Economist | Prevista recessão em Macau de 5,5% este ano e 3,3% em 2020

O analista da consultora Economist Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Macau previu ontem à Lusa que o território enfrente uma recessão neste e no próximo ano, regressando ao crescimento em 2021, com 2,9%. Além disso, a consultora estima que Macau continue imune à instabilidade em Hong Kong

 

[dropcap]P[/dropcap]revemos que a economia fique em recessão neste e no próximo ano, principalmente como resultado do abrandamento económico na China, que vai pesar no fluxo de turismo e na despesa feita no jogo em Macau, o que faz com que o PIB caia 5,9 por cento este ano”, disse Nick Marro.

Em entrevista à Lusa, o analista da unidade de análise da revista britânica The Economist diz esperar que a economia de Macau “abrande a recessão para 3,3 por cento em 2020, num contexto de recuperação das receitas do jogo e do investimento, e da previsão de um acordo entre os Estados Unidos e a China nesse ano”. Isto, salientam, “deve levar a uma ligeira recuperação na confiança dos empresários e consumidores na China, levando a um aumento do turismo para Macau”.

Do ponto de vista das políticas públicas, a previsão aponta para a continuação de dificuldades do Governo em diversificar a economia, fortemente assente nas receitas do jogo. “Esperamos que o Governo continue a debater-se com os seus esforços políticos para diversificar a economia para lá do jogo, pelo menos nos próximos dois anos”, diz Nathan Hayes, salientando que “a volatilidade neste sector vai continuar a pesar negativamente na actividade económica este ano, particularmente devido ao abrandamento da economia chinesa”.

De acordo com os dados mais recentes da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas brutas acumuladas de Janeiro a Novembro totalizaram 269,62 mil milhões de patacas, menos 2,4 por cento do que no ano anterior.

No mesmo período de 2018, as receitas brutas acumuladas foram de 276,38 mil milhões de patacas.
Em 2018, as receitas dos casinos na capital mundial do jogo cresceram 14 por cento, para 302,8 mil milhões de patacas.

Vacinas em dia

O analista previu ainda que os protestos em Hong Kong vão continuar a não ter influência em Macau, que deverá manter-se politicamente estável. “Não vemos grande impacto dos protestos de Hong Kong em Macau; a dinâmica política em ambos os territórios é muito diferente, há um movimento muito mais local em Hong Kong, sustentado nos protestos, enquanto que, pelo contrário, essa dinâmica não se impôs em Macau, por isso esperamos que o grau relativamente alto de estabilidade política em Macau se mantenha nos próximos anos”, disse Nick Marro em entrevista à Lusa.

O analista da EIU que segue Macau disse que uma das prioridades do novo Governo será tentar diversificar a economia, apostando mais no jogo popular do que no jogo VIP. “É provavelmente uma tentativa para garantir um crescimento sustentável de longo prazo neste sector”, disse o analista, reconhecendo que apesar de Macau ser o principal destino do jogo mundial, as receitas têm descido muito este ano. “Isto deve-se ao abrandamento da expansão da economia chinesa e à ansiedade que a guerra comercial com os Estados Unidos gerou” nos jogadores, afirmou, considerando que “ambos os factores contribuíram negativamente para o fluxo de turistas chineses para Macau, o que teve um efeito nos casinos, e vai continuar a ter em 2020”.

Sobre a pataca, uma das últimas grandes heranças do tempo colonial português, Nick Marro não espera alterações à moeda de Macau. “A moeda é bastante estável, está indexado ao dólar de Hong Kong, que por sua vez está pegado do dólar norte-americano, e, portanto, há aqui um grau subjacente de estabilidade; não esperamos quaisquer alterações a este acordo, mesmo com a turbulência política que se vive em Hong Kong”, concluiu.

13 Dez 2019

Economist | Prevista recessão em Macau de 5,5% este ano e 3,3% em 2020

O analista da consultora Economist Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Macau previu ontem à Lusa que o território enfrente uma recessão neste e no próximo ano, regressando ao crescimento em 2021, com 2,9%. Além disso, a consultora estima que Macau continue imune à instabilidade em Hong Kong

 
[dropcap]P[/dropcap]revemos que a economia fique em recessão neste e no próximo ano, principalmente como resultado do abrandamento económico na China, que vai pesar no fluxo de turismo e na despesa feita no jogo em Macau, o que faz com que o PIB caia 5,9 por cento este ano”, disse Nick Marro.
Em entrevista à Lusa, o analista da unidade de análise da revista britânica The Economist diz esperar que a economia de Macau “abrande a recessão para 3,3 por cento em 2020, num contexto de recuperação das receitas do jogo e do investimento, e da previsão de um acordo entre os Estados Unidos e a China nesse ano”. Isto, salientam, “deve levar a uma ligeira recuperação na confiança dos empresários e consumidores na China, levando a um aumento do turismo para Macau”.
Do ponto de vista das políticas públicas, a previsão aponta para a continuação de dificuldades do Governo em diversificar a economia, fortemente assente nas receitas do jogo. “Esperamos que o Governo continue a debater-se com os seus esforços políticos para diversificar a economia para lá do jogo, pelo menos nos próximos dois anos”, diz Nathan Hayes, salientando que “a volatilidade neste sector vai continuar a pesar negativamente na actividade económica este ano, particularmente devido ao abrandamento da economia chinesa”.
De acordo com os dados mais recentes da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas brutas acumuladas de Janeiro a Novembro totalizaram 269,62 mil milhões de patacas, menos 2,4 por cento do que no ano anterior.
No mesmo período de 2018, as receitas brutas acumuladas foram de 276,38 mil milhões de patacas.
Em 2018, as receitas dos casinos na capital mundial do jogo cresceram 14 por cento, para 302,8 mil milhões de patacas.

Vacinas em dia

O analista previu ainda que os protestos em Hong Kong vão continuar a não ter influência em Macau, que deverá manter-se politicamente estável. “Não vemos grande impacto dos protestos de Hong Kong em Macau; a dinâmica política em ambos os territórios é muito diferente, há um movimento muito mais local em Hong Kong, sustentado nos protestos, enquanto que, pelo contrário, essa dinâmica não se impôs em Macau, por isso esperamos que o grau relativamente alto de estabilidade política em Macau se mantenha nos próximos anos”, disse Nick Marro em entrevista à Lusa.
O analista da EIU que segue Macau disse que uma das prioridades do novo Governo será tentar diversificar a economia, apostando mais no jogo popular do que no jogo VIP. “É provavelmente uma tentativa para garantir um crescimento sustentável de longo prazo neste sector”, disse o analista, reconhecendo que apesar de Macau ser o principal destino do jogo mundial, as receitas têm descido muito este ano. “Isto deve-se ao abrandamento da expansão da economia chinesa e à ansiedade que a guerra comercial com os Estados Unidos gerou” nos jogadores, afirmou, considerando que “ambos os factores contribuíram negativamente para o fluxo de turistas chineses para Macau, o que teve um efeito nos casinos, e vai continuar a ter em 2020”.
Sobre a pataca, uma das últimas grandes heranças do tempo colonial português, Nick Marro não espera alterações à moeda de Macau. “A moeda é bastante estável, está indexado ao dólar de Hong Kong, que por sua vez está pegado do dólar norte-americano, e, portanto, há aqui um grau subjacente de estabilidade; não esperamos quaisquer alterações a este acordo, mesmo com a turbulência política que se vive em Hong Kong”, concluiu.

13 Dez 2019

Lusofonia | Analistas chineses reconhecem papel de Macau no contexto lusófono

Vinte anos após a transferência de administração de Portugal para a China, Macau desempenha um “papel complementar” na relação entre a China e os países de língua portuguesa e de “elemento integrador” no mundo lusófono

 

[dropcap]Z[/dropcap]hou Zhiwei, investigador na Academia Chinesa de Ciências Sociais, a principal unidade de investigação do Governo chinês, sob tutela do Conselho de Estado, disse à agência Lusa que a região, através do Fórum Macau, desempenha hoje um “papel complementar” aos mecanismos de cooperação entre a China e os países lusófonos. “Macau é uma plataforma adicional para as cooperações entre a China e os países de língua portuguesa e constitui uma janela importantíssima para o mundo exterior, através dos laços culturais e económicos com a lusofonia”, afirmou.

