Tarifas: Sete acordos desde que Trump chegou à Casa Branca

Os Estados Unidos alcançaram sete acordos comerciais bilaterais desde que Donald Trump regressou à Casa Branca, em janeiro, e o mais recente, assinado no domingo com a União Europeia (UE), é o maior em termos de volume de negócio.

Além do acordo com a UE, o Governo norte-americano acertou novos termos comerciais com o Reino Unido, China, Vietname, Japão, Filipinas e Indonésia, enquanto as negociações prosseguem com dezenas de outros países, segundo as autoridades norte-americanas.

Eis os dados da lista dos sete acordos comerciais bilaterais que Trump conseguiu obter desde janeiro, quando regressou à Casa Branca para um segundo mandato presidencial.

+++ REINO UNIDO +++

Assinado a 08 de maio, foi o primeiro acordo bilateral assinado por Trump, desde que o Governo norte-americano anunciou um novo plano de tarifas.

Este acordo estabelece a redução das tarifas sobre os automóveis britânicos de 25% para 10% — até 100 mil veículos por ano — e a eliminação das tarifas sobre o aço e o alumínio; permissões recíprocas para exportação de carne de bovino e produtos agrícolas, bem como redução de barreiras não tarifárias e simplificação de procedimentos aduaneiros.

+++ CHINA +++

A 26 de junho, após ameaças recíprocas de tarifas até 115%, os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo de princípio, que ainda está a ser desenvolvido.

Embora mantenha tarifas elevadas — 55% para a exportação de determinados produtos chineses para os Estados Unidos —, facilita a exportação de terras raras da China, elimina as medidas de retaliação mútua e suaviza os controlos sobre o acesso dos produtos chineses ao mercado norte-americano.

+++ VIETNAME +++

Os EUA e o Vietname concordaram, a 02 de julho, em aumentar a tarifa sobre as exportações vietnamitas para os EUA para 20% (com uma taxa de 40% sobre os produtos suspeitos de serem de origem chinesa). A ameaça anterior de Trump era de estabelecer as tarifas nos 46%.

++ JAPÃO ++

O Japão concorda com uma tarifa de 15% sobre todas as suas exportações para os Estados Unidos, em comparação com a tarifa de 25% com que Trump tinha ameaçado. O país comprometeu-se a investir 550 mil milhões de dólares (cerca de 470 mil milhões de euros) nos EUA e a abrir os seus mercados a setores como o automóvel, arroz e produtos agrícolas.

++ FILIPINAS ++

Os EUA passam a impor uma tarifa de 19% sobre os produtos filipinos, menos um ponto percentual do que os 20% que tinha ameaçado, em troca da isenção de tarifas sobre os produtos norte-americanos que entram nas Filipinas. O anúncio foi feito a 22 de julho, após a visita do Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., à Casa Branca.

++ INDONÉSIA ++

Na mesma data, 22 de julho, e com conteúdo quase idêntico, o acordo de Trump com a Indonésia estabelece tarifas de 19% sobre as exportações para os Estados Unidos e, em paralelo, inclui compromissos de compra de aeronaves, produtos agrícolas e energéticos norte-americanos da Indonésia.

++ UNIÃO EUROPEIA ++

No domingo, 27 de julho, foi anunciado o acordo comercial entre os Estados Unidos e a UE, qu estabelece que a maioria das exportações europeias ficará sujeita a tarifas de 15% — Trump tinha ameaçado com 30% —, mas incluiu isenções tarifárias para determinados produtos.

No acordo, a UE compromete-se a comprar 750 mil milhões de dólares (cerca de 650 mil milhões de euros) em energia aos Estados Unidos, investir 600 mil milhões de dólares (cerca de 510 mil milhões de euros) no país e aumentar as suas compras de equipamento militar aos EUA.

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