Manchete SociedadeLiteratura | Projecto de Macau para a infância chega a Portugal Hoje Macau - 4 Jun 2025 O objectivo da associação Sílaba – Associação Educativa e Literária (Sílaba – AEL) passa por partir de Macau e levar o projecto literário “Dinis Caixapiz” até ao universo dos países de língua portuguesa A responsável pelo projecto literário “Dinis Caixapiz”, nascido em Macau para incentivar a leitura entre os mais pequenos sem esquecer a responsabilidade ambiental, disse ontem à Lusa que a segunda edição tem o mérito de chegar também a Portugal. “Conseguirmos lançar em Lisboa, esse para mim é o grande destaque”, declarou à Lusa Susana Diniz, presidente da Sílaba – Associação Educativa e Literária (Sílaba – AEL), autora da iniciativa. Apesar do ponto de partida deste projecto literário “ser sempre Macau”, porque foi na região chinesa “que foi pensado e criado, com o objectivo de dar uma alternativa de leitura a alunos que aprendem português”, o “Dinis Caixapiz” teve logo desde o início (2024) o objectivo de alcançar o universo dos países de língua portuguesa. Agora, o convite da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), para lançar o projecto, no próximo dia 7 de Junho, na 95.ª Feira do Livro de Lisboa, aproxima a Sílaba – AEL desse propósito. “A ideia é transportar [a iniciativa] para Portugal e depois para as comunidades. Tem de partir de algum lado. Saindo de Lisboa, as portas abrem-se com mais facilidade”, reforçou a presidente da associação. Também a 7 de Junho, a 2.ª edição vai ser lançada em Macau, no Jardim do Consulado-Geral de Portugal, evento integrado nas comemorações de Junho – Mês de Portugal em Macau. Despertar as mentes O “Dinis Caixapiz”, que se propõe a despertar a “curiosidade intelectual e o conhecimento sobre a história e a cultura de Macau e Portugal, através de elementos físicos e conteúdos digitais”, contempla a assinatura trimestral de uma caixa reutilizável com um livro infantil e uma revista produzida pela associação e crianças, de acordo com um comunicado da Sílaba – AEL. Jogos de raciocínio e trava-línguas “para estimular o pensamento crítico”, páginas plantáveis e um áudio-livro, “narrado por vozes conhecidas do mundo literário” são outros conteúdos agregados. “Além disso, a embalagem transforma-se em jogos educativos, com elementos recortáveis, promovendo reutilização e consciência ambiental”, refere ainda o comunicado, indicando dirigir-se a crianças falantes de português ou em aprendizagem, com idades entre os 5 e os 12 anos, a escolas bilingues de Macau e professores de português. Cada edição vai contar com o apoio de um conjunto de curadores responsáveis pela selecção dos livros apresentados, sendo que este ano, a Sílaba-AEL trabalhou com Elisabete Rosa-Machado, da editora independente Poets and Dragons, Helena Alves, gestora no Grupo Leya, e Maria Elisa Vilaça, educadora e artista plástica.