contrariada por um aumento de despesas como os custos com a água e electricidade, que subiram para 1,19 milhões de patacas, face aos 1,07 milhões anteriores, ou gastos com serviços de limpeza e outros fornecimentos, que atingiram 1,97 milhões de patacas, quando no ano anterior não tinham ido além dos 1,37 milhões e patacas.

Também a nível dos salários dos 81 trabalhadores houve um aumento de despesa, de aproximadamente 278 mil patacas.

Diferentes hábitos

O relatório de 2024 do Matadouro mostra também uma empresa a funcionar a duas velocidades, com o abate de suínos a atingir o valor mais elevado desde 2019, enquanto o abate de bovinos caiu para o valor mais baixo desde que há registos.

A gestão da empresa explica o aumento no abate de porcos de 10,86 por cento, para um total de 108.660 animais, com o facto de no último trimestre de 2023 o preço do porco ter registado uma diminuição “de quase 20 por cento”, o que serviu para estimular o mercado em 2024. “A procura pela população da carne fresca de porco aumentou, levou a um aumento do volume do abate a crescer mais de 10 por cento”, foi indicado.

No entanto, o abate de bovinos teve uma quebra de 7,88 por cento, com um total de 1.333 abates, o valor mais baixo pelo menos desde 2015, excluindo 2022, quando o número de abates tinha sido de 1.301, porque o funcionamento do Matadouro foi suspenso. “O volume do abate de gado bovino em 2024 voltou a estabelecer um novo recorde negativo nos registos da empresa, e a principal razão é a alteração dos hábitos de consumo”, foi indicado. “A direcção da companhia espera que esta tendência se continue a verificar nos próximos anos, com a diminuição a ser relativamente gradual”, foi acrescentado.

Nos últimos anos, a economia tem enfrentado uma situação em que é cada vez mais frequente sair para o Interior da China para consumir, ao mesmo tempo que os turistas vindos do outro lado da fronteira têm menos poder de compra.

Novos investimentos

O ano de 2024 ficou ainda marcado pela renovação da concessão para o abate de animais que se vai prolongar até 2029. Além disso, o Governo da RAEM financiou as obras de renovação das cadeias de abate, que estavam em funcionamento, de acordo com o relatório da administração, desde 1987.

Com as obras, o matadouro ficou com uma cadeia de abates só para suínos e outra só para bovinos. No entanto, em caso de necessidade, estas podem ser alteradas para outros animais.

A empresa tem como accionistas o Instituto para os Assuntos Sociais, com uma participação social de 61 por cento, a Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), com 27,5 por cento, a Teixeira Duarte-Engenharia e Construção (Maca), com 5,8 por cento, e ainda Ngan Yuen Ming, 3,125 por cento, e Ma Iau Lai, com 2,5 por cento.

2 Abr 2025

Jogo | Receitas de Março com subida de 0,8%

As receitas do primeiro trimestre do ano apresentam um aumento de 0,6 face ao período homólogo. No entanto, os valores que entram nos casinos continuam longe da realidade pré-pandemia

 

Em Março as receitas brutas do jogo atingiram 19,66 mil milhões de patacas, o que representou um ligeiro aumento de 0,8 por cento em comparação com Março de 2024. Os dados foram divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), através do portal oficial.

Em Março do ano passado, os casinos registaram receitas brutas de jogo de 19,50 mil milhões de patacas, o que indicou uma tendência de crescimento de 12,74 por cento face a Março de 2023. Recorde-se que Março de 2023 foi um dos primeiros meses em que os casinos voltaram a beneficiar da fronteira sem restrições, depois dos condicionamentos, e até encerramentos, que vigoraram entre o início de 2020 e Janeiro de 2023.

No entanto, os valores das receitas ainda estão longe do que acontecia em Março de 2019, antes do impacto da pandemia na economia de Macau. Nesse mês, as receitas dos casinos atingiram 25,84 mil milhões de patacas, 31,4 por cento, ou 6,18 mil milhões de patacas, acima dos valores mais recentes apresentados pela DICJ.

