Fronteiras | Tailândia acusa Camboja de violar cessar-fogo

O exército da Tailândia voltou ontem a acusar o Camboja de violação do acordo de cessar-fogo assinado entre ambos os países asiáticos após o conflito fronteiriço que ocorreu em Julho e que provocou meia centena de mortos.

“Verificou-se que as forças militares cambojanas continuam a fazer diversas acções que constituem violações do acordo de cessar-fogo em vários aspectos”, declarou a instituição tailandesa, citando o recurso a minas antipessoais.

As Forças Armadas tailandesas denunciaram igualmente o uso de população civil como ‘escudo’, incluindo mulheres e crianças e monges budistas, por parte dos responsáveis do Camboja, em parcelas do território que estão em disputa entre os dois países.

No início da semana, militares tailandeses dispararam balas de borracha e lançaram gás lacrimogénio “em legítima defesa” contra cidadãos cambojanos, “armados com paus de madeira”, a fim de dispersarem o ajuntamento de pessoas, alegadamente hostis.

As autoridades de Phnom Pen lamentaram que a Tailândia use “a força para ficar com mais território” e que 23 civis tenham ficado feridos no último incidente, numa floresta, que ambas as partes reclamam como parte do seu território.

No dia 28 de Julho, Banguecoque e Phnom Penh assinaram na Malásia um cessar-fogo relativo ao confronto armado, embora ambas as partes se tenham depois acusado mutuamente de violar o acordo.

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