Hoje Macau SociedadeNegócios China-Portugal têm potencial de crescimento, diz presidente do BNU O presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau disse ontem à Lusa que os negócios entre Portugal e a China têm potencial de crescimento, ainda que até Maio o comércio bilateral tenha registado um aumento de cerca de 18 por cento. “Sem pandemia podiam ter sido melhores”, afirmou Carlos Álvares, acrescentando que ainda assim em 2020, ano em que a pandemia se fez mais sentir em termos económicos, já se tinha verificado um crescimento homólogo. As trocas comerciais aumentaram 4,82 por cento em 2020, para 6,9 mil milhões de dólares, de acordo com dados oficiais no portal do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa (Macau), com base nas estatísticas dos Serviços de Alfândega chineses. Em termos de investimento entre os dois países, explicou Carlos Álvares, há ainda uma disparidade grande entre os dois: a China investe cerca de 75 vezes mais do que Portugal. À margem do Seminário sobre o Estado de Investimento e Desenvolvimento das Relações Luso-Chinesas no âmbito da covid-19, a consultora especial da MdME Lawyers Un I Wong disse à Lusa que as dificuldades de circulação entre os dois países, assim como restrições as restrições fronteiriças impostas no regresso à China têm causado uma redução geral nos investimentos. Há investidores que “investem mesmo sem ver os imóveis”, disse, ainda que tenha sentido, “em geral, uma redução de investimentos”. “O interesse está lá”, frisou a também vice-presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China, mostrando-se confiante que muitos negócios se concretizarão após a pandemia. Até lá, a responsável disse que tem verificado que muitos projectos em curso têm sido “adiados e alguns cancelados, por causa da incerteza” e que os investidores estão “mais prudentes e cautelosos”. Para além da pandemia, detalhou Un I Wong, tem-se registado nos últimos tempos “cada vez mais restrições por parte do Governo Central para investimento para fora da China”. Novas exigências Também à margem deste seminário realizado no Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, o presidente da CESL Asia, António Trindade, afirmou à Lusa que prevê “um aumento de potencial de valor à relação económica entre Portugal e China”. Na sua opinião, “as exigências de valor acrescentado e a aversão ao risco aumentou o potencial de actividades económicas que têm maior credibilidade estabelecidas”, num contexto em que há uma mudança estrutural na economia chinesa e de restruturação do sistema financeiro, investimento estrangeiro e das próprias empresas estatais. Numa outra via complementar, frisou, a China pode utilizar Macau para atrair mais investimento em Portugal e consequentemente, via Portugal, aumentar o investimento na Europa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina “perturbada” com ataque que matou trabalhadores chineses no Paquistão O Governo chinês disse hoje ter ficado “perturbado” com a explosão de um autocarro no Paquistão, que matou pelo menos 13 pessoas, incluindo nove cidadãos chineses, e condenou o ataque. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Zhao Lijian instou o Paquistão a “punir severamente” os responsáveis pelo ataque e a proteger a segurança do pessoal chinês no país. As agências internacionais atualizaram o número de mortos de oito para 13, dos quais nove cidadãos chineses, e há informação de que 28 chineses também ficaram feridos. O veículo transportava engenheiros chineses, topógrafos e pessoal de manutenção mecânica que trabalhava na construção da barragem Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa. “A explosão ateou fogo no motor, arrastando o veículo para uma ravina”, confirmou um funcionário do governo local, citado pela agência France Presse, sob a condição de anonimato, sem especificar a natureza da explosão. Pessoal chinês é alvo de grupos terroristas e separatistas no país vizinho, devido à sua grande presença no território, como parte do projeto Corredor Económico China – Paquistão. O projeto multimilionário de infra-estruturas, avaliado em 60.000 milhões de dólares, é financiado por Pequim, e envolve a construção de auto-estradas, barragens, portos ou linhas ferroviárias no país vizinho. O objetivo é construir uma rota comercial que ligará a cidade de Kasghar, na província de Xinjiang, no noroeste da China, ao porto paquistanês de Gwadar, no Baluchistão, fornecendo à China uma porta de entrada para o Mar Arábico. Em abril passado, cinco pessoas morreram e 15 ficaram feridas durante um ataque com carro-bomba no estacionamento de um hotel de luxo na cidade de Quetta, no oeste do Paquistão, onde o embaixador chinês era esperado. O embaixador chinês no Paquistão, Nong Rong, ainda não tinha chegado ao hotel quando ocorreu a explosão. Em 2018, um grupo de insurgentes atacou o consulado chinês na cidade de Karachi, no sul do país. O ataque resultou na morte dos três agressores.
Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | Presidente do Comité Olímpico pede “recepção calorosa” aos atletas O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, pediu hoje aos japoneses “uma recepção calorosa” aos atletas que vão participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que decorrerão sob fortes restrições devido à pandemia de covid-19. “Peço ao povo japonês que dê uma calorosa saudação de boas-vindas aos atletas de todo o mundo, que superaram tantos desafios, e treinaram afincadamente para este momento”, afirmou o presidente do COI. Bach fez este pedido no final de um encontro com o primeiro-ministro nipónico, Yoshihide Suga, e responsáveis do comité organizador, no qual foi informado de alguns detalhes do evento, que começa em 23 de julho. “As medidas sanitárias para os atletas estão a ser aplicadas e estão a funcionar”, afirmou Thomas Bach, dando como exemplo o caso de em 8.000 testes ao novo coronavírus realizados à chegada a Tóquio foram detetados apenas três infeções. O presidente do COI referiu ainda que 85% dos residentes na Aldeia Olímpica – atletas e técnicos – chegarão ao Japão já vacinados. Bach considerou que os Jogos Tóquio2020, que terminam em 08 de agosto, “serão históricos por diversas razões” e terão “milhões e milhões de pessoas frente aos ecrãs”, uma vez que a competição será disputada à porta fechada.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Índice de preços caiu 4% no segundo trimestre O Índice de Preços Turísticos desceu 3,91 por cento no segundo trimestre de 2021, de acordo com dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os resultados ficam-se a dever principalmente à descida de preços dos quartos de hotéis e dos bilhetes de avião, ainda assim equilibrados pelo aumento na restauração e vestuário. Porém, comparado com os primeiros três meses do ano, o Índice de Preços Turísticos cresceu 0,99 por cento no segundo trimestre de 2021. Olhando com mais detalhe, a DSEC indica que no segundo trimestre os preços de alojamento lideraram a tendência descendente, registando quebras de 30,23 por cento, em comparação com igual período de 2020. Nos transportes e comunicações as quebras foram de 9,96 por cento. No sentido inverso, o comércio de vestuário e calçado registaram aumento de preços de 5,61 por cento no período em análise, enquanto no sector da restauração os preços subiram 4,44 por cento. Em termos trimestrais, os preços das secções vestuário e calçado, bem como produtos alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco cresceram 8,25 e 5,64 por cento, respectivamente, graças ao lançamento do vestuário de Verão e ao acréscimo de preços dos pastéis e doces. Por seu turno, o preço do alojamento baixou 9,09 por cento, em termos trimestrais, em virtude da queda de preços dos quartos de hotéis.