China / ÁsiaXanana Gusmão afirma que violência na praia de Bondi não representa Austrália Hoje Macau - 16 Dez 2025 O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, manifestou ontem solidariedade com os australianos e afirmou que o ataque armado na praia de Bondi, em Sydney, que provocou 16 mortos, não representa a Austrália. “Timor-Leste está firmemente ao lado do Governo e do povo da Austrália. Este chocante acto de violência não representa a Austrália que conhecemos e respeitamos. Contraria os valores de abertura, tolerância e respeito que a Austrália representa para a nossa região”, pode ler-se num comunicado de Xanana Gusmão. Na nota, o primeiro-ministro timorense recorda que a Austrália é um “amigo próximo e parceiro de Timor-Leste” e que muitos timorenses têm “laços pessoais, educativos e comunitários profundos com Sydney e com o estado de Nova Gales do Sul”. “Prezo a resposta rápida das autoridades australianas, que actuaram com coragem a fim de proteger o público e salvar vidas. Sei que os australianos se irão unir perante esta tragédia e que a força dos seus valores, a sua resiliência e o seu espírito comunitário orientarão a resposta nos dias que se avizinham”, salienta Xanana Gusmão. Dezasseis pessoas, incluindo um dos atiradores, morreram e pelo menos 40 ficaram feridas num ataque armado domingo durante uma festa judaica na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália. O ataque foi perpetrado por pai e filho, de 50 e 24 anos. O homem de 50 anos foi morto e o de 24 anos está no hospital. Munidos com armas semiautomáticas, os dois atacantes abriram fogo sobre centenas de pessoas reunidas no domingo na praia de Bondi, em Sydney, para celebrar o Hannukah, festa judaica, no que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou como um acto terrorista antissemita. De mãos dadas “Timor-Leste está ao lado da Austrália na defesa da dignidade humana e da liberdade religiosa. Perante uma tão absurda violência, reafirmo o nosso compromisso comum no sentido de comunidades seguras, abertas e respeitadoras para todos”, acrescentou Xanana Gusmão. O massacre numa das praias mais populares da Austrália ocorreu após uma onda de ataques antissemitas que abalaram o país no último ano, embora as autoridades não tenham dado a entender que estes ataques e o tiroteio de domingo estivessem relacionados. Foi o ataque armado mais mortífero em quase três décadas num país com leis rígidas de controlo de armas de fogo.