Hoje Macau China / ÁsiaMacau e Angola vão assinar acordo para combater lavagem de dinheiro Macau e Angola vão assinar um acordo para trocar informações de formar a prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo, anunciou ontem o Governo. De acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial, o memorando de entendimento para a troca de informação relativa ao combate ao branqueamento de capitais, crimes precedentes associados, financiamento ao terrorismo e financiamento à proliferação de armas de destruição maciça será assinado com a Unidade de Informação Financeira da República de Angola. Segundo o despacho, assinado pelo Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, em 14 de Fevereiro, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, pode delegar esta missão ao comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Leong Man Cheong. O Gabinete de Informação de Macau (GIF), responsável pelo combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição maciça, está sob a tutela dos SPU. Em Março de 2022, um relatório anual do Departamento de Estado dos EUA designou Macau como um dos principais pontos de branqueamento de capitais a nível mundial. Segundo o relatório anual do GIF, Macau tornou-se em 2019 o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais (GAFI) que cumpria “todos os 40 padrões internacionais” sobre a prevenção da lavagem de dinheiro, do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa. Na lista do GAFI Angola foi acrescentada à ‘lista cinzenta’ do GAFI em 2024, depois de ter ficado aquém dos seus regimes legais e de regulamentação financeira. O GAFI, uma organização intergovernamental, estabelece normas internacionais em matéria de luta contra o branqueamento de capitais, o financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição maciça. A ‘lista cinzenta’ identifica os países que estão a trabalhar activamente com o GAFI para resolver deficiências estratégicas nessas áreas. O GIF assinou acordos para a troca de informação com 33 países e territórios, incluindo a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária de Portugal, em 2008, a Unidade de Informação Financeira do Banco Central de Timor-Leste, em 2018, e, em 2019, o Conselho de Controlo de Actividades Financeiras do Brasil e a Unidade de Informação Financeira de Cabo Verde.
Hoje Macau SociedadeRestauração | Pedidos incentivos financeiros estendidos a turistas A União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau considera que o Governo deve lançar sorteios e lançar vales de desconto para levar os turistas a consumir nos bairros comunitários. Segundo o jornal Ou Mun, o presidente da associação, Fong Kin Fu, recordou que tanto o Interior como outros países lançaram incentivos semelhantes de forma a promover um maior consumo entre os turistas, pelo que pediu que se siga o exemplo. Quanto ao novo Grande Prémio do Consumo, que começa em Março, o responsável revelou que alguns comerciantes já se inscreveram no programa e estão dispostos a participar em mais promoções. No entanto, nesta fase os diferentes estabelecimentos ainda estão a aguardar as indicações sobre os moldes em que vai decorrer a iniciativa. Olhando para o futuro, Fong Kin Fu defende que o Governo deve reforçar os apoios à economia dos bairros comunitários e ao consumo dos residentes, podendo subsidiar os preços para que a confiança de consumo seja melhorada. Ao mesmo tempo, o responsável destacou que os comerciantes também precisam de melhorar a qualidade de serviços e coordenar a oferta com as políticas do Governo.
Hoje Macau PolíticaMetro ligeiro | Obras na Linha Leste vão arrancar A Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) anunciou ontem que as obras de construção das entradas e saídas de duas estações do segmento norte da Linha Leste do Metro Ligeiro vão começar “em um curto período de tempo”, pelo que serão feitas algumas alterações na circulação de veículos e pessoas. Segundo um comunicado, “será necessário ocupar uma parte do passeio e vedar a zona das instalações desportivas, no sentido de garantir a passagem segura dos peões”, mas a construção das entradas e saídas das estações será feita de forma faseada. A obra de construção do segmento norte da Linha Leste do Metro Ligeiro teve início em Agosto de 2023, sendo que as estações onde serão feitas as obras localizam-se ao longo da Avenida Norte do Hipódromo e da Avenida da Ponte da Amizade. A estação ES1 terá duas entradas e saídas para o atravessamento de rua e acessos que se localizam na Avenida da Longevidade e na Praceta do Bom Sucesso; enquanto a estação ES2 também terá três entradas e saídas para o atravessamento de rua e acessos que se situam na Rua 1.º de Maio, na Rua Central da Areia Preta e na Zona de Lazer da Rua da Pérola Oriental.
Hoje Macau Entrevista Via do MeioEntrevista | Shan Hai Jing, um museu e o apetite dos antigos Uma entrevista com a dupla de autores da próxima publicação em língua inglesa Shan Hai Jing Code 《上古文明密码》, que o Hoje Macau já apresentou, mas que agora se transforma em museu. Michael Du & Julie Oyang, a dupla de autores está actualmente a organizar uma corrida textual sem fôlego através da peça mais importante da literatura chinesa e do tesouro mais pesado da cultura chinesa e… mais além. Julie Oyang é uma crítica de arte e cultura baseada na Europa, comentadora da cultura chinesa e filósofa visual. É professora convidada na Universidade de São José em Macau, China. Michael Du é um conhecedor da cultura antiga chinesa canadiana, detentor da maior coleção da civilização Hongshan do mundo. É o fundador da Haikou KiWen International Art & Culture Co. Ltd. (海口啓運國際文化藝術品有限公司) e Kiwen International Cultural Exchange (Yantai) Co.Ltd (国际文化交流(烟台)有限公司). Ambos os autores estão intimamente envolvidos na operação do Museu de Arte da China para Civilizações Pré-dinásticas (华夏上古文明艺术馆), que abrirá em breve