Hoje Macau China / ÁsiaNaufrágio | Tripulação de 39 pescadores desaparecida Um barco de pesca chinês a operar no Oceano Índico afundou e todos os 39 tripulantes a bordo estão desaparecidos, avançou ontem a imprensa estatal. A cadeia televisiva CCTV noticiou que o naufrágio aconteceu por volta das 03:00 de terça-feira. A tripulação era constituída por chineses, indonésios e filipinos, segundo a mesma fonte. O Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, ordenaram que os diplomatas chineses no exterior, assim como os ministérios da Agricultura e dos Transporte, apoiem os trabalhos de busca e resgate. A CCTV não identificou o local exacto do naufrágio, mas apenas que ocorreu no centro do vasto Oceano Índico, que se estende do sul da Ásia e da Península Arábica até ao leste da África e ao oeste da Austrália. O Centro de Comando da Guarda Costeira das Filipinas disse ontem que está a monitorar a situação e a coordenar com a embaixada da China em Manila e as equipas de busca e resgate que estão a operar perto do último local conhecido da embarcação. O barco Lupenglaiyuanyu Número 8 estava baseado na província costeira oriental de Shandong e era operado pela empresa Penglaiyingyu, de acordo com a imprensa chinesa. Também foi identificado pelos números de casco 18 e 028. Acredita-se que a China opere a maior frota pesqueira do mundo. Muitas embarcações permanecem no mar durante meses ou mesmo anos seguidos, apoiados por agências estatais de segurança marítima chinesas e uma extensa rede de embarcações de apoio. Não há informações sobre a causa do naufrágio.
Hoje Macau China / ÁsiaApple | Ex-funcionário chinês acusado de roubar tecnologia A justiça dos Estados Unidos acusou ontem um antigo funcionário da Apple de roubar tecnologia para veículos autónomos desenvolvida pelo grupo tecnológico, para vender a uma empresa chinesa. O Departamento de Justiça anunciou o indiciamento de Wang Weibao, de 35 anos, por roubo e tentativa de roubo de segredos comerciais, parte de um esquema para aceder e usurpar tecnologia da Apple utilizada em sistemas de veículos autónomos. De acordo com o documento judicial, Wang trabalhou como engenheiro informático na empresa, que tem sede na Califórnia, entre 2016 e 2018. Durante esse período, teve acesso a bancos de dados acessíveis apenas a 2.700 funcionários em toda a empresa, que tem mais de 130.000 trabalhadores. Os investigadores reviram o histórico de acessos de Wang nos arquivos da Apple um dia depois de ter deixado a empresa e descobriram que ele acedeu a “grande quantidade” de informação confidencial nos “dias anteriores à sua saída”. “Infelizmente, vai sempre haver quem engana o sistema, roubando e lucrando com o fruto do trabalho dos outros. A acusação de Wang é apenas um exemplo”, disse o procurador Ismail Ramsey, num comunicado emitido pelo Departamento de Justiça. Se for considerado culpado, Wang pode ser punido com pena máxima de 10 anos de prisão e uma multa de até 250.000 dólares, por cada acusação de roubo ou tentativa de roubo, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Treinador e 11 futebolistas detidos por corrupção O treinador e 11 futebolistas de uma equipa da primeira divisão de futebol de Hong Kong estão entre os 23 detidos num caso de corrupção por manipulação de resultados, disse na terça-feira o órgão anticorrupção do território. “Esta operação é a mais importante realizada nos últimos anos pela Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC) no combate à manipulação de resultados. É também a que resultou no maior número de detenções”, especificou a chefe de investigação do ICAC, Kate Cheuk. Cerca de 100 agentes da polícia estiveram implicados na operação em que os suspeitos são acusados de corrupção, manipulação de resultados e de participar também em apostas ilegais. O nome do clube em causa não foi divulgado, contudo a imprensa local sugere que o visado seja o histórico Happy Valley, com vários títulos de campeão em mais de 70 anos de existência. Os corruptores pagariam a cada atleta cerca de 1.200 euros por jogo. “A questão não era se eles jogavam bem, mas se eram bons a fingir [o seu desempenho] ou se podiam ajudar a manipular os resultados”, disse Cheuk. A responsável recordou que os resultados improváveis são mais bem recompensados nas apostas, que alguns visados também faziam, através de testas-de-ferro. Os valores envolvidos na manipulação não foram revelados, até porque a investigação continua em curso.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Enviado mostra esforços da China para tornar-se potência internacional, dizem analistas O diplomata chinês Li Hui continua no seu périplo europeu, que inclui visitas a Kiev e Moscovo, além de Berlim e Paris, com vista a alcançar uma rota para a paz A chegada de um enviado chinês a Kiev esta semana sintetiza os esforços de Pequim para afirmar a sua liderança nos assuntos internacionais, visando contrariar a ordem estabelecida por Washington, que considera hostil aos seus interesses, apontam analistas. O enviado chinês Li Hui está em Kiev desde terça-feira e deverá também visitar a França, a Alemanha e a Rússia, com vista a “uma resolução política da crise ucraniana”, segundo Pequim. Li, o representante especial para os assuntos euro-asiáticos encarregado de discutir a resolução da guerra russa contra a Ucrânia, deverá ainda visitar Varsóvia na sexta-feira para discutir a situação na Ucrânia, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco. Desde Março passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, recebeu em Pequim os líderes do Brasil, Espanha, Singapura, Malásia, França e União Europeia, enquanto altos funcionários chineses viajaram para a Europa, Ásia Central ou sudeste asiático. Durante o mesmo período, Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas. A China expressou ainda a disponibilidade para mediar as negociações para um acordo de paz entre Israel e Palestina. Na Ucrânia, Pequim diz querer negociar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 15 meses. “A China está a entrar no oceano”, disse metaforicamente o coronel reformado chinês Zhou Bo, numa entrevista à revista Time. “Não há como voltar atrás”, apontou. Este esforço surge numa altura em que o país está a emergir de três anos de isolamento, imposto pela estratégia ‘zero covid’, para um ambiente externo mais hostil, à medida que os Estados Unidos solidificaram as suas alianças de segurança na região da Ásia Pacífico e Europa. “É óbvio: A China quer contrariar a pressão de Washington para isolar o país”, escreveu Tianyi Wu, especialista da Universidade de Oxford nas relações entre China e Estados Unidos. Em causa, estão também considerações económicas, à medida que fricções geopolíticas motivaram os principais parceiros comerciais da China a procurar alternativas para reduzir as vulnerabilidades nas cadeias de fornecimento. Wu frisou, no entanto, uma visão mais ampla por detrás dos esforços da diplomacia chinesa: promover uma ordem mundial multipolar, que afrouxe o domínio norte-americano estabelecido após a II Guerra Mundial. Caminho seguro Nos últimos anos, Pequim avançou com fóruns e organizações multilaterais próprias, incluindo a Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas ou a Iniciativa de Segurança Global, que visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. A China vai “promover uma nova forma de relações internacionais”, proclamou Xi Jinping. “Ao avançar no seu processo de modernização, a China não vai trilhar o caminho antigo da colonização e pilhagem, nem o caminho sinuoso escolhido por alguns países para alcançar a hegemonia”, assegurou o líder chinês, no mês passado, na apresentação de mais uma iniciativa, designada Civilização Global. O líder chinês advertiu ainda outros países para se “absterem de impor os seus próprios valores ou modelos aos outros”, numa referência à ordem democrática liberal liderada por Washington.