Criado em 2003 por Pequim, o Fórum Macau tem um Secretariado Permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral, Xu Yingzhen, e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

A China mantém vários outros fóruns multilaterais como o bloco de economias emergentes BRICS, que inclui o Brasil, ou o Fórum de Cooperação China-África, que abrange todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

No entanto, Zhou destacou Macau como “canal particular” para produtos dos países lusófonos acederem ao mercado chinês, nomeadamente através da realização de feiras comerciais, na formação de recursos humanos ou no impulso de projectos de cooperação, como a introdução de arroz híbrido em Timor-Leste ou uso de medicina tradicional chinesa nos PALOP.

O académico frisou ainda a criação pela China, no âmbito do Fórum de Macau, de um Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, no valor de mil milhões de dólares, e que é gerido pelo Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês).

Em 2017, as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 147.354 milhões de dólares, um aumento de 25,31 por cento, em termos homólogos.

Soube-me pouco

Diplomatas ou grupos empresarias costumam observar, porém, que o papel do Fórum Macau continua aquém do seu potencial.

Gao Zhikai, que serviu como intérprete do antigo líder chinês Deng Xiaoping e é actualmente um dos mais conhecidos comentadores da televisão chinesa, enalteceu também o papel da Região Administrativa Especial de Macau como “elemento integrador” dos países e regiões de língua oficial portuguesa, mas rejeitou a intenção em estabelecer uma plataforma equivalente à britânica Commonwealth.

“Não penso que a China deva ser o agente integrador dos países e regiões que falam português, mas Portugal e Macau têm uma ligação de centenas de anos, e acontece que Macau é agora parte da China, país que provavelmente é o maior parceiro comercial de todos os países que falam português, com excepção de Portugal”, afirmou Gao.

“Penso que Portugal deve estar satisfeito com o papel integrador desenvolvido por Macau e China, visto ser um trabalho que não poderia desenvolver, até porque não tem recursos financeiros para isso”, acrescentou.

Da passagem da administração portuguesa ficou, entre outros, os edifícios coloniais, a calçada portuguesa, os azulejos, mas também património imaterial como a língua portuguesa, que continua a ser oficial nos serviços públicos e o Direito, que é de matriz portuguesa. O analista diz que a China vê como “positiva” a manutenção dessa herança, e estabelece um contraste com a política da Índia para a região de Goa, “onde a influência portuguesa foi eliminada após a integração”. “A China e o seu povo não têm qualquer problema em manter a herança portuguesa em Macau”, sublinhou.

13 Dez 2019

Lusofonia | Analistas chineses reconhecem papel de Macau no contexto lusófono

Vinte anos após a transferência de administração de Portugal para a China, Macau desempenha um “papel complementar” na relação entre a China e os países de língua portuguesa e de “elemento integrador” no mundo lusófono

 
[dropcap]Z[/dropcap]hou Zhiwei, investigador na Academia Chinesa de Ciências Sociais, a principal unidade de investigação do Governo chinês, sob tutela do Conselho de Estado, disse à agência Lusa que a região, através do Fórum Macau, desempenha hoje um “papel complementar” aos mecanismos de cooperação entre a China e os países lusófonos. “Macau é uma plataforma adicional para as cooperações entre a China e os países de língua portuguesa e constitui uma janela importantíssima para o mundo exterior, através dos laços culturais e económicos com a lusofonia”, afirmou.
Criado em 2003 por Pequim, o Fórum Macau tem um Secretariado Permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral, Xu Yingzhen, e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).
A China mantém vários outros fóruns multilaterais como o bloco de economias emergentes BRICS, que inclui o Brasil, ou o Fórum de Cooperação China-África, que abrange todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
No entanto, Zhou destacou Macau como “canal particular” para produtos dos países lusófonos acederem ao mercado chinês, nomeadamente através da realização de feiras comerciais, na formação de recursos humanos ou no impulso de projectos de cooperação, como a introdução de arroz híbrido em Timor-Leste ou uso de medicina tradicional chinesa nos PALOP.
O académico frisou ainda a criação pela China, no âmbito do Fórum de Macau, de um Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, no valor de mil milhões de dólares, e que é gerido pelo Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês).
Em 2017, as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 147.354 milhões de dólares, um aumento de 25,31 por cento, em termos homólogos.

Soube-me pouco

Diplomatas ou grupos empresarias costumam observar, porém, que o papel do Fórum Macau continua aquém do seu potencial.
Gao Zhikai, que serviu como intérprete do antigo líder chinês Deng Xiaoping e é actualmente um dos mais conhecidos comentadores da televisão chinesa, enalteceu também o papel da Região Administrativa Especial de Macau como “elemento integrador” dos países e regiões de língua oficial portuguesa, mas rejeitou a intenção em estabelecer uma plataforma equivalente à britânica Commonwealth.
“Não penso que a China deva ser o agente integrador dos países e regiões que falam português, mas Portugal e Macau têm uma ligação de centenas de anos, e acontece que Macau é agora parte da China, país que provavelmente é o maior parceiro comercial de todos os países que falam português, com excepção de Portugal”, afirmou Gao.
“Penso que Portugal deve estar satisfeito com o papel integrador desenvolvido por Macau e China, visto ser um trabalho que não poderia desenvolver, até porque não tem recursos financeiros para isso”, acrescentou.
Da passagem da administração portuguesa ficou, entre outros, os edifícios coloniais, a calçada portuguesa, os azulejos, mas também património imaterial como a língua portuguesa, que continua a ser oficial nos serviços públicos e o Direito, que é de matriz portuguesa. O analista diz que a China vê como “positiva” a manutenção dessa herança, e estabelece um contraste com a política da Índia para a região de Goa, “onde a influência portuguesa foi eliminada após a integração”. “A China e o seu povo não têm qualquer problema em manter a herança portuguesa em Macau”, sublinhou.

13 Dez 2019

Macau e Zhuhai discutiram integração educativa no âmbito da Grande Baía

[dropcap]A[/dropcap] construção da Grande Baía e a integração educativa para um sistema com “benefícios mútuos” estiveram ontem em discussão no Fórum dos Directores Escolares de Zhuhai e Macau 2019. A iniciativa foi organizada pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) em parceria com o Departamento de Educação de Zhuhai e foi a ocasião escolhida para a assinatura de vários acordos de geminação entre as instituições locais e as congéneres do Interior.

“Estamos a criar uma plataforma para discutir o desenvolvimento entre as duas regiões. Sabemos que na educação não há uma fórmula fixa e que por isso vamos encontrar várias dificuldades. Mas temos a esperança que esta plataforma de partilha de experiências nos permita ultrapassar estas dificuldades e deixar um legado para as gerações futuras”, afirmou, no final do encontro, o director da DSEJ, Lou Pak Sang.

A reunião contou igualmente com a participação de especialistas no sistema educativo vindos de Zhuhai e Lou deixou uma palavra de agradecimento: “A sua presença permite aprofundar o sistema educativo. Também as escolas presentes têm muita experiência no sector da educação”, acrescentou.

Sempre a aprender

Por sua vez, o Director dos Serviços de Educação de Zhuhai, Lin Rituan, afirmou estar a viver um “bom dia” para o sector das duas regiões com o início de “um novo capítulo” e citou Confúcio para defender que é a partir da partilha de experiências que também se adquirem conhecimentos.

“Como disse Confúcio, quando três homens caminham juntos há sempre alguma coisa que se aprende”, citou. “Construímos uma plataforma para a cooperação e podemos aprender uns com os outros para ultrapassar os nossos pontos fracos”, sublinhou.

Lin Rituan indicou ainda que Zhuhai e Macau são vizinhas e que têm uma relação de amizade “muito profunda”.
Ontem foram nove as parcerias assinadas, algumas promovidas por iniciativa das escolas e outras por promoção das direcções de ensino das respectivas áreas entre as instituições do território e de Zhuhai. A Escola Luso-Chinesa de Coloane, Escola Kai Chi, Escola Fong Chong da Taipa, Jardim de Infância de Santos António, Colégio Perpétuo Socorro Chan Sui Ki, Escola de Santa Teresa de Menino Jesus e a Escola Keang Peng foram as instituições locais envolvidas.

13 Dez 2019

AL | Novo deputado toma posse segunda-feira 

[dropcap]W[/dropcap]ang Sai Man, deputado eleito pela via indirecta no passado dia 25 de Novembro para a Assembleia Legislativa (AL), toma posse na próxima segunda-feira, dia 16, no edifício da AL. Wang Sai Man foi eleito com 813 votos num universo de 822, com os restantes votos a serem divididos por cinco em branco e quatro nulos.