em Yantai, China. P: Na parte I da entrevista, falámos sobre o significado histórico do antigo manuscrito chinês Shan Hai Jing 《山海经》, também conhecido como o Livro das Montanhas e dos Mares, especialmente a sua universalidade. O que é que se segue? Michael: Falámos sobre como um estudo mais aprofundado do Shan Hai Jing pode ajudar-nos a compreender a origem das primeiras civilizações humanas na Terra. Mas nós somos fazedores. Não nos ficamos pelas páginas escritas: queremos assegurar que o Shan Hai Jing é relevante e vivo e torná-lo parte da cultura actual. Com este objectivo, fundei uma nova empresa. A Kiwen International Cultural Exchange (Yantai) Co.Ltd (启运国际文化交流(烟台)有限公司) foi criada depois da Haikou KiWen International Art & Culture Co. Ltd. (海口啓運國際文化藝術品有限公司) é o local onde a investigação global terá lugar e o intercâmbio global de conhecimentos será incentivado e estimulado sob a forma de delegações internacionais e visitantes de alto nível. Sabemos tão pouco sobre os antigos, há tantas perguntas a fazer… Julie: De facto, há tanto para fazer. Há tanto que podemos fazer. Em colaboração com o governo chinês, estamos ambos envolvidos na operação do Museu de Arte da China para as Civilizações Pré-dinásticas (华夏上古文明艺术馆), onde Michael faz a curadoria da sua própria coleção de artefactos, bem como de colecções privadas de renome de todo o mundo, incluindo todas as civilizações pré-dinásticas, como Hongshan, Liangzhu, Shanxingdui, Hongshuihe, Shijiahe, etc. Estes objectos de arte nunca foram expostos e nunca foram explicados pelos historiadores tradicionais. Compreendemos que é extremamente importante para nós proporcionar aos coleccionadores privados um local onde possam mostrar a sua viagem dedicada à procura de respostas a questões sobre a humanidade. Neste sentido, o Museu de Arte da China para as Civilizações Pré-Dinásticas (华夏上古文明艺术馆), que deverá abrir em Yantai em abril, é uma visão única e brilhante. Até temos a arquitetura para corresponder a esta visão. O nosso objectivo é educar o público global em geral, bem como estabelecer uma ligação com o público jovem de uma forma divertida e com elevados padrões de qualidade. Para além da exposição, que mais vão fazer para tornar os misteriosos antigos “vivos e activos” para o público global? Julie: Neste momento, o Michael e eu estamos a planear uma exposição paralela e um workshop em colaboração com o chef artista francês Gil Gonzalez-Foerster (nome chinês: 晓松). De certa forma, o museu em Yantai é uma cápsula do tempo onde está guardada uma memória antiga e desvanecida. E a cozinha de Gil lida com a memória, desta vez partindo destas civilizações pré-dinásticas, partindo de Shan Hai Jing. Sendo o guardião imaginativo da memória, o clássico chinês contém a memória mais antiga da China, ou mesmo do mundo. Shan Hai Jing regista memórias antigas sob a forma de meditações sobre mitologia e os factos mais interessantes sobre a flora e a fauna conhecidas pelo seu poder mágico e força poderosa que vivem de um extremo ao outro da Terra. Esta parece ser a reputação deste texto antigo e inesgotável. Mas Shan Hai Jing é também um extraordinário livro de receitas! Mas porquê comida? Michael: Tu és o que comes. A comida é uma parte essencial da vida humana quotidiana que nos pode dizer mais sobre o passado. Quando um prato deixa de ser recordado, parte de nós deixa de existir. A comida é talvez a memória mais íntima e sensual. Talvez esta seja uma das razões pelas quais Shan Hai Jing foi escrito: recordar através da comida? A nossa exposição com curadoria tornar-se-á mais completa, mais 3D, mais realista, explorando o paladar dos antigos! Julie: Shan Hai Jing documenta experiências gastronómicas diversas, misturando história natural e conhecimentos alimentares. O seu enfoque humanista torna o Shan Hai Jing único no seu género. A palavra shi (食), “comer”, aparece mais de 160 vezes no livro, dos antigos. Há, no entanto, muitos casos sobre comida exótica que curam condições médicas bastante familiares aos homens modernos, mas Shan Hai Jing também oferece cura para condições como arrogância, confusão/falta de sabedoria, afastar perigos físicos. Esta é uma filosofia culinária única! A comida envolve a mente, não apenas o paladar. Para provocar o intelecto. Esta ideia profunda ainda está profundamente enraizada na comida chinesa moderna. Através da nossa exposição, compreendemos também porque é que Confúcio ensinou aos seus discípulos que a comida é uma dádiva virtuosa e porque é que os grandes poetas eruditos chineses eram famosos apreciadores de comida. Actualmente, não sabemos quem foi o autor do misterioso clássico chinês cuja imaginação ultrapassa As Mil e Uma Noites… Michael: Os antigos eram “homens de apetite”. O apetite pode explicar as paisagens históricas e económicas da humanidade com mais clareza do que o jargão académico. Por falar em economia, como é gerida a economia do museu? Michael: O museu é um organismo educativo. É também um negócio. Concentramo-nos em cinco volumes de negócios. A investigação envolve sobretudo a cooperação com várias instituições e programas de formação na China. Organizamos cursos, eventos e publicações. Esta parte irá gerar 7,6 milhões de RMB/ano. A venda de bilhetes irá gerar 7,2 milhões de RMB/ano. A certificação de autenticidade irá gerar 3,5 milhões de RMB/ano. Também iremos formar agentes de leilões de arte e antiguidades, cujo programa irá gerar 4,9 milhões de RMB/ano. Na primavera e no outono, realizar-se-á um leilão em grande escala, com uma estimativa conservadora de 50 milhões de RMB de volume de negócios por leilão. Este montante não inclui as receitas provenientes da comissão de 15% dos vendedores e compradores. Além disso, realizar-se-ão anualmente mais quatro jogos de leilões temáticos, com uma estimativa conservadora de 5 milhões de RMB de volume de negócios e 6 milhões de RMB de comissão por leilão.