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Exportações sobem e crescimento das importações abranda As exportações da China aumentaram, em Junho, enquanto o crescimento das importações abrandou, mas manteve-se robusto, sinalizando a estabilização do comércio externo chinês após a pandemia do novo coronavírus. As exportações aumentaram 32,2 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 281,4 mil milhões de dólares, acelerando em relação ao crescimento de 28 por cento registado em Maio, segundo os dados das alfandegas chinesas revelados ontem. As importações cresceram 36,7 por cento, para 229,9 mil milhões de dólares, abaixo do aumento de 51 por cento registado no mês anterior. A China liderou a recuperação global, após superar prematuramente a pandemia, mas o consumo doméstico e outros indicadores económicos permanecem mais fracos do que o esperado. Os exportadores enfrentam interrupções no fluxo global de componentes industriais, incluindo ‘chips’ de processador, e as limitações nas viagens internacionais e negócios, para combater a variante delta mais contagiosa do vírus. O comércio “ainda enfrenta muitos factores incertos e instabilidade”, disse um porta-voz das alfandegas, Li Kuiwen. O crescimento do comércio “pode abrandar” no segundo semestre, mas “deve permanecer relativamente rápido”, apontou Li, em conferência de imprensa. A previsão é de que o crescimento abrande à medida que as indústrias de entretenimento e outros serviços globais reabrem e os hábitos de consumo voltam ao normal. No entanto, os números de Junho sugerem que “essa tendência de amortecimento pode ocorrer mais tarde do que o esperado”, disse David Chao, da empresa de serviços financeiros Invesco, num relatório. As exportações de Junho para os 27 países da União Europeia aumentaram 27 por cento, para 43,1 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos europeus aumentaram 34,1 por cento, para 27,7 mil milhões de dólares. Mais crescimento O ‘superavit’ (excedente) comercial da China com a UE aumentou 16,7 por cento, em relação ao ano anterior, para 15,4 mil milhões de dólares. As exportações para os Estados Unidos aumentaram 17,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 46,9 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos norte-americanos cresceram 37,6 por cento, para 14,3 mil milhões, apesar da prolongada guerra comercial e tecnológica entre os dois países. O ‘superavit’ comercial global da China aumentou 11 por cento, em relação ao ano anterior, para 51,5 mil milhões de dólares, enquanto o ‘superavit’ politicamente sensível com os Estados Unidos cresceu 10,9 por cento, para 32,6 mil milhões de dólares. O crescimento da economia chinesa disparou para 18,3 por cento, em relação ao ano anterior, nos primeiros três meses de 2021, com a retoma da atividade de consumo e negócios. No entanto, o crescimento em comparação com o último trimestre de 2020 foi de apenas 0,6 por cento, mostrando que a recuperação estabilizou. O consumo doméstico tem atrasado a recuperação do sector manufactureiro. As vendas a retalho aumentaram 12,4 por cento, em Maio, em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas ficaram aquém das previsões. Para reforçar a actividade económica, o banco central da China cortou, na semana passada, a quantidade de reservas que os bancos comerciais são obrigados a manter, libertando um bilião de yuans adicionais de liquidez. A recuperação da economia ainda não é certa porque a procura global continua fraca, já que alguns governos voltaram a impor medidas de prevenção contra o vírus, que estão a afectar o comércio.
Hoje Macau EventosBienal | Pavilhão mostra arte de cidades criativas da UNESCO Inaugurada amanhã, a primeira edição da “Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau 2021” traz, pela primeira vez, o Pavilhão da Cidade Criativa, que mostra o que de melhor se faz no panorama das artes nas cidades de Macau, Nanjing, Wuhan e Linz, na Áustria. Todas elas são cidades criativas da UNESCO Macau recebe amanhã mais um evento cultural de grande dimensão com a primeira edição da “Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau”, virada para a temática da globalização. Mas além das exposições, que podem ser visitadas até Outubro, um outro destaque do cartaz vai para a criação inédita do Pavilhão da Cidade Criativa. Segundo uma nota de imprensa do Instituto Cultural (IC), o objectivo é que o pavilhão possa “materializar o charme vanguardista da arte contemporânea”. Este pavilhão reúne diversas cidades criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), nomeadamente Macau, Nanjing, Wuhan e Linz, e pretende destacar “as essências culturais únicas” destas cidades ou territórios. No caso da RAEM, a mostra intitula-se “Macau: Cidade de Gastronomia – Bom Apetite!”, onde serão mostradas obras de 13 artistas ou grupos, onde se incluem nomes como o arquitecto Carlos Marreiros ou Wong Ka Long, entre outros. Estes trabalhos “exploram em conjunto da sua forma única o impacto mútuo de ‘comida’ na sociedade e na história”. A exposição sobre a cidade de Nanjing, “de literatura e criação”, tem como tema “Abrindo o Reino”. O público poderá ver trabalhos representativos de dezenas de poetas, novelistas, críticas e artistas mais conhecidos de Nanjing, tais como Su Tong e Zhao Benfu. Incluem-se manuscritos, caligrafias, documentários, assim como uma exposição de pinturas de minhocas por Zhu Yingchun. Estas iniciativas permitem “aos visitantes terem um olhar refrescante sobre o domínio da vida, através dos olhos literários dos escritores de Nanjing”, descreve o IC. Relativamente a Wuhan, a mostra intitula-se “Wuhan: Cidade de Design – Empatia”, focando-se em indivíduos em grandes eventos históricos a partir de micro perspectiva, além de assentar “na mais deslumbrante aura da natureza humana-empatia”. No caso de Linz, cidade na Áustria, a mostra chama-se “Linz: Cidade da Arte de Mídia – A Arte da Interface” e “mostrará o encanto da vanguarda da arte interactiva contemporânea através das obras de arte de media de vários artistas famosos na área da arte digital, oriundos desta cidade”. Todas estas exposições podem ser vistas a partir do dia 23 de Julho no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1, na Galeria Tap Seac e nas Vivendas de Mong-Há. Nas ruas e faculdades A Bienal de Macau será inaugurada oficialmente amanhã no primeiro andar do Museu de Arte de Macau (MAM), mas a ideia da organização é apresentar “uma festa móvel da cidade”. A exposição principal da Bienal estará patente no MAM, estando dividida em três partes: “O Sonho de Mazu”, “Labirinto da Memória de Matteo Ricci” e “Avanços e Recuos da Globalização”. Esta mostra “proporciona um espaço de reflexão e discussão sobre [as ideias] de globalização e individualidade, vida e sonho, longinquidade e proximidade, segurança e felicidade, entre outras”. Esta mostra revela o trabalho de 40 artistas oriundos de 20 países. Mas a Bienal sai também fora de portas e apresenta seis obras de arte pública em vários bairros, com o objectivo de mostrar “as criações dos artistas do Interior da China, Tailândia, Argentina, Egipto, Itália e outros locais”, a fim de ligar “o mundo com criatividade”. Na iniciativa “Trabalhos Seleccionados de Artistas Locais” serão apresentadas 12 obras de artistas de Macau, o que permite “proporcionar aos artistas de Macau uma plataforma de intercâmbio internacional, alargando as suas perspectivas internacionais”. No caso da “Exposição Colateral”, várias instituições de ensino superior, incluindo a Universidade de Macau, Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Instituto Politécnico de Macau e Universidade de São José, realizam exposições repletas de trabalhos desenvolvidos por estudantes. No total, podem ser vistas 30 exposições em 25 locais espalhados pelo território. A ideia da organização é “trazer uma atmosfera cultural imersiva a toda a cidade como uma galeria e jardim de arte”, além de “apresentar uma festa móvel da cidade”. A curadoria da Bienal de Macau está a cargo de Qiu Zhijie.
