Hoje Macau EventosContos originais de autoras de oito países lusófonos celebram Dia da Língua Portuguesa Um livro infantil com 16 contos originais de autoras de oito países lusófonos vai ser editado em Moçambique para celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, em 5 de Maio. Intitulada “Contar Histórias com a Avó ao Colo”, a obra remete para ditados e expressões populares e para o conhecimento passado de geração em geração, e conta com a participação de Lurdes Breda (Portugal), Mariana Lanelli (Brasil), Maria Celestina Fernandes (Angola), Natacha Magalhães (Cabo Verde), Kátia Casimiro (Guiné-Bissau), Angelina Neves (Moçambique), Olinda Beja (São Tomé e Príncipe) e Maria do Céu Lopes da Silva (Timor-Leste). Depois da edição, em 2020, de “100 Papas na Língua”, da autoria de Lurdes Breda, a opção este ano passou por alargar o novo livro à cultura de outros países lusófonos e às suas expressões populares. Em declarações à agência Lusa, Lurdes Breda contou que a ideia foi a de que, “através de textos originais, com algum humor, se pudesse passar para as gerações mais novas coisas enraizadas na cultura de cada um dos países, sob o abraço da língua portuguesa que tem estas especificidades todas que as crianças nem fazem ideia”. “Com estes textos queremos dar a conhecer um bocadinho da cultura e das raízes culturais de cada um dos países. Temos uma série de usos e costumes completamente antagónicos e diferentes”, acrescentou. O livro reúne autoras de todos os estados-membros da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), à exceção da Guiné Equatorial: “Na Guiné Equatorial, nós não temos qualquer ligação, nem ao nível da língua, é um bocado estranho. Tentámos, mas aí não conseguimos chegar”, observou a escritora de livros infantis, residente em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra. O livro possui uma imagem “maternal e feminina”, devido a todos os textos serem escritos por mulheres, embora Lurdes Breda recuse que se trate de um “projeto feminista”. Com edição da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa e do Camões – Centro Cultural em Maputo, “Contar histórias com a avó ao colo” tem coordenação editorial de Teresa Noronha, enquanto a ilustração e design editorial são da autoria de Tânia Clímaco. À Lusa, a ilustradora de Torres Vedras revelou ter sido a primeira vez que fez um trabalho para escritores de fora de Portugal: “Todos falamos a língua portuguesa. No entanto, são países muito diferentes, de culturas diferentes, de cores diferentes e de realidades completamente diferentes”, notou Tânia Clímaco. “Tive de entrar do espírito de cada país. A primeira ilustração que fiz foi a de Portugal, estava ‘em casa’ e correu muito bem. Mas, os outros, confesso que fiz muita, mas muita pesquisa, para poder ilustrar estes textos”, adiantou. Tânia Clímaco deu exemplos, em Angola, do tecido samakaka ou da floresta de Maiombe, em Cabinda, que “não fazia a mínima ideia se era densa ou se não era”, passando pela Cuca, figura mítica do folclore brasileiro, o “crocodilo terrível” que remeteu a ilustradora para a sua própria infância e para a série televisiva do Sítio do Pica-Pau Amarelo, as casas sagradas em Timor-Leste ou o ‘Toca-toca’, a expressão que, num dos textos da Guiné-Bissau, define um autocarro “azul e amarelo, muito específico”, existência que “desconhecia completamente”. Se no início ficou “um bocadinho assustada” pela necessidade de “transportar os leitores para os locais” em países que não conhecia, especialmente os africanos, o resultado, alicerçado no trabalho de pesquisa, acabou por contentar as autoras dos textos. “As ilustrações são baseadas nessas especificidades, nos pormenores de cada país. E todas viram as ilustrações e gostaram muito, tenho as cores e os ambientes de África e a minha linguagem gráfica acaba por ser uma segunda língua neste trabalho”, observou Tânia Clímaco. Falta agora conhecer os países por si retratados no livro: “Se me convidarem, já estou num avião”, brincou. Para além da edição do livro em suporte de papel, “Contar Histórias com a Avó ao Colo” estará igualmente disponível em suporte digital, formato de ‘e-book’, para descarregamento gratuito na página internet do instituto Camões de Maputo. A obra contou ainda com um apoio da Rede de Bibliotecas Escolares, no que se refere à sua distribuição pelas bibliotecas das várias Escolas Portuguesas no estrangeiro e terá um vídeo oficial de suporte à sua divulgação, com testemunhos das autoras e leituras de crianças dos países envolvidos.
Hoje Macau China / ÁsiaAlemanha e China intensificam cooperação sobre alterações climáticas A Alemanha e a China concordaram na segunda-feira aumentar a cooperação bilateral no combate às alterações climáticas com a intenção de impedir o aumento da temperatura média global acima dos 1,5 graus centígrados até 2100. Os países estão a ficar sem tempo para alcançar este objectivo, definido no Acordo de Paris em 2015, porque a temperatura média global já aumentou 1,2 graus centígrados desde o período pré-industrial, afirmam cientistas, “Precisamos de fazer todo o possível para reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa mais depressa do que planeado até agora”, afirmou a ministra do Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze. “Juntamente com os grandes países industrializados, também precisamos da China para isto”, acrescentou. A China tornou-se o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, passando os EUA, que agora é o segundo. Prometeu parar de acrescentar dióxido de carbono, o principal gás com efeito de estufa, à atmosfera até 2060 – uma década depois dos EUA e da União Europeia. O acordo sino-alemão foi alcançado antes da cimeira governamental dos dois países na quarta-feira. Schulze disse que ela e o seu homólogo Huang Runqui discutiram a forma de Pequim conseguir antecipar o calendário de reduzir emissões e o uso do carvão, um combustível particularmente poluente. A Alemanha tenciona deixar de usar o carvão na produção de electricidade até 2038. Travão no carvão Na segunda-feira, três centros de reflexão ambiental alemães sustentaram que o país pode antecipar a sua meta em cinco anos, se deixar de usar carvão até 2030, aumentar de forma significativa a geração de energia renovável, substituir o gás natural por hidrogénio até 2040 e proibir a matriculação de veículos com motor de combustão até 2032. Em conjunto, estas medidas poderiam ajudar a Alemanha a evitar a emissão de mil milhões de toneladas, afirmaram. O plano recebeu o apoio do partido ambientalista Verdes, que está a liderar as sondagens, cinco meses antes das eleições federais. Annalena Baerbock, a candidata do partido à sucessão da chanceler Angela Merkel, afirmou que a proposta mostrou que “reformular a indústria alemã com um ambicioso objectivo é mais do que possível”.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste registou quase 100 casos de covid-19 nas últimas 24 horas Timor-Leste registou nas últimas 24 horas um total de 99 casos de infeções com o SARS-CoV-2, a maior parte dos quais nas duas maiores cidades do país, Díli e Baucau, informou ontem o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC). Em comunicado o CIGC explica que 58 dos casos se registaram em Díli, com 34 em Baucau, dois cada em Ainaro e Ermera e um cada em Aileu, Viqueque e Oecusse. No mesmo período registou-se um total de 76 casos recuperados, com o total de ativos a ser agora de 1073 e o total de infeções registadas desde o início da pandemia a ultrapassar pela primeira vez os 2.000 (para 2.048). O CIGC explica que os casos incluem cinco pessoas com sintomas da covid-19, sendo que o total de positivos representam 10,33% do total de 958 testes realizados pelo Laboratório Nacional. Há agora casos reportados de infeção com o SARS-CoV-2 nos 12 municípios e no enclave de Oecusse-Ambeno. O comunicado do CIGC confirma que a incidência em Díli nos últimos sete dias foi de 27,3 por 100 mil habitantes, acima dos 22,5 registados na vizinha Indonésia. Actualmente há 20 casos moderados e dois graves no centro de isolamento de Vera Cruz, em Díli. As autoridades timorenses antecipam um aumento significativo de casos de covid-19 nas próximas semanas, incluindo mais hospitalizações e potenciais óbitos, com transmissão comunitária em Díli e cada vez menos respeito pelas medidas preventivas. A previsão é feita num relatório de análise epidemiológica à situação da covid-19, a que a Lusa teve acesso, e que confirma a progressão da curva epidémica, com o número total de casos a crescer significativamente em abril. “A subida acentuada na curva mostra que o número total de casos está a aumentar rapidamente, à medida que a transmissão continua dentro da comunidade”, refere-se no relatório. “Se o crescimento de casos diários continuar ao ritmo atual antecipamos cerca de 2.000 novos casos diagnosticados nas próximas duas semanas, associado ao aumento das hospitalizações e mortes”, prevê-se no documento.