Hoje Macau InternacionalNicolás Maduro ordena pagamentos de gasolina e petróleo em criptomoeda [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente da Venezuela ordenou esta segunda-feira que o pagamento da gasolina, do petróleo e das taxas aeroportuárias para viajantes passe a ser feito através da criptomoeda El Petro. “Estamos a pôr em marcha o ‘blockchain’ nacional do Petro (…) e hoje entram em funcionamento todos os mecanismos para que qualquer venezuelano possa inscrever-se”, Nicolás Maduro. O anúncio teve lugar durante um ato transmitido em simultâneo pelas rádios e televisões do país, durante o qual realizou a ativação oficial do “blockchain” (livro branco) do Petro. Por outro lado, Maduro explicou que a partir de 5 de novembro o Petro passará a estar disponível para venda em bolívares soberanos, a moeda atual venezuelana, em seis casas de câmbio do país. O Petro poderá ser usado para a compra e venda de bens móveis e imóveis, passagens de avião, reservas de hotéis no exterior e até “um cachorro quente em Nova Iorque”. A criptomoeda Petro estará respaldada pelas reservas de petróleo, minerais, ouro, diamante, ferro e alumínio, que estão por explorar. Segundo Nicolás Maduro, segunda-feira, uma vez que foi posto em marcha o novo sistema do Petro, ocorreram “ciber-ataques provenientes dos Estados Unidos, da França e da Colômbia, para tentar tirar de circulação o Petro”.
Hoje Macau DesportoLiga dos Campeões | Benfica regressa à Grécia para defrontar hoje o AEK em Atenas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica volta a jogar na Grécia para a Liga dos Campeões de futebol, defrontando hoje o AEK em Atenas, um mês depois de ter assegurado em Salónica a presença na fase de grupos, com um triunfo sobre o PAOK (4-1). O triunfo de Salónica foi especialmente importante, pelo encaixe direto de verbas para os ‘encarnados’, que se estrearam com uma derrota com o Bayern, na primeira jornada, e que agora encontram um adversário com quem não se cruzam há nove épocas. Cinco dias depois do empate em casa do Desportivo de Chaves (2-2), para a I Liga, e após oito derrotas seguidas em jogos da fase de grupos da ‘Champions’, o Benfica só quer reatar com as vitórias, ante um adversário considerado acessível e que perdeu por 3-0 com o Ajax na ronda inaugural. Além da perda de dois pontos, o encontro de Chaves deixou mais marcas no Benfica, que perdeu, por lesão, o central Jardel e o médio Gabriel. Ambos ficaram de fora da lista de convocados, a que regressam Ferreyra e Salvio. O AEK vem de uma vitória em Creta, sobre o OFI (3-0) e segue em terceiro no campeonato helénico, a um ponto apenas do líder PAOK. Para mesmo grupo, Depois de terem conquistado três pontos na primeira jornada, o Bayern Munique e o Ajax defrontam-se na Alemanha, com a liderança do grupo em jogo. O Bayern, de Renato Sanches, perdeu o comando na ‘Bundesliga’ na sexta-feira, com a derrota por 2-0 frente ao Hertha, em Berlim. É segundo, a um ponto do Borussia Dortmund. Quanto ao Ajax, também não lidera no seu país. Ganhou em Sittard, mas ainda assim é segundo a cinco pontos do PSV. Treinador do AEK Atenas quer vencer o Benfica “de qualquer forma” O treinador do AEK Atenas, Marinos Ouzounidis, considerou que os gregos devem “ganhar de qualquer forma” ao Benfica na terça-feira, o único modo de alimentarem expectativas de apuramento no grupo E da Liga dos Campeões de futebol. “Temos de ganhar de qualquer forma, para termos esperanças no futuro. O jogo com o Ajax deu-nos uma lição sobre o que temos de fazer neste tipo de jogos: ter uma defesa muito forte e concretizar em golo todas as oportunidades”, resumiu. Gregos e portugueses ainda não pontuaram, depois do Benfica ter perdido em casa por 2-0 com os alemães do Bayern Munique e o AEK por 3-0 na visita aos holandeses do Ajax. “Temos de estar concentrados nos 90 minutos, pois já sabemos o quanto custa um minuto de desconcentração. Não podemos cometer faltas e devemos estar muito fortes, tanto a defender como a atacar”, completou. Do Benfica, observa ser um conjunto ainda à procura do valor apresentado nos anos anteriores, entendendo que é um rival com “muitos jogadores jovens” e, também por isso, “ainda com pouca experiência” na Europa. “Ainda têm trabalho pela frente”, apontou, destacando o perigo que o rival português constitui “no contra-ataque”, além de elogiar os “alas fortes”. Marinos Ouzounidis diz que o desafio será “importante para as duas equipas, mas mais para o Benfica”, considerando ainda que o Bayern Munique “está a um nível superior” ao dos restantes adversários, que “vão decidir nos jogos entre si, os mais importantes, quem passa à próxima fase”. O antigo treinador do Panathinaikos, que cumpre a primeira época no AEK, escusou-se a adiantar o ‘onze’ que vai apresentar, recordando apenas que tem quatro centrais de grande nível e que podem desempenhar outras funções em campo. O árbitro israelita Orel Grinfeld foi nomeado pela UEFA para dirigir a partida, marcada para as às 22:00 locais.