A eleição suplementar para a via do sufrágio indirecto aconteceu no âmbito da saída de Ho Iat Seng do hemiciclo para se candidatar ao cargo de Chefe do Executivo, um acto eleitoral que venceu a 25 de Agosto. O deputado Kou Hoi In sucedeu-lhe no lugar de presidente da AL, deixando vaga uma cadeira no hemiciclo.

A eleição de Wang Sai Man ficou marcada por uma polémica logo no dia da votação, uma vez que o candidato deu uma entrevista à boca das urnas, podendo incorrer numa violação à lei eleitoral para a AL. O caso foi remetido às autoridades para mais investigação por parte da Comissão dos Assuntos Eleitorais para a AL (CAEAL).

“Houve um incidente suspeito de violar a lei eleitoral. A comissão irá reunir todos os documentos e informações para entregar à polícia para acompanhamento. O caso refere-se à suspeita de propaganda na assembleia de voto, mas só depois da investigação podemos comentar mais sobre o caso”, referiu Tong Hio Fong, juiz que presidiu à CAEAL.

13 Dez 2019

AL | Novo deputado toma posse segunda-feira 

[dropcap]W[/dropcap]ang Sai Man, deputado eleito pela via indirecta no passado dia 25 de Novembro para a Assembleia Legislativa (AL), toma posse na próxima segunda-feira, dia 16, no edifício da AL. Wang Sai Man foi eleito com 813 votos num universo de 822, com os restantes votos a serem divididos por cinco em branco e quatro nulos.
A eleição suplementar para a via do sufrágio indirecto aconteceu no âmbito da saída de Ho Iat Seng do hemiciclo para se candidatar ao cargo de Chefe do Executivo, um acto eleitoral que venceu a 25 de Agosto. O deputado Kou Hoi In sucedeu-lhe no lugar de presidente da AL, deixando vaga uma cadeira no hemiciclo.
A eleição de Wang Sai Man ficou marcada por uma polémica logo no dia da votação, uma vez que o candidato deu uma entrevista à boca das urnas, podendo incorrer numa violação à lei eleitoral para a AL. O caso foi remetido às autoridades para mais investigação por parte da Comissão dos Assuntos Eleitorais para a AL (CAEAL).
“Houve um incidente suspeito de violar a lei eleitoral. A comissão irá reunir todos os documentos e informações para entregar à polícia para acompanhamento. O caso refere-se à suspeita de propaganda na assembleia de voto, mas só depois da investigação podemos comentar mais sobre o caso”, referiu Tong Hio Fong, juiz que presidiu à CAEAL.

13 Dez 2019

Função Pública | Chui Sai On pede continuação dos trabalhos com Ho Iat Seng 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse ontem, num colóquio, que “todos os dirigentes e trabalhadores da Administração devem continuar a esforçar-se para assumir as tarefas da nova era e apoiar e coordenar a acção governativa do V Governo da RAEM, liderado pelo próximo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, a fim de prosseguirem com o contributo para o desenvolvimento sustentável de Macau”.

Citado por um comunicado oficial, Chui Sai On, que deixa o segundo mandato como Chefe do Executivo no próximo dia 20 de Dezembro, destacou o trabalho desenvolvido nos últimos anos pelos funcionários públicos, nomeadamente no que diz respeito às “várias dificuldades, como os riscos de saúde pública, o impacto da crise financeira e catástrofes naturais decorrentes da passagem de fortes tufões”.

No que diz respeito ao trabalho desenvolvido nos últimos dez anos, Chui Sai On considerou que os “dirigentes públicos já aprenderam que o Governo deve ser mais aberto às opiniões dos residentes e empenhar-se, sob o princípio da legalidade, numa governação centrada na população”, aponta o mesmo comunicado.

13 Dez 2019

Função Pública | Chui Sai On pede continuação dos trabalhos com Ho Iat Seng 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse ontem, num colóquio, que “todos os dirigentes e trabalhadores da Administração devem continuar a esforçar-se para assumir as tarefas da nova era e apoiar e coordenar a acção governativa do V Governo da RAEM, liderado pelo próximo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, a fim de prosseguirem com o contributo para o desenvolvimento sustentável de Macau”.
Citado por um comunicado oficial, Chui Sai On, que deixa o segundo mandato como Chefe do Executivo no próximo dia 20 de Dezembro, destacou o trabalho desenvolvido nos últimos anos pelos funcionários públicos, nomeadamente no que diz respeito às “várias dificuldades, como os riscos de saúde pública, o impacto da crise financeira e catástrofes naturais decorrentes da passagem de fortes tufões”.
No que diz respeito ao trabalho desenvolvido nos últimos dez anos, Chui Sai On considerou que os “dirigentes públicos já aprenderam que o Governo deve ser mais aberto às opiniões dos residentes e empenhar-se, sob o princípio da legalidade, numa governação centrada na população”, aponta o mesmo comunicado.

13 Dez 2019

Artigo 23 da Lei Básica | Conselho de Estado chinês aplaude postura de Macau

[dropcap]Z[/dropcap]hang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês, escreveu um artigo de opinião no jornal Diário do Povo, ligado ao Partido Comunista Chinês (PCC), onde defende ser urgente a legislação do artigo 23 da Lei Básica em Hong Kong, relativo aos crimes relacionados com a segurança e defesa do Estado.

De acordo com o jornal Global Times, o responsável do Conselho de Estado destacou o facto de Macau ter desempenhado um bom papel a este nível. “Macau completou a legislação sobre o artigo 23 da Lei Básica, criou uma comissão para a garantia da segurança nacional e, de forma pró-activa, adicionou artigos anti-separatistas na lei eleitoral para a Assembleia Legislativa. O próximo passo será formular e modificar as leis de apoio relevantes”, apontou Zhang Xiaoming, citado pelo Global Times.

Na visão do responsável do Conselho de Estado, “Hong Kong ainda não terminou a legislação do artigo 23 da Lei Básica. Esta é uma das razões principais pelas quais as actividades das forças separatistas dos radicais locais, tal como os ‘secessionistas de Hong Kong’, se intensificaram nos últimos anos”.

Mudanças a caminho?

O artigo faz ainda referência à forma como as duas regiões administrativas especiais se devem relacionar com o desenvolvimento da China e à garantia da autoridade do Governo Central sobre Macau e Hong Kong autorizada pela Constituição chinesa e pelas respectivas Leis Básicas, além de expressar que se deve criar um mecanismo contra a penetração das chamadas forças estrangeiras em Hong Kong.

Especialistas ouvidos pelo Global Times referiram que a publicação deste artigo de opinião, numa altura em que Hong Kong ainda enfrenta manifestações e Macau se prepara para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Portugal para a China, significa que Pequim pode estar a rever as suas políticas e princípios de governação relacionados com os dois territórios.

Ao mesmo tempo, o Governo Central pode estar a tentar “clarificar alguns mal- entendidos” bem como introduzir “soluções e planos para resolver os problemas de longo prazo e outros desafios emergentes”, aponta o artigo do Global Times.

O Governo de Hong Kong chegou a apresentar uma proposta de lei sobre o artigo 23 no Conselho Legislativo, mas a proposta gerou protestos nas ruas e o diploma acabou por ser retirado. Em Macau, a lei relativa à segurança e defesa do Estado foi implementada em 2009.

13 Dez 2019

Artigo 23 da Lei Básica | Conselho de Estado chinês aplaude postura de Macau

[dropcap]Z[/dropcap]hang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês, escreveu um artigo de opinião no jornal Diário do Povo, ligado ao Partido Comunista Chinês (PCC), onde defende ser urgente a legislação do artigo 23 da Lei Básica em Hong Kong, relativo aos crimes relacionados com a segurança e defesa do Estado.
De acordo com o jornal Global Times, o responsável do Conselho de Estado destacou o facto de Macau ter desempenhado um bom papel a este nível. “Macau completou a legislação sobre o artigo 23 da Lei Básica, criou uma comissão para a garantia da segurança nacional e, de forma pró-activa, adicionou artigos anti-separatistas na lei eleitoral para a Assembleia Legislativa. O próximo passo será formular e modificar as leis de apoio relevantes”, apontou Zhang Xiaoming, citado pelo Global Times.
Na visão do responsável do Conselho de Estado, “Hong Kong ainda não terminou a legislação do artigo 23 da Lei Básica. Esta é uma das razões principais pelas quais as actividades das forças separatistas dos radicais locais, tal como os ‘secessionistas de Hong Kong’, se intensificaram nos últimos anos”.