Hoje Macau China / ÁsiaChina acusa Austrália de exagerar sobre manobras militares O Governo chinês acusou ontem a Austrália de “exagerar intencionalmente” ao abordar os exercícios militares realizados por Pequim em águas internacionais próximas do país oceânico. Os três navios de guerra chineses envolvidos na operação “efectuaram exercícios em águas internacionais, longe da costa da Austrália”, lê-se numa declaração publicada na rede social chinesa Weibo, pelo porta-voz do Ministério da Defesa chinês Wu Qian. “Durante este período, a China organizou exercícios de fogo real com navios de guerra no mar, tendo emitido repetidos avisos de segurança com antecedência. As acções da China respeitaram plenamente o direito internacional e a prática internacional comum, sem afectar a segurança da navegação aérea”, afirmou. As declarações do Governo australiano, que criticou a falta de transparência do exército chinês relativamente aos exercícios “não correspondem de todo aos factos”, afirmou. “A Austrália, plenamente consciente destes factos, fez acusações infundadas contra a China e exagerou intencionalmente a situação. Estamos profundamente chocados e extremamente insatisfeitos”, afirmou Wu. O porta-voz pediu a Camberra para abordar as relações bilaterais e militares “com uma atitude objectiva e racional, mostrando mais sinceridade e profissionalismo, e tomando medidas concretas para promover o desenvolvimento estável das relações entre os dois países e exércitos”. Dedo apontado A Força de Defesa da Austrália acusou na sexta-feira Pequim de estar a realizar exercícios com fogo real sem aviso prévio no mar da Tasmânia, entre a Austrália e a Nova Zelândia, obrigando ao desvio de ligações aéreas. Um dia depois, a ministra da Defesa da Nova Zelândia, Judith Collins, disse que os chineses tinham realizado uma nova vaga de exercícios com fogo real na área. A Austrália disse à agência EFE, na quinta-feira, que coordenou com os parceiros regionais, incluindo a Nova Zelândia, a resposta a esta acção da China, que normalmente realiza exercícios semelhantes em águas mais próximas de território chinês e que são objecto de disputas com países vizinhos, incluindo as Filipinas. Pequim reivindica quase todo o mar do Sul da China, rico em recursos e um ponto chave para o comércio mundial. Nos últimos anos, aumentou a influência nas ilhas do Pacífico Sul, historicamente associadas à Austrália e à Nova Zelândia, parceiros dos Estados Unidos.
Hoje Macau EventosSomos! | Timor-Leste e Brasil vencem concurso de contos e ilustração Já são conhecidos os vencedores do concurso infantojuvenil promovido pela Somos – ACLP (Associação de Comunicação em Língua Portuguesa). Trata-se da Escola CAFE de Liquiçá de Timor-Leste, que arrecadou o primeiro prémio, e a Escola Tiê, em São Paulo, Brasil. As categorias premiadas foram contos e ilustrações sob o tema “Era Uma Vez…A Minha Língua” Escolas de Timor-Leste e Brasil venceram a segunda edição do concurso infantojuvenil “Era Uma Vez… A Minha Língua”, nas categorias de conto e ilustração, respectivamente, anunciou hoje a Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP). O conto “Era uma vez a minha Língua”, da Escola CAFE de Liquiçá, em Timor-Leste, venceu o primeiro lugar com um prémio pecuniário de 7.500 patacas, tendo sido ainda atribuídas menções honrosas à Escola Tiê (São Paulo, Brasil), com o conto “A Viagem de Guind”, e ao Agrupamento XII – Escola Básica de Ponta d´Água (Cidade da Praia, Cabo Verde), com “O menino que queria descobrir novas línguas”. Na categoria de ilustração, a instituição de ensino brasileira levou a melhor, ao desenhar o conto de Timor-Leste, que valeu 5.000 patacas. As duas menções foram atribuídas a Macau (Escola Oficial Zheng Guanying) e a Angola (Escola Primária 1501 “Dom Moisés”, em Luanda). Trabalhar com “escolas de regiões mais isoladas é sempre um grande desafio”, uma vez que “os recursos são, muitas vezes, limitados”, disse à Lusa a presidente da Somos – ACLP. “Contudo, estas instituições de ensino agarraram esta oportunidade única, de integrar um movimento unificador, que valoriza as suas vozes e culturas. Para muitos destes alunos, foi a primeira vez que viram as suas criações reconhecidas, sentindo que as suas palavras e desenhos têm importância e podem chegar a outros lugares e pessoas” acrescentou Marta Pereira. O exemplo de Moçambique Moçambique, indicou ainda a responsável, é “um exemplo particular desta determinação”. “Os alunos enfrentaram desafios significativos devido aos recentes problemas no país”, explicou, notando que, “apesar das dificuldades, estas crianças demonstraram uma resiliência extraordinária”. De acordo com um comunicado da Somos – ACLP, a iniciativa envolveu uma escola por cada país ou região, num total de nove instituições, e destinou-se a alunos do 5.º e 6.º anos de escolaridade das instituições de ensino participantes, onde o português é utilizado como língua veicular. Cada escola concorreu com um conto original produzido individualmente ou em grupo. Depois, os contos foram distribuídos aleatoriamente por todas as escolas para a respectiva ilustração. Participaram ainda o Centro de Formação Doze Pedras (Bissau, Guiné-Bissau), a Escola Primária da Maxaquene Khovo (Maputo, Moçambique) a Escola Básica Dr. Vasco Moniz (Vila Franca de Xira, Portugal) e a Escola Secundária Patrice Lumumba (São Tomé, São Tomé e Príncipe). A escritora portuguesa Adélia Carvalho e o cartoonista brasileiro Cau Gomez foram os júris e padrinhos desta segunda edição. A Somos – ACLP vai publicar até Março os contos e as ilustrações em livro, com os textos traduzidos e adaptados para a língua chinesa. A apresentação da obra decorre em Abril, ainda de acordo com o comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaAfrica CDC | China e Coreia do Sul dão 4 milhões para compensar corte dos EUA A China e a Coreia do Sul enviaram quatro milhões de dólares para o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças de África (Africa CDC), anunciou sexta-feira esta entidade, após os Estados Unidos cortarem o valor da sua ajuda. O financiamento de quatro milhões de dólares, cerca de 3,8 milhões de euros, foi noticiado pela agência de informação financeira Bloomberg, que explicou que o continente recebe 84 por cento do financiamento para cuidados de saúde provenientes de fora da região, incluindo os 500 milhões de dólares que os Estados Unidos se tinham comprometido e entregar. Os EUA reduziram a ajuda para 385 milhões de dólares, cerca de 378 milhões de euros, deixando a agência de saúde pública africana com um défice de 115 milhões de dólares, quase 110 milhões de euros, disse o director-geral, Jean Kaseya. Os quatro milhões de dólares avançados pela China e pela Coreia do Sul são consequência e a primeira resposta ao congelamento da ajuda externa dos Estados Unidos. No final de Janeiro, O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu ordem para congelar a ajuda externa do seu país, canalizada principalmente através da USAID, uma organização da qual também ordenou o despedimento da maioria dos seus funcionários em todo o mundo. A decisão provocou o pânico entre as organizações humanitárias de todo o mundo que dependem dos contratos dos EUA para continuar a funcionar. No entanto, a 13 de Fevereiro, um juiz federal bloqueou temporariamente a ordem de Trump, de congelar a ajuda externa dos EUA, enquanto outro tribunal suspendeu o desmantelamento da USAID.
