Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Empresas norte-americanas antecipam queda nas receitas Um quarto das empresas norte-americanas em Xangai está a reduzir os investimentos e quase todas antecipam queda nas receitas este ano, segundo os resultados de um inquérito ontem publicado, que expõe o impacto das medidas de prevenção epidémica. A “capital” económica da China sofreu um bloqueio de dois meses, em Abril, face ao pior surto de covid-19 registado na China, desde o início da pandemia. A cidade é sede do porto mais movimentado do mundo e de várias multinacionais que operam no país asiático. Apesar de uma recuperação geral da actividade no início de Junho, 25 por cento das empresas norte-americanas estão a rever em baixa os seus investimentos para este ano, segundo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos na cidade. De acordo com o inquérito, que abrangeu 133 empresas, mais de 90 por cento disseram esperar uma queda na facturação este ano. As medidas de confinamento tiveram um “impacto profundo” na actividade das empresas inquiridas, observou o presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai, Eric Zheng, apelando às autoridades locais para que “restabeleçam a confiança” na comunidade empresarial. No início de Junho, apenas 35 por cento das empresas norte-americanas inquiridas estavam a operar em plena capacidade, apesar do levantamento das medidas de bloqueio, segundo a Câmara.
Hoje Macau SociedadePS Macau acusa Solicitadores de discriminar emigrantes. OSAE responde O PS acusou a Ordem dos Solicitadores de impedir portugueses residentes na China de acederem às suas plataformas digitais, mas a organização, que justifica a medida com questões de segurança, diz que basta um email para obter acesso. Em comunicado, a secção de Macau do Partido Socialista diz ter tomado conhecimento de que a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE) de Portugal está a bloquear o acesso dos cidadãos que vivem na China, e em particular na Região Administrativa Especial de Macau, à plataforma www.e-leilões.pt. “Apesar de vários alertas e reclamações, a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução não tem apresentado soluções que permitam aos cidadãos portugueses exercer o seu direito de aceder às suas plataformas estejam onde estiverem”, lamenta o partido, repudiando “de forma veemente” o comportamento daquela ordem. O comunicado sublinha que “outras plataformas semelhantes, como é o caso dos leilões da autoridade tributária não sofrem estes constrangimentos” e alerta que a restrição de acesso constitui, “no limite”, uma violação à Lei e pode mesmo suscitar impugnações legítimas dos atos praticados na plataforma. A secção de Macau do Partido Socialista insta por isso aquela ordem profissional a “resolver imediatamente o problema (…), garantindo assim a equidade que lhe é exigida como instituição de bem”. Da reacção Em resposta enviada à Lusa, a OSAE explica que restringiu o acesso à plataforma e-Leilões para os utilizadores que acedam desde fora de Portugal devido à “insegurança e ciberterrorismo”, acrescentando que o objectivo é “proteger os dados extremamente sensíveis geridos pela plataforma”. No entanto, afirma que está a dar “acesso aos utilizadores registados na plataforma e que acedem a partir de outro país, bastando, para isso, requerer essa mesma autorização, via email, para geral@osae.pt”. O e-Leilões.pt é uma plataforma desenvolvida pela OSAE para realização da venda de bens penhorados através de leilão eletrónico.
Hoje Macau China / ÁsiaProdução industrial na China recupera 0,7 por cento em Maio A boa notícia surpreendeu os analistas que apontavam para uma queda de cerca de 0,7 por cento, menor, no entanto, do que a registada em Abril de quase 3 por cento A produção industrial da China cresceu 0,7 por cento, em Maio, em termos homólogos, segundo dados oficiais ontem divulgados, após a queda registada em Abril devido às medidas de prevenção epidémica implementadas no país. A expansão da produção industrial, um importante indicador da segunda maior economia mundial, surpreendeu os analistas, que projectavam uma nova queda, em torno de 0,7 por cento, o que já significaria uma melhoria face a Abril (-2,9 por cento), o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2020, quando a China enfrentou o surto original do novo coronavírus. Em Maio, a produção industrial chinesa cresceu 5,61 por cento, em relação a Abril, enquanto naquele mês registou uma contração de 7,08 por cento, em relação a Março. De acordo com a divisão por grandes segmentos industriais, o sector da extracção continuou a crescer a um ritmo acelerado (+7 por cento), enquanto a produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água moderou o seu crescimento para 0,2 por cento. A grande diferença em Maio foi que o sector manufatureiro, forçado a reduzir a produção em 4,6 por cento, em termos homólogos, em Abril, devido às restrições, voltou a território positivo, aumentando 0,1 por cento. Tommy Wu, analista da consultora Oxford Economics, acredita que “o pior dos bloqueios já passou” e que a estabilização do crescimento económico em Maio vai permitir uma recuperação “ainda mais visível”. Bloqueios ao consumo O especialista prevê uma recuperação da actividade na segunda metade do ano, sobretudo se as políticas de estímulo permitirem uma recuperação do consumo doméstico, embora alerte que é pouco provável que as famílias comecem a gastar, enquanto Pequim mantiver a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Esta política requer a imposição de bloqueios em distritos ou cidades inteiras, criando incerteza para os negócios. As vendas no comércio a retalho – um indicador chave do consumo – caíram, em Maio, 6,7 por cento, em termos homólogos. No conjunto do ano, aquele indicador registou uma contração de 1,5 por cento. A taxa oficial de desemprego nas áreas urbanas caiu 0,2 por cento, em relação a Abril, fixando-se em 5,9 por cento, acima da meta de 5,5 por cento estabelecida por Pequim. Estes dois factores, apontou Wu, confirmam que o fraco consumo está directamente relacionado com o receio dos consumidores, criadas pelo ressurgimento de surtos de covid-19. Sobre o investimento em activos fixos, o GNE não divulgou ontem a evolução homóloga dos dados de Maio, mas divulgou a intermensal (+0,72 por cento) e o acumulado até ao momento este ano, que passou de 6,8 por cento, em Abril, para 6,2 por cento, em Maio. Em comunicado, o GNE assegurou que a economia nacional “mostrou um bom momento de recuperação” em Maio, mês em que “superou gradualmente os efeitos