Mudanças a caminho?

O artigo faz ainda referência à forma como as duas regiões administrativas especiais se devem relacionar com o desenvolvimento da China e à garantia da autoridade do Governo Central sobre Macau e Hong Kong autorizada pela Constituição chinesa e pelas respectivas Leis Básicas, além de expressar que se deve criar um mecanismo contra a penetração das chamadas forças estrangeiras em Hong Kong.
Especialistas ouvidos pelo Global Times referiram que a publicação deste artigo de opinião, numa altura em que Hong Kong ainda enfrenta manifestações e Macau se prepara para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Portugal para a China, significa que Pequim pode estar a rever as suas políticas e princípios de governação relacionados com os dois territórios.
Ao mesmo tempo, o Governo Central pode estar a tentar “clarificar alguns mal- entendidos” bem como introduzir “soluções e planos para resolver os problemas de longo prazo e outros desafios emergentes”, aponta o artigo do Global Times.
O Governo de Hong Kong chegou a apresentar uma proposta de lei sobre o artigo 23 no Conselho Legislativo, mas a proposta gerou protestos nas ruas e o diploma acabou por ser retirado. Em Macau, a lei relativa à segurança e defesa do Estado foi implementada em 2009.

13 Dez 2019

Cooperação | Jerónimo de Sousa defende que Portugal só tem” a ganhar” com a China

Jerónimo de Sousa considera positiva a entrada de capitais chineses em Portugal se vigorar “o princípio de vantagens mútuas”. Quanto à transição de Macau, o líder do PCP destaca “a forma pacífica como se procedeu o retorno”. Na mesma ocasião, o embaixador da China em Portugal argumentou que a prosperidade e estabilidade de Macau comprovam o valor do princípio “Um País, Dois Sistemas”

 

[dropcap]U[/dropcap]ma exposição de fotografia que celebra o 20º aniversário da RAEM serviu de pano de fundo para ouvir Jerónimo de Sousa e Cai Run, Embaixador da China em Lisboa.
O secretário-geral do Partido Comunista Português, disse ontem, em Lisboa, que Portugal só tem a ganhar no relacionamento com a China, baseado no princípio das vantagens mútuas e considerou haver sinais de investimento chinês no sector produtivo

“Portugal só tem a ganhar no relacionamento com a China, como com qualquer outro país, desde que vigore o princípio de vantagens mútuas para ambos os países”, afirmou à Lusa Jerónimo de Sousa, à margem da inauguração da exposição de fotografia que assinala o 20º aniversário do retorno de Macau para a administração chinesa, no Centro Científico e Cultural de Macau.

Questionado sobre o tipo de investimento chinês em Portugal, mais de capital e não no sector produtivo, gerador de emprego, o político ressalvou que da parte do PCP “não existe nenhum preconceito, antes pelo contrário, em relação ao investimento estrangeiro”. “Nós saudamos o investimento estrangeiro que beneficie o nosso país, onde haja vantagens significativas, não só na criação de emprego, mas no próprio desenvolvimento económico, desenvolvimento territorial, e na diversidade”, afirmou o único líder partidário presente na inauguração da exposição chinesa.

Porém, considerou que “tem havido algum investimento chinês na produção”. Sobre a transição de Macau para a China, há 20 anos, Jerónimo de Sousa disse que “todos os elementos reconhecem” e demonstram que correu bem. “Houve um processo de diálogo permanente, procura das soluções, tranquilidade, e a forma pacífica como se procedeu a esse retorno é de valorizar, na medida em que as duas partes consideraram aquilo que era fundamental, que Macau de facto pertencia à China”, sublinhou.

Para o líder do PCP, as vantagens que Portugal retirou da presença de séculos naquele território foram “os laços, que se reforçaram” e, além da cultura portuguesa numa região tão longínqua, “também a própria língua, que facilita o desenvolvimento e o aprofundamento dessas relações”.

“Creio que podemos afirmar que, no quadro da normalização das relações e da sua própria evolução, fundamentalmente os dois povos e os dois países beneficiaram disso. Naturalmente com culturas e história diferentes”, salientou.

Jerónimo de Sousa notou que, “hoje, a evolução da própria humanidade é muito determinada por um relacionamento entre os povos”. “Num quadro de vantagens mútuas, pensamos que isso é importante. Independentemente de qualquer sistema social que vigore, o relacionamento entre os povos e os países é importante, não só numa perspectiva de paz e de relacionamento, mas também de desenvolvimento e de progresso”, considerou.

Vitória pelo socialismo

Há uns meses, em entrevista à agência Xinhua, o secretário-geral do PCP teceu considerações sobre o contexto político chinês desde a fundação da República Popular da China. Para Jerónimo de Sousa, o progresso da China nos últimos 70 anos demonstra que só o socialismo é que pode salvar o país.

“Dando conta destes últimos 70 anos, o preceito fundamental do Partido Comunista da China de ‘só o socialismo pode salvar a China’ tem toda a razão”, disse Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido Comunista Português, em uma entrevista exclusiva à Xinhua.

Jerónimo de Sousa disse que sob a liderança do Partido Comunista da China (PCC), a China obteve sua independência e libertação nacional, e se tornou a segunda maior economia do mundo e um importante participante no cenário internacional. “Em diferentes etapas e tempos, foram realizados progressos a nível político, económico, social e cultural”, disse ele, acrescentando que “os sucessos notáveis são o resultado da luta e da dedicação dos comunistas, trabalhadores e povo chineses”.

O dirigente partidário destacou que o alívio da pobreza na China tem sido o maior sucesso num país com 1,4 mil milhões de pessoas. Citado pela Xinhua, Jerónimo de Sousa referiu que a erradicação da pobreza até 2020 será um feito significativo e histórico.

Palavra de diplomata

O embaixador da China em Portugal, Cai Run, disse ontem que “a prosperidade e estabilidade” de Macau, nos últimos 20 anos, mostrou ao mundo uma prática bem-sucedida de “um país, dois sistemas”.
“A prosperidade e estabilidade de Macau revelaram a grande vitalidade de ‘Um País, Dois Sistemas’, demonstrou ao mundo a prática bem-sucedida do princípio, com características de Macau e evidenciou que é viável, realizável e apoiado pelo povo”, afirmou Cai Run, num discurso para algumas dezenas de pessoas, entre elas personalidades da vida política.

O responsável diplomático da China em Lisboa falava na cerimónia de inauguração da exposição de fotografia que assinala o 20º aniversário do retorno da administração de Macau para a China, que decorreu ontem no Centro Científico e Cultural de Macau.

“Nos últimos 20 anos, temos aderido ao princípio de ‘Um País, Dois Sistemas’, ‘Macau governado pela sua gente’ e um alto grau de autonomia, assegurando a prosperidade e estabilidade de Macau, para que as práticas “Um País, Dois Sistemas’ em Macau sejam estáveis e duradouras”, reforçou.

O diplomata recordou que, com o apoio do Governo Central chinês, e do Interior da China, “sob a liderança dos chefes executivos e do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e graças aos esforços envidados por todos os círculos de Macau, a economia (…) tem crescido rápido, a vida do povo tem melhorado constantemente, a sociedade tem sido estável e harmoniosa, e têm-se verificado novos progressos nas mais diversas áreas”.

Tal como em Macau, em Honk Kong também vigora a prática de ‘Um País, Dois Sistemas’. Mas nos últimos tempos têm-se verificado violentos protestos em Hong Kong, virando as atenções do mundo para a região e para a forma como a China vai repor a estabilidade naquele território outrora, também até ao final dos anos 1990, administrado pelos ingleses.

Imagens do progresso

A exposição ontem inaugurada pretende mostrar, de forma abrangente, os “grandes êxitos” obtidos por Macau depois do “seu retorno à pátria”, em áreas como “a economia, política, bem-estar do povo, sociedade, cultura, entre outras”, explicou a embaixada da China.