Hoje Macau China / ÁsiaAno Novo Lunar | Estimativas apontam para mais de nove mil milhões de viagens A China estima que tenham sido realizadas cerca de 9,03 mil milhões de viagens domésticas durante o Ano Novo Lunar, um aumento de 7 por cento face ao mesmo período de 2024, informou ontem a agência de notícias Xinhua. Considerado o maior movimento anual de pessoas no país, este período de 40 dias, conhecido como ‘chunyun’, teve início a 14 de Janeiro e terminou a 22 de Fevereiro, embora o maior pico de viagens tenha sido registado entre 28 de Janeiro e 04 de Fevereiro. De acordo com as estimativas oficiais, a maioria das viagens foi efectuada por estrada (cerca de 8,39 mil milhões), muito acima das de comboio (513,63 milhões), via aérea (90,19 milhões) e marítima (31,15 milhões). O país asiático ultrapassou os 8,4 mil milhões de viagens inter-regionais durante o ‘chunyun’ de 2024, embora as previsões de Pequim para esse ano contemplassem ultrapassar os nove mil milhões. O valor acabou por não ser alcançado devido ao mau tempo, que provocou atrasos e cancelamentos no serviço de transportes e problemas de infraestruturas em várias regiões. No dia 29 de Janeiro, milhões de chineses deram as boas-vindas ao ano da serpente e, durante uma semana, o país parou para cumprir tradições como limpar as casas a fundo, pendurar recortes de papel para atrair boa sorte, decorar as ruas e realizar grandes banquetes familiares.
Hoje Macau China / ÁsiaGavekal Dragonomics | Campanha anticorrupção intensifica-se, diz “think tank” A campanha anticorrupção na China está-se a intensificar e ameaça paralisar a burocracia chinesa, apontou um grupo de reflexão, numa altura em que Pequim exige ousadia aos funcionários para relançar o crescimento económico. Lançada há mais de uma década pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a campanha atingiu em 2024 um número recorde de 889.000 funcionários do regime, segundo dados divulgados pela Comissão Central de Inspecção e Disciplina – órgão máximo anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC). Este número representa um aumento de quase 50 por cento em relação à média anual de cerca de 600.000 entre 2018 e 2023. O ‘think tank’ Gavekal Dragonomics previu que o número continuará a crescer, destacando o alargamento do escrutínio a novos sectores, como finanças, energia, saúde e infraestruturas, bem como para níveis mais baixos da administração pública, incluindo funcionários do PCC nas aldeias, além dos níveis provincial e municipal. “O foco em mais sectores e mais funcionários vai resultar em mais casos – tendência que parece destinada a continuar”, vaticinou. Para durar A campanha anticorrupção foi lançada em 2012 e é hoje considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista. Um dos primeiros alvos foi o ex chefe da Segurança Zhou Yongkang, que outrora tutelou os tribunais, polícia e os serviços de informação, e acabou por ser punido com prisão perpétua, tornando-se no mais alto líder da China condenado por corrupção desde a fundação da República Popular, em 1949. Da lista faz também parte Bo Xilai, estrela em ascensão da política chinesa que caiu em desgraça, num caso que envolveu o homicídio de um advogado britânico. Altas patentes do exército – só no ano passado dois ministros da Defesa foram colocados sob investigação – e centenas de quadros de nível ministerial ou superior foram também expulsos do PCC e punidos com prisão perpétua ou pena de morte. Em Janeiro passado, Xi advertiu que “a corrupção continua a aumentar” e é a “maior ameaça” para o regime. “A campanha anticorrupção é a única forma de quebrar os ciclos de governação e caos, prosperidade e declínio”, apontou. A Gavekal Dragonomics advertiu para os efeitos de paralisia na burocracia chinesa, à medida que os funcionários evitam tomar decisões susceptíveis de os expor ao escrutínio. Xi tem aludido a este problema, queixando-se do ‘formalismo’ e do ‘burocratismo’ no Governo. Documentos do Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder na China, mencionam agora as “três distinções” para tranquilizar os funcionários de que não serão punidos por erros honestos, visando “incentivá-los a adoptar uma postura pioneira e a demonstrar iniciativa no trabalho”. Medos e incentivos Isto surge numa altura em que Pequim enceta um plano estratégico para dominar tecnologias emergentes, visando ultrapassar os Estados Unidos na corrida pela supremacia tecnológica. “Os cautelosos fundos de investimento apoiados pelo Estado estão relutantes em investir em empresas tecnológicas de alto risco. Se os funcionários que gerem os fundos estatais ficarem mais preocupados com o facto de as perdas financeiras convidarem ao escrutínio, tornar-se-ão ainda mais conservadores nas suas decisões de investimento”, apontou o grupo de reflexão. Pequim adoptou em 2024 um pacote de medidas de apoio ao sector imobiliário, mergulhado numa prolongada crise. Uma das medidas visa encorajar as autoridades locais a comprar aos promotores unidades habitacionais não vendidas. “O risco é que os funcionários locais utilizem esta ferramenta com moderação para evitar o escrutínio posterior”, notou a Gavekal Dragonomics. “É possível que, ao dar prioridade política à estabilização do crescimento, o Governo central tenha dado aos funcionários de nível operacional o incentivo de que necessitam para agir. Mas também é possível que o receio [de serem punidos] se sobreponha a todos os outros factores e que os funcionários locais não consigam, mais uma vez, apoiar a economia”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeCrime | Adolescentes detidos por furto de telemóveis Três jovens, colegas de escola do ensino secundário, foram detidos por suspeita de terem furtado dois telemóveis e uns auscultadores nos dias 15 e 17 de Fevereiro. Segundo o relato feito ao jornal Ou Mun, após a denúncia feita pelas vítimas o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) investigou o caso e, recorrendo ao sistema de videovigilância “Olhos no Céu”, interceptou um dos jovens suspeitos na passada terça-feira na Rua 6 de Bairro do Iao Hon. O passo seguinte foi convocar os restantes dois suspeitos para irem à esquadra de polícia. De acordo com as autoridades, os furtos aconteceram enquanto as vítimas jogavam basquetebol, em campos das zonas da Sé e Santo António. Aproveitando a distração das vítimas, os suspeitos subtraíram os telemóveis, que um dos suspeitos vendeu no Interior da China por 3.620 renminbis. Os restantes dois suspeitos receberam 320 patacas cada um por transferência bancária. Os jovens foram acusados do crime de furto e o caso foi transferido para o Ministério Público. O CPSP informou ainda a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude para acompanhamento da situação.
