China merece um lugar na cobertura mediática internacional, diz MNE

A China, a segunda maior economia do mundo, o maior país em desenvolvimento com 1,4 mil milhões de habitantes, quase um quinto do total mundial, com uma civilização ininterrupta de 5.000 anos, é merecedora de um lugar na cobertura mediática internacional – disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Hua Chunying proferiu estas afirmações na terça-feira, em conferência de imprensa, quando solicitada a comentar uma recente reportagem da media americana que refere que a China está a criar uma alternativa à media noticiosa global, dominada por veículos como a BBC e CNN, e inserindo dinheiro, poder e a perspectiva chinesa em quase todos os países do mundo.

“O mundo é um lugar diverso. No sector da media, em vez de haver apenas a CNN e BBC, os países deveriam ter suas próprias vozes”, disse Hua.

Devido à diferença nos sistemas, os meios de comunicação em diferentes países operam de maneiras diferentes. Ao avaliar se uma organização de media é profissional, o mais importante a referir é se ela segue a ética do jornalismo, a objectividade e justiça nas suas reportagens, acrescentou.

“Eu observei que o Comité de Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou a Lei de Competição Estratégica de 2021, que autoriza a alocação de 300 milhões de dólares para cada ano fiscal para ‘conter a influência maligna do Partido Comunista Chinês globalmente'”, disse Hua, enfatizando que a imprensa chinesa faz a cobertura de forma objectiva e nunca inventa ou dissemina desinformação visando outros países.

Hua disse que a Agência de Notícias Xinhua é uma agência de renome mundial com quase 90 anos de história. Seguindo as regras habituais de operação, fornece serviço de notícias confiável e profissional a usuários globais. A cooperação com outras agências de notícias não é diferente da AP, Reuters, AFP, Kyodo, entre outras.

“Ninguém pode privar a media chinesa como a Xinhua do seu direito de intercâmbio e cooperação só porque é da China, um país socialista. Acusar a Xinhua de se envolver em intercâmbios e cooperação com outras agências apenas com base nisso consiste num viés ideológico e discriminação política “, disse.

Direitos protegidos

Hua observou que é uma completa distorção dos factos acusar a China de suprimir a media estrangeira e negar vistos a jornalistas norte-americanos.

A porta-voz disse que, “após o surto de Covid-19, fizemos o que pudemos para superar as dificuldades e ajudar os correspondentes americanos na China e as suas famílias retidas no exterior a regressar à China. Mesmo que os EUA se recusem a conceder a prorrogação de visto a jornalistas chineses, nós oferecemos apoio e assistência aos jornalistas americanos que trabalham na China, como a todos os jornalistas estrangeiros. As suas reportagens aqui não foram afectadas”.

Ao abusar da hegemonia do discurso, os EUA lançaram um ataque de desinformação à China sob o pretexto da liberdade de imprensa. Nesse sentido, os EUA estão a ideologia substituir os princípios de objectividade e autenticidade, justificando a manipulação política com a repressão da imprensa chinesa através da difamação, disse Hua.

“Face a mentiras e rumores difamatórios, é natural que façamos com que nossa própria voz seja ouvida”, disse Hua, acrescentando que a China explicou a verdade e os factos sobre muitas questões importantes, incluindo a Covid-19, para assegurar uma narrativa objectiva e directa na memória da humanidade. “A isso chamamos de atitude responsável de um país responsável”, disse Hua.

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