Hoje Macau Via do MeioTrês ensaios de prosa chinesa Tradução de André Bueno Inscrição de uma humilde morada As montanhas não obtêm fama por sua altura, mas porque nelas vivem algum imortal. Os rios não adquirem seu renome por sua correntes, mas sim porque algum dragão torna mágicas as suas águas. Esta humilde morada só tem o perfume da minha virtude. O musgo esmeralda cobre seus alpendres, e o verdor da erva invade suas cortinas. Mas aqui, são os grandes letrados que conversam e riem, não vem nenhuma pessoa que não tenha alguma importância. Podemos tocar a sensível cítara, podemos estudar os valiosos sutras. Não há orquestra alguma que estrague o ouvido, nem documentos oficiais que importunem a nós. Confúcio disse: que há de mal nisso? Liu Yuxi (772-842) Elogio da virtude do vinho Há um homem superior que considera a eternidade como uma manhã, dez mil anos como um abrir e fechar de olhos; o sol e a lua como suas janelas, os oito confins do mundo como seu pátio e ruas. Caminha sem seguir rotas nem deixa pegadas; vive sem casa e sem abrigo; o céu o serve de tenda, a terra o serve de esteira; onde quer que vá, seu desejo é seu guia. Quando pára, pega um copo e uma garrafa; quando se vai, leva uma jarra e um vaso. Só se ocupa de vinho, não conhece outra coisa. Um jovem nobre e um letrado de renome ouviram falar de sua maneira de viver e o criticaram. Agitaram suas mangas, balançaram suas túnicas, rangeram os dentes e ficaram de olhos injetados. Falaram longamente dos ritos e das leis, e o bem e o mal povoam seus discursos como um enxame de abelhas. Enquanto isso, o mestre dispôs uma bandeja e sustentava um jarro de vinho com as duas mãos. Levou a bandeja para a boca e derramou todo o vinho pela garganta. Despojou-se, e sentou cruzando as pernas. Sua cabeça descansava na terra, seu corpo jazia no pó. Já não tinha mais pensamentos nem sentimentos, sua felicidade era infinita. Assim permaneceu, ébrio e privado de sensações, até que recobrou por si mesmo os sentidos. Por mais que escutasse, não ouvia o fragor da conversa; por mais que buscasse, não via as montanhas. Não sentia nem frio nem calor atacar seu corpo. Não o incomodava nem a alegria nem o desejo. Contemplava o mundo das alturas, como uma tumultuada confusão de seres, como algas boiando ao sabor da correnteza de um rio. Os dois homens que falavam com ele eram como abelhas, ou parasitas de uma amoreira. Liu Ling (século 3 d.C.) Prefácio da Antologia do Pavilhão das Orquídeas Instalamo-nos junto ao um canto do arroio para lavar nossos copos, e todos nos sentamos em ordem. Nos faltava o deleite de uma orquestra, mas um copo de vinho e uma canção eram suficientes para dar rédea solta aos nossos sentimentos poéticos. O céu era luminoso e o ar puro; uma suave brisa soprava leve. Acima contemplávamos a imensidão do céu, abaixo examinávamos a riqueza da natureza. O espetáculo que se abria ante nossos olhos causava sensações bastantes para levar ao extremo a alegria de ver e ouvir. Era, na verdade, prazeroso. Quando os homens debatem acerca do tempo, alguns expressam o que trazem consigo e falam de sua casa; outros seguindo suas peregrinações, discorrem livremente sobre os acontecimentos externos. Mas, ainda que ambas as atitudes sejam opostas, ainda que alguns se agitem e outros permaneçam tranqüilos, todos se alegram em reencontrar-se e durante alguns instantes ficamos em paz, felizes, e esquecemos que a velhice nos acerca. Uma vez que conseguimos o que buscamos, nos cansamos dele; os sentimentos mudam de acordo com os acontecimentos; então vem a decepção. O que nos atraía num instante se converte em vestígio do passado; no entanto, não podemos impedir que nos assalte a emoção de pensar nisso por um momento. O que dura e o que é breve, tudo muda e tudo chega ao fim no nada. Os antigos diziam: a vida e a morte são grandes questões. Isso não é triste? Cada vez que penso nas causas que comoveram os homens de antigamente, encontro exatamente as mesmas que as nossas. Nunca li uma obra antiga sem suspirar com pesar, sem entender esta profunda emoção. No fundo, sei que a igualdade da vida e da morte, da longevidade ou da morte prematura, não são mais do que discursos mentirosos. E a posteridade considerará nosso tempo como nós consideramos os tempos passados! Que desgraça! Por isso ordenei que as obras de meus contemporâneos fossem copiadas. Ainda que variem as épocas e condições, as coisas que suscitam a emoção humana são as mesmas sempre. E sei que os leitores dos séculos que virão sentirão ante estes escritos estas mesmas emoções. Wang Xizhi (312 – 379)
