PolíticaLAG 2025 | Deputados continuam a alertar sobre desemprego jovem Andreia Sofia Silva - 24 Abr 2025 Vários deputados levaram ontem a questão do desemprego jovem para o debate sectorial das Linhas de Acção Governativa para a área da Economia e Finanças. Lam Lon Wai referiu que “estamos a desenvolver-nos aos poucos [em termos tecnológicos e empresariais], mas as exigências para os jovens entrarem no mercado de trabalho são muitas”. Também Lei Leong Wong frisou esta problemática. “O secretário disse que a situação económica está estável, tudo certo. Mas para os jovens que têm dificuldades em encontrar um emprego a situação não está assim tão boa. Não digo que todos os trabalhadores não residentes têm de sair de Macau, mas é necessário avaliar o número por áreas. Os jovens têm confiança, mas enfrentam muito stress”, referiu. Da parte do Executivo, ficou a promessa de continuidade do apoio ao emprego e formação profissional. “Depois da pandemia muitos jovens não precisavam de realizar estágios, pois encontravam emprego rapidamente. Em 2023 tivemos 213 estagiários nos nossos programas, e em 2024, 197. As entidades que prestam estágios deram oito mil patacas a cada estagiário, e este ano, em Junho, vamos lançar uma nova ronda de estágios. Vamos melhorar o plano em várias áreas”, referiu o director Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, Chan U Tong. Opção Hengqin O director da DSAL adiantou ainda que “o Governo sempre deu importância ao emprego dos jovens”. “Lançamos planos de colocação profissional para jovens e bolsas de contacto com concessionárias. Tivemos 14.699 pessoas em 2024, com 60 por cento, ou seja, 9.239 com menos de 34 anos. No primeiro trimestre deste ano tivemos 2.517 correspondências de emprego bem-sucedidas, sendo que 1.278 pessoas, ou seja, 50 por cento, eram jovens com menos de 34 anos, o que [demonstra] uma alta percentagem de jovens que aderiram ao mercado laboral”, referiu. A grande maioria das vagas preenchidas prendem-se com empregos administrativos ou no sector de vendas, mas Chan U Tong assegurou que faltam pessoas para trabalhos de instalação e na restauração. “Os jovens de Macau podem também tentar encontrar trabalho na Zona de Cooperação em Hengqin. Além disso, queremos estender o plano de estágios às cidades da Grande Baía”, disse. Por sua vez, o secretário Tai Kin Ip referiu que em três anos “temos obtido resultados positivos nas edições dos programas de estágio”. “As empresas participantes, talvez devido à escassez de mão-de-obra, aceitam trabalhadores e não disponibilizam estágios, daí verificar-se uma redução das ofertas. Temos de ver se há possibilidade de antecipar o contacto dos estudantes com a realidade laboral, para que sejam disponibilizados novos postos de trabalho relacionados com tecnologias avançadas e do sector terciário. Estamos a conceber acções de formação nessas áreas em conjugação com associações, sobre o sector de exposições e convenções e turismo”, acrescentou.