Manchete SociedadeIIICF | Fórum divulga índice de infra-estruturas na lusofonia Hoje Macau - 3 Jun 2025 Um fórum internacional, que irá decorrer em Macau entre 10 e 12 de Junho, vai divulgar o Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas nos Países de Língua Portuguesa. No ano passado, foram realçadas as reformas implementadas por Portugal para melhorar o ambiente de negócios Vem aí mais uma edição do Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que se realiza entre 10 e 12 de Junho na Cotai Expo do The Venetian Macao, de acordo com um comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM). Durante o evento será divulgado, pelo terceiro ano consecutivo, a versão integral do Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas nos Países de Língua Portuguesa. Em 2024, o Brasil e Angola foram os países de língua portuguesa com a cotação mais alta no índice, que avalia o ambiente, a procura, a receptividade e os custos para o desenvolvimento de infra-estruturas. Quanto mais alta for a pontuação, melhor será a perspectiva da indústria de infra-estruturas de um país e maior será o grau de atractividade para as empresas se empenharem no investimento, construção e operações nesta área naqueles territórios. Portugal e Guiné Equatorial foram em 2024, entre os países lusófonos, na perspectiva do relatório chinês, aqueles com a melhor pontuação no subíndice de desenvolvimento relacionado com os custos operacionais e de financiamento. O documento destacou “a série de reformas implementadas pelo Governo português para melhorar o ambiente de negócios” e a aprovação, em Dezembro de 2023, do Programa Nacional de Investimentos até 2030 como factores que deram “um novo impulso” às infra-estruturas. Estradas do futuro O Brasil foi o país que mais se destacou nos subíndices da procura, que junta factores como procura e mercado potencial, e da receptividade local e entusiasmo de curto prazo no investimento de infra-estruturas, calculado, por exemplo, com base no valor dos novos contratos. Já Moçambique, liderou entre os lusófonos no subíndice associado ao ambiente, que agrega factores políticos, económicos, soberania, factores de impacto no mercado, bem como os cenários empresariais e industriais. O relatório de 2024 assinalou “uma subida moderada” nos custos de construção nos mercados de língua portuguesa e alertou para os “consideráveis obstáculos” que os países enfrentam no “desenvolvimento sustentável de infra-estruturas de elevada qualidade”. A última edição do IIICF terminou com a assinatura de 38 acordos, os maiores dos quais envolveram projectos em Angola e Brasil. O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação de Angola, Carlos dos Santos, disse na altura à Lusa que chegou a acordo com a empresa estatal chinesa China Road and Bridge Corporation para construir a primeira autoestrada do país, com as obras estimadas em 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros). Também no IIICF de 2024, o grupo brasileiro de concessão de infra-estrutura, transportes e serviços CCR assinou um acordo com uma empresa chinesa para o projecto de engenharia da extensão de uma linha de caminhos-de-ferro em São Paulo, no sudeste do Brasil, avaliado em cinco mil milhões de yuan (611 milhões de euros).