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | “Dilúvio” de doentes esgota camas em hospitais de Goa e desespera famílias Por Paula Telo Alves, da Agência Lusa O médico de Goa Oscar Rebello alertou ontem que a situação da covid-19 naquele estado indiano “é terrível”, com camas a faltar nos hospitais, por causa do “dilúvio de doentes” nesta segunda vaga da pandemia. “Em setembro, na primeira vaga, os casos aumentavam mais devagar, mas desta vez é um completo dilúvio”, disse à Lusa o médico do Hospital Healthway, em Goa Velha, em Pangim, capital daquele estado indiano. O médico, que fala português fluentemente, intercalado com algumas palavras em inglês, trata doentes com covid-19 há mais de um ano, e garante que a situação atual é a pior desde o início da pandemia. “É terrível, é um desastre”, disse à Lusa. “Antes, tínhamos tempo para assistir os doentes, organizar o oxigénio e o remdesivir [anti-viral para tratar a doença], mas desta vez é um dilúvio, uma trovoada”, lamentou. Apesar de “para já” não faltar oxigénio em Goa, como acontece noutros estados indianos, a afluência de doentes aos hospitais, “públicos e privados”, excede largamente as camas disponíveis, segundo o médico. “Os doentes estão como sardinhas”, contou à Lusa. “Há gente em macas e cadeiras porque não têm cama”, denunciou. “É horrível, não podemos manejar. Estamos completamente cansados, deprimidos, esgotados”, admitiu. O médico, nascido em 1952, disse estar particularmente chocado com a letalidade da doença entre os jovens. “Desta vez, jovens de 30, 35 anos, que não têm nada – não há diabetes, não fumam – estão a morrer. É uma tragédia enorme”, lamentou. O desespero dos doentes e famílias está a levar muitos a recorrer às redes sociais, noticiou na segunda-feira o jornal local Herald, e há mesmo quem peça ajuda à Igreja, num estado onde cerca de um quarto da população é católica, disse à Lusa o padre Noel da Costa. “Nós também recebemos chamadas e dizemos às pessoas que têm de contactar um médico, mas eles respondem: ‘Padre, todos os hospitais estão cheios, não há vagas, o que podemos fazer?'”, contou à Lusa o prelado. “Estão tão desesperados que ligam a toda a gente para ver se conseguem ajuda de alguém”, explicou. A Igreja tem apelado às pessoas “para ficarem em casa, porque a situação é muito má”, disse o padre. “Não há vagas nos hospitais, as pessoas estão a morrer em Goa, milhares estão a ser infetados”, lamentou. “Nós também nos sentimos impotentes”, admitiu. Na semana passada, o presidente da Conferência Episcopal Católica da Índia pediu aos bispos para realizarem um dia de oração a 07 de maio, “procurando intervenção divina para salvar o país da pandemia”, segundo a agência católica Union of Catholic Asian News. Em Goa, a maioria das igrejas “estão fechadas”, com os serviços religiosos a serem transmitidos pelas redes sociais, mas isso não vai impedir a iniciativa, disse o padre Noel da Costa. “Estamos a usar as redes sociais para avisar cada família, individualmente, através do Whatsaap, para rezarem”, contou. Goa, que faz fronteira com dois dos estados mais afetados do país, Maharashtra e Karnataka, registou na segunda-feira um novo recorde de casos desde o início da pandemia, com 2.321 novas infeções, além de 38 mortes provocadas pela doença. A situação já levou o ministro da Saúde daquele estado, Rane Vishwajit, a pedir medidas mais drásticas ao Governo. “Chegou a altura de Goa ter um confinamento completo pelo menos durante um mês, não podemos dar-nos ao luxo de perder mais vidas”, escreveu o ministro na segunda-feira, na rede social Twitter, adiantando que apelaria ao chefe do Governo, Pramod Sawant, para decretar a medida. O responsável do executivo recusou no entanto o confinamento, segundo os jornais locais, mas para o médico Oscar Rebello, é urgente impor restrições para “quebrar a cadeia de transmissão”. “Esses casamentos, festivais religiosos, casinos… Com certeza que o vírus se vai espalhar. Por isso, sim, sou a favor de um ‘lockdown’ [confinamento] parcial, pelo menos durante 15 dias”, afirmou. Com 1,5 milhões de habitantes, Goa tem “alta positividade neste momento”, disse à Lusa o professor de Física e Biologia Gautam Menon, que trabalha em modelos matemáticos de previsão da doença para vários Governos de estados indianos. Para o professor da Universidade Ashoka, “é provável” que o surto em Goa esteja relacionado com a presença da variante indiana, predominante no estado vizinho de Maharashtra, um dos mais afetados. Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia está a braços com um surto devastador, com recordes de mortes e contágios durante cinco dias consecutivos, o que já levou vários países a oferecerem ajuda ao gigante asiático. A segunda vaga atingiu o país após uma redução drástica das infeções durante vários meses, o que levou muitos a especular sobre a possível imunidade da população à doença. “Na vida, a gente paga sempre a arrogância”, apontou Oscar Rebello. “Nunca se devia ser arrogante em relação ao vírus, é preciso continuar humilde”, defendeu o médico.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas celebram 500 anos da morte de Magalhães, mas também a sua herança As Filipinas estão a celebrar 500 anos da vitória do herói nativo Lapu Lapu contra Fernão de Magalhães, que morreu em 27 de Abril de 1521 em Mactan, mas também o legado que deixou no país. Se por um lado, as Filipinas glorificam a vitória de Lapu Lapu e a expulsão dos invasores estrangeiros, celebram também algo que foi trazido por Fernão de Magalhães: o cristianismo. “O cristianismo é o mais importante. Ele trouxe o cristianismo para as Filipinas”, explicou à Lusa o cônsul honorário de Portugal em Cebu, Samuel Chioson, sobre as comemorações da chegada do cristianismo ao país, levado pelo navegador português Fernão de Magalhães, que aportou em Cebu em Março de 1521. “Por isso também celebramos a sua chegada, que trouxe a nossa fé”, frisou, não fossem as Filipinas o maior país católico asiático. Contudo, a tónica das celebrações de ontem foi mesmo a vitória de Lapu Lapu contra Fernão de Magalhães. “Magalhães implorou ao povo de Mactan que se rendesse, apenas para receber uma resposta de que, se os espanhóis tivessem lanças, os guerreiros de Mactan tinham lanças com pontas endurecidos no fogo”, lembrou o Comité Nacional do Cinquentenário, da República das Filipinas. “Devido à maré baixa, os barcos de Magalhães não conseguiram chegar à costa, forçando-os a caminhar em águas profundas. Ali, os guerreiros de Mactan atacaram os inimigos. Assustados com a súbita carga, os espanhóis entraram em pânico e começaram a disparar as suas armas e bestas, mas estavam demasiado longe para bombardear a costa. Em vez disso, os guerreiros Mactan regaram estes estrangeiros com flechas venenosas, e uma delas atingiu Magalhães na sua perna, caindo de cara para baixo”, acrescentaram. A celebração nacional teve início às 08h no Santuário da Liberdade, na cidade de Lapu-Lapu, mas não só: um pouco por todo o país, em praças públicas, parques, edifícios e escolas, à mesma hora, realizaram-se cerimónias de hasteamento simultâneo da bandeira. Meio milénio Após as suas declarações seguiu-se um desfile militar em honra de Lapu Lapu e uma breve encenação da Batalha de Mactan. Apesar da ênfase na vitória de Lapu Lapu, as Filipinas celebram também a primeira circum-navegação do planeta e o que isso significou para a humanidade e para a ciência, apontou o Comité Nacional do Cinquentenário. “Neste 2021, comemoraremos a parte filipina na realização da ciência e da humanidade na circum-navegação do planeta pela primeira vez. No centro desta comemoração está o 500.