Hoje Macau EventosLivros | Fernando Rosas revê e publica “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] I República (1910-1926) foi “ferida de uma crise de legitimidade estrutural” que a tornou “presa fácil da conspiração das direitas antiliberais”, afirma o historiador Fernando Rosas, na obra “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu”. “A República do Partido Republicano Português, ferida de uma crise de legitimidade estrutural e mergulhada na instabilidade política e financeira, tornar-se-ia presa fácil da conspiração a montante das direitas antilberais”, escreve Fernando Rosas, na obra que é apresentada na próxima quarta-feira, em Lisboa, pelo historiador António Reis “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu” é uma nova edição do texto publicado em 2010, no contexto de uma obra celebrativa do centenário da República – “1910 a Duas Vozes” -, também com a chancela da Bertrand Editora. “O presente trabalho foi devidamente atualizado e teve novos desenvolvimentos, sobretudo no tocante à análise da I República no pós-guerra [1914-1918], ou seja, dos fatores que conduzem à sua derrota em 1926”, com o golpe militar liderado pelo general Gomes da Costa, escreve o historiador. Para a nova publicação, contribuíram “as condições pouco propícias em que apareceu a edição original, ‘subsumida’ num livro com a contribuição de outro autor com uma abordagem da I República substancialmente diferente” da que Rosas partilha, justifica. Rosas decidiu também rever e voltar a publicar o texto numa altura de “tempos sombrios, como os que se abeiram da Europa e do mundo”, sugerindo que este livro pode “ser lido sob essa perspetiva”. Para o catedrático jubilado, “a crise histórica dos sistemas liberais do Ocidente, aquela que vivemos potenciado pela época neoliberal do capitalismo, parece tender para a emergência de um novo tipo de regimes ‘pós-democráticos’, autoritários, populistas e xenófobos”. Defende o historiador que “os paralelismos com a primeira grande crise dos sistemas liberais nos anos 20 do século passado, e com o seu desfecho trágico na época dos fascismos e da guerra são, pois, incontornáveis, apesar das importantes diferenças de contexto histórico”. Prossegue Rosas: “Tudo nos convoca a olhar para essa História recente a fim de ajudar a perceber o que se passa e o que se poderá vir a passar”. “Na primeira metade dos anos 20 do século passado, a incapacidade de o liberalismo oligárquico se democratizar política e socialmente, ditou a incapacidade de a República reunir forças que a defendessem contra o golpe iminente de onde viriam a brotar a Ditadura Militar [1926-1933] e o Estado Novo”, que se prolongou de 1933 a 1974. A obra divide-se em “três partes distintas”, todas com o objetivo de “trazer um outro ponto de vista às controversas levantadas por alguma historiografia neoconservadora que se redescobriu nos ataques com que, ao tempo, a propaganda ‘estado-novista’ procurou demonizar o republicanismo”. Na primeira parte da obra, Fernando Rosas situa a crise da monarquia constitucional no contexto “da crise mais geral que começa a minar os sistemas liberais oligárquicos europeus” na passagem para o século XX. A segunda parte trata “o republicanismo como ideia e como força social e política mobilizadora no mundo urbano”, ou seja, aborda a base social da República, “a pequena burguesia urbana, liderada pela elite intelectual e as profissões liberais”. A terceira parte destaca a obra republicana “que se sobrepôs a instabilidade governativa e aos crónicos constrangimentos financeiros” – cite-se laicização do Estado, a separação do Estado da Igreja, o registo civil, o divórcio e a reforma universitária. A obra “A Primeira República. Como Venceu e porque se perdeu” é apresentada esta quarta-feira em Lisboa.
Hoje Macau EventosHomem no centro do escândalo do Nobel da Literatura condenado por violação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] homem no centro de um escândalo de abuso sexual e crimes financeiros, que afetou a Academia de Estocolmo e levou à suspensão do Nobel da Literatura, este ano, foi ontem condenado a dois anos de prisão por violação. O Tribunal de Estocolmo disse que a decisão foi unânime. O artista Jean-Claude Arnault, casado com a académica e poeta Katarina Frostenson, membro do comité que decidia a atribuição do Nobel da Literatura, foi acusado de dois episódios de violação cometidos em 2011, contra a mesma mulher. A juíza Gudrun Antemar disse que o papel do tribunal foi decidir se o procurador provou as acusações, além de uma dúvida razoável. “A conclusão do tribunal é que a evidência é suficiente para considerar o réu culpado de um dos atos”, disse, acrescentando que a prova “consistiu principalmente em declarações feitas durante o julgamento por parte da lesada e de várias testemunhas”. Na Suécia, a violação é punível com um mínimo de dois anos e um máximo de seis anos de prisão. A procuradora Christina Voigt exigiu três anos de prisão para Arnault. O acusado negou ontem todas as acusações através do seu advogado, no início do julgamento, em 19 de setembro, que decorreu à porta fechada, a pedido da denunciante e como é costume na Suécia em casos de violação. O Ministério Público encerrou em março partes da investigação preliminar, iniciada em novembro, a partir de queixas de várias mulheres, quase todas feitas de forma anónima. Ao rebentar o escândalo, a Academia Sueca cortou relações com o artista e pediu uma auditoria, que concluiu que Arnault não influenciou decisões sobre prémios e bolsas. Contudo, descobriu-se que Katarina Frostenson era coproprietária do clube literário do marido, que recebia regularmente apoio financeiro da Academia Sueca, o que violava as regras de imparcialidade. O relatório confirmou também que a confidencialidade sobre o vencedor do Nobel foi violada várias vezes. O “caso Arnault” desencadeou um conflito interno que, nos últimos meses, com sete membros a serem forçados a sair ou demitirem-se, em abril. Pressionados pela Fundação Nobel, a Academia Sueca lançou várias reformas, incluindo uma mudança nos estatutos para permitir a renúncia real dos seus membros e a eleição de novos, e o recurso a um grupo externo de especialistas em leis, resolução de conflitos, organização e comunicação. A decisão mais controversa foi a de adiar a atribuição do Prémio Nobel de Literatura, este ano, pela primeira vez em sete décadas, o que significa que, em 2019, deverão ser concedidos dois prémios, uma medida atribuída à falta de confiança e ao enfraquecimento da instituição.
