Lixo | Governo sem solução para resíduos de construção

Apesar do acordo com as autoridades do Interior para enviar alguns materiais inertes da construção para o outro lado da fronteira, o Executivo reconhece que não tem um plano para o tratamento da maioria dos materiais de construção. A confissão surge na resposta de Ip Kuong Lam, director do Serviços de Protecção Ambiental, a uma interpelação do deputado Lei Chan U.

Numa altura em que o Aterro para Resíduos de Materiais de Construção de Macau, junto do aeroporto, se encontra saturado, o Governo da RAEM e o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da República Popular da China assinaram um acordo para enviar para o Interior material inerte resultante das obras de construção do Metro Ligeiro. Contudo, apenas o material inerte recolhido nas obras que decorrem numa determinada parte, e que cumpre certos requisitos, poder ser enviada para tratamento, de acordo com a explicação de Ip Kuong Lam.

O âmbito de aplicação do acordo, cujos pagamentos por Macau não foram relevados, era um dos pontos que Lei Chan U pretendia ver esclarecido.

Todavia, face a este cenário, Ip Kuong Lam reconhece que o Governo ainda não tem planos sobre o que fazer com os restantes materiais inertes e que não podem ser enviados para o Interior. “Para os materiais que não cumpram os respectivos requisitos [do acordo], ainda será necessário encontrar um local adequado em Macau para o seu tratamento”, foi respondido.

O Governo anterior tinha apresentado um mega projecto para fazer um aterro-lixeira junto às praias de Macau para receber este tipo de lixo. Todavia, o plano que teve numa primeira fase oposição da população, poderá ser agora aprovado com uma nova Assembleia Legislativa e após a desclassificação de algumas das vozes críticas das eleições.

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