Arte Macau | Obras de nove artistas internacionais juntas em exposição

A Sands China apresenta duas exposições no âmbito da Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau, que vão reunir obras de nove artistas internacionais: “Dopamina: Fonte da Felicidade” e “Para Além da Moldura: Obras-primas Internacionais Contemporâneas”. As mostras são inauguradas no fim do mês

 

A Sands China irá exibir duas exposições, parte da programação da Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau. “Dopamina: Fonte da Felicidade” e a “mostras colateral” “Para Além da Moldura: Obras-primas Internacionais Contemporâneas” são inauguradas no 29 de Julho e vão estar em exibição até 15 de Outubro.

“Dopamina: Fonte da Felicidade”, que estará patente no Venetian Macao, irá reunir obras de nove artistas contemporâneos internacionais da Ásia, Europa e Estados Unidos: Craig & Karl, os artistas locais Bibi Lei e Hei Lok, GRAFFLEX, Ilya Milstein, Jun Oson, Jonni Cheatwood e Song Zhou.

Prosseguindo a tendência crescente de infantilização estética da arte contemporânea actual da região, as obras reinterpretam personagens conhecidas mundialmente do universo da “Rua Sésamo”, como Elmo, Big Bird e Ernie.

A Sand China salienta que “os artistas exploram as vastas possibilidades da arte contemporânea, criando estilos distinto através da fusão da mitologia romana com a arte da dopamina”.

Até à Rua Sésamo

Produzida pela organização sem fins lucrativos Sesame Workshop, a “Rua Sésamo” tem sido pioneira na televisão infantil há mais de 50 anos, misturando educação e entretenimento para nutrir gerações de mentes jovens. A Sands China convidou nove artistas a reimaginarem o espírito e a ética intemporais da “Rua Sésamo” através de uma lente carregada de dopamina.

“Através de cores vivas, imaginação sem limites e um novo modo de interacção entre a arte e o espaço público, a exposição transmite alegria em tons vibrantes, convidando os visitantes a passear e a experimentar naturalmente a felicidade e a ressonância emocional que a arte pode oferecer”, indica a Sands China.

Por outro lado

A mostra colateral, como a organização designa, “Para Além da Moldura: Obras-primas Internacionais Contemporâneas”, que estará patente na Sand Gallery localizada nas Grand Suites do hotel Four Seasons, é composta por criações de seis artistas da exposição principal: Hei Lok, GRAFFLEX, Ilya Milstein, Jun Oson, Jonni Cheatwood e Song Zhou.

A organização salienta que as obras que vão estar expostas na galeria “quebram as estruturas convencionais através de linguagens visuais distintas, empregando diversas vias de expressão, como pintura, escultura, instalação artística e meios mistos”. A Sand Gallery irá apresentar mais de 60 obras-primas clássicas e novas, que “navegam livremente entre a materialidade, o espaço e as narrativas culturais, forjando novas fronteiras artísticas”.

Prata da casa

Entre os artistas convidados para “Dopamina: Fonte da Felicidade”, destaque para dois criadores locais.

Nascida em Macau de ascendência luso-chinesa, Bibi Lei é uma artista contemporânea sediada em Tóquio que tem atraído a atenção internacional pelo seu estilo de pintura caprichoso e de cores vivas. Uma criadora autodidacta, Bibi Lei pinta intuitivamente com os dedos, retratando frequentemente uma personagem recorrente – a “Brave Girl” – que simboliza a inocência e a coragem, viajando por um mundo onírico cheio de esperança e maravilha infantil.

Lei tornou-se a primeira e mais jovem artista de Macau a atingir um recorde de vendas na Sotheby’s de Londres, com a sua obra a ser vendida a 193 por cento acima do preço estimado, assinalando um marco significativo para a cena artística de Macau. É também a primeira artista feminina de Macau a expor durante a Semana de Arte de Basileia na Art Miami. Desde 2022, a sua carreira tem crescido rapidamente, atraindo a atenção de coleccionadores do Japão, Europa e Ásia. Em apenas dois anos, expôs em Nova Iorque, Paris, Londres, Los Angeles, Dubai, Tóquio, Seul e Hong Kong, estabelecendo-se como uma das artistas emergentes mais promissoras da Ásia.

Hei Lok, nascido no seio de uma família artística conhecida em Macau, é um artista proeminente, curador e defensor da cultura. As suas obras de arte centram-se na cultura local e na vida quotidiana de Macau, caracterizando-se por uma técnica delicada e uma expressão emocional rica. Expôs em Macau, Hong Kong e Portugal, demonstrando um forte sentido de identidade cultural.

Como Presidente da Sociedade de Artistas de Macau e membro do Conselho da Associação de Artistas da China por dois mandatos, há muito que se dedica a promover o intercâmbio artístico e cultural entre Macau e o Tibete, dando continuidade ao legado do seu pai na cooperação inter-regional.

Para além da criação artística, Lok dedica-se também à educação artística, dando início à campanha de arte juvenil “Rainbow Road” que o fim de levar inspiração criativa a comunidades de minorias étnicas em zonas rurais.

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