Quando a comparação é feita com Fevereiro deste ano, mês em que as receita foram de 19,74 mil milhões de patacas, Março apresentou uma tendência de quebra de 0,4 por cento das receitas. Contudo, parte do início de Fevereiro coincidiu com alguns dos dias dos feriados do Ano Novo Lunar no Interior, que tradicionalmente é uma das épocas mais altas para os casinos.

Ano mais gordo

Com os dados divulgados ontem pela DICJ foram também conhecidas as receitas brutas do jogo durante o primeiro trimestre do ano.

Os números mostram que nos primeiros três meses do ano houve um aumento das receitas de 0,6 por cento, em comparação com o período homólogo, para 57,66 mil milhões de patacas. No primeiro trimestre de 2024, as receitas dos casinos tinham sido de 57,33 mil milhões de patacas.

A análise trimestral mostra também que as receitas da indústria estão longe do que era habitual antes da pandemia, das campanhas contra os promotores do jogo e das alterações legislativas que tornaram o exercício da profissão muito mais difícil. Entre Janeiro de Março de 2019, os casinos apresentaram receitas de 76,15 mil milhões de patacas. A comparação com o cenário actual mostra uma diferença de 18,49 mil milhões de patacas, no que significa uma redução de 24,3 por cento.

As estimativas do Governo a nível das receitas do jogo para este ano apontam para cerca de 240 mil milhões de patacas, o que representa um aumento de 6 por cento face a 2024.

1 Abr 2025

DSEDJ | Jovens “patriotas” convidados para canal consultivo

Apesar de convidar os cidadãos a apresentarem as suas candidaturas, a DSEDJ tem um canal especial de recomendação de membros pelas associações locais e associações de estudantes

 

A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) está a criar um grupo para ouvir os jovens com idades entre os 18 e 30 anos, mas só vai aceitar as inscrições dos jovens “patriotas” e que se identifiquem com o “valor nuclear” do Amor pelo País e por Macau. O anúncio da abertura das candidaturas foi feito através de um comunicado publicado na segunda-feira à tarde, apenas divulgado em chinês.

Segundo a informação oficial, o Grupo Consultivo Para Jovens tem como objectivo reforçar a capacidade de ouvir as vozes mais novas da população e aumentar o número de canais para a “interacção positiva” com o Governo. Além disso, indica a DSEDJ, este é um esforço que se enquadra no espírito do Executivo de “trabalhar arduamente” em prol dos jovens.

A criação do grupo é igualmente enquadrada na Política de Juventude de Macau (2021-2030) e no objectivo de aumentar a cooperação entre o Governo e os jovens para “melhorar a participação social e a integração no desenvolvimento nacional”.

O grupo organizado pela DSEDJ vai ainda servir para “proporcionar uma plataforma” e “oportunidades” para os jovens de Macau “apresentarem opiniões e sugestões sobre estudos, emprego, empreendedorismo, direito de propriedade e desenvolvimento pessoal” e participarem na construção da Grande Baía.

Prioridade às associações

O patriotismo é assim o principal critério de selecção, mas o Governo exige também “experiência em serviços sociais”, conhecimento sobre as políticas de juventude, boa capacidade de comunicação e capacidade de análise. O peso de cada critério na selecção não foi indicado no comunicado.

A DSEDJ indica que as candidaturas estão abertas aos jovens cidadãos individuais, mas o comunicado destaca, em primeiro lugar, a possibilidade de as propostas dos membros partirem das associações locais ou associações de estudantes das universidades locais. As associações têm de levantar um formulário que depois é enviado por correio electrónico.

Os cidadãos individuais podem apresentar as suas candidaturas através da Conta Única, sendo o prazo limite 11 de Abril, uma sexta-feira, que também é o limite para as “recomendações” das associações.

Os jovens inscritos com sucesso vão ser notificados, e depois haverá um concurso de reuniões de que vão ser realizadas, como fase de apuramento, no final de Abril. A lista de candidatos admitidos é revelada no portal da DSEDJ.

1 Abr 2025