negativos” da covid-19, embora tenha alertado que o ambiente internacional “é ainda mais complicado e preocupante”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China e EUA querem manter linhas de comunicação abertas Duas das figuras mais próximas dos presidentes norte-americano e chinês encontraram-se no Luxemburgo onde se comprometeram em manter um diálogo aberto entre as duas partes Os principais conselheiros diplomáticos da China e dos Estados Unidos comprometeram-se, na segunda-feira, a manter abertas as linhas de comunicação, após a disputa verbal entre os responsáveis da Defesa sobre a questão de Taiwan. Jake Sullivan, principal assessor diplomático do Presidente dos EUA, Joe Biden, e o homólogo chinês, Yang Jiechi, não anunciaram, no entanto, qualquer compromisso sobre os seus principais pontos de tensão. O diálogo ocorreu no Luxemburgo, dias após uma troca de advertências entre o ministro da Defesa da China, Wei Fenghe, e o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, durante o Diálogo Shangri-La, um fórum anual de segurança realizado em Singapura. Wei advertiu que a China vai “lutar até ao fim” para impedir a independência de Taiwan. O secretário de Defesa dos EUA denunciou a actividade militar “provocativa e desestabilizadora” de Pequim perto da ilha. Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Yang Jiechi reiterou que a “questão de Taiwan toca na base política das relações China – EUA e, se não for tratada adequadamente, vai ter um impacto prejudicial”. O conselheiro pediu aos Estados Unidos que evitem “maus julgamentos” e “ilusões” sobre este assunto. Jake Sullivan “reiterou o compromisso de longa data dos Estados Unidos com o princípio ‘Uma só China’”, que pressupõe que a ilha de Taiwan faz parte do território chinês, mas transmitiu as “preocupações em relação às acções coercivas e agressivas de Pequim” no Estreito de Taiwan, segundo um comunicado da Casa Branca. Das ambiguidades Washington reconhece diplomaticamente Pequim e não Taipé, mas o Congresso dos EUA comprometeu-se a vender armamento a Taiwan para a defesa do território. Sullivan reafirmou a chamada política de “ambiguidade estratégica”, segundo a qual os Estados Unidos reconhecem diplomaticamente a China comunista, mas ao mesmo tempo apoiam Taiwan militarmente. Joe Biden está sob pressão bipartidária para aprofundar as relações com Taiwan, quando Washington disputa, com a China, a influência na região da Ásia–Pacífico. Em visita ao Japão, no mês passado, Biden garantiu que seu país defenderia Taiwan militarmente se a ilha fosse atacada pela China. A Casa Branca, no entanto, insistiu mais tarde que a tradicional “ambiguidade estratégica” norte-americana sobre essa questão não foi abandonada. O encontro no Luxemburgo segue-se a uma conversa por telefone, realizada em 18 de Maio. A relação entre Pequim e Washington deteriorou-se nos últimos anos, com diferendos nos âmbitos do comércio, Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan, a soberania no Mar do Sul da China e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia. Em comunicado, a Casa Branca falou de uma troca “franca” e “produtiva”, durante a qual Jake Sullivan “ressaltou a importância de manter linhas abertas de comunicação”. A agência noticiosa oficial Xinhua também descreveu a entrevista como “franca, profunda e construtiva”. Yang concordou em manter o diálogo, mas deixou claro que Pequim não abdicará dos seus “interesses fundamentais”. “Os EUA têm insistido em conter e repelir a China de forma abrangente”, apontou Yang, reafirmando que questões relativas a Xinjiang, Hong Kong, Tibete ou Mar do Sul da China são assuntos internos do país.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas de Junho podem ficar a 15% de 2019 A corretora Sanford C. Bernstein Ltd estima que as receitas brutas de Junho atinjam apenas 15 por cento dos resultados apurados no mesmo mês em 2019, quando os casinos amealharam 23,81 mil milhões de patacas. A avaliação dos analistas é pessimista, apesar do relaxamento de restrições de entrada em Macau a partir de Guangdong (incluindo o aumento da validade dos testes de ácido nucleico para sete dias). “Se o número de entradas de turistas não aumentar ao longo do mês, as receitas podem ser ainda mais baixas”, apontam os analistas Vitaly Umansky, Louis Li e Shirley Yang, citados pelo portal GGR Asia. A Bernstein acrescenta que os impedimentos de viagem devido à covid-19 e o apertado controlo de vistos a jogadores frequentes que desejam entrar em Macau podem continuar a impactar tanto o volume de turistas como as receitas brutas dos casinos. Apesar das perspectivas pessimistas, a corretora prevê que os resultados de Junho tragam uma subida de 11 por cento em relação a Maio. Fontes da indústria do jogo levaram a Sanford Bernstein a estimar que as receitas brutas diárias no período entre 6 a 12 de Junho caíram 23 por cento em termos semanais, de 120 milhões de patacas diárias durante o período entre 1 e 5 de Junho para 93 milhões de patacas por dia. Importa referir que os primeiros dias do mês incluem os feriados do Festival do Barco do Dragão. Abrindo o ângulo para os dias entre 1 e 12 de Junho, a estimativa de receitas brutas diárias cai 87 por cento em relação ao período homólogo de 2019, e uma quebra de 3 por cento face a Maio.
Hoje Macau PolíticaLei sindical | Defendida suspensão temporária do direito à greve Tendo em conta a situação “frágil” da economia de Macau, Lei Chong In, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, defendeu que alguns artigos da Lei Sindical, como o direito à greve, devem ser temporariamente suspensos ou legislados posteriormente, para garantir a estabilidade social. Segundo o jornal do Cidadão, o também vice-presidente dos Kaifong, apontou que, pela sua natureza e dada a actual instabilidade do ambiente económico de Macau, alguns tópicos do diploma “podem resultar em conflitos sociais”. Por isso, acreditando que a primeira versão da lei nunca irá ser “perfeita”, Lei Chong In, espera que o Governo possa deixar a regulamentação de alguns tópicos para mais tarde. Além disso, argumenta, tal como o diploma prevê, as associações profissionais e de trabalhadores têm competência, por si só, para satisfazer as necessidades dos trabalhadores, não havendo necessidade de criar sindicatos empresariais. Por último, o responsável aponta que os sindicatos organizados por trabalhadores não residentes devem ser excluídos, dado que os funcionários estrangeiros “não conhecem os costumes e características de Macau”, havendo o perigo de impor tradições laborais da sua terra natal.
