Hoje Macau SociedadeBiblioteca Central | IC espera propostas de concepção no último dia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fim do prazo da apresentação de propostas para a concepção da nova Biblioteca Central está agendado para hoje e o Instituto Cultural ainda não recebeu nenhuma proposta. De acordo com a vice-presidente do IC, Leong Wai Man, a ausência de candidaturas deve-se à complexidade do processo e acredita que as empresas querem aperfeiçoar as suas propostas, pelo que irão entregar as mesmas nos últimos momentos. Segundo o Jornal do Cidadão, o IC afirmou que é preciso ter em conta a entrega de propostas recebidas no último dia para decidir se vai alargar o prazo. A vice-presidente revelou ainda que prevê que a biblioteca do Mercado Vermelho, que foi danificada na sequência da passagem do tufão Hato, possa reabrir em Julho.
Hoje Macau InternacionalTheresa May pede à UE que abandone “posição rígida” sobre Brexit [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] primeira-ministra do Reino Unido, Teresa May, pede à União Europeia (UE) que abandone “a posição rígida” que tem nas negociações sobre o “Brexit”, segundo uma entrevista publicada ontem no The Sunday Time. Teresa May insta Bruxelas a considerar as suas propostas de forma “séria” depois de na sexta-feira ter chegado a um consenso com os seus ministros sobre um plano para a futura relação bilateral. Este plano será aplicável depois do período transitório de 21 meses após a saída dos britânicos da UE, prevista para 29 de Março de 2019. O plano, que inclui a criação de um mercado comum de bens da comunidade britânica, harmonizado a nível normativo e aduaneiro, suscitou críticas entre os deputados conservadores mais eurocéticos, que ameaçam desestabilizar a liderança, noticia a agência Efe, citando o jornal britânico. Para estes parlamentares, que, segundo o jornal, preparam uma carta para promoverem uma mudança de líder, a chefe do Executivo considera que o desafio actual consiste em “fazer com que a UE leve o assunto a sério e que se sente à mesa das negociações com os britânicos”. A chefe do Executivo assegura ainda que não “decepcionará” os 52 por cento de britânicos que votaram a favor do ´Brexit` no referendo de 23 de Junho de 2016. Os deputados pró-´brexit`, chefiados pelo aristocrata Jacob Rees-Mogg, lamentaram que o plano que o Governo apresentará esta semana à UE num Livro Branco seja equivalente a permanecer “ligado ao bloco”. E consideram que, tal facto, dificultará a possibilidade de fecharem tratados comerciais com outros países. O The Sunday Times explica que na reunião da passada sexta-feira na residência oficial de campo de Chequers, onde se chegou ao consenso, houve vozes muito discrepantes entre os ministros, ainda que, no final, todos tenham acatado a decisão da maioria. Entre as vozes discordantes – mencionadas no jornal – contam-se a do ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, que terá afirmado que o “plano é uma bosta” e defendê-lo será “como polir uma bosta”. Num artigo conjunto no mesmo jornal, os ministros da Economia, Philip Hammond, e dos Transportes, Chris Grayling, insistem que o que se acordou em Chequers, no sudeste de Inglaterra, é um acordo de ´brexit` “pragmático e com princípios, que funciona tanto para o Reino Unido como para a UE”. Na segunda-feira, Theresa May explicará o seu plano ao grupo parlamentar conservador na Câmara dos Comuns, enquanto os chefes de diplomacia do partido continuam a reunir-se com os deputados a fim de chegarem a consenso. O negociador chefe da UE, Michel Barnier, disse, entretanto, que aguarda a leitura do Livro Branco para decidir se a proposta britânica é “viável e realista”.
Hoje Macau Manchete SociedadeXi Jinping em Lisboa em Dezembro antecipa ano da China em Portugal, diz ministro da cultura [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministro da Cultura afirmou em Macau que o Presidente chinês vai estar em Lisboa no início de dezembro, numa antecipação do ano da China em Portugal, países que celebram, em 2019, 40 anos de relações diplomáticas. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já havia anunciado, em finais de junho, a visita de Estado de Xi Jinping no final do ano, uma “visita importante” e possível devido à “capacidade de diálogo e de entendimento” de ambos os países. Hoje, Luís Filipe Castro Mendes precisou que a visita do líder chinês irá decorrer no início de dezembro, poucas semanas antes de arrancar, em simultâneo, o ano da China em Portugal e o ano de Portugal na China. “Esperamos nessa altura ter uma manifestação cultural digna para receber o Presidente Xi Jinping”, disse aos jornalistas o responsável pela Cultura, presente em Macau para o “Fórum Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Entre as várias “manifestações culturais portuguesas na China e manifestações culturais chinesas em Portugal”, o ministro destacou, em fevereiro, “um evento muito especial para celebrar o ano novo chinês”, uma “festa muito popular em Lisboa”, que conta sempre “com muita adesão”. Estão previstas, ainda, apresentações de companhias de bailado, concertos e exposições, cujo alinhamento o ministro discutiu, na quinta-feira, com o homólogo chinês, em Pequim. “A reunião que tive ontem [quinta-feira] com o ministro da Cultura chinês serviu exatamente para acertarmos os nossos calendários, as nossas perspetivas e o nosso trabalho neste festival – no qual Macau terá, naturalmente, uma participação”, declarou. No próximo ano, comemoram-se quatro décadas das relações diplomáticas entre Portugal e a China, mas também 20 anos do regresso de Macau à administração chinesa, uma “coincidência temporal e feliz”, considerou. “São relações que se desenvolveram de uma forma extraordinária, temos hoje uma relação estreita a nível económico, ao nível do comércio, ao nível da ciência e ao nível da cultura, esta última que queremos mais presente na China” e vice-versa, disse. Aqui, “Macau joga um papel de grande importância”, pois trata-se de “uma ponte natural entre estes dois países”, concluiu.