Hoje Macau SociedadeConstrução civil | Diminuição das obras em perspectiva Harry Lai, CEO da Lai Si Construction Engineering, defendeu, segundo o jornal Ou Mun, que os próximos meses serão pautados por menos obras, pelo que o sector da construção civil aguarda uma queda no volume de trabalho. Lai disse ainda que é esperado que o Governo possa acelerar o processo de aprovação de terrenos para construção e dos respectivos projectos, para que as empresas não tenham um longo período de espera pela frente. Harry Lai recordou que em 2023, pouco tempo depois do fim da pandemia, o sector estava ainda com muitos projectos em mãos, alguns deles no início. Porém, este ano o cenário parece ser diferente, pois as empresas de construção acreditam que haverá menos projectos na segunda metade do ano devido ao facto de terem sido poucos os concursos públicos realizados, incluindo poucos projectos privados, pelo que este ano haverá poucas obras em curso. Harry Lai explicou que, por exemplo, a maioria das obras na área da habitação pública são realizadas por empresas com capitais da China continental, havendo pouco espaço para as empresas locais.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | Refeições de takeaway aceleram inflação A inflação acelerou em Janeiro pela primeira vez nos últimos seis meses, de acordo com os dados oficiais. O aumento dos preços das refeições de takeaway foi o principal responsável pela subida A inflação acelerou em Janeiro, pela primeira vez em meio ano, sobretudo devido ao custo das refeições adquiridas fora de casa, num mês em que contou com o arranque do Ano Novo Lunar, foi anunciado na sexta-feira. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 0,57 por cento em Janeiro, em termos anuais, e aumentou 0,17 por cento em comparação com Dezembro, de acordo com dados oficiais divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Janeiro pôs assim fim a um período de cinco meses consecutivos de desaceleração da inflação. Em Dezembro, o IPC tinha aumentado 0,23 por cento em termos anuais e recuado 0,01 por cento em comparação com Novembro. Dezembro foi o mês em que Macau ficou mais perto de cair em deflação (queda anual nos preços no consumidor) desde Junho de 2021, quando a cidade viveu o último de 10 meses consecutivos de deflação no pico da crise económica causada pela pandemia. A deflação reflecte debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Tudo evitado Num comunicado, a DSEC justificou a aceleração em Janeiro com uma subida de 0,88 por cento no sector dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. O período do Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, é a principal festa tradicional das famílias chinesas e acontece em Janeiro ou Fevereiro, consoante o calendário lunar. Este ano, celebrou-se entre 28 de Janeiro e 4 de Fevereiro. O custo das refeições adquiridas fora de casa subiu 1,7 por cento. Com a progressiva retoma do turismo, Macau registou um aumento de 10,1 por cento no preço dos bilhetes de avião e um crescimento de 17,4 por cento no custo das excursões e quartos de hotéis no exterior. Com o aumento do número de visitantes, a região registou um acréscimo de 23,1 por cento no preço das joias, relógios e produtos feitos de ouro. Os gastos com hipotecas dos apartamentos subiram 0,36 por cento, apesar de o índice dos preços da habitação ter caído 11,7 por cento no ano passado e da Autoridade Monetária de Macau ter aprovado três descidas da taxa de juro nos últimos três meses de 2024. A Assembleia Legislativa aprovou, em 18 de Abril, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para “aumentar a liquidez” no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. Os dados oficiais mostram ainda que os serviços de saúde ficaram 1,1 por cento mais caros e o custo dos seguros subiu 2,47 por cento.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Propostas alterações para financiar escolas no Interior O Governo quer mudar a lei para permitir que as escolas a operar na Zona de Cooperação Aprofundada criadas por entidades com sede em Macau possam receber subsídios. As alterações foram anunciadas pelo Conselho Executivo, mas têm de passar pela Assembleia Legislativa. De acordo com a apresentação, as escolas criadas vão ficar sujeitas “ao sistema educativo de Macau, desde que não contrarie as normas estipuladas no Interior da China” e haverá uma igualdade a nível dos “direitos e deveres dos alunos e do pessoal docente, nomeadamente o subsídio de escolaridade gratuita, o subsídio para o desenvolvimento profissional dos docentes de Macau e o cálculo da sua antiguidade”. No que não contrariar as leis do Interior, estas escolas têm de cumprir a legislação de Macau, a nível do registo do pessoal da escola, transferência de recursos financeiros das escolas, exigências de contabilidade e da elaboração do relatório de auditoria das escolas. Educação | Subsídios para aquisição material em Abril A partir de 7 de Abril e até 30 de Maio, os residentes que frequentam cursos do ensino superior que atribuem um grau académico ou com uma duração de dois anos vão poder candidatar-se ao subsídio para aquisição de material escolar do ano lectivo de 2024/2025, com um valor de 3.300 patacas. O programa foi apresentado na sexta-feira, durante uma conferência de imprensa do Conselho Executivo. Após a candidatura, os processos são avaliados pela Administração Pública, que depois decide sobre a atribuição do apoio. Os interessados têm de apresentar documentos que provem a designação do curso, o número de anos do curso, e o ano lectivo da primeira matrícula. Os subsídios são atribuídos aos estudantes que frequentam cursos na RAEM ou no exterior. O processo de candidatura tem de ser tratado através da aplicação da Conta Única.