Hoje Macau China / ÁsiaDois sismos registados esta madrugada no sul da Indonésia [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ois sismos de magnitude 5,9 e 6 atingiram hoje, no espaço de meia hora, a ilha de Sumba, sul da indonésia, indicou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O primeiro sismo foi registado às 06:59 com uma profundidade de 10 km e a cerca de 40 km de Sumba, onde vivem 750.000 pessoas. De acordo com o USGS, o segundo sismo de magnitude 6 aconteceu 15 minutos depois, na mesma área, a uma profundidade de 30 km. A ilha de Sumba está localizada a 1.600 km ao sul da ilha de Celebes, onde na sexta-feira depois de um sismo de magnitude 7,5 seguido de tsunami morreram pelo menos 844 pessoas. A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de 7.000 terramotos, a maioria moderados. Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.
Hoje Macau China / ÁsiaONU calcula que 191 mil pessoas precisam de ajuda urgente após sismo e tsunami na Indonésia [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] ONU calcula que 191 mil pessoas na Indonésia precisam de ajuda humanitária urgente após o sismo e o tsunami que afectaram na sexta-feira a ilha indonésia de Celebes, foi ontem divulgado. A estimativa foi ontem avançada pelo Gabinete da ONU para a Coordenação das Questões Humanitárias (OCHA), no mesmo dia em que as autoridades locais elevaram para 844 o número de mortos em resultados da catástrofe natural que atingiu sobretudo a costa oeste da ilha de Celebes. O mais recente balanço oficial também dá conta de 59 mil deslocados. De acordo com a avaliação da estrutura da ONU, entre as pessoas que precisam de ajuda urgente constam cerca de 46 mil crianças e 14 mil idosos, grupos da população classificados como mais vulneráveis, que vivem longe dos centros urbanos. O governo indonésio tem concentrado os esforços de busca e de assistência nos centros urbanos. Segundo o relato das agências internacionais, voluntários começaram hoje a enterrar muitas das vítimas mortais desta catástrofe natural numa grande vala comum. A União Europeia (UE) anunciou no domingo que vai avançar com 1,5 milhões de euros para prestar ajuda humanitária de emergência às vítimas do sismo e do tsunami que afetaram a ilha de Celebes. A ajuda do bloco comunitário vai servir para “fornecer bens essenciais como comida, abrigos, água, produtos médicos e de saúde”, referiu o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, o cipriota Christos Stylianides, citado num comunicado divulgado no domingo. A par desta ajuda, a Comissão Europeia enviou um perito para coordenar as equipas de resgate da UE destacadas no terreno e ativou o serviço de emergência do satélite comunitário Copérnico para criar mapas das zonas afetadas. A cidade costeira de Palu, localidade com cerca de 350.000 habitantes na costa oeste de Celebes, foi particularmente afetada por esta catástrofe. A maioria das vítimas registou-se nesta cidade, que fica a 78 quilómetros do epicentro do sismo de magnitude 7,5 na escala de Richter que, na sexta-feira, atingiu a ilha indonésia de Celebes. O forte tremor de terra foi seguido por réplicas e por um tsunami com ondas que, segundo as agências internacionais, chegaram a atingir os seis metros de altura.
Hoje Macau EventosPrémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho para Álvaro Manuel Machado e Ana Luísa Amaral [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s livros “O significado das coisas”, de Álvaro Manuel Machado, e “Arder a palavra e outros incêndios”, de Ana Luísa Amaral, são os vencedores ex-aequo do Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários. No comunicado enviado à agência Lusa, a Associação Portuguesa dos Críticos Literários (APCL) afirma que “O significado das coisas”, de Álvaro Manuel Machado proporciona, “com o rigor e a vitalidade da perspetiva comparatista que marca uma carreira ensaística já com várias décadas, leituras iluminantes de autores dos séculos XIX e XX, como Teófilo Braga, Antero de Quental, Eça de Queirós, Miguel Torga, Vergílio Ferreira, Raul Brandão, Agustina Bessa-Luís, Mário Cláudio e vários outros”. Álvaro Manuel Machado é professor na Universidade Nova de Lisboa, e a obra foi publicada pela Editorial Presença. “Arder a palavra e outros incêndios”, publicado pela Relógio d’Água, é “um conjunto de ensaios orientados por um pensamento maturo e livre sobre vários autores portugueses e anglo-saxónicos”. “Sem ficar fechada nos limites doutrinais do feminismo, Ana Luísa Amaral, [professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto], tira da sua interrogação sobre a identidade de mulher os recursos de uma profunda renovação do sentido da literatura”. O júri foi constituído por Cristina Robalo Cordeiro, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Maria João Reynaud, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde leciona a disciplina de Literatura Portuguesa dos séculos XIX e XX, e orienta seminários de Poesia Portuguesa Contemporânea, e Paula Morão, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde colabora com o Centro de Estudos Clássicos, e também com o Centro de Estudos Portugueses da Universidade de Coimbra. O Prémio Jacinto do Prado Coelho do ano passado foi entregue a Maria José Reynaud, pela sua obra “Margens, ensaios de literatura” publicada pelas Edições Afrontamento.