Hoje Macau EventosExposição | “Alter Ego” patente em vários locais do território até 9 de Setembro São vários os espaços em Macau que acolhem “Alter Ego”, o projecto composto por seis exposições e uma intervenção de arte urbana que reune 27 artistas de Portugal, países lusófonos e da China [dropcap style≠’circle’]“A[/dropcap]lter Ego” é o conjunto de seis exposições colectivas distribuidas por diversos espaços em Macau e que conta com a curadoria de Pauline Foessel e Alexandre Farto. O fio que liga as seis exposições é uma “reflexão sobre o ser humano”, daí o conceito que dá nome à mostra, ‘alter ego’, “o segundo eu”, explicou a francesa Pauline Foessel, curadora da mostra com o artista português Alexandre Farto (Vhils), em declarações à agência Lusa. Apesar de serem seis exposições diferentes, com artistas diferentes, “idealmente o público deve visitar todas”. Entre os trabalhos expostos há “pintura, instalação, serigrafia, escultura”, estando algumas peças “ainda em produção, porque estão a ser feitas no local, são ‘site specific'”, referiu Alexandre Farto. “Há muita diversidade de meios e isso também vem do facto de se juntarem aqui 27 artistas, cada um com o seu percurso, o seu trabalho”, disse. Apesar disso, acrescentou Pauline Foessel, “há diálogo e interligação entre o trabalho dos artistas”. Do eu ao outro A ‘rota’ das exposições começa com “O Eu”, que estará patente no Museu de Arte de Macau, “que é basicamente ‘eu tenho que me conhecer para começar a conhecer o outro'”, descreveu Pauline Foessel. Aqui estarão expostas obras do são-tomense Herberto Smith, da dupla de portugueses João Ó & Rita Machado, do chinês Li Hongbo, do moçambicano Mauro Pinto, de Vhils e do artista de Hong Kong Wing Shya. De “O Eu”, segue-se para “O Outro”, partindo da premissa de que “para existir preciso do outro”. Esta exposição, que reúne trabalhos do guineense Abdel Queta Tavares, da macaense Ann Hoi, do cabo-verdiano Fidel Évora, dos portugueses Estúdio Pedrita e Ricardo Gritto, dos timorenses Tony Amaral e Xisto Soares, do chinês Zhang Dali e do artista de Hong Kong Yiu Chi Leung, estará patente no Edifício do Antigo Tribunal. Na terceira exposição, “Da Linguagem à Viagem” passa-se “à interação – entre mim e alguém preciso de linguagem –, com uma dupla de artistas [o brasileiro Marcelo Cidade e o angolano Yonamine] a refletir sobre esse conceito”. GCS Na quarta exposição, que estará patente na Galeria de Exposições Temporárias do IACM, dá-se o “Choque Cultural”, que “pode acontecer nas trocas e nas viagens, por diferenças culturais”. Aqui será possível apreciar-se obras do moçambicano Gonçalo Mabunda, dos angolanos Kiluanji Kia Henda e Nástio e do português Miguel Januário. “Depois disso passamos à ‘Globalização’ [patente nas Casas de Taipa], o conceito mais abrangente que surgiu de todas as interações entre os diferentes países”, contou Pauline Foessel. Aqui estarão expostos trabalhos do brasileiro Guilherme Gafi e da portuguesa Wasted Rita. A sexta e última exposição, patente nas Oficinais Navais n.º1 — Centro de Arte Contemporânea, foi baptizada com o nome da mostra. “Alter Ego” e é uma exposição individual do luso-angolano Francisco Vidal. Arte na rua Além das seis exposições dentro de portas, “Alter Ego” conta também com uma intervenção de arte urbana, “transportando os temas explorados no espaço museológico para a esfera pública”, da autoria do português Add Fuel. Os curadores, segundo Alexandre Farto, tentaram “reunir um conjunto de trabalhos fortes e que se interligassem uns com outros, porque também é uma oportunidade única de mostrar o trabalho destes artistas em Macau, que é uma porta de entrada para a China e para a Ásia em geral”. “Criar e ganhar espaço para que estes artistas tenham visibilidade”, acrescentou. A mostra “Alter Ego” faz parte da Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa, integrada no Encontro em Macau — Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, organizado pelo Instituto Cultural do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Sanções vão continuar até à desnuclearização total O secretário de Estado norte-americano garantiu ontem, em Tóquio, que as sanções em vigor contra Pyongyang vão continuar até à desnuclearização total da Coreia do Norte. Por seu lado, a diplomacia norte-coreana rejeitou as exigências apresentadas pelos Estados Unidos, que considerou “serem semelhantes às de um ladrão” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós dois dias de conversações entre Mike Pompeo e responsáveis de Pyongyang, o regime de Kim Jong-un considerou, no sábado à noite, que “os Estados Unidos estão a cometer um erro fatal se consideram que a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] deve aceitar exigência semelhantes às de um ladrão”, advertiram as autoridades, através da agência oficial norte-coreana KCNA. No Japão, à saída de uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros japonês, Taro Kono, e sul-coreana, Kang Kyung-wha, Pompeo afirmou que as sanções vão ser mantidas até uma “desnuclearização completa e totalmente verificável”. Para o chefe da diplomacia norte-americana, esta é uma “desnuclearização geral”, que engloba todos os tipos de armas. “Os norte-coreanos compreenderam isso, não houve contestação”, sublinhou. “Apesar de nos sentirmos encorajados pelos progressos registados nestas conversações, estes avanços não justificam, por si só, uma diminuição do regime de sanções existente”, insistiu Mike Pompeo, destacando a importância de controlar a conclusão do processo. “Haverá uma verificação ligada à desnuclearização completa, foi isso que os Presidentes [Donald] Trump e Kim [Jong-un] acordaram”, na cimeira de Singapura, a 12 de Junho, acrescentou. Acção & Reacção Pompeo, que esteve também reunido com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, mostrou-se sereno, apesar da reacção do regime de Kim Jong-un. “O Presidente Trump e eu acreditamos que estes esforços para a paz valem a pena”, reiterou. A Coreia do Norte classificou ontem como “extremamente lamentável” a atitude dos Estados Unidos durante as conversações mantidas estes dias em Pyongyang com o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, sobre a desnuclearização do regime norte-coreano. Num comunicado, citado pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap, o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano denunciou igualmente o que caracterizou de “exigências gananciosas” por parte de Washington. “A atitude norte-americana e as posições assumidas durante as conversações de alto nível na sexta-feira e sábado foram extremamente lamentáveis”, indicou a nota da diplomacia norte-coreana. Após dois dias de conversações, que tinham como objectivo acordar um plano concreto de desnuclearização, Pyongyang esperava por parte de Washington “medidas construtivas para ajudar a construir confiança” após a cimeira histórica de Junho passado entre os líderes dos dois países, mas a atitude dos Estados Unidos foi “unilateral e forçada”, segundo o mesmo comunicado. Duas verdades A posição norte-coreana contrasta com as declarações também proferidas pelo secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que considerou como “muito produtivas” as conversações mantidas estes dias sobre o programa nuclear de Pyongyang. “São questões complexas, mas realizámos progressos em quase todas as questões centrais, em algumas fizemos muitos progressos, noutras ainda há trabalho a fazer”, afirmou Pompeo, no final das conversações em Pyongyang e antes de prosseguir viagem até Tóquio, mas sem adiantar mais pormenores. “O trabalho que conseguimos na via da desnuclearização completa, estabelecendo uma relação entre dois países, é vital para uma Coreia do Norte mais radiosa e para o sucesso que os nossos Presidentes exigem de nós”, prosseguiu o secretário de Estado norte-americano. No comunicado divulgado no fim-de-semana, a diplomacia da Coreia do Norte referiu que o regime de Pyongyang reiterou o pedido para um desarmamento “gradual”, justificando que esse seria o caminho mais rápido para conseguir a desnuclearização da península coreana, uma vez que “rompia corajosamente com os métodos fracassados do passado”. Também rejeitou as exigências apresentadas pelos Estados Unidos, que considerou “serem semelhantes às de um ladrão” e contrárias “ao espírito da cimeira” ocorrida no mês passado em Singapura entre os líderes norte-americano e norte-coreano, Donald Trump e Kim Jon-un.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Confirmados mais de 70 mortos provocados por chuvas torrenciais [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s equipas de emergência japonesas continuam o resgate e busca de dezenas de desaparecidos nas inundações e desabamentos causados pelas chuvas torrenciais que fustigam o sul do país, registando-se já 73 mortos confirmados, segundo o governo nipónico. De acordo com os últimos dados oficiais divulgados pela televisão estatal NHK e citados pela agência EFE, continuam desaparecidas mais de 60 pessoas, temendo-se que o número de mortos aumente, devido à quantidade de vítimas que se encontram em situação de paragem cardio-respiratória. O porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou que foram recebidas mais de uma centena de chamadas alertando para que as chuvas estão a arrastar os automóveis e a provocar outros acidentes. Cerca de 40 helicópteros encontram-se em missões de socorro. A agência meteorológica do Japão indicou que a precipitação ultrapassou um metro de altura após quase uma centena de horas em várias regiões, no valor mais alto desde que estes registos começaram a ser feitos em 1976. A contagem das vítimas tem sido dificultada pelas vastas áreas afectadas por chuvas, inundações e aluimentos de terras. Mais de quatro milhões de habitantes receberam ordens para abandonarem as suas casas, instruções nem sempre respeitadas por, às vezes, ser já impossível ou demasiado perigoso seguir estas ordens. As autoridades alertaram para a ocorrência de aluimentos de terras mesmo depois da diminuição da chuva. As zonas mais atingidas são as prefeituras de Okayama, Hiroshima e Ehime, onde várias pessoas foram encontradas mortas, na sequência de aluimentos de terras e inundações, de acordo com a agência noticiosa japonesa Kyodo. O Japão não vivia um desastre assim desde Agosto de 2014, quando 77 pessoas morreram em Hiroshima devido às chuvas torrenciais.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Confirmado resgate de quatro crianças presas em gruta [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] líder das operações de resgate do grupo preso numa gruta na Tailândia confirmou ontem que quatro das 12 crianças foram resgatadas, afirmando que a operação estaria temporariamente suspensa até à manhã de hoje. O responsável e governador da região de Chiang Rai (onde fica localizada a gruta), Narongsak Osottanakorn, falava numa conferência de imprensa realizada no hospital para onde foram transportados os menores salvos até ao momento. Segundo o governador, as equipas de resgate precisavam de pelo menos dez horas para preparar a próxima etapa da operação. “Está a ser mais bem-sucedido do que eu esperava. Todas as pessoas estão felizes”, declarou o governador, citado pelos ‘media’ internacionais. Cinquenta mergulhadores estrangeiros e 40 mergulhadores tailandeses estão envolvidos na operação de resgate. Cada criança está a ser escoltada por dois mergulhadores. No interior da gruta, na localização original, ainda permanecem oito menores e o treinador de futebol das crianças. A operação de retirada dos 12 jovens, com idades entre os 11 e os 16 anos, e do seu treinador de futebol, de 25 anos, presos numa gruta inundada no norte da Tailândia há 15 dias, começou ontem.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Xi Jinping pede reforço nas buscas de 23 turistas desaparecidos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês pediu no sábado que seja feitos todos os esforços possíveis nas buscas pelos 23 turistas chineses desaparecidos num naufrágio, ao largo da ilha de Phuket, no sul da Tailândia. De acordo com a agência oficial chinesa Xinhua, Xi Jinping pediu também medidas adicionais ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e aos diplomatas chineses na Tailândia. Pelo menos 33 turistas chineses morreram, na quinta-feira, quando a embarcação em que se encontravam naufragou durante uma tempestade ao largo da costa de Phuket, de acordo com o último balanço das autoridades tailandesas. Ao mesmo tempo, apelou às autoridades tailandesas para não pouparem esforços na operação de busca, entretanto retomadas esta manhã. Xi pediu ainda às autoridades para alertarem agências de viagens e turistas relativamente aos riscos que podem correr durante as férias de Verão no país. A embarcação, com 105 pessoas bordo, incluindo 93 turistas, voltou-se e afundou-se ao ser atingida por ondas de cinco metros de altura.