O objectivo, ainda de acordo com a representação diplomática de Pequim em Lisboa, é que quem a visite fique com “uma ideia melhor sobre o fascínio encantador e futuro brilhante do desenvolvimento desta Terra de Lótus”.

A cerimónia contou ainda com a presença de antigos governadores portugueses do território, como Rocha Vieira e Garcia Leandro, e da secretária de Estado das Comunidade Portuguesas, Berta Nunes.

Uma ocasião que foi ainda aproveitada pelo embaixador chinês para frisar que os últimos 20 anos, ou seja depois do retorno de Macau “à pátria mãe”, com a transição da administração portuguesa do território para as mãos do Governo de Pequim, aniversário que se celebra em 20 de Dezembro, “foi um período de práticas bem-sucedidas do princípio ‘Um País, Dois Sistemas'”.

13 Dez 2019

Cooperação | Jerónimo de Sousa defende que Portugal só tem" a ganhar" com a China

Jerónimo de Sousa considera positiva a entrada de capitais chineses em Portugal se vigorar “o princípio de vantagens mútuas”. Quanto à transição de Macau, o líder do PCP destaca “a forma pacífica como se procedeu o retorno”. Na mesma ocasião, o embaixador da China em Portugal argumentou que a prosperidade e estabilidade de Macau comprovam o valor do princípio “Um País, Dois Sistemas”

 
[dropcap]U[/dropcap]ma exposição de fotografia que celebra o 20º aniversário da RAEM serviu de pano de fundo para ouvir Jerónimo de Sousa e Cai Run, Embaixador da China em Lisboa.
O secretário-geral do Partido Comunista Português, disse ontem, em Lisboa, que Portugal só tem a ganhar no relacionamento com a China, baseado no princípio das vantagens mútuas e considerou haver sinais de investimento chinês no sector produtivo
“Portugal só tem a ganhar no relacionamento com a China, como com qualquer outro país, desde que vigore o princípio de vantagens mútuas para ambos os países”, afirmou à Lusa Jerónimo de Sousa, à margem da inauguração da exposição de fotografia que assinala o 20º aniversário do retorno de Macau para a administração chinesa, no Centro Científico e Cultural de Macau.
Questionado sobre o tipo de investimento chinês em Portugal, mais de capital e não no sector produtivo, gerador de emprego, o político ressalvou que da parte do PCP “não existe nenhum preconceito, antes pelo contrário, em relação ao investimento estrangeiro”. “Nós saudamos o investimento estrangeiro que beneficie o nosso país, onde haja vantagens significativas, não só na criação de emprego, mas no próprio desenvolvimento económico, desenvolvimento territorial, e na diversidade”, afirmou o único líder partidário presente na inauguração da exposição chinesa.
Porém, considerou que “tem havido algum investimento chinês na produção”. Sobre a transição de Macau para a China, há 20 anos, Jerónimo de Sousa disse que “todos os elementos reconhecem” e demonstram que correu bem. “Houve um processo de diálogo permanente, procura das soluções, tranquilidade, e a forma pacífica como se procedeu a esse retorno é de valorizar, na medida em que as duas partes consideraram aquilo que era fundamental, que Macau de facto pertencia à China”, sublinhou.
Para o líder do PCP, as vantagens que Portugal retirou da presença de séculos naquele território foram “os laços, que se reforçaram” e, além da cultura portuguesa numa região tão longínqua, “também a própria língua, que facilita o desenvolvimento e o aprofundamento dessas relações”.
“Creio que podemos afirmar que, no quadro da normalização das relações e da sua própria evolução, fundamentalmente os dois povos e os dois países beneficiaram disso. Naturalmente com culturas e história diferentes”, salientou.
Jerónimo de Sousa notou que, “hoje, a evolução da própria humanidade é muito determinada por um relacionamento entre os povos”. “Num quadro de vantagens mútuas, pensamos que isso é importante. Independentemente de qualquer sistema social que vigore, o relacionamento entre os povos e os países é importante, não só numa perspectiva de paz e de relacionamento, mas também de desenvolvimento e de progresso”, considerou.

Vitória pelo socialismo

Há uns meses, em entrevista à agência Xinhua, o secretário-geral do PCP teceu considerações sobre o contexto político chinês desde a fundação da República Popular da China. Para Jerónimo de Sousa, o progresso da China nos últimos 70 anos demonstra que só o socialismo é que pode salvar o país.
“Dando conta destes últimos 70 anos, o preceito fundamental do Partido Comunista da China de ‘só o socialismo pode salvar a China’ tem toda a razão”, disse Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido Comunista Português, em uma entrevista exclusiva à Xinhua.
Jerónimo de Sousa disse que sob a liderança do Partido Comunista da China (PCC), a China obteve sua independência e libertação nacional, e se tornou a segunda maior economia do mundo e um importante participante no cenário internacional. “Em diferentes etapas e tempos, foram realizados progressos a nível político, económico, social e cultural”, disse ele, acrescentando que “os sucessos notáveis são o resultado da luta e da dedicação dos comunistas, trabalhadores e povo chineses”.
O dirigente partidário destacou que o alívio da pobreza na China tem sido o maior sucesso num país com 1,4 mil milhões de pessoas. Citado pela Xinhua, Jerónimo de Sousa referiu que a erradicação da pobreza até 2020 será um feito significativo e histórico.

Palavra de diplomata

O embaixador da China em Portugal, Cai Run, disse ontem que “a prosperidade e estabilidade” de Macau, nos últimos 20 anos, mostrou ao mundo uma prática bem-sucedida de “um país, dois sistemas”.
“A prosperidade e estabilidade de Macau revelaram a grande vitalidade de ‘Um País, Dois Sistemas’, demonstrou ao mundo a prática bem-sucedida do princípio, com características de Macau e evidenciou que é viável, realizável e apoiado pelo povo”, afirmou Cai Run, num discurso para algumas dezenas de pessoas, entre elas personalidades da vida política.
O responsável diplomático da China em Lisboa falava na cerimónia de inauguração da exposição de fotografia que assinala o 20º aniversário do retorno da administração de Macau para a China, que decorreu ontem no Centro Científico e Cultural de Macau.
“Nos últimos 20 anos, temos aderido ao princípio de ‘Um País, Dois Sistemas’, ‘Macau governado pela sua gente’ e um alto grau de autonomia, assegurando a prosperidade e estabilidade de Macau, para que as práticas “Um País, Dois Sistemas’ em Macau sejam estáveis e duradouras”, reforçou.
O diplomata recordou que, com o apoio do Governo Central chinês, e do Interior da China, “sob a liderança dos chefes executivos e do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e graças aos esforços envidados por todos os círculos de Macau, a economia (…) tem crescido rápido, a vida do povo tem melhorado constantemente, a sociedade tem sido estável e harmoniosa, e têm-se verificado novos progressos nas mais diversas áreas”.
Tal como em Macau, em Honk Kong também vigora a prática de ‘Um País, Dois Sistemas’. Mas nos últimos tempos têm-se verificado violentos protestos em Hong Kong, virando as atenções do mundo para a região e para a forma como a China vai repor a estabilidade naquele território outrora, também até ao final dos anos 1990, administrado pelos ingleses.

Imagens do progresso

A exposição ontem inaugurada pretende mostrar, de forma abrangente, os “grandes êxitos” obtidos por Macau depois do “seu retorno à pátria”, em áreas como “a economia, política, bem-estar do povo, sociedade, cultura, entre outras”, explicou a embaixada da China.
O objectivo, ainda de acordo com a representação diplomática de Pequim em Lisboa, é que quem a visite fique com “uma ideia melhor sobre o fascínio encantador e futuro brilhante do desenvolvimento desta Terra de Lótus”.
A cerimónia contou ainda com a presença de antigos governadores portugueses do território, como Rocha Vieira e Garcia Leandro, e da secretária de Estado das Comunidade Portuguesas, Berta Nunes.
Uma ocasião que foi ainda aproveitada pelo embaixador chinês para frisar que os últimos 20 anos, ou seja depois do retorno de Macau “à pátria mãe”, com a transição da administração portuguesa do território para as mãos do Governo de Pequim, aniversário que se celebra em 20 de Dezembro, “foi um período de práticas bem-sucedidas do princípio ‘Um País, Dois Sistemas'”.

13 Dez 2019

Maratona nos Jogos Paralímpicos permanecerá em Tóquio

[dropcap]A[/dropcap] maratona nos Jogos Paralímpicos permanecerá em Tóquio, confirmou hoje o presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC), depois de reuniões com a organização e a indicação de que o calor não será um problema.