Hoje Macau EventosMorreu cantor e compositor Charles Aznavour, de 94 anos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] cantor e compositor Charles Aznavour, de 94 anos, morreu na noite de domingo, disse ontem o seu assessor de imprensa, à agência francesa de notícias, AFP. Aznavour, segundo a AFP, morreu no seu domicílio, em Alpilles, na Provença, no sul de França. Charles Aznavour atuou a 10 de dezembro de 2016, em Lisboa, no então Meo Arena, atual Altice Arena, culminando uma digressão internacional, que passara por mais de uma dezena de cidades. O cantor e compostor escreveu um fado para Amália Rodrigues, “Aïe mourir pour toi”, por quem confessara um profunda admiração e amizade. Em 2007, gravou com a cabo-verdiana Mayra Andrade a canção “Je danse avec l’amour”. Charles Aznavour tinha já atuado em 2008 em Portugal, ano em que recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, e em que anunciara a sua retirada dos palcos, tendo realizado uma digressão mundial. Cantor, ator e compositor francês de origem arménia, apontado pela imprensa como uma “lenda viva da ‘chanson française’”, Charles Aznavour editou, em 2015, o álbum “Encores”, composto por inéditos de sua autoria, entre os quais uma homenagem a Edith Piaf e uma recriação de Nina Simone, tendo atuado, na altura, em cidades como Paris, Londres, Bruxelas e São Petersburgo, entre outras, num total de 12 concertos. Todas as canções do álbum, à exceção de “You’ve got to learn”, foram escritas e compostas por Aznavour, que fez os arranjos para a sua voz, sendo a orquestração de Jean-Pascal Beintus. Com uma carreira de mais de 70 anos, Charles Aznavour escreveu mais de mil canções em francês, inglês, italiano, espanhol e alemão, vendeu mais de 180 milhões de discos, tendo partilhado o palco com cantores como Edith Piaf, Charles Trenet, Dalida e Yves Montand, entre muitos outros. “Poucos são os franceses referenciados como influência por artistas tão díspares como Frank Sinatra ou Fred Astaire, Sting ou Elvis Costello, Bob Dylan ou Dr.Dré, magnata do ‘hip hop’, que ‘samplou’ um tema de Aznavour de 1966, ‘Parce que tu crois’”, num dos seus maiores sucessos, recordou a produtora do derradeiro espetáculo de Aznavour em Portugal. Bryan Ferry, Elton John, Carole King, Paul Anka, Frank Sinatra, Dean Martin, Sting, Marc Almond, Herbert Gronemeyer, Simone de Oliveira e Laura Pausini são alguns dos artistas não franceses que gravaram temas de Aznavour, além de Amália Rodrigues por quem o cantor nutria uma admiração e de quem era amigo, como afirmou em várias entrevistas. O crítico musical Stephen Holden, da revista norte-americana Rolling Stone, descreveu Aznavour como uma “divindade pop francesa”. Em 1998, Aznavour foi eleito “Entertainer of the century” pelos consumidores de marcas globais de media, como a CNN e a Time Online, somando 18% das preferências mundiais e superando Bob Dylan e Elvis Presley. De origem arménia, o músico fundou a organização não-governamental Aznavour For Arménia, como resposta ao terramoto naquele país, em 1988. Em 1997, a França reconheceu o papel do músico na história da canção francesa, distinguindo-o com o grau de Oficial da Legião de Honra. Aznavour foi embaixador permanente da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), e o Estado da Arménia concedeu-lhe, em 2008, a nacionalidade arménia. Anteriormente, o cantor tinha recebido a Ordem da Pátria, a mais alta condecoração da antiga república soviética e uma das praças da capital, Yerevan, tem o seu nome. https://www.youtube.com/watch?v=Z24X730KABU
Hoje Macau China / ÁsiaMercado de trabalho da língua portuguesa está a aumentar na Ásia, dizem professores [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]rofessores de português na Ásia afirmaram que a procura da língua portuguesa está a aumentar devido às oportunidades crescentes no mercado de trabalho local. “Muitos alunos escolheram o português porque agora têm um mercado de trabalho com grande procura pelas pessoas que falam português e chinês”, disse à Lusa a professora de português da Universidade de Pequim Li Jie, à margem da quarta edição do Encontro de Rede de Ensino de Língua Portuguesa. A professora da Universidade de Pequim argumentou ainda que “há cada vez mais intercâmbios comerciais e culturais entre a China e os países lusófonos”. Também a professora do Departamento de português na Universidade de Hanói seguiu a mesma tónica: “há cada vez mais emprego através do português, porque há cada vez mais empresas das Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que querem investir no Vietname e também há cada vez mais turistas que querem visitar o Vietname”, defendeu Tran Thi Hai Yen. A quarta edição do Encontro de Rede de Ensino de Língua Portuguesa reuniu em Macau, no Instituto do Português do Oriente (IPOR), cerca de 40 docentes provenientes de instituições de ensino superior da China (Pequim, Xangai, Cantão, Jilin e Sichuan), da Tailândia (Banguecoque), do Vietname (Hanói), da Austrália (Sydney), de Timor-Leste e também de Portugal. A coordenadora do Centro de Língua Portuguesa do IPOR, Clara Oliveira, afirmou à Lusa que tem existido um crescimento notório na aprendizagem do português como língua estrangeira e que este encontro serve como “um momento de reflexão entre todos os professores de língua estrangeiras” destas regiões do globo. “Na República Popular da China, em termos de instituições de ensino superior, nos últimos cinco anos passaram de 10 para 32”, explicou Clara Oliveira. Para a professora da Universidade de Pequim, estes encontros entre os docentes são fundamentais pois são uma oportunidade de trocar “ideias e opiniões sobre o ensino e aprendizagem do português para os aprendentes asiáticos”. “Este encontro é muito importante para nós e para mim é uma muito boa inspiração (…) tenho aprendido muito com as experiências dos restantes colegas”, acrescentou Tran Thi Hai Yen. O encontro decorreu sob a forma de oficinas, de maneira a acentuar uma vertente prática e aplicada, através da promoção de espaços de partilha de experiências e de reflexões em torno de abordagens ao ensino de português como língua estrangeira.