Hoje Macau SociedadeÓbito | Advogado António Correia morreu ontem em Lisboa António Correia, o advogado que fundou, juntamente com Rui Cunha, o escritório C&C advogados, em Macau, morreu ontem em Lisboa aos 73 anos. Segundo a TDM Rádio Macau, António Correia viveu quase 20 anos no território, onde também foi deputado à Assembleia Legislativa entre os anos de 1992 e 1996. Quando regressou a Portugal, ainda no período da Administração portuguesa, António Correia manteve ligações a Macau, onde também foi colaborador da TDM e escritor de prosa e poesia. A actividade profissional de António Correia começou na área da banca, em 1972, no Banco de Angola, tendo ido para Macau a convite do já extinto banco Totta&Açores. Mais tarde enveredou pela advocacia, tendo fundado um escritório próprio e desenvolvido actividade como notário privado. Em 1991 seria nomeado membro do Conselho Consultivo do Governo. Regressado a Portugal, já no período da transferência de soberania de Macau para a China, António Correia foi administrador-executivo da ANA Madeira. Ligado, portanto, ao sector da aviação civil, o falecido advogado colaborou na ampliação do Aeroporto Internacional do Funchal. Os projectos profissionais que desenvolveu ao longo da vida mereceram o reconhecimento, em 2000, do então Presidente da República, o também já falecido Jorge Sampaio, que lhe atribuiu a Ordem de Mérito, no grau de Grande Oficial. António Correia era natural de Resende, no distrito de Viseu, tendo chegado a Macau, pela primeira vez, em 1980.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixador chinês diz que relações entraram numa “nova conjuntura” O embaixador chinês na Austrália disse este fim de semana que as relações entre os dois países entraram numa “nova conjuntura”, com a eleição do novo Governo australiano e o primeiro contacto ministerial em mais de dois anos. Xiao Qian fez uma avaliação optimista do futuro do relacionamento bilateral, num discurso proferido no sábado, perante a Sociedade para a Amizade Austrália – China, em Perth, na costa oeste australiana. O discurso foi publicado ontem no portal oficial da embaixada. “O cenário internacional, político e económico atravessa mudanças profundas e complexas. A relação China – Austrália entrou numa nova conjuntura, e tem agora muitas oportunidades”, disse Xiao. “A minha embaixada e os consulados-gerais chineses na Austrália estão prontos para trabalhar com o Governo federal australiano, governos estaduais e amigos de todas as esferas da sociedade, para que o relacionamento China – Austrália progrida no caminho certo, para benefício dos nossos países e povos”, acrescentou. O discurso de Xiao foi feito um dia antes da reunião de uma hora entre o ministro da Defesa chinês, o general Wei Fenghe, e o seu homólogo australiano, Richard Marles, à margem de uma cimeira de segurança regional, em Singapura. Marles descreveu a reunião como um “primeiro passo crítico”, na reparação das relações bilaterais. Mas os observadores hesitam em descrever a reunião como um descongelamento das relações diplomáticas entre os países. Dennis Richardson, ex-chefe da Defesa, Negócios Estrangeiros e da agência de espionagem Australian Security Intelligence Organization, e ex-embaixador australiano nos Estados Unidos, observou que ambos os governos aproveitaram a sua primeira oportunidade para terem contacto ministerial, desde que o novo Governo da Austrália foi eleito, no mês passado. As relações bilaterais deterioraram-se, durante os nove anos em que uma coligação conservadora governou na Austrália. “O facto de eles terem concordado em dialogar na primeira oportunidade é digno de nota”, disse Richardson, citado pela imprensa australiana. “Mas temos ainda um longo caminho a percorrer”, acrescentou. Passos em frente O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, deu os parabéns ao novo primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, dias após a sua vitória nas eleições, num gesto visto por alguns como uma tentativa da China de restaurar o relacionamento. Albanese instou a China a mostrar boa vontade através do levantamento de uma série de barreiras comerciais oficiais e não oficiais criadas nos últimos anos contra vários bens oriundos da Austrália, no valor de milhares de milhões de dólares, incluindo carvão, vinho, cevada, carne bovina e frutos do mar. As relações bilaterais bateram no seu ponto mais baixo depois de a Austrália ter pedido uma investigação independente sobre as origens da covid-19 e a resposta da China ao surto inicial. O mais recente embaixador da China na Austrália estabeleceu um tom mais conciliador desde que chegou a Camberra, em Janeiro, do que o seu antecessor, Cheng Jingye. Cheng ameaçou, em 2020, com boicotes comerciais, se a Austrália persistisse com o seu apelo por uma investigação sobre as origens da covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Novas restrições em Pequim após surto relacionado com bar Eventos desportivos cancelados, aulas online e vários bairros confinados. É a resposta das autoridades a um novo surto ligado a um bar na zona de maior movimento nocturno da capital chinesa Um distrito de Pequim repôs as aulas ‘online’ e centenas de bairros foram bloqueados na capital chinesa, face a um novo surto de covid-19 ligado a um bar, enquanto novas restrições foram também impostas em Xangai. A muito contagiosa variante Ómicron está a obrigar as autoridades chinesas a impor medidas cada vez mais extremas, para salvaguardar a estratégia de ‘zero casos’, assumida como um triunfo político pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. Um consultor português radicado na capital chinesa, que prefere não ser identificado, disse à Lusa que o seu bairro foi bloqueado, pela segunda vez no espaço de menos de um mês, após alguns moradores terem sido considerados contactos directos de casos confirmados. O condomínio, situado na zona oeste de Pequim, é composto por 12 prédios e abriga mais de cinco mil pessoas. Vídeos partilhados com a Lusa mostram um grupo de moradores a pedir explicações às autoridades, que se limitaram a explicar que há muitos jovens no condomínio que frequentam o bar de Pequim associado ao novo surto. Um total de 166 casos foram vinculados ao bar Heaven Supermarket, próximo do Estádio dos Trabalhadores, onde está concentrada a vida nocturna na cidade, depois de uma pessoa infectada ter visitado o local, na quinta-feira. Destes, 145 eram clientes, enquanto os restantes eram funcionários, ou pessoas com quem os clientes tiveram contacto posteriormente. Toda a área, juntamente com o complexo comercial de Sanlitun adjacente, foi encerrada até novo aviso. O surto levou as autoridades do extenso distrito de Chaoyang a repor o ensino ‘online’. Os eventos desportivos na cidade também foram suspensos. Chaoyang ordenou testes diários em massa, com longas filas a formarem-se e tempos de espera muitas vezes superiores a duas horas. Diagnóstico de Xangai Em Xangai, 502 pessoas foram classificadas como contactos directos de três casos, diagnosticados em 9 de Junho, entre os clientes do Salão de Beleza Red Rose. Os contactos directos vêm de 15 distritos da cidade, que tem 25 milhões de pessoas, provocando as primeiras restrições em larga escala, desde que o bloqueio chegou ao fim no início de Junho. Com os testes em massa e as restrições ao movimento a serem novamente impostos, as ruas e supermercados esvaziaram-se novamente este fim de semana. A não realização do teste dá origem a um código QR amarelo, no aplicativo usado para aceder a todos os locais públicos. A maioria dos estudantes permanece em casa e todos, excepto alguns restaurantes, estão abertos apenas para entregas. Muitos clientes simplesmente comem e bebem na rua, do lado de fora dos estabelecimentos. Enquanto 22 milhões de residentes de Xangai foram libertados do bloqueio há quase duas semanas, 220.000 pessoas ainda não podem sair das suas casas, sob uma regra que exige que nenhum caso positivo seja encontrado nos seus complexos residenciais por mais de 10 dias. Outros 600.000 estão em zonas de médio risco, proibidos de saírem dos respectivos complexos residenciais. Cercas de aço e outras barreiras continuam a bloquear bairros e edifícios de escritórios, levando ao descontentamento e reclamações dos moradores, que permanecem confinados. A implementação altamente restritiva de bloqueios, juntamente com a falta de informação e má distribuição de alimentos e outros bens básicos, levou a manifestações raramente vistas de raiva e desespero. Em alguns bairros, os moradores confrontaram trabalhadores de saúde e agentes da polícia. O afrouxamento das restrições levou a um êxodo de residentes, incluindo estrangeiros, que ficaram presos no bloqueio. Apesar do recente surto, Pequim registou apenas 51 novos casos na segunda-feira, entre os quais 22 são assintomáticos. A China mantém a sua política de ‘zero casos’ de covid-19, apesar dos custos económicos e sociais e da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter afirmado que a política não é sustentável.