º aniversário da Vitória em Mactan, a 27 de Abril de 2021″, indicaram.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Li Keqiang exige combate à corrupção e falsificações O primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse que o governo deveria praticar autodisciplina no desempenho das suas funções, de modo a garantir que os objectivos e tarefas estabelecidos este ano para o desenvolvimento económico e social do país sejam completados a tempo. “As políticas e medidas de redução de impostos e taxas deveriam ser postas em prática a fim de revigorar as entidades do mercado”, afirmou. “Embora as políticas financeiras que beneficiam as empresas devam ser implementadas de forma direccionada e eficaz, a supervisão financeira deve ser intensificada para investigar rigorosamente os problemas de corrupção escondidos nos riscos financeiros”, afirmou Li. Li apelou ao reforço da supervisão do investimento em áreas relativas à subsistência das pessoas, tais como emprego, educação, medicina e cuidados a idosos. “Qualquer retenção, desvio ou reclamação falsa de tal investimento deve ser investigada e punida”, afirmou. O primeiro-ministro salientou que o governo deve realmente apertar o cinto e cortar honestamente os gastos em itens não essenciais e não obrigatórios, para que o dinheiro poupado possa ser utilizado para as pessoas. Li disse ainda que “as reformas para delegar poder, racionalizar a administração e optimizar os serviços governamentais devem ser mais bem executadas para melhor estimular a vitalidade do mercado e a criatividade social” e instou esforços para regular o poder executivo na fonte, a fim de “erradicar ainda mais a corrupção e levar a cabo a supervisão de uma forma justa”. “As áreas relativas à vida das pessoas e à segurança pública devem ser alvo de supervisão e actividades ilegais, como a produção e venda de bens falsificados ou de qualidade inferior, devem ser rigorosamente regulamentadas com pesadas sanções”, afirmou Li. Cinema na mira Nesta linha, mais de 30 mil ligações na internet, que infringiram os direitos de autor de filmes, foram eliminadas numa campanha recente, com o encerramento de 45 portais, disseram as autoridades na segunda-feira. A campanha de dois meses, levada a cabo conjuntamente pela Administração Nacional de Direitos de Autor, a Administração Cinematográfica da China e o Ministério da Segurança Pública, visava proteger os direitos de autor de filmes durante a época do Festival da Primavera – a época de bilheteira mais lucrativa do mercado cinematográfico chinês. Durante a campanha, as agências governamentais listaram sete filmes como os seus principais alvos, visitando os cinemas 11.800 vezes e inspeccionando as aplicações dos smartphones 2.682 vezes, disseram as autoridades num comunicado. Em Março, 18 pessoas foram descobertas em Yibin, no sudoeste da província de Sichuan, que tinham gravado e copiado ilegalmente vários filmes e depois vendido no mercado, tendo os suspeitos sido apanhados pela polícia local. “Vamos intensificar os esforços contra as violações dos direitos de autor dos filmes desde o início, tais como as cópias nas salas de cinema, e também lutar mais fortemente contra aqueles que as espalham online”, disseram as autoridades. “Instaremos também as plataformas da Internet a assumirem mais responsabilidades de supervisão, ajudando o país a criar um melhor ambiente para proteger os direitos de autor”, acrescentaram.
Hoje Macau EventosBibliotecas | Nova edição de “Os Livros e a Cidade” já disponível A 26ª edição de “Os Livros e a Cidade” já está disponível para levantamento gratuito por parte do público. Sob o tema “Leituras Nutritivas” a obra publicada pela Biblioteca Pública de Macau começa por apresentar três escritores de renome dedicados a diferentes áreas literárias que partilham as suas experiências pessoais sobre “como descobrir um novo eu”, através da leitura e na perspectiva “dos estudos de comunicação, do crescimento espiritual e da arte da libertação”, pode ler-se num comunicado partilhado ontem pelo Instituto Cultural (IC). Já na secção “Retrato da Biblioteca”, a nova edição conta com entrevistas realizadas a formadores de artes visuais de Macau que abordam a melhor forma de “apreciar as subtilezas dos caracteres chineses sob diferentes perspectivas e actividades”. Destaque ainda para a secção “Fala o autor”, onde o ilustrador local Lin Ge partilha a inspiração por detrás da criação do livro de banda desenhada “Comportamentos e Actos”. Os 3.000 exemplares da 26ª edição de “Os Livros e a Cidade” podem ser levantados gratuitamente nas bibliotecas dependentes do IC, instituições de ensino superior, Galeria Tap Siac, espaços cultirais e livrarias seleccionadas.
Hoje Macau Manchete SociedadeTimorenses em Macau angariam fundos para povoações afectadas por cheias A delegação de Timor-Leste no Fórum de Macau e a Associação de Amizade Macau-Timor lançaram uma campanha de angariação de fundos para apoiar a localidade timorense de Laclubar, cuja população, afectada pelas cheias no país, necessita de ajuda “de forma urgente”. Em declarações à agência Lusa, o delegado de Timor-Leste do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa [Fórum de Macau], Danilo Lemos Henriques, justificou a campanha com a falta de apoio às localidades mais pequenas. “46 por cento das famílias afectadas encontram-se em Díli, o que tem permitido que lidere grande parte dos recursos que estão a ser mobilizados, deixando, desta feita, outras localidades menores, tal como Laclubar, desprovidas de apoios necessários para dar resposta às vítimas”, disse. Recorde-se que o ciclone Seroja atingiu Timor-Leste entre os dias 29 de Março e 4 de Abril, causando inundações e deslizamentos de terras, com particular expressão na capital, Díli, e nas zonas baixas circundantes, e provocou pelo menos 36 mortos e uma dezena de desaparecidos. O mesmo responsável explicou ainda que no Posto Administrativo de Laclubar, no Município de Manatuto, a cerca de 90 quilómetros a leste da capital timorense, 111 casas foram totalmente destruídas e mais de 230 danificadas, afectando um total de 345 famílias em seis aldeias atingidas. Apelo urgente As autoridades locais fizeram um levantamento de todas as famílias nas várias aldeias do município que precisam de ajuda. Por esta razão, Danilo Lemos Henriques apela à comunidade de Macau que queira ajudar para transferir qualquer quantia para a Conta Solidariedade Timor-Leste 9017515214 do Banco Nacional Ultramarino em Macau (BNU). “As comunidades estão a pedir apoio financeiro para poderem comprar mantimentos em Díli, que depois serão transportados para um local, o mais próximo possível de Laclubar” e ser entregue às famílias, explicou. No terreno, encontra-se Francisco Reis de Araújo, professor de ensino superior em Díli, mas que, devido à cerca sanitária imposta em Timor-Leste, tem estado há quase dois meses em Laclubar. “A população enfrenta fome e precisa de ajuda”, frisou, que se encontra a trabalhar com as autoridades da Administração do Posto Administrativo de Laclubar para apoiar a população. “Neste momento, estamos numa situação difícil e, por isso pedimos ajuda aos países irmãos e também a Macau”, território que conhece bem, fruto de ter estudado, em 2014, na Universidade de Macau.