Hoje Macau EventosCinema | Nova edição do festival Kino inclui clássicos de Fassbinder [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap]já no próximo dia 21 de Outubro que arranca na Cinemateca Paixão a nova edição do festival Kino, dedicado ao cinema alemão, e que conta com a parceria do Instituto Goethe de Hong Kong. De acordo com um comunicado da organização, o cartaz inclui um total de 18 filmes e quatro clássicos do realizador Rainer W. Fassbinder. O Kino “incluirá oito das mais recentes longas metragens alemãs, focadas em temas como a rebelião e a coragem, o amor e a dúvida, o desejo e o despertar, assim como dois filmes suíços, na qualidade de ‘convidados especiais’, que darão prova do poder da imagem contemporânea.” De acordo com os programadores da Cinemateca Paixão, “muitos destes filmes foram nomeados ou venceram categorias nos Prémios do Cinema Alemão e no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2018, incluindo Trânsito, Styx, e Western, que foi nomeado também para o Prémio Un Certain Regard no Festival de Cinema de Cannes 2017”. A Cinemateca vai também exibir os filmes 303 e Vento Contrário, “ambos com um enfoque feminino”. Quanto a O Jardim, “passa-se contra o pano de fundo da vida de uma família alemã moderna na década de 1970”. Em foco O trabalho de Fassbinder vai estar em destaque com a exibição da mini série “Realizador-em-foco”. Esta foi “especialmente preparada para o público de Macau”, tal como “quatro filmes de diferentes períodos, como O Amor É Mais Frio Que A Morte (1969), a sua primeira longa metragem realizada aos 24 anos, O Comerciante das Quatro Estações (1972), uma obra popular e aclamada pela crítica, O Casamento de Maria Braun (1978), um trágico filme de amor do topo da sua carreira, e o derradeiro filme de Fassbinder: Querelle (1982)”. O trabalho do realizador será também abordado numa palestra protagonizada por Born Lo, amante de cinema e arquitecto em Hong Kong. O festival abre com o filme “A Revolução Silenciosa”, que se baseia “num evento real, mostrando como uma ideia podia inadvertidamente causar dramáticas mudanças na vidas dos adolescentes durante o sensível contexto político da Alemanha de Leste na década de 1950”. Este filme mereceu ao realizador Lars Kraume o Prémio de Melhor Realizador Nacional no Festival de Cinema de Munique 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor | Presidente timorense promulga OE de 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]Presidente da República de Timor-Leste promulgou ontem o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, acabando com um período de nove meses de regime de duodécimos que contribuiu para fragilizar a economia do país. Francisco Guterres Lu-Olo assinou a decisão de promulgação do OGE, remetendo-a ao Parlamento, pouco tempo antes do seu encontro semanal com o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak. Devido à tensão política que tem marcado o último ano em Timor-Leste, que levou à convocação de eleições antecipadas, o país viveu com o regime de duodécimos desde 1 de Janeiro, deixando as contas do Estado, por várias vezes, à beira da ruptura. Um dos exemplos ocorreu com o fornecimento de combustível para as centrais eléctricas do país que, por várias vezes, ficou em risco. O Orçamento, aprovado pelo Parlamento com cariz de urgência, foi enviado para o chefe de Estado a 11 de Setembro Os partidos que integram a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), a coligação do Governo, criticaram o que consideraram ter sido a demora do chefe de Estado na decisão sobre as contas públicas. A Constituição dá ao Presidente 30 dias para analisar o OGE. Contas à vida O Orçamento tem o valor de 1.279,6 milhões de dólares e engloba todas as receitas e despesas do Estado e da Segurança Social de Timor-Leste entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2018. A expectativa do Governo é de conseguir executar cerca de 700 milhões de dólares no último trimestre do ano. As dotações orçamentais para este ano incluem 200,25 milhões de dólares para salários e vencimentos, 354 milhões para bens e serviços, 324,2 milhões para transferências públicas, 5,11 milhões para capital menor e 393,75 milhões para capital de desenvolvimento. O total das despesas dos serviços sem autonomia administrativa e financeira e dos órgãos autónomos sem receitas próprias é de 830,54 milhões de dólares. Nos cofres do Estado devem entrar 188,8 milhões de dólares de receitas não petrolíferas. A diferença, 982,5 milhões de dólares, corresponde a levantamentos que terão que ser feitos do Fundo Petrolífero, dos quais 550,4 milhões são do Rendimento Sustentável Estimado e o restante são levantamentos adicionais.