Hoje Macau SociedadeEducação sexual | Especialistas alertam para efeitos negativos de “influencers” Cheang Lei Ngo, directora do centro de apoio à juventude Seng Kong Hui, e a professora da Universidade de Macau, Vong Sou Kuan, consideram que a educação sexual deve ser uma responsabilidade compartilhada entre pais e escolas e alertaram para os efeitos negativos que os comportamentos dos “influencers” podem ter para os jovens. Sobretudo quando contribuem para os jovens tirarem “fotografias sugestivas” e “com pouca roupa”. “Os influencers têm muitos seguidores e ‘likes’ e, para os mais novos, isso quer dizer que muitas pessoas gostam deles ou que são pessoas bonitas. Nesse contexto, os jovens tendem a imitá-los e tiram também fotografias sugestivas, com pouca roupa, por exemplo. À medida que são expostos a este tipo de mensagens, os mais novos vão-se tornando cada vez mais influenciáveis e susceptíveis a estas formas de estar”, disse Cheang Lei Ngo, segundo a TDM-Canal Macau. Por seu turno, Vong Sou Kuan frisou que devem ser sobretudo os pais, e não “estranhos”, a abordar o tema da sexualidade com os jovens. Mesmo que seja durante pouco tempo. “Os pais devem saber que não devem ser estranhos e pessoas sem ligação às crianças a ensinar-lhes temas relacionados com a educação sexual. Isso é muito mau. Os pais devem saber que é uma responsabilidade deles. Falar com as crianças não leva necessariamente muito tempo, o que é preciso é que haja diálogos que tenham conteúdo entre pais e filhos. Mesmo que seja só de 15 ou 20 minutos por dia. Se não se investe tempo na relação com as crianças, depois torna-se difícil falar com elas ou mesmo conhecê-las”, apontou a académica Vong Sou Kuan, especializada na área da sociologia da educação.
Hoje Macau SociedadeDeslizamento de terras | Governo faz obras e limpezas no local O Governo está a realizar uma “obra de protecção urgente” no local onde ocorreu um deslizamento de terras que afectou o edifício Ka On Kok, na Estrada de São Francisco. Segundo um comunicado do pelouro de Raimundo do Rosário, a obra visa assegurar “a estabilização do talude e o acesso às máquinas para a parte inferior” do mesmo, estando a ser feita uma obra de aterro ao lado do estaleiro da obra privada que terá causado o acidente. A ideia é também garantir “a segurança da execução das obras ulteriores”. Além disso, tendo em conta a queda de pedregulhos que destruíram parcialmente alguns apartamentos, está a ser feita uma limpeza no local e instaladas vedações nas casas afectadas. As autoridades garantem que, assim que terminarem as obras, será feita “a reparação da parte danificada do edifício”. Além disso, “tendo em conta que no local onde ocorreu o deslizamento de terras se encontra um troço da antiga muralha da cidade, património classificado, os serviços competentes estão a coordenar os trabalhos ulteriores a fim de assegurar a segurança dos residentes”, aponta a mesma nota.
Hoje Macau PolíticaMercado temporário | Deputada preocupada com falta de clientes Lo Choi In visitou ontem o mercado temporário para onde foram transferidos os vendedores do Mercado Vermelho e mostrou-se preocupada com a redução do número de clientes. Segundo o jornal Ou Mun, a deputada afirmou que actualmente a clientela representa cerca de 20 a 30 por cento dos níveis antes mudança para as novas instalações e que as receitas têm registado quebras sucessivas. Ao mesmo tempo, Lo defende que o contexto para os comerciantes é cada vez mais difícil porque a inflação faz sentir-se de forma mais intensa. Por isso, a deputada apelou ao Governo não só para terminar a renovação do Mercado Vermelho dentro do prazo dos 600 dias iniciais, mas também para, se for possível, encurtar esse prazo. A legisladora pediu também a melhoria dos acessos ao mercado temporário, enquanto durarem as obras no Mercado Vermelho.
Hoje Macau China / ÁsiaPolícia detém suspeitos de agressão a mulheres que causou indignação na China As autoridades chinesas prenderam nove pessoas por terem agredido violentamente três mulheres num restaurante, depois de imagens do ataque registadas pelas câmaras de vigilância e difundidas nas redes sociais terem provocado indignação generalizada. As imagens de uma churrascaria em Tangshan, no norte da província de Hebei, mostram um dos homens a aproximar-se de uma mesa, onde três mulheres estão sentadas, e a colocar a mão nas costas de uma das mulheres. A mulher perguntou-lhe o que é que ele quer, antes de gritar “és um doente”, e dar-lhe um bofetão na mão. O homem bate então no rosto da mulher, desencadeando uma briga. A vítima inicial é arrastada pelos cabelos. Um grupo de homens que está a jantar do lado de fora juntou-se ao ataque, espancando as mulheres com cadeiras e garrafas de cerveja. Duas das mulheres foram hospitalizadas, mas estão em condição estável, segundo a imprensa local. Fotografias da mulher numa maca do hospital, com o rosto inchado e ensanguentado, e imagens do ataque, tornaram-se virais nas redes sociais do país. A agressão e a indignação pública renovaram o debate sobre a misoginia e maus-tratos às mulheres na China. No início deste ano, um vídeo viral de uma mulher acorrentada a uma parede, numa cabana, gerou reações, depois de as autoridades inicialmente negarem que ela fosse vítima de tráfico humano. Mais tarde, apurou-se que a mulher tinha sido vendida como noiva. Todos os nove suspeitos foram presos no sábado, de acordo com um comunicado das autoridades, divulgado através da rede social Weibo. No domingo, o vídeo tinha recebido mais de 68 milhões de visualizações. As imagens mais explicitas do ataque, ocorrido do lado de fora do restaurante, foram, entretanto, retiradas pelos censores chineses. Os internautas condenaram o ataque e criticaram a polícia de Tangshan, por ter sido demasiado lenta a encontrar e deter os suspeitos. “Sou mulher e tenho uma filha”, disse uma internauta, identificada com o apelido BaobaomaoDaren. “Questiono-me – estou a criar valor para a sociedade e a gerar energia positiva, será que esta sociedade me protegerá a mim e à minha filha?” A emissora estatal CCTV disse que os suspeitos devem ser presos o mais rápido possível e “punidos severamente de acordo com a lei” para prestar contas às vítimas e ao público. Uma mensagem no Weibo publicada na noite de sábado e lida dezenas de milhares de vezes argumentou que o incidente não foi aleatório, mas um reflexo da violência sistemática contra as mulheres, enraizada na sociedade chinesa. “Devemos admitir que a nossa realidade contém forças que apoiam, incentivam e impulsionam a violência masculina contra as mulheres”, escreveu o internauta. Em dezembro passado, uma funcionária do grupo chinês de comércio eletrónico Alibaba foi demitida depois de acusar publicamente o seu diretor e um cliente de agressão sexual durante uma viagem de negócios. Ela disse que denunciou o incidente à empresa, mas que não obteve resposta. Um mês antes, Peng Shuai, estrela de ténis chinesa e três vezes atleta olímpica, acusou o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli de má conduta sexual. Peng posteriormente retirou as alegações, depois de ter estado desaparecida durante várias semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul acusa Coreia do Norte de disparar projétil não identificado em direção ao mar A Coreia do Norte disparou hoje um projétil não identificado em direção ao mar, afirmaram autoridades militares da Coreia do Sul, dias depois de o líder norte-coreano Kim Jong-Un ter pedido maior capacidade de defesa para lidar com ameaças externas. Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detetado, na manhã de hoje, várias trajetórias de voo que acredita serem de artilharia norte-coreana. A autoridade militar acrescentou que a Coreia do Sul mantém uma firme prontidão militar em estreita coordenação com os Estados Unidos. Durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional convocada para discutir os supostos lançamentos, as autoridades sul-coreanas expressaram preocupação de que a Coreia do Norte esteja a atualizar os seus sistemas de armas que podem representar uma ameaça direta à Coreia do Sul. E reafirmaram que irão lidar com estes esforços norte-coreanos com severidade. Normalmente, os testes de artilharia da Coreia do Norte têm menos atenção externa do que os lançamentos de mísseis. Contudo, a artilharia de longo alcance é uma séria ameaça à segurança da populosa região metropolitana da Coreia do Sul, que fica a cerca de 40 a 50 quilómetros da fronteira com a Coreia do Norte. Os alegados lançamentos de artilharia são os mais recentes de uma série de testes de armas executados pela Coreia do Norte este ano, aquilo a que especialistas estrangeiros chamam de uma tentativa de pressionar Washington e Seul a relaxar as sanções internacionais contra Pyongyang e fazer outras concessões. Autoridades sul-coreanas e norte-americanas disseram, recentemente, que a Coreia do Norte está quase a finalizar os preparativos para realizar o seu primeiro teste nuclear em cerca de cinco anos. Em março, a Coreia do Norte testou um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos, violando uma moratória de 2018 em grandes testes de mísseis.