Hoje Macau Manchete SociedadeCarros de aluguer | Sector optimista com reconhecimento de cartas O reconhecimento mútuo de cartas de condução poderá trazer um novo alento ao sector do aluguer de automóveis de Macau. Apesar de os primeiros dias de entrada em vigor da medida não terem trazido novas reservas, as previsões apontam para o crescimento do negócio Responsáveis pelo sector de aluguer automóvel em Macau prevêem um crescimento de 10 a 20 por cento do negócio, graças ao acordo de reconhecimento das cartas de condução com o Interior da China, que entrou em vigor na terça-feira. “Estamos optimistas com este mercado e acreditamos que vai crescer mais do que antes. Com o reconhecimento mútuo das cartas de condução entre o Interior da China e Macau deverá haver mais turistas [chineses] a alugar carros”, começou por dizer à Lusa Rain Lin, administrador do Burgeon Car Rental Service. Os detentores de cartas de condução da China continental podem conduzir desde ontem em Macau. Por outro lado, também os residentes permanentes de Macau, incluindo de nacionalidade estrangeira, vão poder conduzir do outro lado da fronteira. O reconhecimento das cartas de condução pode “beneficiar directamente pessoas que viajam e que visitam familiares”, apontou na segunda-feira, em comunicado, o Ministério da Segurança Pública chinês. “O negócio de aluguer de veículos sem motorista normalmente representa 20 por cento dos nossos negócios e esperamos que cresça em torno do mesmo número”, acrescentou Lin. Do lado certo Já a Vang Iek Rent-A-Car Service, fundada em 1935, espera um aumento “no máximo de 10 por cento”. “Não chegarão muitos turistas do continente chinês a Macau para conduzir”, admitiu à Lusa o responsável da empresa, Alan Peng. Apesar de entenderem que o reconhecimento dos títulos de condução pode aumentar a carteira de clientes, tanto a Burgeon Car como a Vang Iek admitem não terem recebido reservas até à data. Por outro lado, caso a procura registe um crescimento significativo, a Burgeon admitiu a possibilidade de importar veículos com volante à esquerda, à semelhança do Interior da China onde a condução é feita à direita. Em Macau, conduz-se à esquerda. De acordo com dados facultados pela PSP à Lusa, no primeiro dia em que a medida entrou em vigor 67 pessoas do Interior da China receberam permissão para conduzir na região administrativa especial. Por sua vez Zhuhai, a cidade vizinha de Macau, disponibiliza 280 quotas diárias, que, de acordo com o jornal ‘online’ Guan Hai Rong, estão esgotadas até sexta-feira.
Hoje Macau PolíticaHo Iat Seng realça discursos de Xi em evento com chineses ultramarinos O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, participou ontem na conferência da Grande Baía Guangdong-Hong-Kong-Macau de chineses ultramarinos. O líder do Governo da RAEM enfatizou “a conjugação do desenvolvimento de Macau com a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Além disso, adiantou que os projectos de integração podem “criar uma nova plataforma de desenvolvimento para todos os sectores, e partilhar novos benefícios do desenvolvimento com os chineses ultramarinos e amigos de todos os sectores”. A conferência da Grande Baía Guangdong-Hong-Kong-Macau de chineses ultramarinos de 2023, organizada pelo Gabinete para os Assuntos dos Chineses do Ultramar do Conselho de Estado e o Governo Popular da Província de Guangdong, começou na terça-feira e termina hoje em Jiangmen na Província de Guangdong. As sessões em online realizam-se, simultaneamente, em 11 países e regiões, incluindo a RAEM. Ho Iat Seng “indicou que todos os chineses ultramarinos são membros importantes da grande família da nação chinesa, que possuem a vantagem única de elo entre a China e o mundo”. Como tal, podem ajudar a “grande estratégia nacional planeada, coordenada e promovida pelo Presidente Xi Jinping” da construção da Grande Baía. O governante da RAEM salientou que os chineses ultramarinos devem congregar forças para apoiar a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau para servir melhor a estratégia do desenvolvimento nacional. Espiritismo político Ho Iat Seng salientou que o Governo da RAEM está concentrado no posicionamento do desenvolvimento de Macau enquanto «Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base», e em impulsionar a estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada «1+4». Ao discursar perante as autoridades do Interior e representantes das comunidades ultramarinas de chineses, Ho Iat Seng vincou a esperança de que “todos implementarão com seriedade o espírito dos discursos e instruções importantes do Presidente Xi Jinping, e, de acordo com a nova realidade, escreverão boas coisas sobre os chineses ultramarinos na nova era”.
Hoje Macau PolíticaSegurança | Au Kam San diz ser impossível criminalizar a memória O ex-deputado Au Kam afirmou que irá continuar a divulgar os acontecimentos de 4 de Junho de 1989, porque não acredita que a lei relativa à defesa da segurança do Estado irá criminalizar a história. A lei deve ser aprovada esta tarde na especialidade na Assembleia Legislativa, e vai entrar em vigor no dia seguinte à publicação em boletim oficial. Au Kam San acredita que em Macau continua a imperar o estado de direito e que vai poder mencionar os acontecimentos, desde que siga a linha oficial do Governo Central, ao evitar o uso de algumas palavras. “O Governo Central nunca negou os acontecimentos desta ocasião histórica, só tem uma conclusão específica. Quando divulgar gradualmente ao longo dos dias o incidente, não vou fazer qualquer discurso que contrarie a conclusão do Governo Central, por isso, não vejo qualquer hipótese de violar a lei”, justificou o ex-deputado.