Hoje Macau China / ÁsiaSentença histórica | Supremo Tribunal descriminaliza o adultério na Índia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Supremo Tribunal indiano despenalizou ontem o adultério na Índia, ao declarar inconstitucional uma lei do Código Penal com quase 160 anos que permitia ao marido decidir se as relações sexuais da mulher com outro homem eram crime. Um colectivo de cinco juízes, liderado pelo presidente do Supremo, Dipak Misra, declarou inconstitucional o artigo 497 do Código Penal, que previa penas de até cinco anos de prisão por adultério não consentido pelo marido. “Qualquer disposição que trate a mulher em desigualdade não é constitucional”, disse o juiz Misra, que redigiu o seu veredicto em colaboração com outro dos juízes do colectivo, enquanto os outros três magistrados pronunciaram sentenças individuais em que concordaram com a inconstitucionalidade do artigo. “Chegou o momento de dizer que o marido não é dono da sua esposa. A soberania legal de um sexo sobre o outro sexo está errada”, afirmou o presidente do Supremo, que insistiu na arbitrariedade do artigo. Misra acrescentou ainda, contrariando aqueles que defendiam esta lei como protectora da indissolubilidade do matrimónio, que “o adultério poderá não ser a causa de um casamento infeliz, mas sim o resultado”. Últimos actos A decisão do Supremo Tribunal surge depois de, numa outra sentença histórica, o mesmo órgão judicial ter declarado este mês inconstitucional outro artigo da época vitoriana em que se puniam as relações homossexuais. Segundo a Associated Press, as recentes decisões de Misra, num país profundamente conservador, foram tomadas numa altura em que o juiz se prepara para se retirar do cargo no próximo mês. A lei contra o adultério enquadrava-se numa sociedade indiana que continua predominantemente patriarcal, em que existe uma clara preferência pelos filhos varões, que perpetuam a linhagem, cuidam dos pais na velhice e lhes asseguram rendimentos. A isso somam-se os dispendiosos – e ilegais – dotes que as mulheres devem pagar no casamento.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Rejeitadas acusações de Trump sobre ingerência nas eleições de Novembro [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, assegurou ontem que Pequim “não interfere e não interferirá” nos assuntos internos de nenhum país e rejeitou as acusações do Presidente dos EUA, sobre uma alegada tentativa de manipulação eleitoral. “Não interferimos nem interferiremos nos assuntos internos de nenhum país”, afirmou o chefe da diplomacia de Pequim durante uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas centrada na não proliferação de armas de destruição massiva. Antes, Donald Trump tinha acusado o Governo chinês de tentativa de manipulação das próximas eleições intercalares de Novembro nos Estados Unidos, porque o seu Governo “a desafiou” na arena comercial. “A China está a tentar influenciar as eleições de 2018 contra a minha administração, não querem que eu ganhe, ou que nós ganhemos, porque sou o primeiro Presidente a desafiar a China no comércio e estamos a ganhar a todos os níveis”, disse Trump, na primeira reunião do Conselho de Segurança da ONU por si convocada. “Não queremos que se intrometam ou interfiram nas nossas eleições”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano, sem fornecer pormenores sobre essa alegada ingerência de Pequim na política interna norte-americana, além do descontentamento em relação à política comercial de Trump.
Hoje Macau China / ÁsiaBAD | Crescimento económico de 6,6% em 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] relatório anual do Banco Asiático de Desenvolvimento destaca a consistência do desempenho da economia chinesa no primeiro semestre deste ano, mas adverte para as futuras consequências negativas que poderão advir do conflito económico com os EUA. O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) apresentou esta quarta-feira uma previsão de crescimento da economia chinesa situada nos 6,6%, graças à robustez do consumo doméstico e à sólida expansão do sector de serviços no país. “O crescimento é incrementado por uma sólida performance económica na primeira metade do ano”, anunciou o Banco Asiático de Desenvolvimento no Asian Development Outlook 2018, a publicação anual dedicada à economia regional do banco. No entanto, o BAD reviu a sua previsão para 2019 dos 6,4% para 6,3% “perante uma redução no crescimento da procura e da implementação de tarifas alfandegárias dos EUA e respectivas contra-medidas da China”. “A reforma do lado da oferta, face ao apoio monetário e fiscal, irá, contudo, assegurar que o crescimento permanece no caminho certo”, refere o relatório. O documento refere ainda que o prolongamento da disputa comercial com os EUA iria afectar cadeias de produção além-fronteiras, advertindo que qualquer aprofundamento do conflito, tal como os 25% em tarifas em todo o comércio bilateral entre os EUA e a China, teria consequências ainda maiores. Impacto global O BAD avisa que uma disputa comercial prolongada poderá danificar a confiança e deter o investimento na região. “O impacto indirecto será profundo em diversas economias da região e a nível global, especialmente se o sector automóvel fizer parte do conflito”, refere a instituição. O relatório destaca que a estimativa do impacto não é capaz de prever a influência nas unidades de produção, dado que as redes de negócios além-mar são afectadas e os planos de investimento são cancelados durante a relocalização da produção global. O relatório anual do BAD, originalmente publicado em Abril e actualizado em Setembro, é a sua principal publicação anual. O documento garante uma análise integral de questões macroeconómicas na Ásia, incluindo estimativas de crescimento das maiores economias locais.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Nove trabalhadores da Yat Yuen procuram emprego [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]chefe do Departamento de Emprego da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, Mang Sui Yee Margaret, afirmou que nove funcionários do Canídromo recorreram aos serviços públicos para procurar emprego. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a chefe referiu que dois trabalhadores já conseguiram novo trabalho enquanto os restantes estão em fase de colocação de emprego. A DSAL garante que seguirá de perto a situação dos funcionários do Canídromo.
Hoje Macau SociedadeTabaco | Serviços de Saúde alertam para cigarros electrónicos com marijuana [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Alfândega do Porto de Jiuzhou de Zhuhai, detectaram marijuana em óleo destinado a cigarros electrónicos. A descoberta motivou os Serviços de Saúde (SS) a emitirem um comunicado a desaconselhar o consumo deste tipo tabaco pois pode “por em risco, além da sua saúde, a sua vida e conter substâncias ilegais”. As autoridades de saúde de Macau acrescentam que este tipo de produto acarreta um risco extra uma vez que “não existem padrões de substâncias de cigarros electrónicos (óleo de cigarro electrónico e cartucho)”. Como tal, a ausência de padrões abre a possibilidade a que cada fabricante tenha a sua concepções, substâncias e qualidade de produto. Os SS alertam para o facto de haver pessoas que aproveitam os cigarros electrónicos para consumir drogas, deixando de fora a evidência que de os cigarros tradicionais também são igualmente usados para a mesma finalidade. As autoridades de saúde chegam mesmo a citar um estudo publicado no Journal Pediátrico JAMA (JAMA Pediatrics), para o qual foram inquiridos mais de 20 mil estudantes norte-americanos, sobre o uso de vaporizadores no consumo de canábis. O inquérito revelou que um terço dos alunos do ensino secundário geral e um quarto dos alunos de ensino secundário complementar tinham consumido os produtos contidos cannabis e tetrahidrocanabinol (THC), através dos cigarros eletrónicos. É de salientar que em Macau, actualmente, a venda de cigarros electrónicos é proibida, além da publicidade e promoção serem limitadas.