Hoje Macau Manchete SociedadeCPLP | Ex-MNE português lamenta falta de ligação ao Fórum Macau O diplomata António Monteiro faz um balanço positivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, mas defendeu avanços na mobilidade, na área económica, de novas formas de financiamento e de aproximação às comunidades luso falantes. Uma das falhas é a falta de ligação ao Fórum Macau O diplomata António Monteiro, que foi um dos impulsionadores da criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), há 25 anos, entende que a organização continua a fazer “sentido”, porque “é válida e importante para os seus membros fundadores, só pelo facto de existir”. “Se houvesse dúvidas sobre essa validade, tantos países quereriam ser observadores associados” da CPLP? – questionou, referindo-se, assim, às 13 candidaturas, entre as quais estão as dos EUA, Canadá, Índia e Espanha. Candidaturas que irão à aprovação na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização, a realizar na sexta-feira e no sábado. Porém, o diplomata considera que ainda falta à organização uma ligação maior ao Fórum Macau, entidade que tem como missão reforçar o intercâmbio económico e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, e às comunidades de língua portuguesa espalhadas pelo mundo. Caso sejam aprovadas, e tendo em conta que a CPLP tem actualmente 19 observadores associados, a comunidade passará a contar com um total de 32 países e organizações com aquele estatuto. No entanto, na opinião do actual presidente da Fundação Millennium BCP, “os tempos e as circunstâncias em que vivemos impõem agora à comunidade avançar em áreas, que até aqui mereceram menos atenção”, como “a parte económica e a parte da mobilidade”. Dois são companhia Além disso, o também antigo ministro português dos Negócios Estrangeiros considerou que a CPLP precisa de procurar novas formas de financiamento, para uma cooperação multilateral mais eficaz. Em entrevista à Lusa, a propósito dos 25 anos da CPLP, que se celebram no próximo dia 17, o diplomata, que ao longo da carreira, assumiu vários cargos nas Nações Unidas disse que a cooperação naquela organização “continua a desenrolar-se mais ao nível bilateral do que multilateral”. E na sua opinião só há uma explicação para isso: “a CPLP tem desde o início um problema, que é a questão financeira”. Porque a sua “sustentabilidade vem apenas das dotações dos Estados-membros”, realçou. Neste cenário, António Monteiro defendeu a criação de “parcerias efectivas no trio da CPLP, que favoreçam todos os países”. Num balanço sobre os 25 anos da CPLP, considerou que o principal ganho foi a “entreajuda” entre os seus Estados-membros. “Nós temos de dizer que o principal ganho da comunidade foi a entreajuda, que imediatamente se estabeleceu. Ajuda a resolver problemas de cada um de nós”, o que “se traduziu muito numa cooperação política e diplomática activa”, lembrou.
Hoje Macau SociedadeTaipa | Três homens detidos por assaltar apartamentos No passado domingo, um apartamento na Taipa foi assaltado, lesando as vítimas num valor aproximado de 408 mil patacas (equivalentes aos bens subtraídos). Após investigação, a Polícia Judiciária (PJ) concluiu que três suspeitos subiram por um andaime colocado no exterior do edifício e entraram no apartamento. De seguida apanharam um táxi para Coloane e saíram do território ilegalmente. Na mesma noite, os Serviços de Alfândega de Macau interceptaram um grupo de emigrantes ilegais, de onde foram identificados os três suspeitos do assalto, dois deles alegadamente envolvidos em dois outros casos de roubo (no valor de 39 mil patacas). As autoridades descobriram ainda que os suspeitos estiveram envolvidos em outros assaltos ao mesmo prédio na Taipa No total, as autoridades detiveram seis suspeitos, oriundos do Interior da China, que foram transferidos para o Ministério Público suspeitos da prática dos crimes de roubo agravado e crimes cometidos por indivíduos em situação de imigração ilegal. A PJ vai continuar a investigação para aferir se os detidos estiveram envolvidos noutros casos e se existem cúmplices a monte.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Novas acusações de corrupção contra líder deposta em golpe de Estado Os advogados da líder deposta de Myanmar (antiga Birmânia) disseram na segunda-feira que foram informados pelo Governo instaurado pelos militares de quatro novas acusações de corrupção contra Aung San Suu Kyi. As forças armadas derrubaram o Governo eleito de Suu Kyi em fevereiro, detiveram a líder, bem como membros de topo do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, incluindo o presidente, Win Myint. A resistência popular generalizada contra a tomada do poder pelos militares continua, apesar das duras medidas das forças de segurança para a anular. Desde a tomada do poder, o novo Governo apresentou uma série de acusações criminais contra Suu Kyi. Os apoiantes de Suu Kyi, bem como analistas independentes, dizem que todas as acusações são politicamente motivadas e uma tentativa de a desacreditar e legitimar a tomada do poder por parte dos militares. A líder está atualmente a ser julgada na capital sob acusações de sedição – definidas como a divulgação de informação que poderia causar alarme ou agitação pública – duas acusações de desrespeito às restrições pandémicas da covid-19 durante a campanha eleitoral de 2020; importação ilegal de ‘walkie-talkies’ que eram para uso dos seus guarda-costas; e uso não licenciado dos rádios. Win Myint é corréu em várias das acusações. Suu Kyi tem também enfrentado acusações adicionais que ainda não foram julgadas: aceitar subornos, o que implica uma pena até 15 anos de prisão, e violar a Lei dos Segredos Oficiais, que implica um período máximo de 14 anos. Uma das suas advogadas, Min Min Soe, disse aos jornalistas na segunda-feira que haveria uma primeira audiência sobre as novas acusações a 22 de junho no Supremo Tribunal em Mandalay, a segunda maior cidade do país. A defensora disse que duas das acusações são exclusivamente contra Suu Kyi, e as outras duas incluem outras pessoas, mas não foram dados outros detalhes à sua equipa de defesa. Uma longa e abrangente conferência noticiosa realizada pelo Governo na segunda-feira não fez qualquer menção às novas acusações. A 10 de junho, os meios de comunicação oficiais informaram que a Comissão Estatal Anticorrupção tinha descoberto que Suu Kyi aceitava subornos e abusava da autoridade para obter vantagens em termos de negócios imobiliários. Os advogados de Suu Kyi já negaram as acusações quando estas foram feitas pela primeira vez em março. Notícias nos meios de comunicação estatais, incluindo o jornal Global New Light of Myanmar, disseram que o organismo anticorrupção tinha descoberto que Suu Kyi aceitou ilegalmente 600.000 dólares e sete barras de ouro do antigo líder da Região de Rangum, um aliado político. O artigo também indicava que a comissão tinha descoberto que Suu Kyi tinha abusado da sua posição para obter propriedades de arrendamento a preços inferiores aos do mercado para uma fundação de caridade com o nome da sua mãe e à qual presidia. A notícia dizia que a ação privou o estado de rendimentos. A televisão estatal apresentou vídeos de depoimentos de alegadas testemunhas dos pagamentos em dinheiro e ouro, mas não houve explicação das circunstâncias em que os vídeos foram feitos nem provas para corroborar o que foi dito.
Hoje Macau China / ÁsiaSobe para oito o número de mortos em desabamento na China O balanço de vítimas mortais do desabamento de um hotel na cidade chinesa de Suzhou, leste do país, subiu hoje para oito, continuando desaparecidas ainda nove pessoas, segundo revelaram as autoridades. O colapso ocorreu às 15:30 de segunda-feira, informou a televisão estatal CCTV. Seis pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Siji Kaiyuan Hotel, mas três estão em estado grave, de acordo com a mesma fonte. A propriedade foi inaugurada em 2018 e era composta por 54 quartos, além de um salão de banquetes, de acordo com a sua descrição na plataforma de reservas de hotéis e viagens Ctrip. A maioria dentro do hotel na altura do incidente eram hóspedes. Imagens transmitidas pela CCTV mostram dezenas de membros das equipas de resgate, em uniformes cor de laranja, a escavar os escombros. O colapso de edifícios é uma ocorrência regular na China. A maioria das investigações revela incumprimento das normas de construção.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Mais de 900 mortos desde golpe de Estado, diz ONG Pelo menos 902 pessoas perderam a vida em Myanmar (antiga Birmânia) em resultado da repressão exercida pelas forças de segurança após o golpe militar de 01 fevereiro, segundo a Associação para a Assistência aos Presos Políticos (AAPP). A organização não-governamental (ONG) AAPP avançou hoje com três novas mortes ocorridas nos últimos dias, na sequência de disparos efetuados por soldados ou quando estavam sob detenção das autoridades. “Este é o número verificado pela AAPP, é muito possível que o número de mortes [reais] seja muito mais elevado”, admitiu em comunicado. A ONG adiantou que 6.640 pessoas foram detidas desde o golpe de Estado. Destas, mais de 5.200 permanecem detidas, incluindo a líder deposta Aung San Suu Kyi. E mais de 1.960 mandados de captura foram emitidos. Apesar da violência e assédio por parte das forças de segurança contra movimentos dissidentes contra a junta militar, os protestos continuam por todo o país, e apesar dos confinamentos localizados decretados pelo atual regime para impedir a propagação da covid-19. A líder da junta militar, o general Min Aung Hlaing, comprometeu-se a 24 de abril a pôr fim à violência contra civis durante um encontro na Indonésia com líderes políticos do Sudeste Asiático, entre outras promessas para resolver a crise política birmanesa desencadeada pela tomada do poder. Contudo, o líder do golpe militar não cumpriu a sua palavra e dias após a reunião disse que dará prioridade à “manutenção da lei e da ordem”. Desde essa data e até esta terça-feira, mais de 150 pessoas morreram às mãos das forças de segurança, que dispararam para matar em numerosas ocasiões contra manifestantes pacíficos. Alguns dos opositores decidiram pegar em armas contra os militares, cansados dos poucos avanços dos protestos pacíficos e os confrontos entre as Forças Armadas e os grupos rebeldes intensificaram-se. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido liderado por Suu Kyi venceu, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais. De acordo com a nova Comissão Eleitoral, nomeada pelos militares após o golpe, quase um terço dos mais de 30 milhões de votos expressos nas eleições são fraudulentos. A comissão exigiu que a Liga Nacional para a Democracia, a formação de Suu Kyi, fosse declarada ilegal e os seus representantes julgados por traição.