Hoje Macau SociedadeEducação | UM quer licenciatura em ciências farmacêuticas A Universidade de Macau está a planear acrescentar cursos de licenciatura na área de ciências farmacêuticas, e mestrados nas áreas de saúde pública global e da “Internet das Coisas”. O objectivo é responder às “necessidades do desenvolvimento social”. A informação foi indicada num comunicado da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) sobre o que foi discutido na reunião plenária do Conselho do Ensino Superior. Já o projecto de desenvolvimento do Instituto Politécnico de Macau passa pela promoção da “Aliança para o Ensino da Língua Portuguesa na Grande Baía” e cooperação com as instituições de ensino superior da região. A DSEDJ destacou ainda a vontade do Instituto de Formação Turística em aproveitar as instalações de formação localizadas em Hengqin, Guangzhou e Shunde, para formar mais profissionais no sector do turismo da Grande Baía. Na reunião, o chefe do departamento do Ensino Superior da DSEDJ, apontou que nos últimos anos “registou-se um aumento significativo do número de cursos do ensino superior em funcionamento e de estudantes, enquanto o corpo docente também registou um aumento”. Além disso, a secretária Elsie Ao Ieong U afirmou que se está a criar um novo plano quinquenal.
Hoje Macau China / ÁsiaGuilin | Xi Jinping defende ecologia do rio Li Xi Jinping, secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), inspecionou no domingo a Região Autónoma da etnia Zhuang de Guangxi, no sul da China. De manhã, Xi foi para Caiwan, uma aldeia no condado de Quanzhou, na cidade de Guilin e visitou um parque memorial dedicado à Batalha do rio Xiang durante a Longa Marcha na década de 1930. O presidente chinês foi em seguida para a aldeia de Maozhushan, onde inspeccionou o progresso na promoção da vitalização rural. À tarde, Xi visitou um trecho do rio Li, onde se inteirou dos esforços locais para a conservação ecológica do rio. Referindo o curso de água como um “tesouro único” desse tipo na China e no mundo, Xi disse que o seu ambiente ecológico “nunca deve ser danificado”. Numa doca no rio, em Guilin, Xi ouviu relatórios feitos por autoridades locais sobre a protecção do meio ambiente no vale do rio e os esforços contra pedreiras e mineração ilegal de areia. “A pior parte são as pedreiras”, disse Xi, acrescentando que, “se uma montanha for vítima de tais atividades, estará perdida para sempre”. “Se mais actividades de mineração ilegal de areia e pedreiras ocorrerem, as partes relevantes devem ser responsabilizadas e os perpetradores devem ser investigados por responsabilidade criminal de acordo com a lei”, destacou Xi.
Hoje Macau China / ÁsiaMinistério da Segurança chinês divulga regulamentos contra-espionagem O Ministério da Segurança do Estado da China emitiu na segunda-feira regulamentos sobre o trabalho de segurança contra-espionagem, que entram em vigor após a promulgação. Segundo o ministério, “as agências de espionagem e inteligência e as forças hostis intensificaram a infiltração na China, e alargaram as suas tácticas de roubo de segredos de várias formas e em mais campos, o que constitui uma séria ameaça à segurança nacional e aos interesses da China”. “Os regulamentos são formulados para garantir o cumprimento de deveres específicos de várias autoridades e entidades na prevenção de actividades de espionagem e para reforçar a capacidade da sociedade, especialmente em áreas nucleares, em garantir a segurança do Estado”, disse um funcionário ministerial. O documento refere que os órgãos do Partido e do Estado, grupos sociais, empresas e instituições públicas devem assumir a responsabilidade principal pela prevenção de actividades de espionagem dentro das unidades. Os departamentos encarregados de indústrias específicas devem supervisionar e gerir os trabalhos de contra-espionagem dentro das indústrias correspondentes, e os órgãos de segurança do Estado devem orientar e supervisionar as actividades de contra-espionagem, de acordo com os regulamentos. Assim, os órgãos de segurança do Estado podem orientar os trabalhos de anti-espionagem de várias maneiras, incluindo a oferta de material publicitário, a emissão de directrizes e a prestação de formação, diz o documento, acrescentando que os órgãos de segurança do Estado devem instar as unidades com problemas na implementação das responsabilidades anti-espionagem a rectificá-las. Ao oferecer orientação anti-espionagem e inspeccionar o trabalho anti-espionagem, os órgãos de segurança do Estado devem respeitar estritamente a autoridade e procedimentos estatutários, respeitar e proteger os direitos humanos e proteger os direitos e interesses legítimos dos cidadãos e organizações. O documento insta os órgãos de segurança do Estado a manterem confidenciais os segredos de Estado, de trabalho e de negócios, bem como a privacidade pessoal e as informações pessoais adquiridas aquando da realização de orientações e inspecções.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Gabinete de Ligação contra presidente da Ordem dos Advogados O Gabinete de Ligação (GL) do Governo Popular Central em Hong Kong instou a Ordem dos Advogados local a pôr termo ao mandato de Paul Harris, presidente da associação, que classifica de ” do político anti-China, uma vez que este último defendeu e glorificou a violência”. O GL advertiu a associação para não caminhar mais no caminho da politização para não correr o risco de cair num “abismo”. Numa forte declaração formulada no domingo, um porta-voz do GL em Hong Kong salientou que a Ordem dos Advogados de Hong Kong é um grupo profissional cujo presidente deveria seguir o princípio dos ‘Hong Kong governado por patriotas’ e advertiu que se a associação continuasse a ser liderada por uma figura política estrangeira sem integridade profissional, estaria a pisar “um caminho sem retorno”. Segundo o porta-voz do GL, Harris terá espalhado recentemente “rumores sobre os casos tratados por um tribunal em Hong Kong, apresentando desculpas para os infractores da lei, difamando os responsáveis pela aplicação da lei e pressionando o pessoal judicial, o que provocou indignação na sociedade de Hong Kong, especialmente no sector jurídico em Hong Kong”. Harris, que defendeu algumas figuras anti-governamentais, incluindo o magnata dos meios de comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai, afirmou que eles estavam “a proteger a liberdade” em Hong Kong, de acordo com reportagens dos meios de comunicação social em Fevereiro. “Ao tomar o sistema judicial britânico como modelo e o governo do Reino Unido ter recentemente implementado a alteração da lei no sentido de reforçar a autoridade policial na gestão dos protestos, incluindo sentenciar os manifestantes que danificam estruturas monumentais até 10 anos de prisão, porque não criticou Harris aqueles que restringem os direitos dos protestos pacíficos’ no Reino Unido?”, perguntou o porta-voz. “Desde que Harris se tornou o presidente da associação, fez constantemente comentários impróprios, ameaçando alterar a lei de segurança nacional de Hong Kong e desafiando a autoridade do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, colocando em confronto o Estado de direito e a ordem constitucional de Hong Kong”, referiu o GL. “Como membro dos Democratas Liberais, Harris serve os interesses do partido político britânico, e como fundador do Hong Kong Human Rights Monitor, recebeu doações da organização não governamental norte-americana National Endowment for Democracy, noticiada anteriormente pelos meios de comunicação social”, acrescentou. “Como pode Harris, como figura política anti-China, intimamente ligada a países estrangeiros, levar a cabo princípios na declaração da associação, incluindo a salvaguarda do Estado de direito em Hong Kong, a Lei Básica e ‘um país, dois sistemas’? Se continuar a ser presidente, será definitivamente a maior ironia para a associação”, concluiu o porta-voz.