Hoje Macau SociedadePonte do Delta | Testes conjuntos entre sexta-feira e domingo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Macau, Hong Kong e Zhuhai realizaram, entre sexta-feira e domingo, uma “operação experimental” na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau para “proceder aos testes sobre o funcionamento dos próprios postos fronteiriços”, anunciou a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). A operação integra os “trabalhos preparatórios” para a inauguração da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, indicou a DSAT, num breve comunicado, sem facultar mais detalhes. O exercício conjunto tem como objectivo garantir que tudo está pronto para a abertura oficial da Ponte do Delta que, segundo adiantaram fontes não identificadas ao South China Morning Post (SCMP), se encontra prevista para Outubro e vai contar com a presença de um alto dirigente chinês. O SCMP avança a possibilidade de ser o vice-primeiro-ministro Han Zheng.
Hoje Macau SociedadeGalgos | Yat Yuen apresenta pedido de adopção de cinco cães [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]Companhia de Corridas de Galgos apresentou ontem um pedido de adopção de cinco galgos,em nome da MotorCity Greyhound Rescue (MCGR), um grupo norte-americano que se dedica à protecção dos galgos. O pedido foi aceite pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). De acordo com um comunicado do organismo municipal, foi tido em conta o “ambiente mais favorável à vida dos galgos” e iniciaram-se preparativos para a adopção e exportação. O pedido surge na sequência de uma carta, datada de quarta-feira, assinada pela Yat Yuen e pela ANIMA. O comunicado do IACM refere que a empresa que teve a concessão do Canídromo irá enviar os animais imediatamente para Hong Kong e que, após o período de quarentena, estes serão transportados para os Estados Unidos.
Hoje Macau SociedadeCriptomoeda | Dennis Lau não vai colaborar com polícia de Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] empresário de Hong Kong Dennis Lau recusa-se a colaborar com a polícia de Macau nas investigações à alegada burla em investimentos em criptomoeda promovidos em conjunto com Frederico dos Santos Rosário. Em declarações à TDM – Canal Macau, o sócio de Frederico dos Santos Rosário afirmou já prestado todas a informações às autoridades de Hong Kong e defendeu que as polícias das duas regiões estão a trabalhar em conjunto nas investigações, iniciadas em Agosto. A recusa em colaborar na investigação promovida pelas autoridades de Macau foi decidida após aconselhamento jurídico. “A polícia de Macau contactou a de Hong Kong para me localizar e pedir ajuda nas investigações. Mas recusamo-nos a fazê-lo. A opinião do nosso advogado é a de que não temos a responsabilidade de ajudar a polícia de Macau, além de que não podemos garantir a nossa segurança se formos a Macau”, afirma Dennis Lau à TDM. O empresário admite ainda que existe a possibilidade de ser detido caso entre em Macau. Apesar das investigações promovidas pelas autoridades da região vizinha, Dennis Lau diz que não é suspeito de qualquer crime. O empresário afirma, no entanto, que deu já entrada com um processo no Tribunal Superior de Hong Kong, em que acusa Frederico dos Santos Rosário de transferência ilegal de fundos para contas próprias e de familiares, através da alteração de contratos de investimento. Em causa, o alegado aumento das taxas de retorno, nalguns casos para 25 por cento. Os 71 residentes de Macau terão investido um total de 20 milhões de dólares de Hong Kong na mineração de criptomoeda e deixado de obter retornos em Junho. Dennis Lau alega que a empresa envolvida no negócio da criptomoeda perdeu quatro milhões de dólares de Hong Kong com as alegadas alterações à revelia dos contratos. As acusações do empresário de Hong Kong foram negadas por Frederico dos Santos Rosário, que manifestou a intenção de processar Dennis lau por difamação.
Hoje Macau PolíticaGabinete de Ligação | Deputados pró-democratas falham encontro em Tianjin [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s deputados Au Kam San, Ng Kuok Cheong e Sulu Sou, ligados ao campo pró-democrata, não vão estar presentes na visita a Tianjin organizada pelo Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM. A viagem destinada aos membros do hemiciclo realiza-se entre os dias 9 e 12 de Outubro. Segundo a explicação dada por Au Kam San ao HM, a decisão de não participar deve-se ao facto do deputado considerar mais importante reunir com residentes e debater os seus problemas. Também Sulu Sou apresentou o mesmo argumento. “Não vou participar nesta visita, uma vez que organizei actividades para esses dias, que incluem encontros com residentes”, disse ao HM. A.S.S.