Hoje Macau China / ÁsiaExército chinês diz ter expulsado navio de guerra dos EUA no Mar do Sul da China O exército da China disse ontem que expulsou um navio de guerra dos Estados Unidos de uma área disputada no Mar do Sul da China, depois de Washington ter alertado que um ataque às Filipinas motivaria uma retaliação. O Exército de Libertação Popular disse que enviou navios e aviões após o navio Benfold dos EUA entrar em águas reivindicadas por Pequim, em torno das Ilhas Paracel. As forças chinesas “avisaram e expulsaram” o navio de guerra, disseram os militares, em comunicado. Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos, incluindo as Filipinas, Malásia e Vietname. A China rejeitou a declaração de apoio do governo norte-americano, no domingo, à decisão de um tribunal internacional a favor das Filipinas nas suas disputas territoriais com Pequim. “Reafirmamos que um ataque armado às forças armadas filipinas, embarcações públicas ou aeronaves no Mar do Sul da China invocaria compromissos de defesa mútua dos EUA”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado. O Artigo IV do Tratado de Defesa Mútua entre os Estados Unidos e as Filipinas obriga os dois países a ajudarem-se mutuamente, em caso de um ataque. As ilhas são “território inerente à China”, apontou o exército chinês, no comunicado difundido ontem, sublinhando que “as ações dos militares dos EUA violaram gravemente a soberania e a segurança da China”. A Marinha dos EUA, numa declaração do escritório de Relações Públicas da 7ª Frota, rejeitou a declaração chinesa como falsa, mas não deu detalhes de um possível encontro com o exército da China. O Benfold efetuou a operação “de acordo com o direito internacional e depois continuou a operar normalmente nas águas internacionais”, referiu o comunicado. A declaração chinesa foi a “mais recente de uma longa série de ações da [República Popular da China] para deturpar as operações marítimas dos EUA legais e afirmar as suas reivindicações marítimas excessivas e ilegítimas”, lê-se no comunicado da Marinha. No domingo, a administração Biden afirmou o seu apoio à decisão do tribunal de 2016, que rejeitou as reivindicações da China fora das suas águas territoriais reconhecidas internacionalmente. “Em nenhum lugar, a ordem marítima baseada em regras está mais ameaçada do que no Mar do Sul da China”, disse Blinken. Ele acusou a China de continuar a “coagir e intimidar os Estados costeiros do Sudeste Asiático, ameaçando a liberdade de navegação numa via comercial global crítica”. A decisão do painel foi uma “farsa política”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian. Ele disse que as reivindicações territoriais da China têm “base histórica e jurídica suficiente”. “A China deplora e rejeita firmemente os erros dos Estados Unidos”, apontou.
Hoje Macau China / ÁsiaUm morto e dez desaparecidos em colapso de hotel na China Um hotel desabou ontem na cidade chinesa de Suzhou, leste do país, deixando pelo menos um morto e 10 desaparecidos, informou a imprensa local. “As operações de socorro continuam e uma investigação está em andamento para determinar as causas da tragédia”, que ocorreu às 15:33 locais, informou a televisão estatal CCTV. Sete pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Siji Kaiyuan Hotel, mas três estão em estado grave, de acordo com a mesma fonte. A propriedade foi inaugurada em 2018 e era composta por 54 quartos, além de um salão de banquetes, de acordo com a sua descrição na plataforma de reservas de turismo chinês Ctrip. Imagens transmitidas pela CCTV mostram dezenas de membros das equipas de resgate, em uniformes cor de laranja, a escavar os escombros. O colapso de edifícios é uma ocorrência regular na China. A maioria das investigações revela incumprimento das normas de construção.
Hoje Macau Manchete SociedadeRAEM negoceia gestão do complexo da Ilhas com Hospital de Pequim Poucos dias depois de Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde (SSM), ter declarado que existia a possibilidade de o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas ser gerido por uma empresa privada do Interior da China, a TDM – Rádio Macau noticiou ontem que essa entidade pode ser o Peking Union Medical College Hospital. Fonte próxima de emissora pública afirmou que o hospital da capital chinesa “é um dos mais conhecidos e importantes hospitais de Pequim, com uma forte componente de formação”. O Peking Union Medical College Hospital tem liderado, nos últimos dez anos, o Ranking de Hospitais Chineses da responsabilidade do Instituto de Gestão Hospitalar da Universidade de Fudan. De acordo com o site oficial, o Peking Union Medical College Hospital é uma instituição de topo, “empenhada na prestação de cuidados clínicos de última geração, investigação científica inovadora e educação médica rigorosa”, que “goza de elevada reputação pela sua gama completa de disciplinas, tecnologias de ponta e especialidades de excelência”. Além disso, importa referir que o hospital está ligado à Peking Union Medical College, que se fundia com a Academia Chinesa de Ciências Médicas, à Universidade Tsinghua e tem uma longa história, fundado em 1921 pela Fundação Rockefeller. Experiência na matéria Antes de ter sido noticiado o nome da potencial entidade gestora do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, Alvis Lo apontava que o objectivo da entrada de um privado na administração seria encontrar um bom modelo de funcionamento e gestão e melhorar o planeamento do sistema de saúde de Macau. Quanto à data de abertura do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, o director dos SSM reiterou a dificuldade de indicar um calendário preciso devido à complexidade e dimensão do mega-projecto.