Hoje Macau Manchete SociedadeMercados | Governo preocupado com futuro dos vendilhões Actualmente, cerca de 80 por cento dos vendedores nos mercados do território têm mais de 60 anos. O Executivo admite que a profissão deixou de ser atractiva para os mais novos O Governo revelou ter dúvidas sobre o futuro da profissão de vendedor nos mercados, quando mais de 80 por cento dos vendilhões têm mais de 60 anos. As dúvidas sobre a sobrevivência desta actividade foram deixadas, na sexta-feira, durante uma conferência de imprensa do Conselho Executivo para apresentar as regras do novo regime de gestão dos vendedores. Estas novas regras para regular a actividade dos vendilhões entram em vigor no início de Março. A cidade tem actualmente 543 licenças válidas de vendilhões, mas mais de 100 bancas nos vários mercados da cidade estão por ocupar e mais de 80 por cento dos vendedores têm mais de 60 anos, disse Ung Sau Hong, administradora do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). A responsável prometeu que, depois da entrada em vigor do novo regime, será feita “uma análise à situação” dos mercados em cada bairro. “O vendilhão é uma profissão de longa data, é já uma memória nossa”, mas “esta já não é de facto uma profissão muito atraente”, admitiu o porta-voz do Conselho Executivo, André Cheong Weng Chon. O também secretário para a Administração e Justiça justificou as alterações “com a evolução económica e dos hábitos de consumo dos residentes e turistas”. “Vamos ver se é possível manter esta profissão de vendilhão em Macau”, disse André Cheong. O porta-voz afirmou que o Governo vai, “em algumas zonas, tentar melhorar as condições [dos mercados] para atrair jovens que possam ser vendilhões”. Novas medidas O novo regulamento prevê que compete ao IAM publicitar o anúncio de abertura do concurso público para licenças de vendilhões e ao presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais do IAM criar a comissão de avaliação das propostas apresentadas. No caso de empate na avaliação das propostas, a escolha final é feita por sorteio. As novas regras passam a prever que o montante da caução da licença corresponde ao montante da taxa de licença e que a caução pode ser prestada em numerário, cheque, pagamento electrónico ou transferência bancária. O mercado de Coloane, inaugurado há 130 anos, encerrou definitivamente em 16 de Dezembro, depois dos dois últimos vendedores terem abdicado das bancas, uma vez que “o fluxo de pessoas (…) continuou a diminuir nos últimos anos”, disse em Novembro o IAM. O presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau disse, na altura, à Lusa que o mercado costumava ser popular entre os portugueses que viviam na aldeia, mas que estes “foram partindo aos poucos”. “Sem portugueses em Coloane, há menos residentes”, lamentou O Cheng Wong. O Mercado Vermelho, o mais icónico de Macau, reabriu em Maio ao público depois de dois anos encerrado para obras de remodelação, com 118 bancas em funcionamento e 31 que continuavam vazias. Construído em 1936, o Mercado Vermelho é um edifício de influência arquitectónica portuguesa e foi projectado pelo macaense Júlio Alberto Basto.
Hoje Macau PolíticaATFPM | Falta de visão política dificulta escolha de cursos superiores A Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) organizou no sábado o seminário “Emprego e Desenvolvimento Futuro dos Jovens”, que contou com a participação de cerca de 100 pessoas. O presidente da associação, o deputado Pereira Coutinho, destacou que a actual incerteza sobre o futuro de Macau e a ausência de uma visão perspectiva nas políticas têm levado à falta de planeamento racional nos cursos universitários. Esta situação, segundo o responsável, dificulta a compreensão dos jovens locais sobre as reais necessidades de talentos da sociedade, e gera “grande ansiedade entre os jovens quanto ao seu futuro”. Tendo em conta que Macau é uma “economia voltada para o exterior”, Coutinho realçou que o território é impactado com a instabilidade política e económica a nível global, favorecendo apenas as indústrias tradicionais. Neste contexto, Coutinho incentivou os jovens a acompanharem o “desenvolvimento actual das indústrias e a intensificarem o estudo de disciplinas emergentes e promissoras, como inteligência artificial, big data, matemática e línguas”. Também a presidente da Assembleia Geral da ATFPM, Rita Santos, destacou a deterioração do ambiente de emprego em Macau, referindo que “a associação recebe diariamente uma média de 50 casos, na sua maioria relacionados com preocupações de emprego, stress mental excessivo e planeamento de carreira”.
Hoje Macau PolíticaSalário mínimo | Lei Chan U quer melhorar sistema de revisão O deputado Lei Chan U defende que deve ser alterado o sistema de revisão dos valores do salário mínimo, à semelhança do que ocorreu em Hong Kong. Num comunicado divulgado pelo gabinete do deputado, é explicado que as autoridades da região vizinha sugeriram aumentar o salário mínimo de 40 dólares de Hong Kong por hora para cerca de 42 dólares. O deputado, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, disse que ambas as regiões têm mecanismos de revisão salarial que devem actuar de dois em dois anos, mas apenas Hong Kong cumpre, aumentando o valor. No caso de Macau, o deputado lembrou que o Governo opta sempre por recolher dados e elaborar um relatório sobre o valor a adoptar, que é discutido na Assembleia Legislativa. Os vários passos acrescentam incerteza à calendarização dos novos valores do salário mínimo. Assim, Lei Chan U sugere que o Executivo acelere o processo de actualização do salário mínimo.