Hoje Macau SociedadeMekong Club diz que restrições deixam não residentes mais vulneráveis As restrições impostas por Macau à entrada e saída de não residentes fazem com que estes trabalhadores estejam ainda mais vulneráveis à exploração, nomeadamente por parte dos empregadores, disse o líder de uma organização não-governamental (ONG). Desde Março de 2020 que a região proíbe a entrada a não residentes oriundos do estrangeiro. Isso significa que estes trabalhadores que permanecem em Macau correm o risco de perder o emprego se abandonarem a cidade. “O que isto significa na prática é que estas pessoas estão à mercê dos empregadores no que toca a serem pagos ou não, como são pagos ou quanto recebem”, disse à Lusa Matt Friedman. “Se não tens uma alternativa, que é abandonar um emprego e regressar sob outras condições, estás ‘preso’. Os empregadores percebem isso e sabem que têm a faca e o queijo na mão”, lamentou o director-executivo do Mekong Club, uma ONG com sede em Hong Kong. O antigo coordenador da resposta a pandemias para a Ásia da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos da América admitiu que, em alguns casos, a exploração dos trabalhadores não residentes é justificada por simples ganância. Problemas do empregador Mas, em outros casos, “acaba por ter a ver com o facto de o próprio empregador estar a enfrentar problemas”, acrescentou o norte-americano. “Temos empresas, por exemplo restaurantes, que dizem aos funcionários: ‘Estamos a ter prejuízos. Ou aceitas um corte no salário ou teremos de encontrar alguém que faça este trabalho por menos dinheiro’”, revelou Matt Friedman. Na quinta-feira, as autoridades de Macau revelaram que irão relaxar as restrições à entrada de trabalhadores oriundos do estrangeiro, com os detalhes a serem anunciados em 17 de Junho e as candidaturas abertas a partir de 24 de Junho. Estes não residentes terão de cumprirem a quarentena obrigatória, actualmente fixada em 14 dias, num dos hotéis reservados para o efeito. Caso os trabalhadores não possam pagar a estadia, a despesa cabe aos empregadores. Mas Matt Friedman diz que estas restrições “aumentaram o potencial para as agências de recrutamento poderem explorar ainda mais as pessoas”, exigindo mais dinheiro aos que procuram emprego. Muitos destes candidatos, oriundos sobretudo do sudeste asiático, contraem dívidas para pagar os serviços de agências de recrutamento e poderem ir trabalhar para as duas regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong, lembrou o activista.
Hoje Macau VozesO princípio de Uma Só China: Não há espaço para Concessões (Artigo assinado pelo Comissário Liu Xianfa) A questão de Taiwan é a questão mais importante e sensível nas relações China-EUA. O núcleo da questão de Taiwan é “Uma Só China”. Só existe uma China no mundo e Taiwan faz parte da China. O governo da República Popular da China é o único governo legal que representa todo o país, que é o conceito central do princípio de Uma Só China e tem-se tornado um consenso da comunidade internacional e uma norma básica que rege as relações internacionais. Um total de 181 países, incluindo os EUA, estabeleceram relações diplomáticas com a China com base no reconhecimento do princípio de Uma Só China. Mas o governo dos EUA, embora afirme que a sua política de Uma Só China não mudou e que não apoia a “independência de Taiwan”, tornou-se cada vez mais imprudente e malicioso ao jogar “a carta de Taiwan” no sentido de conter a China. São os EUA que têm constantemente renegado suas próprias concessões, consenso bilateral e sua posição original. Tais movimentos visam um retrocesso histórico, obstruindo a reunificação pacífica da China com a questão de Taiwan, minando a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e transformando Taiwan “num porta-aviões inafundável” para conter a China com a questão de Taiwan. Nos últimos anos, os EUA redobraram os seus esforços para enganar o público, a fim de esvaziar o princípio de Uma Só China. Por exemplo, os EUA têm estado a utilizar mais descrições, incluindo a “Lei de Relações com Taiwan” e “Seis Garantias”, ambas unilateralmente inventadas que nunca foram reconhecidas e são firmemente rejeitadas pela China desde o início, para modificar sua política de Uma Só China. No seu último movimento, os EUA lançaram uma chamada “Iniciativa de Comércio do Século 21” com Taiwan, que sem dúvida, carrega conotações soberanas e de natureza oficial, contrariando o princípio de Uma Só China. Certamente, isso irá encorajar os separatistas na ilha e perturbar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. As relações China-EUA, como aquelas entre dois Estados, podem ser guiadas somente por consenso político mútuo, em vez de serem estabelecidas numa política formulada unilateralmente pelo lado americano. Ao longo da história, a questão de Taiwan já foi o maior obstáculo na normalização das relações China-EUA. A China tomou a decisão de estabelecer laços diplomáticos com os EUA apenas quando três pré-condições tinham sido cumpridas, nomeadamente, os EUA cortaram “relações diplomáticas”, revogaram o “Tratado de Defesa Mútua” com as autoridades de Taiwan e retiraram as forças militares dos EUA de Taiwan. O lado dos EUA declarou explicitamente no Comunicado de Shanghai, divulgado em 1972, que “os Estados Unidos reconhecem que todos os chineses em ambos os lados do Estreito de Taiwan sustentam que existe apenas uma China e que Taiwan faz parte da China. O governo dos Estados Unidos não contesta essa posição”. No Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento das Relações Diplomáticas entre os EUA e a República Popular da China divulgado em 1978, os EUA “reconhecem o Governo da República Popular da China como o único Governo legal da China”, e “reconhecem a posição chinesa de que existe apenas uma China e que Taiwan faz parte da China”. No Comunicado de 17 de agosto de 1982, os EUA declararam explicitamente, “No Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento das Relações Diplomáticas no dia 1 de janeiro de 1979, emitido pelo Governo da República Popular da China e pelo Governo dos EUA, os EUA reconheceram o governo da República Popular da China como o único Governo legal da China e reconheceram a posição chinesa de que existe apenas uma China e que Taiwan faz parte da China”. Também “reiteram que não têm intenção de infringir a soberania e integridade territorial chinesa, ou interferir nos assuntos domésticos da China, ou perseguir uma política de ‘duas Chinas’ ou ‘uma China, uma Taiwan’.” Esses compromissos são factos históricos que não podem ser apagados ou negados. Os factos não podem ser negados, a história não deve ser falsificada, e a verdade não deve ser distorcida. Seja o princípio de Uma Só China ou a política de Uma Só China, a sua essência é tanto sobre “Uma Só China”, que é um consenso político alcançado entre a China e os EUA. Sem esse consenso, a China e os EUA não poderiam ter-se engajado e estabelecido laços diplomáticos, e o relacionamento bilateral não poderia ter sido desenvolvido. Os EUA precisam de cumprir