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim quer aprofundar relações com Europa e fortalecer UE A China propôs no sábado aos líderes de 16 países da Europa central e de leste o aprofundamento das relações comerciais, assegurando que Pequim não procura dividir a União Europeia (UE), que considera um aliado fundamental. A aproximação política e económica de Pequim aos mercados europeus aproveita as relações tremidas entre Washington e os países do velho continente [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, participou no sábado na capital búlgara na chamada cimeira 16+1, entre Pequim e países da Europa central e de leste, uma reunião anual que em edições passadas suscitou suspeitas de Bruxelas. A China prometeu nestes encontros investimentos milionários em projectos de infra-estruturas na região, como parte da estratégia “New Silk Routes” (novas rotas da seda), de criação de novos mercados de exportação. O primeiro-ministro, cujo país precisa do apoio da União Europeia (UE) nas suas “batalhas” comerciais com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sublinhou o apoio da China à integração europeia e ao respeito pelas normas comunitárias. O responsável salientou que aqueles que pensam que Pequim procura dividir e enfraquecer a UE estão enganados. “Queremos ter uma Europa unida e estável que seja nossa parceira num mundo multipolar, espero que continuemos a desfrutar de sucesso e paz juntos”, disse Li aos jornalistas antes do encerramento da reunião, acrescentando: “Acreditamos que nos podemos complementar”. Ventos de leste O líder chinês afirmou também que a China considera positivo que mais Estados da Europa de leste entrem para a UE. Aos jornalistas disse ainda que a China vai abrir mais o mercado para importar produtos da região e assim impulsionar o desenvolvimento da Europa oriental. A China reuniu-se em Sófia com líderes de 16 Estados da região, dos quais 11 fazem parte da UE. Embora o investimento da China na região seja inferior a 4 por cento do total, aumentou significativamente nos últimos anos e Pequim também concedeu empréstimos para modernizar antigas infra-estruturas, como estradas e caminhos de ferro. O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, anfitrião da reunião, corroborou que o objectivo não é dividir a UE mas ajudar a Europa de leste e os Balcãs a modernizarem-se.
Hoje Macau SociedadeGoverno garante que canal centenário na Almeida Ribeiro vai ser preservado [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om as obras no sistema de drenagem a decorrer na Avenida de Almeida Ribeiro, há cidadãos que estão preocupados com possíveis danos do canal centenário que recentemente ficou exposto devido às obras. De acordo com o Jornal do Cidadão, a vice-presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, afirmou que o canal não pertence ao património cultural e apenas se situa na zona de protecção do património cultural, sendo que, após a conclusão das obras, o canal vai continuar a existir sem danificações. Questionada se o valor histórico desta estrutura vai ser afectado depois do canal voltar a ser coberto, a responsável salientou que “nesta fase é preciso tratar primeiro do problema das águas na Avenida de Almeida Ribeiro”, tendo reiterado que não tem qualquer opinião em relação às obras que estão a decorrer. De acordo com o Jornal Tribuna de Macau, citando a informação divulgada pela publicação “All About Macau”, as obras na Avenida Almeida Ribeiro puseram a descoberto um canal de pedra com cerca de 100 anos, composto por uma vala de pedra e uma abóbada em tijolo burro. Segundo as mesmas informações, outras abóbodas do género já tinham sido removidas devido a distintos projectos de engenharia. No entanto, a estrutura do canal em pedra continua intacta. Restos de história Segundo a mesma fonte, os dados indicam que, em 1903, a Administração do território propôs a construção de uma avenida entre o Porto Interior e o centro da cidade, incluindo a adição de um canal de drenagem de esgotos subterrâneos. A Avenida de Almeida Ribeiro seria inaugurada em 1920 e o canal em 1918. Um comunicado do IACM, citado pelo “All About Macau”, indica que o canal tem mais de 90 anos e a estrada é usada há mais de 30 anos, sofrendo diferentes níveis de danos, aos quais se adicionam a forte pressão rodoviária, pelo que são necessárias obras de reparação.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Anuladas mais de mil prescrições de medicamentos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde revelaram que 1238 pessoas tinham prescrições para os medicamentos para a redução da pressão arterial que foram retirados do mercado, por ordem das autoridades. De acordo com o canal de rádio da TDM, o número diz respeito aos centros de saúde e ao Centro Hospitalar Conde São Januário. Em causa, estão seis medicamentos das marcas Valtensin e Valsartan. No sábado, os Serviços de Saúde revelaram que o principal ingrediente nestes fármacos – impureza de valsartan – excede o padrão, pelo que os importadores foram instruídos para proceder à recolha de todos os lotes dos medicamentos. Num comunicado ontem divulgado, os serviços liderados por Lei Chi Ion afirmam que foi, de imediato, activado um plano de contingência. Até ao momento, foram contactadas com sucesso 970 pessoas. Todos os afectados devem trocar os medicamentos durante a próxima semana, refere a mesma fonte. A ideia era que os pacientes pudessem começar a receber os fármacos substitutos já a partir de hoje, mas “um problema de escassez levou a que os medicamentos sejam apenas fornecidos a partir de quarta-feira”. O levantamento estende-se até sexta-feira, podendo ser efectuado nos centros de saúde ou no serviço de consulta externa de 24 horas do Conde São Januário, locais onde, dizem os Serviços de Saúde, vai haver “uma via verde” para o efeito. As autoridades deixam ainda uma recomendação: os pacientes devem tomar os actuais medicamentos prescritos de acordo com a receita médica antes de receberem novos medicamentos, “não podendo de qualquer maneira suspender a administração por sua vontade”.