Hoje Macau PolíticaVisita | Elsie Ao Ieong vai a Portugal após reunião da OMS A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura vai participar na reunião plenária da Organização Mundial de Saúde, que decorre em Genebra, Suíça, entre 19 e 27 de Maio. A presença no encontro da OMS foi confirmada por fonte do gabinete da secretária à TDM-Rádio Macau. Depois da deslocação à Suíça, está igualmente confirmada a visita de Elsie Ao Ieong U a Portugal, para firmar intercâmbios nas áreas de saúde, educação e cultura. Na agenda para os encontros em Portugal, a secretária deverá levar a possibilidade de recrutamento de médicos em Portugal para integrarem os serviços de saúde da RAEM. No âmbito deste objectivo, haverá um encontro com o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes. De acordo com a Rádio Macau, a última vez que a RAEM lançou um processo de candidaturas para o recrutamento de médicos em Portugal foi em 2017, quando o secretário era Alexis Tam. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura vai também a Coimbra, onde participará numa cerimónia de assinatura de um novo protocolo de cooperação entre a Universidade de Macau e a Universidade de Coimbra. Em Lisboa, Elsie Ao Ieong deve ainda reunir-se com o ministro da Educação, João Costa.
Hoje Macau China / ÁsiaPCP | Paulo Raimundo de visita à China a convite do PCC Uma delegação do PCP dirigida pelo secretário-geral Paulo Raimundo iniciou segunda-feira uma visita à China a convite do Partido Comunista Chinês no âmbito “das relações de amizade” entre os dois partidos. Em nota enviada às redações, os comunistas informam que a delegação deslocar-se-á até às cidades chinesas de Xangai, Hefei e Pequim. Questionado pela Agência Lusa sobre a duração e o propósito da visita, o partido informou apenas que a mesma decorrerá durante esta semana, não adiantando uma data de regresso e acrescentou que ocorre no “quadro de intercâmbio de informação recíproca e melhor conhecimento da realidade da República Popular da China”. Os comunistas comunicaram também que, durante esta ida, “decorrerão conversações a diverso nível com dirigentes” do Partido Comunista da China e que darão informações adicionais sobre a viagem no final da visita.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan aprova adopção de crianças por casais do mesmo sexo O parlamento de Taiwan aprovou ontem uma emenda legislativa que permite aos casais do mesmo sexo adoptarem conjuntamente crianças, uma decisão saudada como “mais um grande passo em frente” para a comunidade LGBTQ+. Taiwan está na vanguarda dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero) na Ásia com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2019, uma novidade nesta parte do mundo, segundo a agência francesa AFP. Mas os casais do mesmo sexo ainda enfrentavam restrições, incluindo a incapacidade de adoptar crianças não biológicas ou de um cônjuge ser o pai legal da criança adotada pelo parceiro. A alteração foi aprovada na véspera do quarto aniversário da lei sobre o casamento para todos. A emenda legislativa “não só garante a protecção dos direitos das crianças, como também vai ao encontro dos seus melhores interesses”, afirmou a deputada Fan Yun, uma das proponentes da alteração, envolta numa bandeira arco-íris. “No futuro, os cônjuges e os pais, independentemente do seu género e orientação sexual, poderão usufruir de uma protecção jurídica total”, acrescentou. Outras conquistas A alteração surge depois de, no ano passado, um tribunal de família da cidade de Kaohsiung, no sul da ilha, ter decidido a favor da adopção de um filho não biológico do marido por um homossexual casado, a primeira decisão deste tipo. “Após quatro anos de trabalho árduo, o parlamento aprovou finalmente o projecto de lei sobre a adopção por casais do mesmo sexo sem laços de sangue”, afirmou a Aliança de Taiwan para a Promoção dos Direitos da União Civil. A Aliança também se congratulou com o recente reconhecimento de Taiwan, em Janeiro, do casamento transnacional entre pessoas do mesmo sexo. Anteriormente, os estrangeiros não estavam autorizados a casar com os parceiros taiwaneses oriundos de territórios que proíbem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que é o que acontece na maior parte da Ásia. Desde que o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em 2019, pelo menos sete mil casais do mesmo sexo casaram-se em Taiwan, de acordo com dados do Ministério do Interior actualizados pela última vez em 2021. A Aliança disse ontem que continuará a pressionar por direitos mais abrangentes para casais do mesmo sexo. Na sequência da aprovação da emenda da lei, o Ministério da Saúde afirmou ontem que vai começar a permitir a adopção por casais do mesmo sexo “com base nos procedimentos normais actuais”, segundo a agência de notícias de Taiwan CNA.
Hoje Macau China / ÁsiaGNE | Produção industrial cresceu 5,6 por cento em Abril A produção industrial da China subiu 5,6 por cento em Abril, em termos homólogos, segundo dados oficiais ontem divulgados, sinalizando o acelerar do ritmo de crescimento deste indicador, após ter aumentado 3,9 por cento em Março. O aumento em Abril ficou, porém, abaixo da previsão dos analistas, que esperavam um avanço de cerca de 10 por cento, em relação ao mesmo período de 2022. As fortes taxas de crescimento devem-se ao efeito base de comparação, já que, no ano passado, a China impôs rigorosos bloqueios em várias cidades, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, que paralisou a actividade económica. Entre os três grandes sectores em que o Gabinete Nacional de Estatísticas da China (GNE) divide a produção industrial, a mineração manteve-se estável, a indústria transformadora avançou 6,5 por cento e a produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água subiu 4,8 por cento. A instituição divulgou também ontem outros dados estatísticos, como as vendas a retalho, um indicador fundamental para medir o estado do consumo. As vendas aumentaram 18,4 por cento, em termos homólogos, um valor superior aos 10,6 por cento alcançados em Março, mas que se mantém ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas, que esperavam um crescimento na casa dos 20 por cento. A taxa oficial de desemprego nas zonas urbanas situou-se em 5,2 por cento no final de abril, 0,1 por cento abaixo do registado no mês anterior e dentro do limite máximo que as autoridades impuseram para este ano, de 5,5 por cento. O investimento em activos fixos aumentou 4,7 por cento, nos primeiros quatro meses do ano, depois de ter registado um aumento de 5,1 por cento entre Janeiro e Março. Neste indicador, o aumento dos gastos com infraestruturas (+8,5 por cento) e na indústria transformadora (+8,3 por cento) contrastou com a queda do investimento em sectores como a mineração (-2,2 por cento).