Hoje Macau DesportoEuro 2020 | Itália sagra-se campeã europeia Com apenas mil adeptos italianos no estádio de Wembley, os transalpinos tinham uma missão quase impossível pela frente. Tom Cruise estava nas bancadas, mas a equipa de Roberto Mancini não precisou de escalar arranha-céus ou salvar o mundo de uma ameaça nuclear. Precisou apenas de ir a penáltis para derrotar a Inglaterra, depois de o jogo acabar empatado (1-1) no tempo regulamentar Por Martim Silva A final do Euro 2020 começou com o herói da final de 2016, Éder. O avançado português, agora desempregado, carregou o troféu, outrora conquistado por Portugal, até ao relvado num clima de estádio cheio e onde os ingleses nunca se sentiram se não dentro de casa. Com tanta hostilidade e realeza nas bancadas, os pupilos de Roberto Mancini acusaram logo a pressão. Os jogadores de Itália, sem tempo para ajustar as meias ou admirar o cenário de uma final europeia, sofreram um golo aos 3 minutos marcado por Luke Shaw, que bateu o recorde de golo mais rápido numa final do Euro. Como já escrevemos em edições anteriores, os transalpinos têm alguma deficiência no comportamento do seu meio-campo. A dinâmica dos três centro campistas da equipa de Mancini tem os seus pontos fortes. Consegue esticar a pressão para zonas mais recuadas do terreno do adversário, mas acaba por deixar um dos três médios isolado do resto da equipa. Esta situação aconteceu várias vezes durante a caminhada de Itália neste Euro, mas devido à sua superioridade, a situação, por vezes, passou despercebida. Contudo, a equipa de Gareth Southgate tem jogadores capacitados para explorar qualquer tipo de fraquezas. Foi este o filme do primeiro golo do encontro: Harry Kane apareceu no espaço entre Marco Verratti e Jorginho e com caminho mais do que livre para passar a bola a Kieran Trippier, que sem grande oposição italiana, executa um cruzamento, no vértice do lado direito da grande área de Itália, para Shaw encostar ao primeiro poste, depois de uma má abordagem de Gianluigi Donnarumma. Os ingleses foram capazes de defender em bloco baixo, apesar de não conseguirem criar muito perigo. Os transalpinos, com dificuldades em incomodar a baliza de Jordan Pickford, tiveram no nervosismo e na fatalidade de sofrer um golo tão cedo um aliado indesejado. A organização ofensiva esteve repleta de fragilidades nunca antes mostradas pela equipa azzurri. O meio-campo mostrou-se pouco activo com bola e só as tentativas de drible de Federico Chiesa eram capazes de incutir alguma esperança no povo italiano. Sem grande espectáculo na final, a resistência de Inglaterra só sucumbiu às investidas da equipa de Mancini aos 67 minutos através de Leonardo Bonucci e após um lance de bola parada com alguma confusão à mistura. Com novo empate, o encontro seguiu para prolongamento onde as oportunidades inglesas só vieram de bola parada e os italianos a forçar Pickford a um par de defesas. O jogo seguiu para as grandes penalidades e Southgate fez entrar Marcus Rashford e Jadon Sancho um minuto antes do tempo extra terminar para ajudar os Três Leões a levantar o troféu em Wembley. Ambos falharam os seus penáltis com os azzurri a desperdiçar apenas um. O terceiro penálti falhado pelos ingleses, por Bukayo Saka, e defendido por Donnarumma deu o troféu à selecção de Itália em pleno coração de Londres. Sonho cumprido Com a emoção da conquista, o técnico azzurri realçou a garra dos seus jogadores. “Não sei o que dizer, estes rapazes foram formidáveis. Fomos corajosos, verdadeiramente corajosos. Sofremos o golo rapidamente e isso colocou-nos em dificuldade, mas depois dominámos o jogo. Esta noite estamos felizes, é importante para todo o mundo, para todos os adeptos. Espero que façam a festa, em Itália.”, começou por dizer o agora campeão europeu. Sem esquecer o passado, Mancini lembrou as dificuldades de Itália em levantar um troféu quando ainda era jogador. “Tive muita sorte em fazer parte de um grande conjunto em 1990 e de uma equipa sub-21 formidável. Apesar de sermos a melhor equipa, não vencemos nada e perdemos ambas as vezes nos penáltis. Mas o facto de conseguirmos produzir este espírito de equipa nos últimos 50 dias criou algo que nunca será quebrado daqui para a frente. Os jogadores serão sempre associados a este triunfo.”, concluiu o treinador italiano. Para o capitão Giorgio Chiellini, no que será provavelmente o seu último Euro, o triunfo é justo. “Umas lágrimas caíram. Todos nós merecemos, mas quando se chega à minha idade percebe-se o que significa conquistar este troféu. Andamos a dizer que há algo mágico no ar desde o fim de Maio, dia após dia.”, sentenciou. Previsão com oito anos tornou-se realidade Um usuário do Twitter, previu o resultado do Euro 2020 em… 2013. Num tweet no dia 22 de Fevereiro de 2013, Cameron escreveu na rede social americana que “Inglaterra acabou de perder a final do Euro 2020 nos penáltis contra a Itália, nada mudou.”. As palavras do adepto inglês tornaram-se virais por prever, de maneira exacta, o desfecho da final da competição europeia de selecções. A vitória de Itália, após marcação de penáltis, fez com que a equipa azzurri levantasse o seu segundo troféu europeu, sendo o primeiro erguido em 1968, frente à antiga Jugoslávia. Mas para Cameron, a sua previsão com 144 mil retweets e 225 mil gostos não parou por aqui. Numa troca com um outro utilizador, o Nostradamus inglês disse ter apostado na previsão de 2013, recebendo lucrando se Itália vencesse a Inglaterra nos penáltis e na final. “Claro que apostei. Apenas 6 libras para um retorno de 61 libras só para mim se este cenário moribundo se tornar realidade.”, assim escreveu o novo carrasco da selecção inglesa no dia de ontem. Com uma previsão tão acertada, a quantia apostada parece insuficiente para o sofrimento da derrota de Inglaterra às mãos de Itália. Uma quantia superior, certamente, taparia qualquer lágrima que fosse causada pelo desaire britânico na prova. Com o Mundial de 2022, no Catar, à porta, Cameron poderá vir a ser o grande vidente de competições de selecções desde o polvo Paul que em 2010 previu oito jogos de forma correcta, sendo um destes a final entre Espanha e Holanda para o Mundial desse ano.
Hoje Macau PolíticaDSPA | Governo sem novos planos para reduzir plástico O director da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), admitiu, em resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, que o Executivo não dispõe de novos planos para a redução do uso de garrafas de plástico além do mero incentivo. “Em 2019 foram usadas menos cerca de 15 milhões de garrafas de plástico do que em 2018. A DSPA irá continuar a promover esta medida, e de momento o Governo não dispõe de nenhum outro plano para restringir o uso de garrafas de plástico.” O ano passado, as garrafas de plástico representaram cerca de 6,33 por cento dos plásticos descartados. Na mesma resposta, é dito que “os complexos de entretenimento com hotéis substituíram as garrafas de plástico por garrafas de vidro ou por outras formas, havendo, portanto, resultados positivos a assinalar”. Foram instalados no território 38 bebedouros em várias zonas, nove dos quais em sete parques ou zonas de lazer sob gestão do Instituto para os Assuntos Municipais. “Serão instalados pelo menos outros 15 ainda este ano, dos quais seis em parques ou zonas de lazer”, referiu o director da DSPA.