Parsons indicou que na data da maratona, em 6 de Setembro, os dados mostram que o calor e a humidade não serão um problema, ao contrário do que se prevê para Agosto, o que levou à mudança das maratonas olímpicas para o norte do Japão, em Sapporo.

Outro aspecto importante para o presidente do Comité Paralímpico é a vontade dos atletas, que pretendem permanecer em Tóquio. “Quando falámos com os atletas em relação à maratona de Tóquio, a resposta geral foi que querem permanecer em Tóquio. Com muitos atletas a competirem também em provas de pista durante os Jogos, uma mudança seria de logística difícil”, disse o responsável.

O dirigente esclareceu, porém, que a “saúde e o bem-estar dos atletas são uma prioridade em todos os momentos” e que, por isso, foi vital analisar os dados relevantes e falar com os atletas.

12 Dez 2019

Telma Monteiro conquista medalha de bronze no Masters de Qingdao

[dropcap]T[/dropcap]elma Monteiro conquistou hoje a medalha de bronze no Masters de 2019, em Qingdao, com a portuguesa a subir pela quarta vez ao pódio na competição que reúne no final do ano os melhores judocas de cada categoria.

A judoca, a competir nos -57 kg, garantiu o bronze ao vencer Cheng-Ling Lien, de Taiwan, num combate que foi a prolongamento (golden score) e em que a portuguesa venceu por ippon, após o terceiro castigo à sua adversária.

Telma e Lien entraram na fase a eliminar, após os quatro minutos iniciais, ambas com dois castigos, mas Lien, que teve um jogo de menor risco acabou penalizada com um terceiro ‘shido’ aos 2.53 minutos do ‘golden score’.

Esta é a quarta medalha de Telma Monteiro numa competição de Masters, depois de ter sido campeã em 2011, em Baku, medalha de prata em 2012 em Almaty, e bronze em 2013 em Tyumen. A judoca é a única portuguesa com pódios em Masters.

Hoje, Telma, que está em zona de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio2020, sendo atualmente 17.ª no apuramento, perdeu um de quatro combates, com a japonesa Tsusaka Yoshida, que acabaria por perder nas meias-finais e depois no bronze.

Relegada para a zona de consolação Telma Monteiro venceu os dois combates que teve, com a sul-coreana Jisu Kim e com Lien, depois de ter também, na fase de ‘poule’, ter iniciado a prova em Qingdao com um triunfo frente à romena Loredana Ohai.

Em -48 kg competiram Maria Siderot e Catarina Costa, com as duas judocas eliminadas nas rondas iniciais.

Neste Masters, Portugal conta com nove judocas, entrando ainda em competição Bárbara Timo (vice-campeã mundial), nos -70 kg, e Anri Egutidze, nos -81 kg, na sexta-feira, e Patrícia Sampaio e Yahima Ramirez, nos -78 kg, Rochele Nunes, nos +78 kg, e Jorge Fonseca (campeão mundial), nos -100 kg, no sábado.

12 Dez 2019

História | Série documental “Macau Entre Dois Mundos” volta a ser transmitida pela RTP

[dropcap]O[/dropcap] Canal Memória da RTP volta a transmitir hoje, amanhã e nos dias 16, 17, 18 e 19 deste mês a série documental “Macau Entre Dois Mundos”, com autoria e produção de Fernando Lima, ex-residente de Macau e antigo assessor de Cavaco Silva, ex-Presidente da República portuguesa. Todos os episódios serão transmitidos às 14h00, hora portuguesa. A série poderá ser vista na plataforma RTP Play.

De acordo com uma nota oficial, a série retrata a história político-diplomática das relações Portugal-China e a questão de Macau, tendo sido transmitida pela primeira vez na RTP e TDM em 1999, na véspera da cerimónia de transferência de soberania de Macau para a República Popular da China. Foi repetida em 2009.

Os eventos vividos em Macau na Guerra do Pacífico, a chegada do Exército Vermelho às portas de Macau, o processo de concessão do jogo em 1962, os acontecimentos 1-2-3 e como afectaram a vida no território, o impacto do 25 de Abril e consequentes mudanças em Macau, o estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China em Fevereiro de 1979, bem as negociações da Declaração Conjunta entre Portugal e a China sobre a questão de Macau são matérias abordadas em “Macau Entre Dois Mundos”.

Foram recolhidos 53 depoimentos que incluem políticos como António Ramalho Eanes, Aníbal Cavaco Silva, José Manuel Durão Barroso, António Almeida Santos ou Adriano Moreira, entre outros. Os embaixadores Humberto Morgado, José Calvet Magalhães, António Patrício, João Hall Themido, António Coimbra Martins e António Ressano Garcia, todos já falecidos, são nomes que ficaram ligados às relações de Portugal com a China, cujos depoimentos ajudam a enquadrar épocas e acontecimentos marcantes para situar a questão de Macau.

Por fim, a série conta também com os contributos de figuras de Macau como Edmund Ho, o primeiro Chefe do Executivo da RAEM, o empresário do jogo Stanley Ho, o Bispo Domingos Lam, os padres Manuel Teixeira e Lancelote Rodrigues, Henrique Senna Fernandes, Roque Choi, Jorge Neto Valente, Jorge Rangel, Gary Ngai e Carlos Estorninho, entre outras personalidades ligadas à comunidade portuguesa e macaense. O último governador de Hong Kong, Chris Patten, foi igualmente ouvido.

Fernando Lima é também autor dos livros “Macau – As Duas Transições”, publicados em 1999. Recentemente, em edição do Instituto Internacional de Macau, publicou o livro “Macau – Um Diálogo de Sucesso”.

12 Dez 2019

História | Série documental “Macau Entre Dois Mundos” volta a ser transmitida pela RTP

[dropcap]O[/dropcap] Canal Memória da RTP volta a transmitir hoje, amanhã e nos dias 16, 17, 18 e 19 deste mês a série documental “Macau Entre Dois Mundos”, com autoria e produção de Fernando Lima, ex-residente de Macau e antigo assessor de Cavaco Silva, ex-Presidente da República portuguesa. Todos os episódios serão transmitidos às 14h00, hora portuguesa. A série poderá ser vista na plataforma RTP Play.
De acordo com uma nota oficial, a série retrata a história político-diplomática das relações Portugal-China e a questão de Macau, tendo sido transmitida pela primeira vez na RTP e TDM em 1999, na véspera da cerimónia de transferência de soberania de Macau para a República Popular da China. Foi repetida em 2009.
Os eventos vividos em Macau na Guerra do Pacífico, a chegada do Exército Vermelho às portas de Macau, o processo de concessão do jogo em 1962, os acontecimentos 1-2-3 e como afectaram a vida no território, o impacto do 25 de Abril e consequentes mudanças em Macau, o estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China em Fevereiro de 1979, bem as negociações da Declaração Conjunta entre Portugal e a China sobre a questão de Macau são matérias abordadas em “Macau Entre Dois Mundos”.
Foram recolhidos 53 depoimentos que incluem políticos como António Ramalho Eanes, Aníbal Cavaco Silva, José Manuel Durão Barroso, António Almeida Santos ou Adriano Moreira, entre outros. Os embaixadores Humberto Morgado, José Calvet Magalhães, António Patrício, João Hall Themido, António Coimbra Martins e António Ressano Garcia, todos já falecidos, são nomes que ficaram ligados às relações de Portugal com a China, cujos depoimentos ajudam a enquadrar épocas e acontecimentos marcantes para situar a questão de Macau.
Por fim, a série conta também com os contributos de figuras de Macau como Edmund Ho, o primeiro Chefe do Executivo da RAEM, o empresário do jogo Stanley Ho, o Bispo Domingos Lam, os padres Manuel Teixeira e Lancelote Rodrigues, Henrique Senna Fernandes, Roque Choi, Jorge Neto Valente, Jorge Rangel, Gary Ngai e Carlos Estorninho, entre outras personalidades ligadas à comunidade portuguesa e macaense. O último governador de Hong Kong, Chris Patten, foi igualmente ouvido.
Fernando Lima é também autor dos livros “Macau – As Duas Transições”, publicados em 1999. Recentemente, em edição do Instituto Internacional de Macau, publicou o livro “Macau – Um Diálogo de Sucesso”.