o princípio de Uma Só China, as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA e o seu compromisso político com a China sobre a questão de Taiwan, e agir de acordo com a declaração do presidente Biden de que os EUA não apoiam a “independência de Taiwan”. Entretanto, precisam de parar de usar questões relacionadas a Taiwan para se envolver em manipulação política ou para conter a China, e evitar causar danos ainda mais graves às relações China-EUA e à paz e estabilidade no Estreito de Taiwan. A questão de Taiwan é um assunto puramente doméstico da China e realizar a reunificação completa da China é a aspiração compartilhada de todo o povo chinês. A China está firmemente decidida a defender sua soberania e segurança. Não há espaço para concessões e nem um centímetro para ceder na questão de Taiwan. Espero que todos os amigos estrangeiros na RAEM possam ver a questão de Taiwan de forma objectiva e correcta, e respeitar a aspiração do povo chinês à paz e à reunificação nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China adverte EUA que “esmagará” qualquer tentativa de independência O ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, alertou sexta-feira durante uma reunião em Singapura com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, que Taiwan é território da China, que “esmagará de forma determinada” qualquer tentativa de independência da ilha. A China “não hesitará em iniciar uma guerra” se Taiwan declarar a independência, garantiu um porta-voz do Ministério da Defesa chinês. “Se alguém se atrever a separar Taiwan da China, os militares chineses não hesitarão por um momento em iniciar uma guerra, não importa o custo”, disse Wu Qian ao relatar os comentários do ministro da Defesa, Wei Fenghe durante a reunião com Lloyd Austin. Wei proferiu as declarações durante o encontro com Austin à margem do Diálogo Shangri-La, um fórum anual de segurança realizado em Singapura, tendo este sido o primeiro encontro presencial entre os dois desde que o governante norte-americano assumiu o cargo, em Janeiro de 2021. Os dois governantes tinham tido um primeiro contacto via telefónica em Abril. A reunião, que durou 30 minutos mais do que o previsto, de acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP), ocorre depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter alertado em Maio que uma anexação “à força” de Taiwan pela China implicaria uma intervenção militar dos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa | Inflação estabiliza e sobe 2,1% em Maio O índice de preços ao consumidor, o principal indicador da inflação na China, registou um crescimento homólogo de 2,1 por cento, em Maio, enquanto o índice de preços ao produtor, que mede a inflação no sector grossista, avançou 6,4 por cento. O Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, que divulgou sexta-feira os dados, apontou para a melhoria da situação epidemiológica no país em Maio, face a Abril, quando a China registou os surtos mais graves de covid-19 desde o início da pandemia, e a “oferta abundante” no mercado, como factores que contribuíram para a “estabilização” do índice de preços ao consumidor. Os analistas previam um avanço de 2,2 por cento naquele índice. O índice de preços ao produtor avançou 8 por cento, em Abril, em relação ao mesmo mês do ano anterior, pelo que o valor de Maio representa uma contração de 1,6 por cento, em relação ao mês anterior. Em 2021, os preços ao consumidor no país asiático aumentaram 0,9 por cento e no setor de vendas por grosso 8,1 por cento. Na comparação entre Abril e Maio, os preços ao consumidor caíram 0,2 por cento, sobretudo devido à queda dos preços dos alimentos, que caíram 1,3 por cento, em relação ao mês anterior. O estatístico do GNE Dong Lijuan explicou que a queda nos preços dos alimentos se deveu a uma “grande quantidade de vegetais frescos que entrou no mercado” e “logística mais fluida”, em Maio, quando as restrições impostas sobre a circulação de pessoas foram relaxadas em algumas áreas do país. O preço dos combustíveis cresceu significativamente: a gasolina e o gasóleo aumentaram 27,6 por cento e 30,1 por cento, em termos homólogos, respectivamente. Dong explicou que “o trabalho de prevenção e coordenação anti – pandemia da China” garantiu a “estabilização das cadeias de fornecimento” em alguns sectores-chave, o que contribuiu para a desaceleração do crescimento homólogo dos preços no sector grossista em Maio.
Hoje Macau China / ÁsiaSingapura | Ministros da Defesa australiano e chinês reúnem-se após três anos de tensão Os dois responsáveis mantiveram uma conversa de mais de uma hora, à margem do fórum de segurança “Shangri-la Dialogue”, que decorreu este fim-de-semana em Singapura Os ministros da Defesa da Austrália e da China reuniram-se ontem pela primeira vez em três anos, um “primeiro passo importante” após um longo período de tensão. A reunião entre Richard Marles e o seu homólogo chinês Wei Fenghe, que durou mais de uma hora, ocorreu à margem do fórum de segurança “Shangri-la Dialogue” em Singapura. “Foi uma oportunidade de ter uma conversa muito franca e completa durante a qual levantei uma série de questões que preocupam a Austrália”, disse o ministro da Defesa australiano, Richard Marles, confirmando a reunião aos jornalistas em Singapura. De acordo com Richard Marles, também vice-primeiro-ministro da Austrália, “é realmente importante neste momento ter linhas abertas de diálogo”. “As relações entre a Austrália e a China são complexas. E é justamente por essa complexidade que é realmente importante dialogarmos neste momento. Foi um primeiro passo importante”, continuou. A China não fez ainda comentários sobre a reunião. O representante de Camberra especificou que, entre outros assuntos que preocupam a Austrália, levantou a recente interceptação pela China de um avião da força aérea australiana sobre o Mar da China Meridional, uma área estratégica onde colidem as reivindicações territoriais de Pequim e de meia dúzia de países: Brunei, Filipinas, Indonésia, Malásia, Taiwan e Vietname. No congelador Tratou-se da primeira reunião de alto nível desde Janeiro de 2020, destacou a ABC, quando as relações diplomáticas começaram a congelar entre os dois países como resultado de várias divergências, incluindo a exclusão por motivos de segurança das empresas chinesas Huawei e ZTE da participação na rede 5G da Austrália. Desde então, as relações deterioraram-se devido a questões como a militarização do gigante asiático ou a aprovação na Austrália de leis contra interferência estrangeira e espionagem. A China, que ficou particularmente incomodada com o pedido da Austrália de uma investigação independente sobre a origem da covid-19, respondeu impondo tarifas de importação a vários produtos australianos. As tensões entre vários países, como Estados Unidos, Canadá e Austrália, com a China desempenharam um papel importante durante o fórum de segurança, que começou na sexta-feira e terminou ontem, que também contou com a presença de chefes de defesa de dezenas de países, incluindo o dos EUA, Lloyd Austin.