Hoje Macau PolíticaNanjing | Governo promove território como destino de viagens seguro A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) vai realizar uma acção de promoção turística na cidade chinesa de Nanjing para cativar os turistas chineses, mostrando-se como “destino saudável e seguro” de covid-19. Entre os dias 13 e 16 de Maio as autoridades vão continuar com a mensagem que têm tentado passar desde o último trimestre do ano passado: “Macau é um destino saudável e seguro para visitar”, lê-se em comunicado. O objectivo passa por “promover a oferta no âmbito do ‘turismo + convenções e exposições’, ‘turismo + cultura’ e ‘turismo + desporto’ de Macau, entre outros, atraindo os visitantes do Interior da China a visitar a Macau”. Em meados do mês de Abril a directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, explicou que o Governo está a planear mais seis acções de promoção turística do território na China. Acções antigas No ano passado, o Governo já havia realizado a ‘semana de Macau’ em Pequim e, em março deste ano, em Hangzhou, na costa sudeste. “Estamos a planear mais seis ‘semanas de Macau’ [acções de promoção turística] no interior da China antes dos feriados do dia nacional da China”, que se assinala em 1 de Outubro, disse Maria Helena de Senna Fernandes. “Para os turistas oriundos do Interior da China, sendo este o único mercado em que podemos trabalhar neste momento, estamos a agendar mais mega promoções, como as semanas de Macau”, adiantou a responsável. Em Março mais de 750 mil pessoas visitaram o território, confirmando o aumento gradual do número de turistas, após a reabertura gradual das fronteiras e do impacto da pandemia de covid-19 no turismo. A maioria dos visitantes (688.353) era oriunda do Interior da China. Destes, 268.302 tinham vistos individuais, cuja emissão, suspensa desde o início da pandemia, foi retomada em meados de Agosto do ano passado. No dia 16 de Abril o território registou 34.353 visitantes, o número mais elevado desde o início da pandemia, anunciou a DST. “A observação dos dados estatísticos permite verificar que o número de visitantes mostra uma tendência para um aumento gradual”, indicaram as autoridades em comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong e Singapura abrem ‘bolha’ de viagem a partir de 26 de Maio Hong Kong e Singapura vão abrir uma ‘bolha’ de viagem a partir de 26 de Maio, permitindo que os seus habitantes se desloquem entre as duas cidades sem se submeterem à quarentena obrigatória para combater a covid-19. “Os dois governos chegaram a um consenso”, anunciou hoje o secretário para o Comércio e Desenvolvimento Económico de Hong Kong, Edward Yau, em comunicado. Os dois territórios tinham anunciado anteriormente condições especiais de viagem, em novembro último, mas os planos acabaram por não se concretizar, depois de Hong Kong ter registado um aumento de infecções. Os viajantes de Hong Kong terão de estar vacinados duas semanas antes da partida para Singapura, uma exigência que não se aplica no sentido inverso. Além disso, terão de ter passado os 14 dias anteriores numa das duas cidades, sendo obrigados a instalar a aplicação de rastreio de covid-19 do destino. Ao abrigo do acordo, a bolha de viagem será suspensa caso a média de casos locais sem identificação da origem ultrapasse os cinco, nos sete dias anteriores.
Hoje Macau EventosIPM | Série de animação de Angela Lao vence prémios internacionais A série de filmes de animação “Andrew’s Parallel Worlds”, de Angela Lao En Yu, ex-aluna do curso de licenciatura em design da Escola Superior de Artes do Instituto Politécnico de Macau (ESA-IPM), foi recentemente premiada com vários prémios internacionais, incluindo o Prémio de Ouro de Melhor Filme de Curta-metragem da Hollywood Film Competition dos EUA (2020), o Prémio de Diamante de Melhor Filme de Curta-metragem de LA Shorts Awards dos EUA (2020), o Prémio de Melhor Animação de Longa-metragem de Accord Cine Fest da Índia (2021), o Prémio de Melhor Roteiro de Animação de Goroa Awards do Brasil (2021), o Prémio de Melhor Animação de Longa-mestragem de Global Monthly Online Film Competition do Canadá (2021), e o Prémio de Melhor Animação de Pure Magic International Film Festival dos Países Baixos (2021). “Andrew’s Parallel Worlds”, criada por Angela Lao durante a epidemia, conta a história das viagens a diferentes lugares do Andrew e da sua rapariga de sonho, Cloudamanleia, após o reencontro, dez anos depois de Andrew e a rapariga por quem o se apaixonou à primeira vista se terem separado na cerimónia de graduação devido um vírus muito mau. Citada por um comunicado, Angela Lao referiu que os prémios obtidos representam uma melhor oportunidade de divulgação, permitindo às obras ganharem mais espectadores. Esta pretende, no futuro, continuar a criação da série “Andrew’s Parallel Worlds” e de outros produtos relacionados.