12 Dez 2019

Aung San Suu Kyi diz ao TIJ que Gâmbia deu imagem enganosa dos rohingya

[dropcap]A[/dropcap] líder de Myanmar (ex-Birmânia), Aung San Suu Kyi, disse ontem no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, que a Gâmbia desenhou uma “imagem enganosa e incompleta” da situação da minoria muçulmana rohingya no seu país.

“Infelizmente, a Gâmbia apresentou ao Tribunal uma imagem enganosa e incompleta da situação no estado de Rakhine”, disse Aung San Suu Kyi, numa audiência em que está a participar para defender o seu país, acusado de genocídio da minoria muçulmana rohingya.

A chefe de facto do Governo de Myanmar declarou ainda que a “intenção de genocídio” não pode ser “a única hipótese” na situação da minoria rohingya.

Perante os juízes do TIJ admitiu que o exército pode ter usado uma “força desproporcional”, mas defendeu que isso não prova que pretendia exterminar o povo rohingya.

“Certamente nessas circunstâncias, a intenção genocida não pode ser a única hipótese”, afirmou Aung San Suu Kyi, primeira Conselheira de Estado e ministra dos Negócios Estrangeiros de Myanmar.

As audiências do caso começaram na terça-feira e vão continuar até a quinta-feira no TIJ, em Haia, na Holanda.
As forças armadas de Myanmar começaram uma dura campanha de contra insurgência no estado de Rakhine em Agosto de 2017, em resposta a um ataque de uma milícia rebelde rohingya.

Cerca de 800.000 rohingya fugiram para o Bangladesh para escapar de uma alegada campanha de limpeza étnica envolvendo violações em massa, assassínios e queima de casas por parte dos militares birmaneses.
A Gâmbia, um país da África Ocidental, interpôs o caso diante do TIJ em nome da Organização de Cooperação Islâmica.

Aung San Suu Kyi defendeu ontem a acção do exército do seu país contra a minoria muçulmana, apesar das acusações de genocídio. “Medidas de segurança foram implementadas na zona de conflito”, disse a conselheira e ministra de Myanmar a um painel de 17 juízes, assegurando que “no seu país as violações de direitos humanos não são toleradas”.

Suu Kyi definiu como “conflito armado interno” os confrontos no estado de Rakhine, no oeste do país, e descreveu vários ataques a esquadras de polícia, que teriam como alvo milhares de agentes.

Julgar em casa

Nesse sentido, explicou que o termo “operações de limpeza” usado pelos militares para acções de resposta em Rakhine “foi distorcido” porque “na língua de Myanmar significa” libertação de localidades em busca de terroristas”.

Segundo Suu Kyi, o tribunal superior da ONU não deve intervir porque a Birmânia já criou tribunais para as acções mais controversas do Exército. “Se os militares cometeram crimes, serão processados pela justiça militar, como diz a Constituição de Myanmar”, afirmou.

“Como pode haver uma tentativa de genocídio, se essas medidas foram implementadas em Rakhine?”, questionou a conselheira de Estado.

A Gâmbia apresentou na terça-feira, com o apoio dos 57 países da Organização para a Cooperação Islâmica, a denúncia contra Myanmar com base na Convenção do Genocídio e apelou à implementação de medidas de precaução para proteger os rohingya. “Pedimos ao tribunal que não os aplique porque podem agravar o conflito”, alertou Suu Kyi.

12 Dez 2019

Direitos Humanos | Governo chinês defende noção própria e ataca EUA

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas defenderam ontem a sua noção de Direitos Humanos e criticaram Washington, devido à legislação que pune abusos em Hong Kong e Xinjiang, durante um fórum em Pequim com representantes dos países em desenvolvimento.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, não mencionou os Estados Unidos pelo nome, mas acusou “um determinado país de iniciar guerras comerciais e constantemente introduzir legislação para protecção dos chamados Direitos Humanos e democracia, visando interferir abertamente nos assuntos internos de outros países”.

O Congresso norte-americano aprovou este mês legislação que visa punir autoridades chinesas responsáveis por violações dos Direitos Humanos em Hong Kong e Xinjiang, região no extremo noroeste do país onde se estima que um milhão de membros de minorias étnicas chinesas são mantidos em campos de doutrinação.

Funcionários e diplomatas chineses apelidaram a legislação como “estúpida” e “maliciosa” e têm procurado o apoio de académicos, jornalistas e governos estrangeiros para a condenar.

Ma acusou ainda os EUA de espalharem conflitos e crises humanitárias em outros pontos do globo “sob a bandeira dos Direitos Humanos”, reflectindo as acusações de que as intervenções norte-americanas e promoção da democracia destabilizaram países como a Síria e a Venezuela.

A China acusou repetidamente os EUA de fomentarem os protestos que se prolongam há sete meses em Hong Kong, com manifestações quase diárias para denunciar a alegada erosão das liberdades, a crescente influência do Governo chinês nos assuntos da região semiautónoma, e para exigir reformas democráticas.

Pequim alega ainda que o vasto sistema de detenções extrajudiciais em Xinjiang faz parte de um programa de treino vocacional, visando combater a pobreza e o extremismo religioso.

Ma condenou ainda as políticas comerciais dos EUA, acusando Washington – novamente sem referir o nome – de “segurar cassetetes de sanções” e praticar bloqueios económicos ou a dissociação com a China nas áreas da ciência e tecnologia.

“Estes actos não apenas impedem o desenvolvimento da economia mundial, como também violam os direitos humanos das pessoas dos países afectados. Devemos resistir e opormo-nos firmemente”, afirmou Ma, durante o fórum sobre os Direitos Humanos, realizado em Pequim.

Pontos de vista

O ministro da Propaganda chinês, Huang Kunming, sublinhou ainda a rejeição da China à noção de um padrão universal de Direitos Humanos.

A China insiste que cabe a cada nação definir a sua própria noção de Direitos Humanos e rejeita conceitos ocidentais como a liberdade de expressão, democracia liberal ou direitos civis e políticos, em favor de um sistema autoritário, que prioriza o desenvolvimento económico e melhoria dos padrões de vida.

“Não há um caminho e modelo universais para os Direitos Humanos no mundo”, disse. “O desenvolvimento da causa dos Direitos Humanos deve e só pode ser promovido de acordo com as condições domésticas de cada país e as necessidades do seu povo”, realçou.

Segundo a imprensa estatal chinesa, políticos e académicos oriundos de mais de 70 países em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina, e representantes das Nações Unidas participam no Fórum sobre os Direitos Humanos Sul-Sul, a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

12 Dez 2019

Direitos Humanos | Governo chinês defende noção própria e ataca EUA

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas defenderam ontem a sua noção de Direitos Humanos e criticaram Washington, devido à legislação que pune abusos em Hong Kong e Xinjiang, durante um fórum em Pequim com representantes dos países em desenvolvimento.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, não mencionou os Estados Unidos pelo nome, mas acusou “um determinado país de iniciar guerras comerciais e constantemente introduzir legislação para protecção dos chamados Direitos Humanos e democracia, visando interferir abertamente nos assuntos internos de outros países”.
O Congresso norte-americano aprovou este mês legislação que visa punir autoridades chinesas responsáveis por violações dos Direitos Humanos em Hong Kong e Xinjiang, região no extremo noroeste do país onde se estima que um milhão de membros de minorias étnicas chinesas são mantidos em campos de doutrinação.
Funcionários e diplomatas chineses apelidaram a legislação como “estúpida” e “maliciosa” e têm procurado o apoio de académicos, jornalistas e governos estrangeiros para a condenar.
Ma acusou ainda os EUA de espalharem conflitos e crises humanitárias em outros pontos do globo “sob a bandeira dos Direitos Humanos”, reflectindo as acusações de que as intervenções norte-americanas e promoção da democracia destabilizaram países como a Síria e a Venezuela.
A China acusou repetidamente os EUA de fomentarem os protestos que se prolongam há sete meses em Hong Kong, com manifestações quase diárias para denunciar a alegada erosão das liberdades, a crescente influência do Governo chinês nos assuntos da região semiautónoma, e para exigir reformas democráticas.
Pequim alega ainda que o vasto sistema de detenções extrajudiciais em Xinjiang faz parte de um programa de treino vocacional, visando combater a pobreza e o extremismo religioso.
Ma condenou ainda as políticas comerciais dos EUA, acusando Washington – novamente sem referir o nome – de “segurar cassetetes de sanções” e praticar bloqueios económicos ou a dissociação com a China nas áreas da ciência e tecnologia.
“Estes actos não apenas impedem o desenvolvimento da economia mundial, como também violam os direitos humanos das pessoas dos países afectados. Devemos resistir e opormo-nos firmemente”, afirmou Ma, durante o fórum sobre os Direitos Humanos, realizado em Pequim.