Hoje Macau Manchete SociedadeExplosão | Associação afirma que família de vítima mortal se queixa de falta de apoio A família da vítima mortal da explosão num restaurante na Areia Preta queixa-se de falta de apoio por parte do Governo. Quem o diz é o vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng que se reuniu com os pais da vítima duas vezes. De acordo com o responsável, as visitas do Governo foram só para tirar fotografias [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s familiares da vítima mortal da explosão que ocorreu na semana passada num restaurante na Areia Preta revelam que não têm tido qualquer apoio por parte do Governo. A denúncia é feita pelo vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng ao Jornal do Cidadão em que o responsável refere que “na sequência da explosão do restaurante ao lado do Edifício Pak Lei, o Governo só enviou um representante do Instituto de Acção Social (IAS) para comunicar com a família da vítima sem ter prestado qualquer apoio”. Chan Tak Seng apela a que o Executivo mude de atitude e pede que sejam mobilizados os meios necessários para a conclusão da investigação do incidente, que alegadamente teve origem numa fuga de gás. Além disso, dirigente associativo solicita o apoio económico aos familiares. O responsável pela Aliança de Povo de Instituição de Macau revelou ainda que desde os acontecimentos do passado dia 3 de Julho, já visitou pessoalmente os pais da vítima mortal por duas vezes e sublinha a necessidade de apoio económico. Chan Tak Seng explicou que se tratam de pessoas que perderam a capacidade de trabalho por motivos de doença e actualmente apenas contam com o filho para contribuir para a economia familiar. Olha o passarinho O responsável considera que após a ocorrência da explosão, as visitas do Chefe do Executivo, Chui Sai On e dos secretários do Governo serviram apenas para tirar fotos em frente do edifício e não para prestar condolências à família enlutada. Entretanto, a investigação que se encontra a decorrer não tem qualquer data para terminar, uma situação que interfere com o funeral da vítima que não pode ser realizado até que o processo seja concluído. De acordo com responsável, “a família está descontente por não receber nenhum apoio por parte do Governo” e Chan exige que o Executivo divulgue o resultado da investigação o mais rápido possível. Explosão fatal No passado dia 3 de Julho uma explosão num restaurante na zona da Areia Preta causou pelo menos seis feridos, três homens e três mulheres, de acordo com informação da PSP. O sinistro ocorreu por volta das 21h45. O acidente que aconteceu num restaurante no Edifício Pak Lei, terá tido na sua origem uma fuga de gás. Um dos feridos teve de ser retirado dos escombros, onde tinha ficado preso após a explosão, que causou vários danos. Outro dos sinistrados ficou deitado na via pública em cima de vidros. De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), a vítima mortal tinha 34 anos e faleceu “devido a lesões graves nos órgãos e fracturas, também graves”. Depois da explosão, o chefe substituto do departamento de segurança dos combustíveis do Corpo de Bombeiros (CB) Lam Chon Sang, apontou “Fórum Macau” da TDM que vai exigir a instalação de detectores de fuga de gás equipados com alrme sonoro nos restaurantes locais. Saúde Pública | Maus cheiros devido a comida estragada De acordo com um comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP), depois da explosão que ocorreu no restaurante na Areia Preta, surgiram maus cheiros na zona provenientes de comida estragada que se encontrava armazenada nos frigoríficos. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o Executivo já removeu os frigoríficos do restaurante e esterilizou a área de modo a que não efecte a saúde pública.
Hoje Macau PolíticaVisita oficial | Ministro da cultura português quer aprofundar relações com a China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro da Cultura de Portugal, Luís Castro Mendes, manifestou a disponibilidade do Governo português para aprofundar as relações culturais com a China, destacando “as mais valias” que a diversidade cultural pode oferecer aos dois países. Luís Castro Mendes discursava na inauguração do “Fórum Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, um conjunto de seminários de intercâmbio e o principal motivo da visita oficial de dois dias a Macau que terminou sábado. “Os resultados [deste fórum] irão permitir reforçar a relação especial da China com a língua portuguesa e com as culturas que são transmitidas pela língua portuguesa em todo o mundo”, sublinhou. No caso de Portugal, “é incomensurável o potencial ainda por explorar no quadro das excelentes relações históricas com a China”, países que celebram, em 2019, quatro décadas de relações diplomáticas. Na sexta-feira, o ministro afirmou que Xi Jinping vai estar em Lisboa no início de Dezembro, numa antecipação do ‘ano da China em Portugal’. Neste sentido, o Governo português “está disponível para promover o aprofundamento das relações culturais” com os homólogos chineses, “procurando estabelecer pontos de diálogo entre Estados e povos”, disse. Noutro patamar Por sua vez, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, considerou que o intercâmbio cultural também eleva “a outro patamar” as cooperações multilaterais entre a China e os países lusófonos em áreas como o “turismo, comércio e investimento”. De acordo com o responsável, Macau vai facultar aos países lusófonos “oportunidades de estudo, formação e estágios destinados aos profissionais na área turística, de convenções e exposições”. No campo do ensino, Alexis Tam também garantiu aumentar as bolsas de estudo, “tanto para os estudantes lusófonos que aprendem chinês”, mas também para “os alunos chineses que aprendem português”. O fórum cultural sino-lusófono é um dos quatro eventos da primeira edição do “Festival de Artes e Cultura entre a China e os países de Língua Portuguesa”, um ‘novo capítulo’ no intercâmbio cultural entre estes países, na opinião do Instituto Cultural (IC), que organiza o certame.