Hoje Macau EventosExposição de caligrafia e pintura de “Lee Chau Ping e Alunos” na FRC A Fundação Rui Cunha inaugura na quarta-feira, às 18h30, a Exposição de Caligrafia e Pintura de “Lee Chau Ping e Alunos”, uma mostra conjunta do Mestre Lee e 43 aprendizes que colaboram nas suas aulas, oficinas e actividades artísticas. As actividades são organizadas pela Associação de Amizade das Artes, Pintura e Caligrafia de Macau, presidida por Lee Chau Ping. A mostra dá a conhecer cerca de 44 peças de pintura e caligrafia, uma por cada participante, e reflectem a preocupação de Lee Chau Ping em ‘promover a cultura da caligrafia e pintura chinesa, bem como a arte, com o objectivo de reunir entusiastas para estudar a sua essência, para que os membros possam pesquisar, aprender e observar os outros durante estas actividades’, pode ler-se no manifesto da iniciativa. O propósito da exposição, é ainda ‘fornecer uma plataforma para exibir as obras de pintura e caligrafia dos alunos. E é uma boa oportunidade para criar e praticar esta arte, permitindo que os alunos comuniquem com outros, cultivando a alfabetização cultural, incentivando sentimentos, enriquecendo a sua vida espiritual e levando adiante a cultura e as tradições chinesas para serem transmitidas de geração em geração’, considera o mestre. Escola de Lingnan Lee Chau Ping calígrafo e pintor local, é conhecido como discípulo do estilo artístico da Escola de Pintura de Lingnan. Nascido em 1959, o artista começou a sua carreira como designer de interiores, formado pelo Instituto de Design e Indústria de Hong Kong. A paixão pelas artes vem da infância, tendo aprendido pintura e caligrafia chinesas por influência do pai, quando tinha uns seis anos de idade. O percurso académico levou-o depois para o mundo do design e da gestão de negócios. Seguiu para a Canadian Public Royal University, onde fez um Master of Business Administration, passou pela Princeton University, onde obteve um PhD em Gestão, e ainda pela Renmin University of China, para uma graduação em Administração de Empresas. A exposição vai estar patente até ao dia 25 de Junho.
Hoje Macau SociedadeCESL Asia lança em Hong Kong carne sustentável do Alentejo A empresa de Macau CESL Asia vai começar a comercializar em Hong Kong carne de vaca sustentável produzida no Alentejo, disse à Lusa o presidente António Trindade. “Neste momento, está a chegar [a Hong Kong] o primeiro contentor, foi estabelecida uma parceria com os distribuidores locais e vai ser lançada agora” a marca de carne ‘True Born’, produzida pelo Monte do Pasto, sublinhou o empresário. António Trindade salientou que, além dos desafios logísticos causados pela pandemia de covid-19, a ‘True Born’ “não é só uma marca nova, é uma área nova, que pouco existe no mercado” da região administrativa especial chinesa. O Ministério da Agricultura anunciou em 2020 que seis empresas portuguesas, incluindo uma do Alentejo, estavam habilitadas a exportar carne de bovino para Hong Kong. A carne é produzida no Monte do Pasto, uma área de montado alentejano, em Cuba, no distrito de Beja, onde a empresa tem contribuído para aumentar o investimento e a produção económica da zona rural. Cerca de 98 por cento da produção do Monte do Pasto é exportada, disse o presidente da CESL Asia, nomeadamente para Israel e outros mercados do Médio Oriente e do Norte de África. A marca ‘True Born’ já é comercializada em Macau. António Trindade lamentou, no entanto, não ser ainda possível exportar para a China, algo que considera “incompreensível”. Casas de pasto Em 2019, Portugal assinou um acordo de cooperação para facilitar, através da simplificação de procedimentos, a exportação de produtos alimentares para a China, incluindo a carne de ovino e de bovino. O Monte de Pasto anunciou na quarta-feira a aquisição da Herdade das Gregas de Cima, com 455 hectares, elevando para 4.200 hectares a área que a empresa vai dedicar a agricultura de regadio e pecuária sustentável. António Trindade disse que a compra representa um aumento de quase 15 por cento na área disponível, o que irá permitir à empresa começar a apostar também na produção de carne de ovino. As vendas do Monte do Pasto têm vindo a aumentar, tanto no que toca ao volume de carne como às receitas, “o que hoje em dia não é difícil, porque os preços estão a subir”, lembrou o presidente da CESL Asia. Em 2021, “foram quase 50 por cento acima do que tínhamos planeado e este ano vai continuar a aumentar, menos porque nem sequer temos ainda capacidade para produzir mais”, admitiu o empresário.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | País quer construir milhares de centros de testagem e de quarentena Apesar dos custos económicos e sociais, a China mantém-se comprometida com a estratégia de zero casos no combate à pandemia da covid-19 A China está a construir centenas de milhares de centros permanentes de testagem à covid-19 e a expandir as instalações de quarentena em muitas das suas maiores cidades, como parte da política de ‘zero casos’. Em Xangai, no distrito de Minhang, novas medidas de bloqueio e testes em massa foram ontem anunciadas, abrangendo mais de dois milhões de pessoas. A directiva foi emitida uma semana após o Governo chinês ter declarado a vitória da cidade contra o vírus, depois de duas semanas de um bloqueio altamente restritivo. Medidas de confinamento, totais ou parciais, em dezenas de cidades puseram o país à beira da recessão, pela segunda vez em três décadas. Os indicadores económicos do trimestre actual são sombrios: as vendas de automóveis em Abril caíram quase para metade, em relação ao período homólogo, e os gastos no setor retalhista caíram 11 por cento. Embora as medidas tenham sido relaxadas em várias cidades, este mês, o programa lançado pelas autoridades relativo às infraestruturas para conter o vírus, indica que a política de tolerância zero à doença é para manter. As autoridades estão a desenvolver estratégias que permitam testar populações inteiras no espaço de 24 horas. As principais cidades chinesas devem agora ter locais de teste disponíveis a não mais de 15 minutos a pé das casas dos moradores, e instalações temporárias estão a ser substituídas por centros permanentes, fornecidos por empresas médicas privadas. As 31 províncias e regiões do país também estão a seguir ordens de Pequim para preparar novos hospitais e instalações de quarentena, para o caso de ocorrer um surto de grandes dimensões, como aquele que atingiu Xangai. Yanzhong Huang, especialista em políticas de saúde pública do Conselho de Relações Externas, um centro de reflexão com sede em Nova Iorque, disse que as medidas demonstram o compromisso de Pequim com a estratégia de ‘zero casos’, “apesar do crescente custo social e económico associado a esta abordagem”. “O Governo