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Detidos suspeitos de ligações a grupo acusado de planear ataques terroristas A polícia de Hong Kong deteve hoje cinco suspeitos de estarem associados às nove pessoas detidas na passada semana acusadas der “fazerem bombas num hotel” e “planearem ataques terroristas em espaços públicos”, segundo as forças de segurança. Os detidos, quatro homens e uma mulher, ainda não foram formalmente acusados e estão detidos em diferentes esquadras de polícia, avançou o jornal local South China Morning Post (SCMP), que cita fontes policiais. As detenções foram efetuadas pela Divisão de Segurança Nacional. Na segunda-feira da semana passada, a polícia deteve nove pessoas, incluindo seis estudantes do ensino secundário, que formaram um “grupo organizado” e tinham reservado um quarto de hotel como “laboratório para fazer explosivos”, segundo o superintendente da Divisão de Segurança Nacional, Li Guihua. Os detidos tinham planeado atacar no início deste mês na cidade e fugir do território depois disso, disse Li. As detenções foram efetuadas ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, que prevê penas de prisão perpétua para casos de secessão, subversão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Restrições reforçadas incluindo recolher obrigatório em Banguecoque A Tailândia vai impor novas restrições face a um pico epidémico sem precedentes desde o aparecimento da covid-19, incluindo um recolher obrigatório noturno em Banguecoque, anunciaram sexta-feira as autoridades. A partir de segunda-feira, “as deslocações desnecessárias estão proibidas. As pessoas não poderão sair de casa entre as 21:00 e as 04:00, excepto em caso de necessidade”, declarou Apisamai Srirangson, porta-voz adjunto do grupo de trabalho da covid-19. Estas medidas dizem respeito aos 10 milhões de habitantes da capital tailandesa, mas também aos de nove outras províncias. A Tailândia registou um recorde de 72 mortes e 9.276 casos de infecção nas últimas 24 horas. “Pedimos desculpa pelas dificuldades enfrentadas pelas pessoas que vivem em áreas com as maiores restrições, mas isso permitirá combater efectivamente a doença. A Tailândia sairá vitoriosa”, acrescentou o porta-voz. O teletrabalho é encorajado e estão proibidas as concentrações de mais de cinco pessoas. Os transportes públicos não funcionam a partir das 21:00 e os centros comerciais encerram às 20:00. Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a Tailândia registou em 2020 os seus piores resultados económicos desde a crise asiática de 1997. Abertura em causa Há vários meses que o número de casos tem vindo a aumentar e o governo tailandês é criticado pela lentidão do seu plano de vacinação, pela fraca capacidade de testagem e pela má gestão da economia. As novas medidas surgem numa altura em que o país tenta reabrir as suas portas aos viajantes internacionais. O turismo representa quase um quinto da economia do reino e antes do encerramento das fronteiras, em Março de 2020, cerca de 40 milhões de pessoas viajavam para a Tailândia anualmente. No mês passado, o governo tailandês anunciou a intenção de reabrir o país aos visitantes completamente vacinados em Outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas de automóveis na China sobem 27 por cento As vendas de automóveis na China aumentaram 27 por cento no primeiro semestre de 2021, face ao homólogo, mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia, e a produção e as vendas caíram em Junho, devido à escassez global de ‘chips’ para processadores. Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as vendas de veículos utilitários desportivos, `minivans` e `sedans` no maior mercado automóvel do mundo subiram para 10 milhões de unidades, no período entre Janeiro e Junho. As vendas totais de veículos, incluindo camiões e autocarros, aumentaram 25,6 por cento, em relação ao ano anterior, para 12,9 milhões de unidades. Em comparação com os níveis pré-pandemia, referentes a 2019, as vendas de veículos de passageiros caíram 1,4 por cento, no primeiro semestre, segundo a mesma fonte. As vendas totais de veículos caíram 4,4 por cento. A produção de veículos de passageiros caiu 13,7 por cento, em Junho passado, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas caíram 11,1 por cento para 1,6 milhão de unidades. As vendas revelaram uma “queda óbvia depois de Maio”, disse a Associação, em comunicado. “Os veículos de passageiros foram principalmente afectados por um fornecimento insuficiente de ‘chips'”, justificou. Alta voltagem A procura por automóveis da China já estava a enfraquecer devido à insegurança dos consumidores sobre a desaceleração do crescimento económico e a guerra comercial com os Estados Unidos, antes de as concessionárias encerrarem, no primeiro trimestre do ano passado, para combater o surto do novo coronavírus. A actividade económica da China recuperou relativamente cedo, depois de o Partido Comunista ter declarado vitória sobre o vírus, em Março de 2020. Mas as vendas de veículos caíram 22,4 por cento, no primeiro semestre de 2020, estabelecendo uma base baixa de comparação homóloga. As vendas anuais caíram em 2020 pelo terceiro ano consecutivo. A queda nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa. Fabricantes globais e chinesas estão a gastar milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de veículos eléctricos para cumprir as quotas de vendas estipuladas por Pequim. A procura este ano foi impulsionada pelas vendas de veículos híbridos, embora ainda representem uma fracção do total. As vendas de eléctricos, no primeiro semestre de 2020, aumentaram 200 por cento para 1,2 milhão de unidades, mas a procura também está a cair, de acordo com a Associação. O crescimento das vendas em Junho desacelerou para 140 por cento, fixando-se em 256.000 veículos. As vendas de automóveis de passageiros por marcas chinesas no primeiro semestre de 2020 aumentaram 46,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 4,2 milhões de unidades. A sua participação de mercado aumentou 5,7 por cento, para 42 por cento.
Hoje Macau EventosUM | História e cultura chinesas contadas através da banda desenhada Chamam-se “Chang’e Voa para a Lua”, “Nüwa Conserta o Céu” e “Jingwei Enche o Mar” e conta, em português, inglês e chinês, pedaços da história e cultura chinesas. Estas publicações são da responsabilidade da Universidade de Macau e foram apresentadas na sexta-feira na Escola Oficial Zheng Guanying O Centro de História e Cultura da China (CCHC) e o Centro de Ensino e Formação Bilingue Chinês-Português (CPC), da Universidade de Macau (UM), acabam de lançar livros de banda desenhada em três línguas e que visam promover a história e cultura chinesas. Os livros, intitulados “Chang’e Voa para a Lua”, “Nüwa Concerta o Céu” e “Jingwei Enche o Mar” fazem parte da colecção “Histórias aos Quadradinhos inspiradas na Cultura Chinesa” e contam os mitos, lendas e história da China. Depois da publicação, em 2018, dos livros “Chang’e Voa para a Lua” e “Nüwa Conserta o Céu”, a UM lança agora estas três obras, cuja tradução visa “incentivar o conhecimento e a compreensão da cultura chinesa entre os jovens de Macau e dos países de língua portuguesa”. Com estes livros, a UM pretende também “que os jovens conheçam a diversão, a sabedoria e a cultura dos mitos chineses antigos e que aprendam a história e cultura chinesa”, além de possibilitar “a aprendizagem do português pelos estudantes de Macau na forma simples de histórias em banda desenhada”. Estas obras foram apresentadas na última sexta-feira numa instituição de ensino que constitui um exemplo do ensino em várias línguas, a Escola Oficial Zheng Guanying. A actividade visou proporcionar “o acesso à cultura tradicional chinesa a mais alunos, permitindo-lhes conhecer mais sobre mitos e lendas”. Teatros e outras histórias A UM conta, em comunicado, que esta actividade na Escola Oficial Zheng Guanying incluiu também a teatralização dos contos incluídos nos livros, além de ter sido organizado um concurso de tradução chinês-português baseado nas lendas e mitos contados nestas obras. Chan Ka Man, directora da instituição de ensino não superior, disse que “este tipo de actividade se encaixa nas tarefas de leitura actualmente organizadas pela escola para os estudantes do terceiro ano”, permitindo “que os estudantes fiquem a saber mais sobre os mitos e as histórias antigas, ao mesmo tempo que cultiva bons hábitos de leitura e o gosto pela mesma”. Os dois centros da UM têm como objectivo “promover o desenvolvimento do ensino das ciências humanas e sociais em Macau e formar jovens talentos através de uma série de programas de ensino e formação, em colaboração com instituições de ensino e escolas primárias e secundárias de Macau”. Além disso, o trabalho desenvolvido pelo CCHC visa “reforçar o estudo da história e cultura chinesas”, bem como “construir um mecanismo avançado para o seu intercâmbio, que permita a divulgação destas na comunidade de Macau e internacionalmente, especialmente entre jovens”. Outro foco deste centro é “aprofundar a divulgação e a influência da história e cultura chinesa nos países e regiões de língua portuguesa, de forma a aumentar o conhecimento e compreensão das mesmas”.