Hoje Macau PolíticaIPIM | Deputado reitera necessidade de fiscalização dos pedidos de residência [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais rigor, padrões rígidos e claros e um mecanismo de fiscalização e supervisão dos procedimentos dos pedidos de residência por investimento ou por cargo de técnico especializado são os pedidos do deputado Leong Sun Iok ao Executivo. Ainda na sequência do relatório divulgado na semana passada pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC) que denunciava vários casos fraudulentos de atribuição de residência pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), o deputado admite a necessidade tanto de técnicos especializados como de investimento no território. Leong concorda com a atribuição de residência por estes dois motivos, no entanto os processos têm de ser legais e os procedimentos não podem admitir falhas. Para o efeito, o deputado reitera o pedido que tem sido apresentado por outros colegas legisladores: o Executivo tem de estabelecer medidas claras e criar um mecanismo de fiscalização que acompanhe os pedidos de residência de modo a não admitir fraudes.
Hoje Macau EventosMorreu o realizador Claude Lanzmann aos 92 anos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] realizador francês Claude Lanzmann, cujo nome será sempre associado ao documentário de nove horas “Shoah” (palavra hebraica para “catástrofe”), morreu esta quinta-feira aos 92 anos, em Paris, revelou o jornal Le Monde. O vespertino francês classificou-o como “um cineasta maior, um dos que marcarão para sempre a história do cinema, mas foi também escritor, jornalista, filósofo, diretor [da revista] Temps Modernes, amigo de Sartre, companheiro de Simone de Beauvoir”. “Morrer não tem nada de grande. É o fim da possibilidade de ser grande, pelo contrário. A impossibilidade de toda a possibilidade”, afirmou ao Le Monde em 2015, quando assinalou 90 anos de vida. Lanzmann nasceu na capital francesa em 27 de novembro de 1925, no seio de uma família secular judaica, que assistiu à chegada ao poder de Adolf Hitler na vizinha Alemanha. Segundo a biografia disponibilizada pela Enciclopédia Britânica, toda a sua família sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. Membro da Resistência, foi estudar filosofia para a cidade alemã de Tubinga após o final do conflito e começou a dar aulas na Universidade Livre de Berlim, onde se iniciou no jornalismo para o Le Monde. Lanzmann realizou uma série de filmes sobre Israel e o Holocausto, sendo o mais famoso destes o documentário “Shoah” (1985), que lhe tomou 11 anos da vida. Questionado sobre a relação de Israel com a violência, dado o passado do povo judeu e no contexto do filme que realizou sobre o exército israelita – de nome “Tsahal” –, Lanzmann respondeu a um jornalista britânico que “há verdadeira integridade neste exército”, sem que se tratasse “apenas da sobrevivência de Israel, mas sim da singularidade do destino do país”. E da noção de que o conflito “não tem fim à vista”. Em sequência nesta conversa, Lanzmann pergunta ao jornalista se ele era contra o estado de Israel, dando o exemplo do pianista e maestro israelo-argentino Daniel Barenboim, “que é contra o estado de Israel”. Vencedor de um Urso de Ouro honorário em Berlim, em 2013, e de um prémio César honorário, em 1986, Lanzmann venceu vários outros galardões com “Shoah”, que dizia ser a palavra adequada para o que se chama Holocausto.
Hoje Macau EventosPequim pretende inscrever 14 monumentos como património da UNESCO [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Pequim tenciona propor um grupo de 14 monumentos à Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO), fez saber o responsável pelo património cultural da cidade, Shu Xiaofeng, em declarações publicadas pelo diário em inglês Global Times. Na lista dos monumentos escolhidos, encontra-se o mausoléu de Mao Tse-Tung, construído após a morte em 1976 do fundador do regime comunista. Este túmulo é visitado todos os dias por centenas de pessoas, que se reúnem junto dos restos mortais do governante, cujas imposições políticas e económicas resultaram na morte de milhões de chineses, depois de ter tomado o poder em 1949. O mausoléu fica no lado sul da Praça Tiananmen, a maior praça do mundo e que será também candidata a património mundial da UNESCO. A praça construída no século XV foi o local de vários marcos na história chinesa, como os protestos de 1989 para a democracia, que foram seguidos da repressão que custou a vida de centenas de pessoas. O objetivo do município é de inscrever até 2035 um conjunto de 14 monumentos históricos, situados no “eixo norte-sul” da capital, na lista de património mundial. A Cidade Proibida, antiga residência dos imperadores chineses, localizada a norte da Praça Tiananmen, assim como o Templo do Céu, são considerados como património individual da UNESCO desde 1987 e 1998, respetivamente. Alguns moradores da cidade serão obrigados a mudar-se, de forma a transformar estes locais de acordo com o seu estado original, afirmou Shu, de acordo com o jornal Global Times.