Hoje Macau China / ÁsiaLGBT | Centro em Pequim encerrado por motivos de “força maior” A organização Centro LGBT de Pequim anunciou ontem que vai encerrar as suas operações por motivos de “força maior”, sem avançar mais detalhes. O grupo, que se define como uma “organização pública de assistência social” que “presta serviços comunitários, apoio psicológico e educação em diversidade do género”, deu conta do encerramento numa nota publicada na sua conta oficial na rede social Wechat. O Centro LGBT de Pequim desenvolveu ainda pesquisas e estudos sobre a comunidade LGBT chinesa, em colaboração com académicos. Utilizadores da rede social Weibo, semelhante ao Twitter, que está bloqueado no país asiático, agradeceram o trabalho da organização e lamentaram a paralisação das suas operações: “Não vejo futuro”, reagiu um internauta. Nos últimos anos, a China, que legalizou a homossexualidade em 1997, aumentou a pressão sobre os grupos LGBT. Em 2020, a entidade que organizava a Marcha do Orgulho LGBT em Xangai anunciou o seu encerramento, após 11 anos de existência. Em 2021, a rede social Wechat removeu contas de estudantes chineses que defendiam os direitos da comunidade LGBT, sem dar explicações. No mesmo ano, a Administração Nacional de Rádio e Televisão da China (NRTA) promulgou uma série de directrizes destinadas a banir actores e convidados com “estética efeminada”.
Hoje Macau China / ÁsiaAngola | China mantém financiamento e trocas comerciais aumentam O embaixador chinês em Angola disse segunda-feira que a China está disponível para continuar a financiar infraestruturas e a investir no país africano, destacando igualmente o aumento homólogo de 25 por cento nas trocas comerciais entre os dois países. Gong Tao que foi recebido em audiência pelo Presidente angolano, João Lourenço, abordou com o chefe de Estado as relações bilaterais entre os dois países, sublinhando que estão “num bom período do seu desenvolvimento”, no ano em que se comemora o 40.º aniversário das relações China-Angola. O diplomata falou também sobre as infraestruturas com investimento chinês actualmente em curso em Angola, como o novo aeroporto internacional de Luanda, o aproveitamento hidroeléctrico de Caculo-Cabaça e o novo porto de Caio, em Cabinda, que “estão em boa execução”, garantindo a vontade da parte chinesa em assegurar financiamento e que as obras se realizam no prazo previsto. “São infraestruturas estratégicas para Angola e a China tem todo o apoio a dar à parte angolana, sabemos a importância destes projectos, vamos continuar com o financiamento destas obras”, declarou. Gong Tao salientou também a importância da diversificação económica a que o Governo angolano quer dar prioridade e adiantou que a China vai analisar e estudar o plano nacional de desenvolvimento do próximo quinquénio, que deverá ser apresentado em breve. O embaixador chinês afirmou que as duas partes deverão avaliar novas possibilidades de cooperação na área de financiamento, investimento e formação de quadros na segunda edição da comissão orientadora da cooperação China-Angola. “As nossas relações já deram frutos no passado e assim vai continuar a ser”, frisou. Bons parceiros Gong Tao notou igualmente que o crescimento das trocas comerciais atingiu no ano passado 27 mil milhões de dólares, um aumento homólogo de 25 por cento. Angola é o segundo maior parceiro comercial da China em toda a África, logo depois da África do Sul e a China continua a ser o maior parceiro de Angola desde a última década, continuou o embaixador, acrescentando que há interesse em diversificar os produtos comercializados. “Queremos potencializar a capacidade angolana de fazer mais exportações para a China, que tem um grande mercado e há cada vez um número maior de chineses da classe média que oferece grandes potencialidades para todos no mundo”, destacou. Por isso, está a ser negociado um novo acordo aduaneiro em que a China vai oferece tarifa zero a 98 por cento dos bens angolanos exportados para o país asiático, estando também a ser negociados acordos na área das pescas e da agricultura, sector em que “Angola tem um grande futuro”, segundo Gong Tao. Gong Tao sublinhou ainda que os dois países vão continuar a manter contactos de alto nível para consolidar ainda mais as relações políticas e impulsionar a cooperação de comércio e investimento, bem como ajudar a promover paz e estabilidade nos assuntos internacionais e regionais. “China e Angola têm objectivos comuns e sempre fizeram esforços para ajudar os parceiros internacionais a uma resolução pacífica dos conflitos”, completou.