Hoje Macau EventosÓscares | “Nomadland”, de Chloé Zhao, vence na categoria de Melhor Filme Era a primeira mulher sino-americana nomeada para um Óscar e venceu-o: a 93ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas deu o galardão dourado para a categoria de Melhor Filme a Chloé Zhao por “Nomadland – Sobreviver na América”, que também venceu na categoria de Melhor Realização. A actriz Frances McDormand venceu o galardão de Melhor Actriz com este filme “Nomadland – Sobreviver na América”, da cineasta sino-americana Chloé Zhao, venceu na madrugada desta segunda-feira [hora europeia] o Óscar de Melhor Filme na 93ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos. Chloé era um dos nomes favoritos na corrida e também representava uma estreia no mundo de Hollywood, ao ser a primeira mulher asiática na lista dos nomeados. O filme teve como produtores Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e a própria Chloé Zhao. Protagonizado por Frances McDormand, “Nomadland” conta a história de uma mulher que viaja pela América como nómada, vivendo numa caravana, trabalhando em empregos temporários e sobrevivendo na estrada, na sequência de uma crise económica. Embora o filme seja uma ficção, assenta em testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómada mais envelhecida e nas margens da sociedade. Chloé Zhao, sino-americana, foi a primeira mulher asiática nomeada para os Óscares e a segunda mulher a conquistá-lo, depois de Kathryn Bigelow, em 2020, por “Estado de Guerra”. Para o Óscar de Melhor Filme estavam nomeados “Mank”, “Nomadland – Sobreviver na América”, “Uma miúda com potencial”, “O Pai”, “Judas and the Black Messiah”, “Minari”, “Sound of Metal” e “Os 7 de Chicago”. Nas contas para esta edição, o filme “Mank”, de David Fincher, somou dez nomeações, enquanto “Nomadland – Sobreviver na América”, de Chloé Zhao, foi indicado para sete estatuetas, entre as quais a de Melhor Realização, conquistado pela cineasta. “Nomadland” deu também o Óscar de Melhor Actriz à sua protagonista, a actriz Frances McDormand. Este é o terceiro Óscar conseguido por Frances McDormand, em três nomeações para melhor actriz, depois de “Fargo” (1996) e “Três Cartazes à Beira da Estrada” (2018). Ao longo da carreira, McDormand teve igualmente três nomeações para melhor actriz secundária, em “Terra Fria” (2005), “Quase Famosos” (2000) e “Mississippi em Chamas” (1988). Para o Óscar de Melhor Actriz estavam nomeadas Carey Mulligan (“Uma miúda com potencial”), Frances McDormand (“Nomadland”), Viola Davis (“Ma Rainey: A mãe dos blues”), Vanessa Kirby (“Pieces of a Woman”) e Andra Day (“The United States vs. Billie Holiday”). “Sou afortunada” Chloé Zhao disse que “é fabuloso ser uma mulher em 2021”, no rescaldo da vitória. “Sou extremamente afortunada por poder fazer o que gosto. Se esta vitória ajudar mais pessoas como eu a viverem os seus sonhos, sou muito agradecida por isto”. “Um dos momentos mais felizes para mim esta noite foi quando a Frances ganhou”, contou Chloé Zhao aos jornalistas. “As pessoas podem não saber tudo o que ela fez, como produtora e como actriz, quão aberta e vulnerável foi e quanto me ajudou a fazer este filme”, afirmou. “E como ajudou os nómadas a sentirem-se confortáveis nas gravações. Ela é ‘Nomadland’”. A história baseia-se num livro de não ficção e o filme, que contou com nómadas da vida real, provocou uma alteração de perspectivas para a própria Chloé Zhao. “Há muitas coisas que mudaram para mim. Penso que preciso de menos coisas para viver, sem dúvida”, afirmou. “Podia ter apenas algumas coisas”. A realizadora, questionada várias vezes sobre a importância de ser a primeira asiática a vencer este Óscar e apenas a segunda mulher, depois de Kathryn Bigelow, não quis encaixar-se num formato específico. “Para os realizadores asiáticos, para todos os realizadores, temos de ser fiéis a quem somos e contar as histórias a que nos sentimos ligados”, disse. “Não devemos sentir que só há um certo tipo de histórias que temos para contar”. Zhao também fez menção à confiança que lhe foi incutida desde criança e que lhe permitiu sonhar alto. “Tive a sorte de ter pais que sempre me disseram que quem eu sou é suficiente, e eu sou a minha arte”, disse. “Tento sempre manter-me fiel a mim mesma e rodear-me de pessoas talentosas e que me apoiam”. O produtor Peter Spears, que partilhou o Óscar de Melhor Filme com Zhao, Frances McDormand, Mollye Asher e Dan Janvey, falou de como a pandemia alterou o curso deste projecto. “A possibilidade de terminar este filme no meio da pandemia e depois estreá-lo na pandemia foi um esforço hercúleo e algo que nunca pensámos que íamos ter de fazer”, afirmou. “Nesse processo, parece que o momento era o certo e a história que contámos tocou as pessoas – uma história sobre comunidade e a nossa humanidade partilhada”, considerou. “Teve um significado mais profundo do que se tivesse saído antes”. Silêncio na China O sucesso da realizadora chinesa Chloé Zhao, na cerimónia dos Óscares, está a ser recebido com silêncio no seu país, devido a declarações feitas há oito anos. A imprensa estatal não comemorou. A televisão estatal CCTV e a agência noticiosa oficial Xinhua, os dois principais órgãos estatais, nem sequer divulgaram a vitória de Zhao. Foi censurada uma mensagem a anunciar a conquista do prémio, pela revista de cinema Watch Movies, que tem mais de 14 milhões de seguidores na rede social Weibo, o equivalente ao Twitter na China. O ‘hashtag’ “Chloé Zhao ganha o Óscar de melhor directora” também foi censurado na plataforma, com os internautas a receber a mensagem “de acordo com as leis, regulamentos e políticas relevantes, a página não foi encontrada”. Porém, as notícias sobre a sua vitória foram rapidamente difundidas na Internet chinesa, com internautas a celebrar a vitória de Zhao. Muitos apontaram o discurso de aceitação, no qual Zhao citou um verso de um poema escrito no século XIII que, como muitas outras crianças chinesas, Zhao memorizou quando era criança, e que se traduz assim: “As pessoas nascem boas”. Chloé Zhao foi vítima de ataques em Março, quando ganhou um Globo de Ouro de melhor realização, devido a um comentário feito há oito anos. Numa entrevista, em 2013, a cineasta disse que, na China, “há mentiras por todo o lado”, referindo-se ao sistema político. O comentário foi recuperado nas redes sociais chinesas, com internautas nacionalistas a acusarem Zhao de trair o seu país, acusando-a de ter “duas caras” e de ter saído da China devido à riqueza do pai, o antigo director de uma empresa estatal chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaII Guerra | Escravas sexuais recusam decisão favorável a Japão Associações sul-coreanas defensoras dos direitos de mulheres “escravas sexuais” das tropas invasoras do Japão durante a 2ª Guerra Mundial vão recorrer de uma decisão judicial recusando uma indemnização do governo japonês. Em sentido contrário a anterior decisão judicial relativa a um outro grupo de vítimas – conhecidas pelo eufemismo “mulheres de conforto” – esta semana o juiz Min Seong-cheol, do Tribunal Distrital Central de Seul, recusou um pedido de indemnização ao Governo do Japão, alegando que este dispõe de imunidade estatal. Em reacção, o Conselho Sul-Coreano para a Justiça e Memória das Questões de Escravidão Sexual Militar do Japão, associação defensora das vítimas, emitiu uma declaração denunciando veementemente o tribunal por rejeitar o processo iniciado por 20 queixosas, incluindo vítimas sobreviventes, algumas das quais assistiram à leitura da sentença. “Condenamos veementemente a decisão anti-direitos humanos, anti-paz e anti-histórica de Min, que será lembrada como uma grande nódoa na história mundial dos direitos humanos, bem como na história sul-coreana”, disse o grupo baseado em Seul, citado pela agência Yonhap. “A fim de restaurar os direitos humanos e a honra das vítimas, manteremos contactos com as vítimas e suas famílias para apresentarmos um recurso” da decisão judicial, disse a organização. De acordo com a Amnistia Internacional, até 200.000 meninas e mulheres, grande parte delas coreanas, foram forçadas a trabalhar em bordéis administrados pelos militares japoneses antes e durante a Segunda Guerra Mundial. No caso agora indeferido, 20 queixosas exigiam que o Governo japonês pagasse um total de 3 mil milhões de won (2,7 milhões de dólares) pelos crimes a que foram sujeitas há cerca de 70 anos. Em janeiro, um outro juiz do mesmo tribunal tinha decidido a favor de um outro grupo de mulheres, num pedido de indemnização no valor de 100 milhões de won (cerca de 85 mil euros) para cada queixosa, rejeitando o argumento de imunidade do Estado, por considerar que os direitos humanos se sobrepõem à mesma. A organização de defesa das vítimas afirma que o país ficou “chocado e decepcionado” com as diferentes decisões judiciais e prometeu continuar a bater-se para que o governo japonês reconheça os crimes e compense as vítimas. O recuo face à decisão de Janeiro foi notado pela Amnistia Internacional, que lamentou o “questionamento” de “uma vitória histórica para as sobreviventes, na sequência de uma espera excessivamente longa”. “Mais de 70 anos passaram desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e não podemos exagerar a urgência de o governo japonês parar de privar esses sobreviventes dos seus direitos à reparação total e de fornecer uma compensação adequada durante as suas vidas”, afirmou Arnold Fang, da Amnistia. Apenas quatro das 10 sobreviventes que entraram com este caso em 2016 ainda estão vivas, de acordo com a organização defensora dos direitos humanos. Após a decisão de janeiro, o próprio presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou estar “honestamente confuso”, dado que o princípio da imunidade estatal tem prevalecido nesta e noutras decisões. O mesmo princípio é usado, nomeadamente, pelos Estados Unidos para garantir que os seus militares em missão no estrangeiro não possam ser alvo de acusações criminais.