Hoje Macau InternacionalPortugal e Moçambique apoiam Francisco Ribeiro Telles para liderar CPLP [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s chefes de Governo de Portugal e Moçambique anunciaram o apoio ao embaixador Francisco Ribeiro Telles para exercer o cargo de secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A posição foi expressa na declaração final da III Cimeira Bilateral Luso-Moçambicana dirigida hoje, em Maputo, pelo primeiro-ministro português, António Costa, e pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi. O candidato português deverá suceder à são-tomense Maria do Carmo Silveira, cujo mandato termina a 31 de dezembro, lê-se na declaração. Costa e Nyusi reiteram ainda um “compromisso em continuar a trabalhar, de forma concertada, em prol do fortalecimento e aprofundamento da CPLP, apoiando “a visão estratégica 2016-2026” e o “objetivo de mobilidade e da circulação, visando a construção de uma cidadania da CPLP”. O nome do embaixador Francisco Ribeiro Telles foi anunciado em março como o escolhido por Portugal para o cargo de secretário-executivo da CPLP no biénio 2019-2020, aguardando agora a confirmação na cimeira da organização em 17 e 18 de julho, na ilha do Sal, Cabo Verde. Ao longo da sua carreira, Francisco Ribeiro Telles já foi embaixador em Roma, em Luanda e em Brasília. Em fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, tinha dito que Portugal iria nomear um representante para assumir o secretariado-executivo da CPLP, como ficou previsto há cerca de dois anos. “Nós, na próxima cimeira tomaremos a decisão em relação ao próximo secretário-executivo”, disse Santos Silva na altura, à margem de uma visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa a São Tomé. O ministro lembrou que o acordo celebrado na altura “entre todos os países-membros” da CPLP e teve a ver com a decisão de evitar que um país africano ficasse pela primeira vez na história da organização afastado dos órgãos decisórios da comunidade, uma vez que o Brasil teria a presidência e caberia a Portugal escolher o secretário-executivo. A escolha da personalidade que iria suceder ao moçambicano Murade Murargy no secretariado-executivo da CPLP causou mal-estar na comunidade, depois de alguns países terem invocado a existência de um “acordo de cavalheiros” segundo o qual Portugal abdicava de ocupar este cargo por acolher a sede da organização em Lisboa. Segundo a sucessão, que decorre normalmente por ordem alfabética, caberia a Portugal assumir o lugar no biénio 2017-2018. Durante uma reunião dos chefes da diplomacia da CPLP em Lisboa, em março de 2016, o Governo português cedeu a vez a São Tomé e Príncipe – o país que se seguiria a Portugal -, ficando desde logo acordado que aquele país africano abdicaria de renovar o mandato, como tradicionalmente acontece. Na ocasião, o ministro Augusto Santos Silva explicou que a decisão pretendia garantir que um país africano ocupasse um dos dois cargos de responsabilidade da CPLP, já que o Brasil assumiu a presidência ‘pro tempore’ entre 2016 e 2018. Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Hoje Macau SociedadeSuicídios | Registada redução no número de casos [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Março foram registados 12 casos de suicídio, dos quais eram 10 residentes e 2 não-residentes. Os números foram divulgados ontem pelos Serviços de Saúde, que referem ter havido uma quebra de 20 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. No mesmo comunicado, o Governo apela às pessoas que se mostrem atentas às condições mentais em conhecidos e recorda que nos centros de saúde do Tap Seac, do Fai Chi Kei, da Areia Preta, dos Jardins do Oceano e de Nossa Senhora do Carmo foram abertas consultas externas de saúde mental.
Hoje Macau Manchete SociedadeExplosão no edifício Pak Lei | Três pessoas continuam internadas [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]rês das seis vítimas da explosão do restaurante situado no Edifício Pak Lei ainda se encontravam ontem internadas, de acordo com o relatório das 17h, dos Serviços de Saúde. A pessoa com fractura do fémur, que foi operada na quarta-feira, está estável e foi transferida para a enfermaria de ortopedia. A situação da pessoa com queimaduras de segundo grau em 25 por cento no corpo mantem-se inalterada. Finalmente, a outra vítima internada tem ferimentos ligeiros e está sob observação neurológica. Por sua vez, um dos feridos que anteontem estava internado teve alta, após tratamentos médicos e ter sido observado no internamento.
Hoje Macau SociedadeCrime | Fugitivo malaio em Macau [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m empresário malaio procurado há mais de três anos no país de origem, Low Taek Jho, está em Macau. A notícia foi avançada pelo Inspector Geral da Polícia Real Malaia, Tan Sri Mohamad Fuzi Harun, em declarações ao jornal The Star, na edição de quinta-feira. Low Taek Jho, conhecido por Jho Low, está em fuga há três anos e é procurado para assistir as autoridades num crime de desfalque de fundos públicos, que envolve a companhia 1Malaysia Development Berhad. “No outro dia enviámos a nossa equipa para Hong Kong, mas assim que chegamos lá, ele fugiu para Macau. São as últimas informações que temos sobre ele”, disse Tan Sri Mohamad Fuzi Harun ao jornal.
Hoje Macau SociedadeAeroporto de Macau | Quatro milhões de passageiros no primeiro semestre [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] aeroporto internacional de Macau (MIA) registou mais de quatro milhões de passageiros no primeiro semestre do ano, um aumento de 20 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado, indicaram ontem dados oficiais. Entre Janeiro e Junho, o aeroporto recebeu uma média diária de 22.000 passageiros, de acordo com um comunicado da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) enviado à agência Lusa. Durante este período, o tráfego aéreo superou os 30.000 voos, um aumento de 12 por cento comparativamente a igual período do ano passado. Os mercados do interior da China, do Sudeste Asiático e de Taiwan registaram um aumento de 37 por cento, 16 por cento e 4 por cento, respectivamente. Já as viagens em companhias aéreas convencionais e ‘low cost’ registaram aumentos respetivos de 26 por cento e 9 por cento. Só no mês de Junho, o aeroporto recebeu 660.000 passageiros, o que representa um aumento anual de 19 por cento. Em comunicado, o CAM atribuiu este aumento ao “número de visitantes de e para as rotas do interior da China e Sudeste da Ásia, que cresceram 41 por cento e 13 por cento, respectivamente”, indicam os dados. Ainda este mês vão ser iniciados dois voos semanais para Sanya, na ilha chinesa de Hainão, e também serviços regulares entre Macau e três cidades cambojanas: Phnom Penh, Siem Reap e Sihanoukville, foi ontem anunciado.