Hoje Macau Manchete SociedadeSJM | Perdas caem para 869 milhões As perdas nos três primeiros meses de 2023 diminuíram 32,2 por cento em relação ao mesmo período do ano passado A concessionária do jogo SJM Holdings anunciou na segunda-feira um prejuízo de 869 milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre do ano. No entanto, o resultado traduz uma recuperação em relação ao ano anterior, na sequência do levantamento das restrições fronteiriças impostas devido à pandemia de covid-19 e um consequente aumento do número de visitantes na região administrativa. As perdas nos três primeiros três meses do ano diminuíram 32,2 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, quando as perdas totalizaram 1,28 mil milhões de dólares de Hong Kong, de acordo com um comunicado da operadora enviado à bolsa de valores de Hong Kong. Balanços que contrastam com os ganhos registados no ano pré-pandémico de 2019, quando a operadora apresentou lucros de 3,2 mil milhões de dólares de Hong Kong. A Sociedade de Jogos de Macau Holdings Ltd., fundada pelo falecido magnata Stanley Ho, sublinhou ainda no comunicado que as receitas líquidas de jogo cresceram 57,7 por cento, de 2,35 mil milhões de dólares de Hong Kong, entre Janeiro e Março do ano passado, para 3,7 mil milhões de dólares no mesmo período deste ano. Do melhor As receitas do jogo atingiram 14,7 mil milhões de patacas em Abril, o melhor resultado desde o início da pandemia. É preciso recuar até Janeiro de 2020 para encontrar um montante de receitas de jogo superior ao do mês passado, de acordo com as estatísticas da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos do território. Em Dezembro, o Governo anunciou o cancelamento da maioria das medidas sanitárias, depois de a China ter alterado a estratégia ‘zero covid’. A indústria do jogo, o motor da economia da cidade, representa cerca de metade do produto interno bruto (PIB) de Macau. Capital mundial do jogo, Macau é o único local na China onde o jogo em casino é legal. Operam no território seis concessionárias, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, que renovaram, a 16 de Dezembro, o contrato de concessão para os próximos dez anos e que entrou em vigor a 1 de Janeiro. As autoridades exigiram no concurso público a aposta em elementos não jogo e visitantes estrangeiros, na expectativa de diversificar a economia do território.
Hoje Macau PolíticaImposto profissional | Ron Lam pergunta por calendário da devolução Ron Lam apelou ontem o director dos Serviços Financeiros (DSF), Iong Kong Leong, para revelar os pormenores da dedução do imposto profissional. O pedido foi feito através de uma carta aberta, enviada ontem aos meios de comunicação social. Segundo a política dos últimos anos, em 2023, a DSF tem de proceder à devolução de 60 por cento da colecta do imposto profissional, até ao valor de 14 mil patacas, do imposto pago em 2021. No entanto, os pormenores da devolução ainda não foram divulgados e o deputado revelou ter recebido várias queixas de cidadãos. “Até 16 de Maio, a direcção de serviços não anunciou os pormenores nem a calendarização para o pagamento do reembolso do imposto profissional. Também no portal online não se encontra esta informação”, escreveu Ron Lam. Apelo às autoridades para que implementem o mais rapidamente possível os relevantes do Plano de Reembolso de Impostos Profissionais 2021 e anunciem o respectivo calendário”, apelou. Ron Lam pediu ainda explicações, no caso de ser necessário adiar o reembolso do imposto profissional. “Se o reembolso do imposto profissional tiver de ser adiado, o Governo tem a obrigação de explicar muito claramente à população os motivos do adiamento, assim como os arranjos necessários”, vincou.
Hoje Macau China / ÁsiaTurquia | Presidenciais a caminho da segunda volta O presidente da Comissão Eleitoral da Turquia, Ahmet Yener, disse ontem em Ancara que já foram contados 99,4 por cento dos votos nacionais e 84 por cento dos votos no estrangeiro, sendo que Erdogan tinha 49,4 por cento dos votos, e Kemal Kilicdaroglu, 45 por cento dos votos. Ainda não se trata da divulgação do número definitivo, mas as eleições presidenciais turcas encaminham-se para uma segunda volta, com o Presidente Recep Tayyip Erdogan, que governa o país há 20 anos, a liderar sobre o principal adversário, mas a ficar aquém dos votos necessários para uma vitória absoluta. O terceiro candidato, o nacionalista Sinan Ogan, obteve 5,2 por cento dos votos, até ontem. Erdogan, 69 anos, disse aos apoiantes durante a madrugada que ainda podia ganhar, mas que respeitaria a decisão caso venha a realizar-se uma segunda volta no próximo dia 28 de Maio. Kilicdaroglu, 74 anos, mostrou-se esperançado numa vitória na segunda volta. “Vamos ganhar com certeza a segunda volta e trazer a democracia”, disse Kilicdaroglu. Até ao momento, os resultados das eleições mostram que o Partido da Justiça e do Desenvolvimento, no poder, pode vir a manter a maioria no Parlamento de 600 lugares. A Assembleia perdeu grande parte do poder legislativo depois de um referendo em 2017, promovido por Erdogan e que alterou o sistema de governação do país para uma presidência reforçada.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Líder de partido reformista “pronto para ser primeiro-ministro” O líder do partido reformista Move Forward, Pita Limjaroenrat, garantiu ontem estar “pronto para ser o próximo primeiro-ministro”, após ter sido o mais votado nas eleições gerais da Tailândia no domingo. O empresário reivindicou vitória e disse pretender formar uma coligação com o outro grande partido da oposição pró-democracia, o Pheu Thai, para suceder ao actual governo apoiado pelos militares. “Sou Pita Limjaroenrat, o próximo primeiro-ministro da Tailândia”, disse o candidato de 42 anos, numa conferência de imprensa realizada na capital, Banguecoque. “Estamos prontos para formar um governo”, insistiu o reformista, que prometeu ser “um primeiro-ministro para todos”. Limjaroenrat disse já ter iniciado conversações com o Pheu Thai, de Paetongtarn Shinawatra, filha do ex-primeiro-ministro exilado Thaksin Shinawatra, para formar uma coligação de seis partidos que reuniria “309” das 500 cadeiras na câmara baixa do parlamento. O passar da tocha O Move Forward, que se autoproclamou como porta-voz das gerações mais jovens, conquistou mais de 14 milhões de votos, à frente do Pheu Thai (10,8 milhões), infligindo uma severa derrota ao partido apoiado pelos militares, o United Thai Nation. O Pheu Thai reconheceu que o vencedor da eleição tem o direito de liderar o governo, abrindo caminho para Limjaorenrat se tornar o próximo chefe de governo do país. “As vozes do povo são as mais importantes e nós respeitamos as decisões do povo. O partido que vencer terá o direito de propor o candidato a primeiro-ministro”, disse Paetongtarn Shinawatra. Durante a madrugada, o antigo general e actual primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, cujo partido recebeu 4,5 milhões de votos, declarou que iria respeitar a democracia e o resultado da votação. A eleição foi marcada por uma afluência recorde, superior a 75 por cento, num contexto de fraco crescimento económico e declínio das liberdades fundamentais desde que Prayut Chan-O-Cha chegou ao poder, após um golpe de Estado em 2014, e depois legitimado em 2019 por eleições controversas. Estas eleições são as primeiras desde os grandes protestos de 2020 em que se exigia uma reforma da monarquia e que expuseram as clivagens existentes no reino, entre as gerações mais jovens que querem mudanças e as elites ligadas ao rei e aos militares. A eleição para primeiro-ministro envolve os 500 deputados da câmara baixa eleitos nas urnas e 250 senadores escolhidos pela antiga junta militar (2014-2019), o que complica a formação de um governo. O país já sofreu mais de uma dezena de golpes de Estado desde que se tornou numa monarquia constitucional, em 1932, o último dos quais em 2014, sob o comando de Prayuth Chan-ocha.