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Explosivos condenam activista pró-independência a 12 anos Um tribunal de Hong Kong condenou na sexta-feira um membro da Frente Nacional de Hong Kong, uma organização que defende a “independência de Hong Kong”, a 12 anos de prisão por estar na posse de explosivos. Louis Lo Yat-sun foi condenado pelo Supremo Tribunal da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) por posse ilegal de explosivos com a intenção de pôr em perigo vidas ou bens. O homem foi preso em Julho de 2019, juntamente com duas outras pessoas, com armas e produtos químicos perigosos, incluindo 1,5 kg de TATP, cocktails Molotov, facas longas e ácidos, que foram apreendidos num armazém que alugou dentro de um edifício de Tsuen Wan. O Juiz Andrew Chan Hing-wai disse que Lo provou ser o cabecilha do caso e pretende subverter o governo da RAEHK e pregar “a independência de Hong Kong”. A polícia congratulou-se com a sentença, esperando que envie uma mensagem clara ao público de que a violência não pode ser aceite ou tolerada. Especialistas disseram que a TATP é ainda mais perigosa do que a conhecida bomba TNT, sendo assim utilizada por terroristas de todo o mundo para causar pesadas baixas. A Frente Nacional de Hong Kong foi dissolvida em 2020 antes da lei de segurança nacional na RAEHK ter entrado em vigor. Jornalista também condenada Entretanto, uma jornalista de Hong Kong foi condenada a pagar multas de 6.000 dólares de Hong Kong por aceder a dados oficiais para um documentário sobre agressões a manifestantes nos protestos pró-democracia de 2019, tendo o tribunal considerado que o fez fora do permitido na lei. A repórter Bao Choy Yuk-ling, de 37 anos, produtora independente da estação pública de televisão RTHK, foi considerada culpada de duas acusações de declarações falsas para obter os dados do proprietário de um veículo, através da base de dados oficial do governo, tendo sido condenada. De acordo com o tribunal, tais informações só podem ser pedidas por razões relacionadas com o trânsito, a compra de veículos ou motivos legais, apesar de no passado os jornalistas de Hong Kong terem acedido a este tipo de dados governamentais para realizarem trabalhos de investigação, sem enfrentarem acusações. No pedido de informação online, a jornalista assinalou que utilizaria a informação para “outros assuntos relacionados com o trânsito e o transporte”, num formulário que não oferece uma opção para investigação jornalística. Choy declarou-se inocente em relação às acusações, pelas quais arriscava até seis meses de prisão, acabando por ser condenada a pagar duas multas de 3.000 dólares de Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaRAEHK e RAEM reunidas com vice-primeiro-ministro chinês O vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, reuniu-se na tarde de quinta-feira com a chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), Carrie Lam, e com o chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, em Cantão. Lam e Ho viajaram até Cantão, capital da província de Guangdong, para assistir a uma reunião para o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Han elogiou o trabalho das duas regiões administrativas especiais. Han pediu que a RAEHK intensifique a legislação local relacionada com a reforma eleitoral e garanta que as eleições locais em 2021 e 2022 sejam organizadas adequadamente e também pediu que a RAEM faça os máximos esforços para organizar a eleição de sua sétima Assembleia Legislativa. “Ambas as regiões administrativas especiais devem priorizar a prevenção e o controle da COVID-19 durante a reactivação das suas economias e melhorar as condições de vida da sua população”, disse Han, acrescentando que o governo central continuará a oferecer o seu “pleno apoio como sempre”. O vice-primeiro-ministro pediu esforços conjuntos para desenvolver a área da Grande Baía e manter a prosperidade e estabilidade de longo prazo da RAEHK e RAEM, impulsionando assim a prática sustentada e bem-sucedida de “um país, dois sistemas”.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Xi Jinping pede respeito por “responsabilidade diferenciada” O Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu que o combate às alterações climáticas deve seguir os princípios do “multilateralismo e do direito internacional” e que os países devem assumir “responsabilidades diferenciadas” conforme a sua prosperidade económica. Intervindo na cimeira climática de líderes promovida pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, Xi Jinping afirmou que a China quer “trabalhar em conjunto com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos”. Afirmou que o seu país está “comprometido com o multilateralismo” e defende que o trabalho de combate às alterações climáticas se deve basear “no direito internacional” e a colaboração entre os países ser feita no âmbito das Nações Unidas, seguindo a sua convenção-quadro para as alterações climáticas e o Acordo de Paris dela decorrente, bem como os objectivos de desenvolvimento sustentável definidos para 2030. Manifestou também o compromisso chinês com o princípio de “responsabilidade comum, mas diferenciada, com reconhecimento pleno da contribuição dos países em desenvolvimento, respeitando as suas dificuldades e preocupações específicas”. Os países desenvolvidos devem “aumentar as suas ambições climáticas e ajudar os países em desenvolvimento a acelerar as suas transições” para modelos económicos que não estejam assentes na exploração de combustíveis fósseis, acrescentou. Recordou que a China se comprometeu a começar a reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa ainda durante esta década e que pretende atingir a neutralidade carbónica antes de 2050, “num espaço de tempo muito mais reduzido do que conseguiria a maior parte dos países desenvolvidos”. Para isso, nos planos quinquenais que orientam a governação do país, estão previstas medidas como a limitação do consumo de carvão para produção de energia. Xi Jinping afirmou que “proteger o ambiente é proteger e aumentar a produtividade”.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Wang Yi avisa EUA sobre diferentes conceitos de democracia Na noite de 23 de Abril o conselheiro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realizou uma videoconferência com o Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos. Wang disse que foi traçada a direcção geral para desenvolver laços entre os dois países. No entanto, “a política dos EUA em relação à China ainda não superou seu mal-entendido sobre a China, e o país não encontrou o caminho certo para lidar com a China”, referiu Wang Yi. O MNE chinês apresentou cinco sugestões aos Estados Unidos sobre como tratar as relações China-EUA de uma perspectiva estratégica. Em primeiro lugar, os Estados Unidos devem compreender e encarar o desenvolvimento da China de forma objectiva e racional. Em segundo lugar, os Estados Unidos devem trabalhar com a China num novo caminho de coexistência pacífica e cooperação de benefício mútuo. Em terceiro lugar, os Estados Unidos devem respeitar e tolerar o caminho e o sistema que a China escolheu de forma independente. Em quarto lugar, os Estados Unidos devem praticar o multilateralismo no verdadeiro sentido da palavra. Em quinto lugar, os Estados Unidos não devem interferir nos assuntos internos da China. Para Wang, “o futuro das relações China-EUA depende da aceitação da ascensão pacífica da China por parte dos Estados Unidos e do reconhecimento de que o povo chinês tem o direito de lutar uma vida melhor”. Frisando que “a democracia não é a Coca-Cola, que promete o mesmo sabor em todo o mundo”, Wang disse que os Estados Unidos devem respeitar o caminho e o sistema escolhidos independentemente pela China. Relativamente a Taiwan, Wang enfatizou que jogar a “carta de Taiwan” é “brincar com fogo”, exortando os Estados Unidos a cumprir estritamente o princípio de uma só China e honrar seus compromissos sob os três Comunicados Conjuntos Sino-EUA. Wang descreveu o “genocídio” e os “trabalhos forçados” em Xinjiang como mentiras inventadas por motivos políticos. Em resposta aos mais recentes desenvolvimentos em Hong Kong, ele disse que os EUA devem respeitar os esforços do governo chinês para implementar o princípio de “um país, dois sistemas”. “A China nunca se envolve em coerção e opõe à coerção de outros países”, acrescentou Wang. Richard Haass, presidente do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, foi o anfitrião da videoconferência, que reuniu quase 500 participantes nos Estados Unidos.