Hoje Macau Manchete SociedadeSem injecção da reserva, défice seria de quase 17,5 mil milhões até Junho A despesa pública em Macau continua a subir e a receita a cair, de acordo os últimos dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Finanças do território. No primeiro semestre, a receita corrente foi de pouco mais de 26 mil milhões de patacas, contra os 26,8 mil milhões de patacas de 2020, um ano económico em que a pandemia de covid-19 afectou gravemente Macau. Desta receita corrente, o Governo arrecadou 19,6 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, de acordo com o relatório sobre a execução orçamental, quando no mesmo período do ano anterior tinham sido contabilizados 21,7 mil milhões de patacas. A receita total desceu de 67,8 mil milhões de patacas no ano anterior para 49 mil milhões de patacas este ano, enquanto a despesa pública subiu: em 2021 a despesa até Junho foi de 43,7 mil milhões de patacas, contra 44,6 mil milhões de patacas (4,71) no ano anterior. Cortes superiores a 10% Até ao final de Junho o Governo da RAEM realizou cortes superiores a 10 por cento nas despesas relacionadas com a rubrica “transferência, apoios e abonos”. Segundo os dados apresentados, até Junho deste ano foram gastos com apoios sociais a famílias, indivíduos, empresas e associações, e ainda em transferências para fundos autónomos 27,5 mil milhões de patacas. Por contraste, no ano passado o montante gasto nos primeiros seis meses tinha sido de 30,9 mil milhões de patacas. A diferença representa uma redução das despesas de 3,37 mil milhões de patacas. Em relação ao saldo dos primeiros seis meses, o resultado positivo de 5,28 mil milhões de patacas ficou-se a dever à injecção de capitais da reserva financeira, que ronda os 22,71 mil milhões de patacas. Sem esse montante, o saldo orçamento seria negativo no valor de 17,43 mil milhões de patacas.
Hoje Macau DesportoInglaterra alcança primeira final do Euro 2020 Ao comando da resiliência emocional, a Dinamarca mostrou ser uma das boas surpresas do torneio. Mas com a derrota frente aos Três Leões, por 2-1, o barco nórdico atracou, finalmente. Os ingleses chegam agora à sua primeira final da competição, tendo falhado a ocasião em 1968 e 1996. A lidar com os erros do passado e a incerteza do futuro, Inglaterra não vacilou e vai agora ter pela frente a Itália, para se saber qual é a melhor selecção da Europa Por Martim Silva Com o fardo emocional de nunca ter disputado uma final na competição europeia de selecções e sem levantar um troféu internacional desde 1966, as tropas britânicas de Gareth Southgate tomaram conta do momento e deram alegria aos seus adeptos, algo há muito desejado. No meio de tanta ansiedade e nervosismo, Inglaterra e Dinamarca jogaram por um lugar na final de Wembley… em Wembley. O jogo, do ponto de vista estético, foi aborrecido no seu cômputo geral, mas na primeira parte até se viu bom futebol. Inglaterra apostou em Bukayo Saka de início, tendo sido esta a única novidade no onze de Southgate. Mas os seus jogadores continuaram a ter dificuldades em parar a equipa de Kasper Hjulmand, especialmente nas alas. Com o esquema dinamarquês de três centrais, os dois alas Stryger Larsen e Joakim Mæhle, acabavam sempre por arranjar metros para correr devido à pressão que os avançados Harry Kane, Raheem Sterling e Saka exerciam nos centrais nórdicos. O resto do campo ficava em marcação individual porque Mason Mount fechava num dos dois médios da Dinamarca, sendo que Kalvin Phillips e Declan Rice controlavam o outro centro campista e Mikkel Damsgaard, que recuava no terreno. Os laterais ingleses, Kyle Walker e Luke Shaw só saltavam para pressionar os alas da equipa de Hjulmand quando a bola era atacada num dos seus lados. Se os dinamarqueses eram capazes de ultrapassar a pressão de Inglaterra, especialmente nas costas dos avançados britânicos, tinham caminho livre para explorar e aproveitar situações de igualdade numérica. Foram também capazes de virar o sentido de jogo para o lado contrário, colocando as alas inglesas em situações de 2v1, devido à demora da basculação do meio-campo de Rice e Phillips. Em organização ofensiva, a Dinamarca foi certeira em fazer com que um dos dois médios ingleses mais recuados pudesse ser atraído para outras zonas do terreno, abrindo espaço no miolo para Martin Braithwaite e Kasper Dolberg aparecerem como opção de passe. Mas apesar de alguns solavancos, a equipa dos Três Leões continuou a ter a primazia de não sofrer golos. Contudo, nesta meia-final do Euro 2020 isso não se concretizou. Logo aos 30 minutos, um golão de livre directo do jovem Damsgaard pôs fim às aspirações inglesas de acabar a competição sem qualquer golo sofrido. Jordan Pickford, guardião inglês, nada pôde fazer face a um remate tão potente e tão bem colocado. Mesmo com o golo, os nórdicos não tiraram o pé do acelerador, mas 9 minutos após uma bela combinação entre Kane e Saka, e com um movimento notável de Sterling no ataque às costas da linha defensiva nórdica, Simon Kjær fez um auto-golo, empatando a partida. Com igualdade no marcador e muito equilíbrio entre as duas selecções, foi necessário novo prolongamento nas meias-finais. O jogo continuou mais parecido à segunda parte do que à primeira. Contudo, Inglaterra ainda beneficiou de um par de ocasiões soberanas com Kasper Schmeichel em grande plano. Mas aos 109 minutos de jogo, o sonho dinamarquês chegou ao fim, fruto de um penálti duvidoso sofrido por Sterling. Schmeichel defendeu o remate de Kane mas acabou por falhar o ressalto e sofrer o golo fatal. Na paz do Senhor Na ocasião histórica, a de chegar a uma final europeia, Southgate começou por reconhecer as mais-valias do adversário. “Eu achei que chegaríamos à final, mas também achei que iriamos ter vários tipos de desafios. A Dinamarca é subvalorizada enquanto equipa e causaram-nos alguns problemas.”, reconheceu o seleccionador elogiando também a capacidade dos seus pupilos. “Considerando a pouca experiência internacional de alguns jogadores, eles fizeram um trabalho incrível. Estou muito orgulhoso dos jogadores, fizemos parte de uma ocasião fantástica. Os adeptos foram incríveis a noite inteira.”, concluiu. À espera de um desfecho mais justo, Kasper Hjulmand, deixou críticas ao penálti sofrido por Sterling. “Muitas coisas estiveram contra nós. O penálti gera dúvidas e estavam duas bolas em campo.”. Apesar da desilusão de não conseguir dar um último passo para revalidar a conquista de 1992, o seleccionador nórdico não poupa nos elogios aos seus jogadores. “Fizemos o que podemos, é uma grande desilusão falhar a final porque tivemos oportunidades para isso. Contudo, também existe um certo orgulho com esta viagem que alcançámos.”, sentenciou. Ex-árbitro acusa organismo europeu de “corrupção” Grande parte dos oficiais de jogos de futebol fazem algo mais do que soar um apito num relvado. Björn Kuipers, árbitro holandês, é dono de vários supermercados e barbearias. Felix Brych, juiz alemão, é doutorado em Direito. Slavko Vincic é esloveno e tem a sua própria empresa. Mas nenhum destes árbitros chega perto da fortuna do ex-oficial Jonas Eriksson, árbitro sueco, que em 2007 vendeu 15% da sua participação numa empresa de direitos desportivos (IEC) por mais de 10 milhões de euros. Porém, não é a fortuna de Eriksson que fez notícia esta semana. O ex-árbitro sueco, agora comentador de televisão na SVT, acusou, numa publicação no Instagram, a UEFA de criar um “mundo sujo, político e falso”. Na mesma publicação, o árbitro começou por recordar a última partida do Euro que apitou, entre Portugal e País de Gales para a meia-final do Euro 2016, assumindo não entender a escolha arbitral que o organismo europeu fez na final desse ano. “E mesmo tendo ficado feliz e orgulhoso como me correu o jogo, houve uma enorme decepção em mim e na minha equipa. Por que razão não nos deixaram arbitrar a final?”, começou por indagar o agora comentador. Mas Eriksson continuou a descrever o processo de escolha dos oficiais dos jogos de maneira detalhada. “Os que são escolhidos, os que estarão na final, não são os melhores do torneio. A decisão é feita por quem manda na UEFA e não tem nada a ver com o que fizeram no Europeu. Os outros árbitros, mesmo sem o saberem, têm os contactos certos ou são provenientes de países importantes, e isso permite-lhes arbitrar até mais longe.” O multi-milionário sueco falou ainda do meio que rodeia a escolha dos árbitros. “No futebol fala-se sempre de fair play e respeito, de que as regras devem ser as mesmas para todos (…). Mas quando a questão é a arbitragem, isso acontece à porta fechada, com agendas políticas e onde o que menos importa é o futebol.”, sentenciou o ex-juiz.