Hoje Macau EventosRestauração | Portugália passa a servir na Rua dos Clérigos A partir desta quarta-feira, o restaurante Portugália passa a ter uma nova localização, mantendo-se na vila da Taipa, mas, desta vez, na Rua dos Clérigos. “A opção por continuar na vila da Taipa pareceu-nos óbvia. Primeiro, pelo carácter histórico que se associa, na perfeição, à nossa centenária marca, e, segundo, porque pretendemos oferecer uma atmosfera com características portuguesas aos nossos clientes.” Assim, a gerência aponta que os clientes vão continuar a encontrar “painéis de azulejos genuínos, imagens antigas da cervejaria, painéis com a história do restaurante e motivos portugueses” espalhados pelos três pisos do novo espaço. Mantém-se, na carta, os pratos mais conhecidos do grupo, como o Bife à Portugália, com o tradicional molho, entre outros. A Portugália estabeleceu-se em Macau há oito anos e foi a primeira aposta do grupo no Extremo Oriente. A gerência aponta que estes têm sido anos “de aprendizagem, constante evolução e adaptação a uma cultura única, com o objectivo de dar a conhecer um pouco mais sobre a riqueza gastronómica portuguesa e a tradição do grupo”, que já conta com 98 anos de experiência.
Hoje Macau China / ÁsiaAgência de ‘boys band’ japonesa enfrenta acusações de ofensas sexuais A presidente da Johnny & Associates, uma famosa agência de talentos japonesa, especializada em bandas masculinas, pediu desculpa pelos alegados abusos sexuais de jovens artistas cometidos pelo seu tio e antecessor na liderança. “Mais do que tudo, peço desculpas profundamente às vítimas”, disse Julie Keiko Fujishima, curvando-se quatro vezes, num vídeo de um minuto, divulgado no domingo, na plataforma YouTube. Fujishima pediu também desculpas pela “decepção e preocupação” causada entre os fãs dos artistas cujas carreiras são geridas pela Johnny’s, como a empresa também é conhecida. Numa declaração escrita, a executiva garantiu que não sabia de nenhum caso de abuso e disse que a agência criou equipas para estabelecer procedimentos que protejam os artistas e para dar aconselhamento às vítimas. No entanto, Fujishima não mencionou a possibilidade de pedir uma investigação externa ao comportamento da empresa. Acusações antigas Desde 1988 que vinham sendo publicadas alegações contra Johnny Kitagawa, uma figura poderosa no entretenimento japonês. No entanto, o fundador da Johnny & Associates, que morreu em 2019, nunca foi acusado de qualquer crime. O caso voltou à ribalta no mês passado, quando o músico japonês de origem brasileira Kauan Okamoto se tornou a primeira alegada vítima a vir a público e a permitir tanto a publicação do seu nome como da sua fotografia. No Clube de Correspondentes Estrangeiros em Tóquio, Okamoto, que assinou um contrato com a Johnny’s quando tinha 15 anos, disse ter sido abusado em pelo menos 20 ocasiões e ter visto colegas seus a serem também abusados. O músico disse que, durante o período em que esteve na agência, entre 2012 e 2016, Johnny Kitagawa terá abusado de entre 100 a 200 menores. Após encontrar-se com Okamoto, Julie Keiko Fujishima disse não poder ter a certeza sobre as acusações do músico, mas garantiu que alegações de abuso sexual a envolver a agência “nunca deveriam voltar a acontecer”. “Ainda mal começámos, mas ele deu-nos a oportunidade de mudar”, disse a executiva. Nas redes sociais surgiu uma campanha de boicote da Johnny’s, incluindo das empresas que assinaram contratos de publicidade e patrocínio com os artistas geridos pela agência. Entretanto, uma petição de protesto contra a agência já recolheu milhares de assinaturas. Alguns críticos disseram que o pedido de desculpas de Fujishima não era suficiente, defenderam que a executiva deveria convocar uma conferência de imprensa e assumir a responsabilidade, renunciando ao cargo. Outros criticaram a imprensa japonesa por permanecer em silêncio durante décadas face às alegações, sugerindo que temiam retaliações e perder o acesso aos artistas geridos pela Johnny’s. De acordo com as acusações, Kitagawa convidava regularmente jovens cantores e bailarinos, muitos deles ainda menores, para dormirem na sua mansão, onde eram depois pressionados a terem sexo com o magnata.