Hoje Macau Eventos“Nomadland”, de Chloé Zhao, com várias nomeações para os Óscares A 93.ª edição dos Óscares, adiada de Fevereiro para este mês devido à pandemia, acontece no Dolby Theatre, com audiência, no edifício da estação de comboios Union Station, em Los Angeles (Califórnia), e noutros “locais internacionais via satélite”, como anunciou a academia norte-americana. A cerimónia decorreu na madrugada deste domingo [hora europeia]. Nas contas para esta edição, o filme “Mank”, de David Fincher, soma dez nomeações, mas o favoritismo – a avaliar pelo rol de prémios já conquistados – é apontado para “Nomadland – Sobreviver na América”, de Chloé Zhao, indicado para sete estatuetas, que, na passada sexta-feira, culminando o percurso de sucesso dos últimos meses, arrecadou quatro prémios Spirit, os chamados ‘óscares’ do cinema independente: melhor filme, melhor realização, melhor montagem e melhor fotografia. Protagonizado por Frances McDdormand, o filme conta a história de uma mulher que viaja pela América como nómada, vivendo numa caravana, trabalhando em empregos temporários e sobrevivendo na estrada, na sequência de uma crise económica. Embora o filme seja uma ficção, assenta em testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómada mais envelhecida e nas margens da sociedade. Chloé Zhao, sino-americana, é a primeira mulher asiática nomeada para os Óscares, mas se vencer não deverá ser aplaudida na China. Numa entrevista em 2013, a realizadora declarou que na China “há mentiras por todo o lado”. O comentário foi recuperado recentemente nas redes sociais, com internautas nacionalistas a acusarem de traição. O lugar de “Mank” Quanto aos Óscares, “Mank”, produzido pela Netflix e ignorado nos Globos de Ouro, onde era o mais nomeado, está agora indicado em categorias como Melhor Filme, Realização, Direcção de Fotografia, Actor Principal (Gary Oldman) e Actriz Secundária (Amanda Seyfried). Para o Óscar de Melhor Realização, apenas David Fincher é repetente. Todos os outros estão nomeados nesta pela primeira vez: Thomas Vinterberg (“Mais uma rodada”), Lee Isaac Chung (“Minari”), Chloé Zhao (“Nomadland – Sobreviver na América”) e Emerald Fennell (“Uma miúda com potencial”). É a primeira vez que duas mulheres competem nesta categoria. E em mais de 90 anos de história dos Óscares, apenas cinco outras mulheres estiveram indicadas e somente uma venceu o prémio de melhor realização; Kathryn Bigelow, em 2010, com “Estado de guerra”. Para o Óscar de melhor filme estão nomeados “Mank”, “Nomadland” e “Uma miúda com potencial”, “O Pai”, “Judas and the Black Messiah”, “Minari”, “Sound of Metal” e “Os 7 de Chicago”. Para o Óscar de Melhor Actriz estão nomeadas Carey Mulligan (“Uma miúda com potencial”), Frances McDormand (“Nomadland”), Viola Davis (“Ma Rainey: A mãe dos blues”), Vanessa Kirby (“Pieces of a Woman”) e Andra Day (“The United States vs. Billie Holiday”). Na representação masculina estão indicados Chadwick Boseman (a título póstumo por “Ma Rainey: A mãe dos blues”), Riz Ahmed (“Sound of Metal”), Anthony Hopkins (“O Pai”), Gary Oldman (“Mank”) e Steven Yeun (“Minari”). Para Melhor Filme Internacional, foram seleccionados “Quo Vadis, Aida?” (Bósnia Herzegovina), “Mais uma rodada” (Dinamarca), “Better Days” (Hong Kong), “The Man Who Sold His Skin” (Tunísia) e “Collective” (Roménia). “Bora lá”, “Para além da lua”, “Soul – Uma aventura com alma”, “Wolfwalkers” e “Ovelha Choné: A quinta contra-ataca” competem pelo Óscar de Melhor Filme de Animação. No anúncio dos vencedores, está confirmada a presença de nomes como os do realizador Bong Joon Ho, premiado nos Óscares em 2020 com “Parasitas”, das actrizes Laura Dern e Zendaya e dos actores Harrison Ford, Joaquin Phoenix e Brad Pitt.
Hoje Macau EventosLivraria Portuguesa | Livro “Macau. Novas Leituras” apresentado amanhã A obra “Macau.Novas Leituras”, editado pela Tinta da China em Portugal, será apresentada amanhã na Livraria Portuguesa entre as 18h30 e as 20h. A sessão será transmitida online em simultâneo em Portugal, no horário entre as 11h30 e as 13h, via Facebook. A moderação estará a cargo de Ricardo Pinto, gestor da Livraria Portuguesa, e Marta Pacheco Pinto. A sessão conta ainda com as participações de Ana Paula Laborinho, co-organizadora da obra, Inês Hugon, da Tinta da China e Gonçalo Cordeiro, outro co-organizador do livro. Seguem-se apresentações de personalidades como Fernanda Gil Costa, Dora Nunes Gago, Maria do Carmo Piçarra e Carlos André. Serão feitas também algumas leituras de autores como Carlos Morais José, Yao Jingming e Joe Tang. “Macau. Novas Leituras” é um livro que “assinala os 20 anos da transferência da administração portuguesa de Macau para a República Popular da China, celebrados em 2019 e também eles marcando o fim do ciclo colonial português”. Com esta edição “propõe-se uma reflexão abrangente sobre alguma da produção literária e cultural mais relevante dedicada a Macau desde a transferência, privilegiando a escrita em língua portuguesa, mas sem descurar outras vozes e tradições literárias”.
Hoje Macau SociedadeSimulacro “Peixe de Cristal” contou com 371 voluntários A estrutura de Protecção Civil foi mobilizada no sábado para o exercício “Peixe de Cristal 2021”, para avaliar os planos de contingência em caso da passagem de tufões por Macau. O exercício simulou cerca de 60 incidentes e contou com a participação de 2700 pessoas, das quais 371 eram voluntários. De acordo com um comunicado dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, concluiu que o exercício teve “sucesso”. O simulacro incluiu envolveu a evacuação de mais de duas mil famílias. Realizaram-se operações de evacuação com recurso ao sistema de difusão sonora, a abertura ao público dos seis centros de acolhimento e dos locais de encontro para pessoas com necessidades especiais, o encerramento dos auto-silos nas zonas baixas e a divulgação da suspensão temporárias de electricidade. Os SPU indicam ainda que existe um novo sistema de verificação e evacuação nas zonas baixas, que permite a transmissão de dados associados aos planos de evacuação de forma “visual” para o centro de operações da Protecção Civil. Uma adição que pretende responder a alterações no “ritmo de ocorrência de incidentes súbitos de natureza pública”, ao aumento do risco das catástrofes naturais e ao impacto das mudanças climáticas. Entre os pontos de melhoria apresentados por Wong Sio Chak incluem-se a “atenção aos rumores divulgados na internet de forma a esclarecer atempadamente e evitar pânico desnecessário” e os membros da estrutura transmitirem informação “com precisão” para a direcção e o comando serem “mais eficazes e específico”.