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Autoridades receberam queixa por vacinação forçada Na conferência de imprensa sobre a pandemia, a médica Leong Hou Iek reforçou que a vacinação tem como princípio a vontade das pessoas e ainda a possibilidade de escolher o produto com que se é inoculado O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus confirmou que foi recebida uma queixa contra uma concessionária do jogo, por alegadamente ter forçado os trabalhadores a serem vacinados contra a covid-19. A informação foi avançada ontem pela médica Leong Hou Iek, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, que não confirmou identidade da empresa envolvida, embora anteriormente tenha havido notícias que relacionaram este tipo de casos com a Melco Resorts. “Recebemos uma queixa hoje e já demos uma resposta”, afirmou Leong. “Salientamos que a vacinação tem dois princípios: ser voluntária, e possibilitar a escolha da vacina utilizada”, acrescentou. Sobre as punições para os casos em que as empresas forçam ou pressionam os trabalhadores a serem vacinados, Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, explicou que depende da forma de actuar dos infractores. Se for um conflito laboral, o caso é remetido para a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), se envolver ameaças físicas, será a polícia a lidar com o caso, se a situação ocorrer numa concessionária, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) assume a pasta. Além da queixa contra uma concessionária, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus diz que, até ontem, não havia mais nenhuma denúncia do género. Validade dos testes Também ontem foi revelado que a validade dos testes de ácido nucleico para quem se desloca entre Macau e Cantão vai aumentar de dois para sete dias. A novidade foi dada por Tai Wa Hou, que considerou estar a dar “uma boa notícia”. A medida entra em vigor a partir da meia-noite de sábado, por isso as pessoas que nessa altura tiverem um teste com a validade de sete dias, mesmo que tenha sido realizado antes dessa data, podem entrar no território. A situação do levantamento das restrições entre Macau e Hong Kong foi novamente comentada, com as autoridades a afirmarem que não há um critério para que as pessoas possam circular sem realização de quarentena. Segundo Leong Hou Iek, a região de Hong Kong está classificada como de risco “baixo/médio”, o que faz com que seja necessário cumprir 14 dias de quarentena. Além destas informações, os Serviços de Saúde de Macau divulgaram, na quarta-feira à noite, que foi registado mais um caso de paralisia do nervo facial, como reacção à vacina Sinopharm. Segundo os SSM, a “causa da doença é desconhecida. A maioria de doentes começa a recuperar o nervo facial em 2 semanas após o início dos sintomas e recupera a normalidade entre 3 e 6 meses”. A partir da próxima semana, a conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia, que até agora se realizava às segundas e quintas, passa a ser realizada apenas à sexta-feira. Códigos de saúde | Falha deveu-se a “ataque cibernético do exterior” A falha verificada no sistema de código de saúde de Macau, no âmbito do controlo da covid-19, deveu-se a um “ataque cibernético do exterior”. A garantia foi dada por Cheang Seng Ip, director substituto dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), em resposta a uma interpelação escrita da deputada Agnes Lam. “Após uma investigação verificou-se que as principais causas das falhas nos sistemas destas duas regiões são diferentes. O sistema de código de saúde de Macau foi alvo de ataques cibernéticos do exterior, enquanto que a falha do sistema do código de saúde da província de Cantão (Guangdong) foi causada devido à intensa procura pelos residentes locais no acesso aos resultados dos testes de ácido nucleico.” Tal “resultou na paralisia da base de dados dos testes de ácido nucleico, pois não estava a ser possível processar um grande volume de consultas provocando, assim, impacto na emissão do código de saúde e na conversão do código de saúde entre estas duas regiões”, adiantou o director substituto dos SSM. Os SSM garantem que “adoptaram medidas de melhoria e programas técnicos de resposta a incidentes, aplicando métodos como a divisão e o processamento de dados”, bem como “o reforço da protecção de rede”. Além disso, “o sistema do código de saúde de Macau foi recentemente optimizado pelos SSM”. Quanto à possibilidade de vir a ser criado um reconhecimento mútuo do código de saúde com outras províncias chinesas, os SSM admitem que merece “um estudo aprofundado”. Isto porque “é relativamente pequeno o número de visitantes que chega directamente a Macau de avião, com partida de outras províncias e cidades”. Saúde | Serviços de especialidade alargados a lar na Areia Preta O Lar de Cuidados “Sol Nascente” da Areia Preta entrou no programa de proximidade de serviços médicos de especialidade dos Serviços de Saúde, tornando-se no quinto lar de idosos a aderir ao programa que começou em 2018. Os cuidados médicos são prestados por profissionais de saúde especializados, fisioterapeutas e farmacêuticos do Centro Hospitalar Conde de S. Januário (CHCSJ). Os destinatários prioritários dos serviços de proximidade são “idosos em lares de alto risco que tenham sido assistidos ou internados em Serviço de Urgência no hospital no último ano”. Desde o início do programa, até ao final de 2020, foram realizadas 4.593 consultas externas de especialidade, assistindo um total de 16.078 pessoas, segundo informação divulgada ontem pelos Serviços de Saúde (SSM). No ano passado, o número de utentes de lares de idosos que recorreram ao Serviço de Urgência desceu 10,5 por cento em relação a 2019. Também os internamentos caíram 15,5 por cento, “o que significa uma optimização de recursos humanos e financeiros”, explicam os SSM, sem adiantar qualquer contexto pandémico à conclusão. Em visita, na passada quarta-feira, ao lar de idosos na Areia Preta, o director do CHCSJ, Kuok Cheong U, sublinhou que “o envelhecimento da população representa um desafio para a sociedade, fazendo com que os trabalhadores dos lares de idosos enfrentem muitas pressões”, problema que o programa de proximidade pretende responder. Até à data, o programa abrange o Complexo de Serviços de Apoio ao Cidadão Sénior “Pou Tai”, o Asilo Vila Madalena, o Lar de Cuidados de Ká Hó da Federação das Associações dos Operários de Macau e o Complexo de Serviços de Apoio ao Cidadão Sénior “Retribuição”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Estudo chinês apura que anticorpos podem subsistir até 12 meses de infecção Os anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 podem durar até 12 meses, em mais de 70% dos pacientes que superaram a doença, segundo um estudo publicado por pesquisadores chineses. A pesquisa também conclui que a vacinação pode “restringir efetivamente a propagação” do novo coronavírus, promovendo uma resposta imunológica semelhante à forma como o corpo gera anticorpos contra vírus vivos. O estudo foi realizado por uma subsidiária da farmacêutica estatal Sinopharm – que produz duas das vacinas aprovadas pelo Governo chinês – e pelo Centro Nacional de Pesquisa para Medicina Translacional da Universidade Jiaotong, em Xangai, a “capital” económica da China. Cerca de 1.800 amostras de plasma foram colectadas, entre 869 pessoas que superaram a covid-19, em Wuhan, a cidade no centro da China onde o primeiro surto global do coronavírus foi registado, em dezembro de 2019. Os pesquisadores verificaram a presença e a quantidade nessas amostras de RBDIgG, um tipo de anticorpo que indica a força da imunidade contra o vírus, informou o jornal oficial em língua inglesa China Daily. De acordo com os resultados, em nove meses os níveis de anticorpos caíram para 64,3%, em relação ao nível atingido após os pacientes contraírem o vírus e, a partir desse período, estabilizaram até ao décimo segundo mês. A resposta imunológica foi mais forte nos homens do que nas mulheres durante os estágios iniciais da infeção, mas a diferença diminui com o tempo, tornando-se praticamente igual após 12 meses. Pessoas na faixa etária entre os 18 e 55 anos desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos, segundo o estudo. De acordo com o Grupo Nacional de Biotecnologia da China, a subsidiária da Sinopharm, este estudo é o mais extenso dos que verificaram a continuidade da resposta imunológica em pacientes recuperados.