acredita que pode superar o vírus. Mas sabemos que isto não é realista para a variante Ómicron. E, para uma variante ainda mais transmissível, isto tornar-se-á ainda menos viável”, apontou. Em construção Em Abril, 400 hospitais improvisados tinham já sido concluídos ou estavam em fase de construção, com capacidade para mais de 560.000 camas, segundo a Comissão Nacional de Saúde. Autoridades em cidades com mais de 10 milhões de pessoas foram informadas de que pelo menos 1.500 camas hospitalares devem estar disponíveis em instalações de quarentena centralizadas, além de centros de apoio, que podem ser convertidos com alguns dias de antecedência. “A capacidade para internamentos e isolamento deve ser reforçada, e hospitais designados (…) e pontos de isolamento centralizados devem ser planeados e preparados com antecedência”, escreveu no mês passado Ma Xiaowei, alto funcionário da Comissão, no Qiushi, o principal jornal do Partido Comunista Chinês. Num exemplo de rápido progresso, Ningbo, uma cidade com oito milhões de habitantes, abriu a sua primeira instalação centralizada para quarentenas no mês passado, com 4.356 quartos. A maioria das grandes cidades chinesas já instituiu requisitos para testes regulares de covid-19. Em Pequim é necessário ter um teste negativo para o vírus, realizado nas 72 horas anteriores, para aceder a supermercados, restaurantes ou transportes públicos. Lanzhou, uma cidade do noroeste, com quatro milhões de habitantes, tem capacidade para testar cerca de 150.000 pessoas diariamente. A política da China foi bem-sucedida em conter a doença e manter o número de mortos baixo, em comparação com o resto do mundo. Mas muitas pessoas estão cansadas com a perspectiva de que a política se prolongue. “É uma loucura total”, comentou um residente de Pequim. “A comunidade científica considera a política insustentável, mas isto foi já convertido numa acção de mobilização das massas”, afirmou outra residente. Oito cidades na China e 74 milhões de pessoas estão agora sob bloqueio total ou parcial, em comparação com 133 milhões de pessoas há uma semana e 355 milhões de pessoas em Abril, segundo uma pesquisa divulgada pelo banco japonês Nomura. Segundo a mesma fonte, se todas as cidades adoptassem o requisito de teste de 72 horas, como em Pequim ou Xangai, seriam abrangidas 814 milhões de pessoas e o custo ascenderia a 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Hoje Macau China / ÁsiaRússia e China justificam veto a mais sanções à Coreia do Norte na ONU A Rússia e a China justificaram hoje perante a Assembleia-Geral da ONU o seu veto a uma proposta norte-americana para sancionar a Coreia do Norte, na primeira vez em que as potências foram obrigadas a explicar-se. Em abril passado, as Nações Unidas aprovaram uma resolução que exige a convocação automática de uma sessão plenária da Assembleia Geral sempre que se registar um veto no Conselho de Segurança, medida que procura dissuadir o uso desse privilégio a que só cinco países têm acesso: Rússia, China, Estados Unidos da América (EUA), França e Reino Unido. Assim, em cumprimento com esta nova norma, os 193 Estados-membros da ONU reuniram-se hoje para ouvir as explicações da Rússia e da China, que em 26 de maio bloquearam uma resolução que procurava endurecer as sanções internacionais a Pyongyang em resposta aos seus últimos testes de mísseis. Esse texto proposto pelos EUA recebeu o apoio de 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança, mas não foi adiante devido ao “não” de Moscovo e Pequim. O embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, assegurou que o seu país procura sempre cooperar com os demais membros do Conselho de Segurança para tentar chegar a um consenso e evitar vetos, mas deixou claro que, nesta ocasião, era impossível para ele apoiar a resolução dos EUA. “Os Estados Unidos devem assumir a responsabilidade por isso”, disse Zhang, que acusou Washington de forçar uma votação quando sabia que nem a China nem a Rússia apoiavam a iniciativa. Conforme referiu, o seu país levantou inúmeras opções alternativas que foram rejeitadas pelos EUA, a quem Pequim atribuiu o atual bloqueio em discussões com a Coreia do Norte. “Desde que a República Popular Democrática da Coreia adotou medidas de desnuclearização em 2018, os Estados Unidos não retribuíram essas iniciativas positivas e não abordaram as preocupações legítimas e razoáveis” da Coreia do Norte, insistiu. O representante chinês referia-se assim aos gestos que o regime de Kim Jong-un tem feito nos últimos anos, suspendendo os seus testes nucleares e os seus ensaios de armas, que levaram a contactos com a administração norte-americana do agora ex-presidente Donald Trump (2017-2021). Essas negociações, no entanto, não ofereceram nenhum progresso concreto e Pyongyang retomou os seus lançamentos de mísseis, com repetidos testes em desafio às resoluções da ONU. A Rússia, por sua vez, ressaltou que impor mais sanções à Coreia do Norte não ajudará em nada e criticou a fixação dos EUA por apostar nesse caminho de pressão e não no diálogo. Washington, por sua vez, considera que é justamente a inação do Conselho de Segurança diante dos lançamentos de mísseis norte-coreanos está a ser interpretada por Pyongyang como “uma luz verde para agir com impunidade e aumentar a tensão”.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia descriminaliza consumo de canábis para fins medicinais O cultivo e posse de canábis foi hoje descriminalizado para fins medicinais na Tailândia, que se torna no primeiro país asiático a retirar a droga da lista de substâncias proibidas no país. De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), o Governo tailandês disse que está a promover a canábis apenas para uso médico, advertindo que fumar em público ainda pode estar sujeito a pena de prisão de três meses e uma multa de 25 mil bahts. Por outro lado, extratos de canábis continuam a ser ilegais se contiverem mais do que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC), a principal substância psicoativa da planta. A Tailândia, que se destaca na indústria do turismo de saúde, está a tentar apostar na marijuana medicinal, com benefícios geralmente derivados de outras substâncias canabinóides que a planta contém, ainda de acordo com a AP. “Devemos saber como usar a canábis”, disse recentemente, numa entrevista à imprensa, o ministro da Saúde Pública tailandês Anutin Charnvirakul, o grande impulsionador da marijuana no país. “Se tivermos sensibilizados para isso, a canábis é como o ouro, é algo valioso que deve ser promovido”, acrescentou. Anutin Charnvirakul referiu que o Governo prefere “aumentar o conhecimento” sobre a utilização da canábis entre a população do que vigiar as pessoas e puni-las. “Tudo deve ter um meio termo”, disse.