Pontos de vista

O ministro da Propaganda chinês, Huang Kunming, sublinhou ainda a rejeição da China à noção de um padrão universal de Direitos Humanos.
A China insiste que cabe a cada nação definir a sua própria noção de Direitos Humanos e rejeita conceitos ocidentais como a liberdade de expressão, democracia liberal ou direitos civis e políticos, em favor de um sistema autoritário, que prioriza o desenvolvimento económico e melhoria dos padrões de vida.
“Não há um caminho e modelo universais para os Direitos Humanos no mundo”, disse. “O desenvolvimento da causa dos Direitos Humanos deve e só pode ser promovido de acordo com as condições domésticas de cada país e as necessidades do seu povo”, realçou.
Segundo a imprensa estatal chinesa, políticos e académicos oriundos de mais de 70 países em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina, e representantes das Nações Unidas participam no Fórum sobre os Direitos Humanos Sul-Sul, a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

12 Dez 2019

Clube Militar | Gastronomia e vinhos para celebrar 20 anos da RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Clube Militar de Macau promove a partir de sexta-feira o Festival de Gastronomia e Vinhos de Portugal para celebrar o 20.º aniversário do território, informou ontem o presidente daquela entidade.

A iniciativa decorre até dia 20, quando se assinalam 20 anos que o clube “acolheu o seu 1.º Festival de Gastronomia de Portugal, em Dezembro de 1999, com o apoio do Turismo de Portugal, com a cozinha minhota da Pousada de Viana do Castelo, por ocasião das cerimónias da transferência da soberania de Macau e criação da RAEM”, segundo a mesma nota.

Três ‘chefs’ participam no evento: Noélia Jerónimo, “uma referência incontornável da gastronomia do Algarve acentuadamente mediterrânica”, os “irmãos Geadas, (…) que dirigem na cidade de Bragança o primeiro restaurante transmontano distinguido com uma estrela Michelin [G Pousada]”, e José Júlio Vintém, “apontado, desde há muitos anos, como uma referência de prestígio da riquíssima gastronomia alentejana”.

Os objectivos do evento passam pela “promoção da gastronomia portuguesa na RAEM, a promoção de Macau pela qualidade e diversidade da sua oferta gastronómica de qualidade”, mas também pela “formação e aperfeiçoamento dos seus profissionais de cozinha, todos provenientes das Filipinas, que ao longo destes anos têm garantido uma oferta gastronómica portuguesa actualizada e de qualidade inegavelmente prestigiante”.

O Clube Militar de Macau assinala, em 2020, 150 anos de história, durante a qual tem “consolidado a sua matriz identitária de instituição de tradição cultural portuguesa da RAEM”, refere-se no comunicado.

12 Dez 2019

Clube Militar | Gastronomia e vinhos para celebrar 20 anos da RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Clube Militar de Macau promove a partir de sexta-feira o Festival de Gastronomia e Vinhos de Portugal para celebrar o 20.º aniversário do território, informou ontem o presidente daquela entidade.
A iniciativa decorre até dia 20, quando se assinalam 20 anos que o clube “acolheu o seu 1.º Festival de Gastronomia de Portugal, em Dezembro de 1999, com o apoio do Turismo de Portugal, com a cozinha minhota da Pousada de Viana do Castelo, por ocasião das cerimónias da transferência da soberania de Macau e criação da RAEM”, segundo a mesma nota.
Três ‘chefs’ participam no evento: Noélia Jerónimo, “uma referência incontornável da gastronomia do Algarve acentuadamente mediterrânica”, os “irmãos Geadas, (…) que dirigem na cidade de Bragança o primeiro restaurante transmontano distinguido com uma estrela Michelin [G Pousada]”, e José Júlio Vintém, “apontado, desde há muitos anos, como uma referência de prestígio da riquíssima gastronomia alentejana”.
Os objectivos do evento passam pela “promoção da gastronomia portuguesa na RAEM, a promoção de Macau pela qualidade e diversidade da sua oferta gastronómica de qualidade”, mas também pela “formação e aperfeiçoamento dos seus profissionais de cozinha, todos provenientes das Filipinas, que ao longo destes anos têm garantido uma oferta gastronómica portuguesa actualizada e de qualidade inegavelmente prestigiante”.
O Clube Militar de Macau assinala, em 2020, 150 anos de história, durante a qual tem “consolidado a sua matriz identitária de instituição de tradição cultural portuguesa da RAEM”, refere-se no comunicado.

12 Dez 2019

BO | Celeste Vong deixa o Instituto de Acção Social

[dropcap]C[/dropcap]eleste Vong Yim Mui está de saída do Instituto de Acção Social (IAS) e sai com um louvor do secretário para os Assunto Sociais e Cultura, que foi publicado ontem em Boletim Oficial. “Manifesto publicamente o reconhecimento pela extraordinária competência de liderança e profissionalismo com que Vong Yim Mui sempre desempenhou as suas funções”, escreveu Alexis Tam.

Vong Yim Mui está na Função Pública desde 1992 e ocupou vários cargos de direcção e chefia, sempre no IAS. Contudo, o secretário vai mais longe e recorda a “lealdade, enorme dedicação à causa pública, capacidade de antecipação dos problemas, sensibilidade, perspicácia e bom-senso”.

Porém, Celeste Vong é igualmente recordada pela obra deixada: “A vasta experiência adquirida na Função Pública, a que tão bem se aliaram as suas qualidades pessoais e o profundo conhecimento em assistência social, foram colocados ao serviço dos grupos mais vulneráveis”, é considerado. “Igualmente, implementou e promoveu, com eficácia, numerosas políticas de assistência social e diversos serviços sociais, em que se destacam os diplomas relativos à prevenção e combate à violência doméstica, aos direitos e interesses dos idosos e ao Regime de Credenciação dos Assistentes Sociais”, acrescentou.

Na hora da despedida, Alexis Tam aponta que se sente grato à colega de trabalho pela dedicação, mas ressalva que a distinção é atribuída com toda a justiça. Esta é a segunda vez que Celeste Vong é distinguida durante o ano, uma vez que já tinha sido galardoado pelo Governo da RAEM com a Medalha de Mérito Altruístico.

12 Dez 2019

BO | Celeste Vong deixa o Instituto de Acção Social

[dropcap]C[/dropcap]eleste Vong Yim Mui está de saída do Instituto de Acção Social (IAS) e sai com um louvor do secretário para os Assunto Sociais e Cultura, que foi publicado ontem em Boletim Oficial. “Manifesto publicamente o reconhecimento pela extraordinária competência de liderança e profissionalismo com que Vong Yim Mui sempre desempenhou as suas funções”, escreveu Alexis Tam.
Vong Yim Mui está na Função Pública desde 1992 e ocupou vários cargos de direcção e chefia, sempre no IAS. Contudo, o secretário vai mais longe e recorda a “lealdade, enorme dedicação à causa pública, capacidade de antecipação dos problemas, sensibilidade, perspicácia e bom-senso”.
Porém, Celeste Vong é igualmente recordada pela obra deixada: “A vasta experiência adquirida na Função Pública, a que tão bem se aliaram as suas qualidades pessoais e o profundo conhecimento em assistência social, foram colocados ao serviço dos grupos mais vulneráveis”, é considerado. “Igualmente, implementou e promoveu, com eficácia, numerosas políticas de assistência social e diversos serviços sociais, em que se destacam os diplomas relativos à prevenção e combate à violência doméstica, aos direitos e interesses dos idosos e ao Regime de Credenciação dos Assistentes Sociais”, acrescentou.
Na hora da despedida, Alexis Tam aponta que se sente grato à colega de trabalho pela dedicação, mas ressalva que a distinção é atribuída com toda a justiça. Esta é a segunda vez que Celeste Vong é distinguida durante o ano, uma vez que já tinha sido galardoado pelo Governo da RAEM com a Medalha de Mérito Altruístico.

12 Dez 2019