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Imperador retoma funções após ter cancelado os actos oficiais [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] imperador japonês de 84 anos, Akihito, retomou as suas funções ontem após três dias de descanso devido a uma anemia cerebral, informou a Agência da Casa Imperial do Japão. O governante foi forçado a cancelar actos oficiais na segunda, terça e quarta-feira, devido a náuseas e tonturas causadas por fluxo sanguíneo insuficiente no cérebro. “Akihito começou a cumprir suas funções oficiais no ritmo habitual”, disse um porta-voz da Agência da Casa Imperial do Japão à France-Presse. Akihito, o 125º Imperador do Japão, governa desde Janeiro de 1989. O imperador já tinha tido sérios problemas de circulação sanguínea no passado e em Fevereiro de 2012 foi sujeito a uma cirurgia por causa do estreitamento de duas artérias. Akihito deverá abandonar funções no final de Abril de 2019, sob uma lei especial que lhe permite abdicar a favor do seu filho mais velho, o príncipe Naruhito, de 58 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Lu-Olo cancela participação na cimeira da CPLP O Presidente da República timorense cancelou a participação na cimeira da CPLP em Cabo Verde, este mês, mantendo a intenção de visitar Portugal ainda que esta deslocação não esteja ainda totalmente confirmada, segundo fonte da Presidência [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] fonte confirmou que a decisão foi comunicada na quarta-feira numa carta que Francisco Guterres Lu-Olo enviou ao Parlamento Nacional – que tem que aprovar as deslocações do chefe de Estado ao estrangeiro – que altera um pedido anterior. Nesse novo texto, Lu-Olo mantém o pedido para a visita de Estado a Portugal – a sua partida está prevista para terça-feira – e cancela o pedido para a visita a Cabo Verde. “A decisão foi tomada porque, no actual contexto, ficaria muito tempo fora do país”, disse a fonte do gabinete de Lu-Olo. A carta foi avaliada ontem na conferência de líderes das bancadas do parlamento que aprovaram o seu agendamento para debate e votação na sessão de segunda-feira do parlamento. No entanto, fontes da oposição, admitem que essa autorização pode não ser dada devido ao impasse que permanece entre Lu-Olo e o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, sobre um grupo de membros do executivo, excluídos da tomada de posse do VIII Governo, no mês passado. “Veremos na segunda-feira”, disse um deputado da oposição. Fonte da Presidência confirmou à Lusa que uma reunião de ontem entre o chefe de Estado, Francisco Guterres Lu-Olo, e o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak para resolver o impasse sobre a tomada de posse de 11 elementos do executivo “terminou sem acordo”. Taur Matan Ruak recusou-se a fazer qualquer declaração aos jornalistas depois do encontro. A mesma fonte explicou que não há marcada, para já, nova reunião entre os dois para sexta-feira, desconhecendo-se, para já, se haverá na segunda-feira a tomada de posse de algum dos membros que faltam da lista entregue em Junho por Taur Matan Ruak. Avanços e recuos O único avanço no impasse ocorreu ontem de manhã quando o Conselho Superior de Defesa e Segurança aprovou a proposta do Governo de exoneração do brigadeiro-general Filomeno Paixão de Jesus do cargo de vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, antes de este ocupar o cargo de ministro da Defesa. “A decisão foi aprovada por unanimidade de todos os presentes e o Presidente vai agora assinar o decreto presidencial para essa exoneração”, disse, escusando-se a dizer quando Paixão tomará posse. “O diálogo [entre o Presidente e o primeiro-ministro] continua. Não posso falar nem em nome do PR nem do PM”, comentou. Recorde-se que o VIII Governo começou a trabalhar quando ainda não estava completo e depois de o Presidente não ter dado posse a 11 dos 41 membros propostos pelo primeiro-ministro, Taur Matan Ruak. Desde aí, tem-se mantido o impasse com o Presidente da República a não ceder na posição do primeiro-ministro que mantém a intenção de que todos os 11 tomem posse. Entre os nomes excluídos contam-se elementos centrais dos partidos da AMP e do organigrama do Executivo, incluindo o ministro de Estado e Coordenador dos Assuntos Económicos e o ministro das Finanças. A decisão de Lu-Olo levou Xanana Gusmão, líder da AMP, a informar que não tomava posse como ministro de Estado e conselheiro do primeiro-ministro, tendo estado também ausente da cerimónia o ministro do Petróleo e Minerais, Alfredo Pires.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim critica EUA na véspera de taxas entrarem em vigor A China criticou ontem as “ameaças e chantagens” de Washington, na véspera da entrada em vigor nos Estados Unidos de taxas alfandegárias sobre vários produtos chineses, que podem marcar o início de uma guerra comercial [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou taxas alfandegárias de 25 por cento sobre um total de 34.000 milhões de dólares (29 mil milhões de euros) de importações oriundas da China, a partir de sexta-feira, numa retaliação contra o alegado roubo de tecnologia por parte do país asiático. Pequim ameaçou retaliar ao aumentar as taxas alfandegárias sobre vários produtos norte-americanos, mas o porta-voz do ministério chinês do Comércio disse ontem que a China vai esperar para ver o que Washington fará. “A China não se curvará perante ameaças e chantagens, nem será abalada na sua determinação em defender o comércio livre global”, afirmou Gao Feng, em conferência de imprensa, ressalvando que “a China nunca disparará o primeiro tiro”. “Mas se os Estados Unidos impuserem taxas, a China será forçada a reagir, na defesa dos interesses fundamentais da nação e do povo”, acrescentou. Gao Feng lembrou que os impostos afectarão também empresas estrangeiras a operar no país asiático, incluindo norte-americanas. “Cerca de 59 por cento dos produtos sobre os quais serão aplicadas taxas alfandegárias são fabricados por empresas estrangeiras na China, muitas delas norte-americanas”, detalhou. O porta-voz considerou que Washington “está a atacar a cadeia de investimentos em todo o mundo, a abrir fogo contra todos, inclusive si próprio”. Donald Trump ameaçou ainda subir os impostos sobre 450 mil milhões de dólares (quase 385 mil milhões de euros) de bens chineses, ou 90 por cento das importações norte-americanas oriundas da China. Investidores temem uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta, à medida que Pequim ameaça retaliar.