Gaza | Ataque israelita matou seis jornalistas no domingo

O governo de Gaza elevou ontem para seis o número de jornalistas mortos no domingo à noite num ataque israelita, após a morte de Mohamed Al Khalidi, do meio de comunicação palestiniano Sahat. O ataque de precisão atingiu a tenda dos jornalistas junto ao hospital Al Shifa, na cidade de Gaza.

Morreram no ataque os correspondentes da televisão do Qatar Al Jazeera Anas al-Sharif e Mohamed Qraiqea, os fotojornalistas Ibrahim Zaher e Moamen Aliwa, o assistente de fotojornalismo Mohamed Nofal e Al Khalidi.

O gabinete de informação do governo do Hamas, o grupo extremista que controla a Faixa de Gaza desde 2007, condenou num comunicado a “perseguição e o assassínio sistemáticos” de jornalistas palestinianos por parte de Israel. A organização apelou às federações internacionais de jornalistas e aos organismos jornalísticos de todo o mundo para que condenem Israel, segundo o comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Pediu também à comunidade internacional que leve Israel aos tribunais internacionais e “exerça uma pressão séria e efectiva para pôr termo ao crime de genocídio”.

Desde o início da guerra em curso em Gaza, em Outubro de 2023, foram mortos durante a ofensiva israelita 238 jornalistas, influenciadores e outros criadores de conteúdos. Em 24 de Julho, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) manifestou preocupação com a segurança de Anas al-Sharif.

O Comité enunciou na altura que o jornalista de 28 anos estava “a ser alvo de uma campanha de difamação militar israelita”, que considerou “um trampolim para o seu assassinato”.

O exército israelita admitiu ter matado os jornalistas num bombardeamento de precisão e afirmou que Al-Sharif estava ligado ao Hamas, apresentando como prova dois documentos cuja origem não detalhou e que não podem ser verificados, segundo a EFE.

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