IIICF | Assinados acordos de 10,1 mil milhões de dólares americanos

O 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF) ficou marcado pela assinatura de 31 protocolos de cooperação em áreas como transportes, construção civil, energia eléctrica, recursos hídricos e energias renováveis

 

Trinta e um protocolos de cooperação, no valor de 10,1 mil milhões de dólares americanos, foram assinados durante um fórum de infra-estruturas em Macau. Um terço envolvem empresas lusófonas e da RAEM, foi ontem anunciado.

Os acordos estabelecidos durante o 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF), com um valor de “cerca de 10,1 mil milhões de dólares americanos, prevêem a cooperação em domínios como transportes, construção civil, energia eléctrica, recursos hídricos e energias renováveis, em 22 países e regiões”, lê-se num comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

Cerca de um terço dos projectos assinados, entre terça e quinta-feira, envolvem empresas dos países de língua portuguesa e de Macau.

Ao longo dos três dias, indica o IPIM, organizaram-se mais de 200 sessões de bolsas de contacto, tendo mais de 70 contado com a presença de empresas de Macau e de Hengqin, “o que representa um aumento superior a 30 por cento”, face às 52 sessões do ano anterior.

“Esses resultados destacam ainda mais o papel de Macau como plataforma sino-lusófona, bem como os esforços desta região na articulação proactiva com as estratégias nacionais de desenvolvimento, sobretudo a construção da Grande Baía”, escreve o IPIM.

Neste sentido, continua a nota, representantes dos países de língua portuguesa “reconheceram o papel eficaz de Macau” enquanto ponte para estabelecer contactos entre empresas e instituições da China e lusófonas.

“Revelaram, inclusive, que durante o IIICF conseguiram acordos de cooperação com empresas do Interior da China nas áreas da tecnologia da informação e da engenharia eléctrica, sublinhando a sua satisfação”, lê-se na nota do IPIM. Em 2003, Pequim estabeleceu Macau como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau.

Números da grande baía

A Grande Baía é um projecto de Pequim que tem como objectivo criar uma metrópole mundial a partir das regiões administrativas especiais chinesas de Macau e de Hong Kong e outras nove cidades da província vizinha de Guangdong, onde habitam mais de 80 milhões de habitantes.

Também lançada por Pequim, em 2021, a iniciativa da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, abarca uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados.

Mais de 3.500 profissionais da área das infra-estruturas, de mais de 70 países e regiões, participaram neste fórum, que registou “um novo recorde em termos de presença de convidados de alto nível, especificamente com quase 70 dirigentes de nível ministerial”.

Durante estes dias foi ainda divulgado o Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, liderado pela Arábia Saudita, Indonésia e Malásia, no qual o Brasil é o país de língua portuguesa com melhor pontuação.

A iniciativa, anunciada pelo líder chinês, Xi Jinping, em 2013, envolve mais de 80 países no plano estratégico internacional de Pequim de desenvolver ligações marítimas, rodoviárias e ferroviárias, mas também investimento em recursos energéticos.

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