Hoje Macau China / ÁsiaTráfico Humano | Pequim defende colaboração com Tailândia e Myanmar na luta contra o crime A China reafirmou ontem a intenção de colaborar com a Tailândia e o Myanmar na luta contra redes de tráfico humano, após as autoridades tailandesas terem começado a repatriar cidadãos chineses mantidos em cativeiro por grupos criminosos. “A China segue a sua filosofia centrada nas pessoas. É uma escolha necessária para salvaguardar os interesses comuns dos países da região e responder às aspirações partilhadas pelos seus povos”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Guo sublinhou que a China mantém uma estreita cooperação bilateral e multilateral com a Tailândia, o Myanmar e outros países afectados. “Tomámos várias medidas para resolver tanto os sintomas como as causas profundas destes crimes e trabalhamos em conjunto para impedir que os criminosos atravessem as fronteiras, com o objectivo de erradicar o problema das fraudes e dos jogos de azar ‘online’ ilegais”, afirmou. O porta-voz acrescentou que a China continuará a tomar medidas para “proteger a vida e os bens das pessoas” e preservar o intercâmbio e a cooperação com os países da região. No entanto, evitou dar pormenores sobre a identidade dos cidadãos repatriados, o seu estado de saúde ou as circunstâncias do seu resgate. “Para informações específicas, remeto para as autoridades competentes na China”, disse. A Tailândia iniciou ontem o repatriamento de milhares de pessoas, na sua maioria cidadãos chineses, que tinham sido levados por grupos criminosos e explorados em centros dedicados a fraudes ‘online’ no Myanmar. O primeiro dos aviões descolou ontem com 50 passageiros a bordo, embora se espere que um total de 1.041 chineses sejam enviados para o seu país entre os 7.000 estrangeiros a repatriar nos próximos dias, de acordo com a estimativa feita esta semana pelo primeiro-ministro tailandês, Paetongtarn Shinawatra.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Sintetizado um diamante hexagonal mais duro que o natural Uma equipa de investigadores chineses conseguiu sintetizar a lonsdaleíta, uma forma rara de diamante hexagonal com uma dureza 40 por cento superior à do diamante natural. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Jilin e da Universidade Sun Yat-sen, adiantou o jornal oficial China Daily, na quarta-feira. O grupo de desenvolvimento destacou recentemente que a lonsdaleíta foi obtida a partir de grafite submetida a condições extremas de pressão e temperatura. “A síntese de lonsdaleíta tem sido um ponto focal de investigação para cientistas de todo o mundo nos últimos 50 anos”, frisou Yao Mingguang, professor do Laboratório Estadual de Materiais Superduros da Universidade de Jilin. A lonsdaleíta, descoberta em 1967, forma-se naturalmente em locais de impacto de meteoritos, embora a sua síntese artificial tenha sido um desafio para a comunidade científica. Para o conseguir, os investigadores chineses aplicaram uma pressão de 300 mil atmosferas, seis vezes superior à necessária para fazer diamantes convencionais. Como resultado, obtiveram cristais com até 1,2 milímetros de diâmetro, um tamanho consideravelmente maior do que os obtidos em tentativas anteriores. Para além da sua dureza excepcional, a lonsdaleíta sintetizada exibe uma notável estabilidade térmica, mantendo-se estável até aos 1.100°C. “Os diamantes recém-sintetizados apresentam estabilidade térmica e mantêm-se estáveis a temperaturas extremas”, explicou Yao. Esta característica pode permitir a sua aplicação em materiais ultra-resistentes e semicondutores. Apesar dos progressos, a produção industrial ainda não é viável: “Encontrar catalisadores adequados pode abrir caminho para isso”, frisou o investigador. A equipa procura agora optimizar o processo para passar da síntese laboratorial para o fabrico em grande volume.
Hoje Macau China / ÁsiaDeepSeek | Descartada abertura a mais investidores A empresa chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek negou ontem que esteja a considerar a possibilidade de aceitar financiamento externo para fazer face à crescente procura por recursos computacionais, após o seu rápido crescimento. A empresa tecnológica reagiu assim à informação vinculada por órgãos especializados, como a publicação norte-americana The Information, que indicaram que a plataforma estava a considerar dar esse passo. Os órgãos mencionaram fundos de investimento chineses e o Fundo Nacional de Segurança Social como possíveis investidores. São “apenas rumores”, afirmou ontem a empresa, em comunicado. O jornal estatal The Paper também noticiou ontem que a empresa está a enfrentar dificuldades para sustentar a expansão do serviço, o que levou os seus directores e a sua empresa-mãe, a QuantCube, a avaliarem uma mudança de estratégia que orientaria o seu foco da investigação tecnológica para um modelo comercialmente viável. Nos últimos dias, especulou-se sobre um possível investimento de 10 mil milhões de dólares por parte do grupo Alibaba, o que lhe daria uma participação de 10 por cento na empresa e avaliaria a DeepSeek em 100 mil milhões de dólares. O vice-presidente da Alibaba, Yan Qiao, negou oficialmente a informação, sobre a qual a DeepSeek não comentou. A DeepSeek causou grande agitação no sector global de IA após o seu lançamento, há algumas semanas, do modelo V3, que terá levado apenas dois meses para ser desenvolvido, com uma fracção do orçamento das rivais norte-americanas. Lançado em 2023 pelo fundo de cobertura chinês High-Flyer Quant, a DeepSeek está comprometida com o código aberto e oferece serviços mais baratos do que o modelo o1 da OpenAI. O rápido crescimento atraiu parcerias com gigantes tecnológicos chineses, como Alibaba, Tencent, Huawei e Baidu.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mantida taxa de juro de referência em 3,1% pelo quinto mês consecutivo O Banco Popular da China anunciou ontem que vai manter a taxa de juro de referência em 3,1 por cento, pelo quinto mês consecutivo, indo assim ao encontro das expectativas dos analistas. Na sua actualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR) se manterá a esse nível pelo menos até daqui a um mês. Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados. É calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos – incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito malparado – e tem como objectivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”. A última redução foi em Outubro do ano passado, quando o banco central a reduziu em 25 pontos de base, a partir de 3,35 por cento. A instituição também indicou ontem que a taxa de juro a mais de cinco anos – a referência para os empréstimos hipotecários – se manterá em 3,6 por cento, também em conformidade com as previsões dos analistas. A última descida ocorreu em Outubro, também em 25 pontos de base, a partir de 3,85 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Inflação sobe para 2% em Janeiro devido ao Ano Novo Lunar Alimentação e transportes parecem ter sido os principais factores de aceleração da inflação no mês passado quando se celebrou a chegada do Novo Ano Lunar A inflação na região semiautónoma chinesa de Hong Kong acelerou em Janeiro, pela primeira vez desde Agosto, devido aos preços dos transportes e da alimentação durante os feriados do Ano Novo Lunar, foi ontem anunciado. O índice de preços no consumidor (IPC) subiu 2 por cento em Janeiro, em relação ao período homólogo, informou o Departamento de Censos e Estatística (CSD) de Hong Kong. Em Dezembro, a inflação fixou-se em 1,4 por cento. Num comunicado, o CSD justificou a aceleração, a primeira em cinco meses, com “os aumentos dos preços nos transportes de ida e volta [de Hong Kong] e dos preços dos alimentos básicos devido ao efeito do Ano Novo Chinês”. O período do Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, é a principal festa tradicional das famílias chinesas e acontece em Janeiro ou Fevereiro, consoante o calendário lunar. Este ano, celebrou-se entre 28 de Janeiro e 4 de Fevereiro. O CSD sublinhou ainda que entrou em vigor em Janeiro um aumento de 10 por cento na renda da maioria dos residentes em habitações públicas em Hong Kong, cidade vizinha de Macau. Um porta-voz do Governo do território defendeu que a inflação subjacente dos preços no consumidor foi modesta em Janeiro e acrescentou que, no geral, os preços dos alimentos “continuaram a registar aumentos anuais ligeiros”. Num comunicado, o porta-voz previu que a inflação “deverá manter-se moderada a curto prazo”, mas admitiu que “as incertezas decorrentes das tensões geopolíticas e dos conflitos comerciais merecem atenção”. Futuro inflacionado No início de Fevereiro, o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 10 por cento sobre as importações de Hong Kong e da China continental. A inflação na China também acelerou em Janeiro, pela primeira vez desde Agosto, devido ao forte aumento dos gastos das famílias, por altura dos feriados do Ano Novo Lunar, contrariando persistentes pressões deflacionistas. O índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,5 por cento, em Janeiro, em relação ao período homólogo, informou a 9 de Fevereiro o Gabinete Nacional de Estatística (NBS) do país asiático. Em Dezembro, a inflação fixou-se em 0,1 por cento. O aumento temporário do consumo mascarou brevemente a dimensão do desafio deflacionista que a segunda maior economia do mundo enfrenta. O preço dos serviços aumentou 0,9 por cento, representando mais de metade do aumento total do IPC, de acordo com o NBS. A deflação nas fábricas da China prolongou-se pelo 28.º mês consecutivo, com um declínio de 2,3 por cento, mantendo-se estável, face à contracção do índice em Dezembro. O consumo doméstico é cada vez mais crucial e por isso o Governo chinês avançou já com planos para aumentar a despesa pública e reduzir as taxas de juro. O receio de Pequim é que um ciclo enraizado de descida dos preços possa refrear as despesas das famílias e empurrar as empresas para cortes salariais e despedimentos.
Hoje Macau SociedadeHospital das Ilhas | Criação de pacotes turísticos em estudo O Hospital das Ilhas está a “realizar estudos preliminares de mercado sobre o conteúdo de pacotes de turismo médico, os seus critérios para cobrança de taxas”, indicou o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, numa resposta a uma interpelação de Ho Ion Sang. A análise está a ser feita em contacto com “o sector turístico e as empresas integradas de turismo e lazer”. Além disso, a Direcção dos Serviços de Turismo irá acompanhar o lançamento destes serviços de turismo médico disponíveis no Hospital das Ilhas, também em conjunto com o sector e as concessionárias, para desenvolver “produtos turísticos com foco em cuidados médicos, bem-estar e alimentação terapêutica”, revelou Alvis Lo. A aposta irá passar também por promoções de alojamento e campanhas de publicidade nos mercados-alvo. Uma das áreas a explorar no novo centro hospitalar é a medicina estética, no Centro Médico Internacional. De momento, a instituição tem consultas externas de especialidade, que incluem serviços de medicina estética como microagulhas de radiofrequência, injecções de toxina botulínica (botox) e vacinação contra o vírus de herpes zoster (zona). Além disso, Alvis Lo declarou que os Serviços de Saúde querem elevar o nível técnico e dos serviços médicos de Macau, “em articulação com a actual política de emissão de vistos para tratamento médico em Macau”, para incentivar instituições médicas privadas a criarem produtos turísticos de saúde.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Restauração e retalho registam novas quebras nas vendas As vendas dos restaurantes apresentaram uma redução de 5,6 por cento em Dezembro de 2024 face ao período homólogo. Os números constam do inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho realizado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os restaurantes de comida chinesa foram os mais afectados pela redução do volume das vendas com quebras que atingiram 10,3 por cento. Os restaurantes com comida ocidental também registaram menos vendas, com uma diminuição de 4,4 por cento, em comparação com Dezembro de 2023. No pólo oposto, no espaço de um ano, os restaurantes com comida japonesa e coreana apresentaram aumento das vendas de 10,9 por cento. As quebras nas vendas entre Dezembro do ano passado e Dezembro de 2023 não se limitaram à restauração. No comércio a retalho a situação não foi melhor. De acordo com os entrevistados pela DSEC, as quebras nas vendas atingiram 21,1 por cento em termos anuais. Os negócios de relógios e joalharia foram os mais afectados com uma redução nas vendas de 31,5 por cento, enquanto as vendas dos artigos de couro tiveram uma redução de 25,9 por cento. A venda de mercadorias em armazéns e de quinquilharias caíram 20,8 por cento. Por outro lado, a venda de automóveis cresceu 36 por cento face ao período homólogo.
Hoje Macau PolíticaTrânsito | Deputado defende uso de carros eléctricos O deputado Zheng Anting defendeu que a substituição de veículos a combustão por eléctricos vai levar a uma redução das temperaturas nas ruas de Macau, o que considerou positivo para o turismo. As declarações foram prestadas ontem na Assembleia Legislativa, no âmbito de uma pergunta ao Executivo que pedia os planos para apostar numa maior adopção de veículos eléctricos no território. Por sua vez, Raymond Tam, secretário para os Transportes e Obras Públicas, defendeu o trabalho do Governo no incentivo aos veículos eléctricos e explicou que 90 por cento dos autocarros dos complexos de entretenimento e hotéis utilizam veículos híbridos, que utilizam em parte energias alternativas e que houve vários incentivos para que os cidadãos optassem por comprar veículos eléctricos.