Hoje Macau PolíticaTelecomunicações | Song Pek Kei pede regulação das intercepções [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ong Pek Kei disse ontem ao jornal Ou Mun que concorda com o novo regime jurídico da intercepção e protecção de comunicações, actualmente em consulta pública, por serem necessárias mudanças, uma vez que o actual modelo de comunicação é diferente. Contudo, a deputada também entende que o Governo deve defender claramente quais os regulamentos e acções de intercepção que serão adoptados, uma vez que estão envolvidos os direitos e interesses das pessoas envolvidas. Para Song Pek Kei, a lei precisa ser revista para se acomodar ao desenvolvimento tecnológico. A deputada da esfera de influência de Chan Meng Kam entende que a intercepção de comunicações, sob autorização de um juiz, pode ser benéfica para a obtenção de provas e o combate aos novos crimes aditados na lei. Contudo, é necessário fazer um balanço entre os interesses do Governo e a execução da lei sob fiscalização dos juízes, e esclarecer os procedimentos da execução da lei em prol da maior confiança da população.
Hoje Macau EventosFilme “A árvore” de André Gil Mata estreia-se hoje nos cinemas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme “A Árvore”, do realizador português André Gil Mata, estreia-se hoje nos cinemas portugueses, depois de ter passado por vários festivais, como Berlim e IndieLisboa. De acordo com a Nitrato Filmes, “A Árvore” terá exibições no Porto, em Lisboa, em Coimbra e, nas semanas seguintes, será mostrado em Amarante, Castelo Branco, Tavira e Guimarães, em alguns casos com a presença do realizador. “A Árvore”, que foi selecionado para o festival de Berlim, valeu a André Gil Mata o prémio de melhor realização para longa-metragem portuguesa, em abril no IndieLisboa. Na altura, André Gil Mata afirmou à agência Lusa que o filme foi produzido e rodado na Bósnia-Herzegovina, onde fez o doutoramento. “A Árvore” segue uma personagem dividida por dois atores (Petar Fradelic e Filip Zivanovic) que vagueia por uma aldeia numa floresta num ambiente de desolação, de guerra e escuridão. Com planos longos, quase sem diálogos, sublinhando a imagem e o som, “A Árvore” é um filme marcado pela guerra. Pode ser a guerra dos Balcãs, sabendo-se que o filme foi rodado na Bósnia, mas pode ser outro conflito atual, do passado ou de um futuro. Para André Gil Mata, o filme “joga muito com essa questão de circularidade do tempo e da repetição das coisas e dessa questão de as nossas vidas serem muito mais circulares do que lineares”. Nascido em 1978 em São João da Madeira, André Gil Mata foi curador no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira e cofundador da produtora Bando à Parte. É autor das curtas-metragens “Num globo de neve” (2017), “O coveiro” (2012) “Casa” (201) e “Arca d’água” (2009) e das longas “How I fell in love with Eva Ras” (2016) e “Cativeiro” (2012). https://vimeo.com/289543379?loop=0
Hoje Macau DesportoTénis | João Sousa nos quartos de final em Chengdu [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tenista português João Sousa, sétimo cabeça de série, qualificou-se ontem para os quartos de final do torneio de Chengdu, na China, ao vencer o canadiano Vasek Pospisil, em três ‘sets’. O número um português perdeu o primeiro parcial frente a Pospisil, 86.º do mundo, e esteve em desvantagem por 5-2 no terceiro, mas acabou por vencer o encontro, por 6-7 (4-7), 6-4 e 7-6 (7-0), após duas horas e 51 minutos. “Estou muito contente com esta vitória, pela maneira como lutei e como consegui dar a volta a um encontro muito exigente, tanto a nível físico, como mental”, disse João Sousa, em declarações à sua assessoria de comunicação. O tenista português, 50.º do ‘ranking’ mundial, apenas cedeu um jogo de serviço em todo o encontro, que o deixou a perder por 4-2 no terceiro ‘set’, mas conseguiu devolver o ‘break’ quando o canadiano servia para vencer. “Acreditei sempre que podia dar a volta. Consegui salvar duas bolas de encontro [numa altura em que já tinha recuperado de 5-2 para 5-4] e acabei por vencer no ‘tie-break’, que foi só num sentido, para mim”, assinalou João Sousa, vencedor do desempate por 7-0. Nos quartos de final, João Sousa vai defrontar o tunisino Malek Jaziri, 63.º classificado da hierarquia mundial, que surpreendeu o francês Adrian Mannarino, 33.º e quarto cabeça de série, ao impor-se em apenas dois ‘sets’, por 6-3 e 7-6 (7-5). Após o quarto triunfo em outros tantos encontros frente a Pospisil, o número um nacional qualificou-se para as meias-finais da prova de pares, ao lado do argentino Guido Pella, graças ao triunfo por 7-6 (7-1) e 6-3 sobre os indianos Sriram Balaji e Rohan Bopanna.
Hoje Macau SociedadeImobiliário | Wu Chou Kit defende revisão da concepção de prédios [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de alguns residentes terem sentido os seus edifícios abanar durante a passagem do tufão Mangkhut, Wu Chou Kit defendeu a necessidade do Governo rever os critérios de construção para garantir o reforço da resistência a super tufões. O deputado e arquitecto frisou que o facto dos edifícios abanarem é normal, mas mesmo assim considerou que é possível reforçar a segurança. O também presidente da Associação dos Engenheiros de Macau recordou, em declarações ao Jornal Ou Mun, que os serviços das obras públicas actualizaram requisitos para a concepção de janelas e de vidro do exterior das infra-estruturas, após a passagem do tufão Hato, no ano passado. Porém, o deputado entende que é preciso rever, o mais cedo possível, os critérios da concepção de edifícios. Wu Chou Kit diz também que é preciso estudar a capacidade das infra-estruturas construídas, para saber até que ponto estão preparadas para aguentar super tufões. Wu sugere ainda que o Governo siga as medidas adoptadas em Hong Kong, nomeadamente a inspecção obrigatória de edifícios com mais de 30 anos e de janelas dos edifícios construídos há mais de dez anos.