Hoje Macau China / ÁsiaNatalidade | “Promover casamento e procriação em idades apropriadas” A China anunciou, no domingo, o lançamento de uma campanha em várias cidades para “promover o casamento e a procriação em idades apropriadas”, após o país ter registado o primeiro declínio populacional em mais de meio século. A Associação de Planeamento Familiar, que está sob tutela do governo central, estipulou ainda entre as principais tarefas “incentivar os pais a partilharem as responsabilidades da educação” e acabar com “costumes obsoletos”, como o elevado preço dos dotes de casamento, uma prática que prevalece nas zonas rurais, segundo um plano divulgado pelo jornal oficial Global Times. As 20 cidades chinesas abrangidas pela campanha devem “adoptar medidas inovadoras para criar um ambiente favorável à maternidade”, disse o presidente da associação, Yao Ying, citado pelo jornal. “Com o desenvolvimento económico e social, o conceito de casamento entre as gerações mais jovens da China sofreu transformações”, disse o demógrafo He Yafu, citado pelo jornal. O responsável acrescentou que a “sociedade precisa de orientar mais os jovens no conceito de casamento e procriação e encorajar os jovens a casar e ter filhos”. Cidades como Chengdu ou Zhengzhou anunciaram que vão aceitar registos de casamento no próximo dia 20 de Maio, o dia dos namorados na China, apesar de a data calhar num sábado. Em 2022, a China perdeu cerca de 850 mil pessoas, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros, segundo dados oficiais. A China encerrou assim o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaVladivostoque | Duas províncias chinesas vão ter acesso ao porto As mercadorias de Jilin e Heilongjiang, províncias do nordeste da China que não têm acesso ao mar, vão poder ser transportadas através do porto russo de Vladivostoque, a saída marítima mais próxima. A partir de 1 de Junho, o porto da cidade localizada no extremo leste da Rússia vai estar aberto para o embarque de mercadorias de Jilin e Heilongjiang com destino a um porto chinês, informou recentemente a Administração das Alfandegas do país asiático, em comunicado. As entidades das duas províncias não vão precisar de recorrer ao porto de Dalian, na província de Liaoning, que, apesar de ser o porto chinês mais próximo de Jilin e Heilongjiang, fica, em alguns casos, a mais de 1.000 quilómetros de distância. O porto de Vladivostoque fica a menos de 100 quilómetros da fronteira com a China e a cerca de 500 quilómetros das capitais de Jilin e Heilongjiang – Changchun e Harbin, respectivamente. Vladivostoque, o maior porto russo no Oceano Pacífico, foi até meados do século XIX território da China. A baía era conhecida como “Haishenwai”. A China, então governada pela dinastia Qing, perdeu o território para a Rússia no âmbito do Tratado de Aigun, um dos tratados “desiguais” assinados entre a China e potências ocidentais. Desde então, duas das três províncias do nordeste da China, Heilongjiang e Jilin, ficaram sem acesso ao mar. Apesar das disputas históricas, os líderes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, proclamaram no ano passado uma “amizade sem limites” entre as duas nações.
Hoje Macau China / ÁsiaCidadão norte-americano condenado a prisão perpétua na China por espionagem A China condenou ontem um cidadão dos Estados Unidos, de 78 anos, à prisão perpétua, por acusações de espionagem, num período de renovadas tensões entre Pequim e Washington. John Shing-Wan Leung, que possui residência permanente em Hong Kong, foi detido a 15 de Abril de 2021 pela agência de contra-espionagem da China, na cidade de Suzhou, junto a Xangai, no sudeste do país. O tribunal intermédio da cidade anunciou ontem a sentença de Leung, num breve comunicado, mas não deu detalhes sobre as acusações. O tribunal ordenou ainda o arresto dos bens pessoais de Leung, no valor de 500.000 yuan. A sentença ocorre numa altura em que o Presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para participar na cimeira do G7, após ter realizado uma visita a Papua Nova Guiné. A China tem procurado aumentar a sua influência militar, diplomática e económica naquela nação insular do Pacífico. O tribunal de Suzhou não indicou qualquer relação entre o veredicto e as tensões entre China e EUA e as provas que apoiam acusações de espionagem não são divulgadas. Esta é uma prática padrão entre a maioria dos países, que deseja proteger as suas redes e acesso à informação. A China alterou a sua Lei de Contraespionagem em Abril, para incluir o crime de “colaboração com agências de espionagem e os seus agentes”. A Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, explicou que a reforma “adere a uma abordagem de resolução de problemas” e que “amplia” as categorias de conteúdo cuja divulgação e acesso é classificado como “roubo de segredos de Estado”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Enviado de Pequim em périplo que inclui visitas à Ucrânia e Rússia Após o êxito da diplomacia chinesa, alcançado em Março, com o acordo entre o Irão e a Arábia Saudita, Pequim procura obter um papel cada vez mais determinante no contexto internacional. Ontem, Li Hui, ex-embaixador em Moscovo, partiu numa viagem pela Europa que inclui uma visita a Kiev e Moscovo Um enviado do governo chinês partiu ontem num périplo que inclui visitas à Ucrânia e à Rússia, como parte dos esforços de Pequim para mediar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 15 meses. Li Hui, ex-embaixador em Moscovo, também vai visitar a Polónia, França e Alemanha, de acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, que não deu outros detalhes sobre a programação da viagem. Analistas políticos consideram que as possibilidades de haver um acordo de paz são baixas, já que nem a Ucrânia nem a Rússia estão prontas para parar de lutar. O Presidente chinês, Xi Jinping, falou por telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no final de Abril, preparando o terreno para uma investida diplomática. O périplo do enviado de Pequim “expressa o compromisso da China em promover a paz e as negociações”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin. Wang disse que a China deseja evitar uma “escalada da situação”. Medalha de honra Vários líderes europeus, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitaram Pequim, nos últimos dois meses, visando encorajar a China a usar a sua influência junto de Moscovo para pôr fim ao conflito. Xi Jinping reclama um papel maior para a China na resolução de questões internacionais, em consonância com a ascensão económica e militar do país. Em particular, o líder chinês propôs a Iniciativa de Segurança Global, que visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. Num triunfo para Xi, o Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Março passado, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas, cortadas por Riade em 2016. A China mantém boas relações com Moscovo e influência económica, sendo o maior cliente do petróleo e gás russo e considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China. Pequim usou a sua posição como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para bloquear ataques diplomáticos à Rússia.